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The Debt of Time
Parte Dois - O Vira-Tempo
Capítulo Dezessete: A Senhorinha Aprende Rápido
"...You don't know about my past, and
I don't have a future figured out.
And maybe this is going too fast.
And maybe it's not meant to last..."
(Taking Chances - Celine Dion)
1o de agosto, 1971
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Ala Hospitalar
Hermione lentamente fez seu caminho pelos corredores familiares, mas estranhamente estrangeiros, que conduziam para a Ala Hospitalar. Era tão familiar e ainda tão diferente de todas as várias noites que tinha passado ali. Noites se recuperando de acidentalmente se transformar em um gato e, em seguida, pouco depois, o tempo que ela passou ali depois de ser petrificada pelo Basilisco; ou os dias de recuperação depois da Batalha do Departamento de Mistérios. A última vez que ela tinha visto a Ala Hospitalar de Hogwarts foi logo após o fim da guerra onde ela se ofereceu para ajudar Madame Pomfrey com os gravemente feridos. Enquanto ela passava pela porta da enfermaria, Hermione se surpreendeu ao vê-la vazia e silenciosa. Apenas outro lembrete de que ela estava de fato em 1971 e não em 1998.
... Isso não era sua casa...
"Olá, querida, como posso ajudá-la?" Uma Madame Pomfrey mais jovem se aproximou e os olhos suaves da Medibruxa fizeram Hermione sorrir. Foi chocante ver o Professor Dumbledore vivo, mas um rosto familiar fez Hermione se sentir menos distante de sua vida real.
"Humm," Hermione gaguejou. "O diretor me pediu para lhe dar isso," disse ela, estendendo o pergaminho enrolado em uma mão e a garrafa da Poção Rejuvenescedora na outra. Madame Pomfrey pegou a carta primeiro, embora ela tivesse olhado curiosamente para a poção no meio da leitura. Ela pareceu meditar as palavras em sua mente um pouco antes de liberá-las mais uma vez para Hermione.
"E você decidiu o que quer fazer?" A Medibruxa perguntou. "Eu preciso saber para medir uma dosagem apropriada," ela apontou para o frasco vermelho em sua mão.
"Eu... eu não tenho certeza," Hermione admitiu tristemente. "Eu... eu não sei o que devo fazer," ela deixou escapar um soluço silencioso e cobriu o rosto com as mãos. Remus tinha literalmente a atirado em uma situação impossível. Apenas algumas horas atrás, ela estava em casa, comemorando seu aniversário com as pessoas mais importantes na sua vida. Harry, Sirius, Ron, Remus e os Weasley. Godric, ela estava até mesmo feliz em ver Malfoy naquele momento! Como ela deveria seguir as instruções de Remus e viver a sua vida? Esta não era a sua vida.
"Faça," ela concordou. "Eu não tenho nenhuma outra opção."
"Muito bem," Madame Pomfrey concordou franzindo a testa. "Sente-se em alguma cama. O Diretor insiste para que você descanse e, se você está certa sobre tomar essa poção, você vai precisar estar deitada de qualquer modo. Ela pode ser um pouco inquietante, uma vez que entrar em vigor."
"Obrigada, Madame Pomfrey," Hermione sorriu bondosamente. "É bom ver um rosto famil..." ela vacilou, de repente percebendo que ela estava prestes a revelar o fato de que ela conhecia a Medibruxa no futuro. As sobrancelhas de Hermione franziram. Ia levar algum tempo para se adaptar.
"Eu entendo, querida," Madame Pomfrey acenou com a cabeça. "Dumbledore explicou em sua carta," ela apontou para o pergaminho. "Não em muitos detalhes, e eu não vou ficar fazendo perguntas também," ela insistiu. "Eu sei melhor do que a maioria sobre não mexer com magia desconhecida. Agora quantos anos você tem querida?" Ela perguntou.
"Dezenove, acabei de fazer, na verdade," Hermione disse enquanto se sentava na beirada da cama, respirando profundamente para acalmar os nervos. Ela tinha planejado passar o resto do seu aniversário lendo seus novos livros e então talvez tomar uma xícara de chá antes de ir pra cama. Agora ela estava aqui, planejando apagar não apenas seu aniversário mais recente, mas os setes que vinham antes.
"Está bem, você precisará beber isso aqui," a Medibruxa disse enquanto media uma grande porção do frasco, colocando-a em um copo pequeno e entregando para Hermione. "Beba rápido, o gosto é bastante ruim e os ajustes não serão confortáveis no geral, mas você pode tomar algumas Poções para Dormir se quiser e você vai cair no sono antes de sentir uma coisa", disse ela, estendendo a mão para outro pequeno frasco no armário nas proximidades.
"Posso... posso pedir uma Poção Sem Sonhos?" Hermione perguntou.
"Você conhece essa Poção?" Madame Pomfrey perguntou levantando uma sobrancelha. Poções Sem Sonho eram altamente viciantes, e Hermione normalmente não pediria, mas sem seus amigos e família para ajudá-la durante a noite, ela pensou que seria melhor.
"Conheço," Hermione assentiu. "É melhor para todos se eu tomá-la. Eu tenho... eu tenho sido conhecida por causar um rebuliço no meu sono."
"Eu não me oponho a lidar com alguns pesadelos, querida," explicou a Medibruxa, usando seus argumentos típicos quando se tratava de pedidos de poção.
Hermione suspirou com irritação, sabendo que a mulher estava apenas fazendo seu trabalho, mas Hermione não estava com vontade de discutir. Alcançando seu braço direito sobre o peito, ela puxou a manga de sua camisa e começou enrolando-a pelo braço, revelando a profunda, cicatriz roxa que cobria sua carne.
Sangue-ruim.
Madame Pomfrey engasgou e seus olhos se arregalaram. Ela olhou para cima e encontrou o olhar estranhamente calmo de Hermione e, sem dizer uma palavra, ela balançou a cabeça, enfiou a mão no armário e entregou a poção para a jovem bruxa. Hermione deu-lhe um aceno agradecido e deixou o líquido deslizar em sua garganta. Em seguida, com um pouco de coragem e determinação - ou apenas derrota - Hermione alcançou a Poção Rejuvenescedora e engoliu até a última gota, apertando os olhos e tentando desejando que as lágrimas recuassem antes que ela se virasse e colocasse a cabeça no travesseiro, a Poção Sem Sonhos a atingindo.
Hermione dormiu por algumas horas, mas não sonhou. Sem pesadelos de Bellatrix Lestrange a torturando. Sem flashes de Padfoot amarrado e jogado no ombro de Fenrir Greyback, ou dela sendo estrunchada. Sem pensamentos de Harry jogado morto no chão da Floresta Proibida, ou Sirius e Remus sendo torturados.
Mas ela também não sonhou sobre estar em casa.
Quando ela abriu os olhos, ela se sentiu diferente. Professor Dumbledore estava em pé ao seu lado na cama, um brilho nos olhos e um sorriso suave nos lábios. Hermione se moveu para se sentar e ficou chocada quando sua blusa ficou presa embaixo dela enquanto ela se movia. Ela olhou para baixo e imediatamente percebeu que sua roupa estava diversos tamanhos maior.
"Vejo que tomou uma decisão," o velho bruxo sorriu para ela. "Estou muito contente," ele admitiu. "Venho informar que arranjei uma casa para você ficar. Um casal de idosos Puro-sangue concordou em levá-la. Eu espero que você confie em meu julgamento ao dizer que eles são boas pessoas, melhor do que a maioria de fato."
"Obrigada, senhor," Hermione assentiu triste, seus olhos se contraíram um pouco, surpresa ao ouvir o som arejado de sua voz. Suas palavras saíram estranhas também. Com um gemido, Hermione estendeu a mão para frente, roçando os dedos contra sua boca enquanto sentia a protuberância de seus excessivamente grandes dentes da frente. "Maravilhoso," disse ela com um grunhido amargo. "Não," Hermione balançou a cabeça. "Madame Pomfrey eu posso fazer um pedido?" Perguntou Hermione.
"O que você precisa querida?" Perguntou o Medibruxa.
"Eu preciso... meus dentes de volta ao normal," ela explicou. "Eu consertei eles no quarto ano e eu sei que é completamente superficial, mas se eu estou sendo forçada a lidar com reviver minha juventude, eu prefiro não ter uma coisa extra contra mim," ela quase fez beicinho e sentiu uma sequência de emoções afiadas subir dentro de seu peito que a levou a se perguntar como a Poção Rejuvenescedora afetou seus hormônios. Outra coisa que ela claramente não tinha pensado antes de tomar a poção.
"Eu imagino que quando você tiver atingido a idade que seus dentes foram consertados, eles irão ajustar automaticamente," disse Madame Pomfrey.
"Eu não entendo," Hermione levantou uma sobrancelha.
"Bem, querida, ainda é o seu corpo. A poção não dá exatamente ao seu ser físico um novo começo. Você já viveu e passou por experiências físicas, e na idade em que elas ocorreram, seu corpo tenderá a reajustar-se, como uma forma de aproximar-se, suponho," ela tentou explicar.
Imediatamente olhos castanhos de Hermione olharam para o braço esquerdo, levantando a manga de sua camisa. Um soluço escapou dela quando a pele impecável de sua juventude, sem manchas, cicatrizes e maldição livre foi apresentada à ela. "Mas..." Hermione olhou para cima, lágrimas em seus olhos. "Elas vão voltar?" Ela perguntou à Madame Pomfrey.
"É altamente provável minha querida", ela franziu a testa. "Sinto muito."
Hermione assentiu. "Então eu insisto que meus dentes sejam consertados agora. Se eu posso esperar que todas as minhas cicatrizes retornem para mim um dia, eu gostaria de ter essa única coisa, eu suponho," ela olhou para cima. "Se eu tivesse minha varinha, eu faria isso eu mesma. Você poderia... você poderia reduzi-los para mim, por favor?" Perguntou Hermione.
"Claro, minha querida, só me diga quando," a bruxa mais velha finalmente cedeu e se aproximou da cama. Ela entregou um pequeno espelho para Hermione, que sufocou um suspiro quando ela olhou para seu reflexo. Onze anos de idade Hermione, quase doze anos. Dentes de pinote e cabelo espesso, uma dispersão de sardas ao longo do seu nariz e bochechas. Ela sorriu tristemente e balançou a cabeça, abrindo a boca para permitir que Madame Pomfrey começasse o feitiço.
"Que tal?" A Medibruxa perguntou.
"Obrigada," Hermione franziu a testa. "Eu me sinto um pouco vaidosa sobre isso, mas... "
"Todos nós temos nossas próprias inseguranças querida," a bruxa sorriu. "Não preocupe com isso."
"Agora, Srta Granger, se você estiver sentindo-se bem para uma viagem de Flu, eu gostaria de levá-la para conhecer a sua nova família adotiva," Dumbledore sorriu. "Embora ninguém, a salvo pela família em questão, bem como Madame Pomfrey e eu, vá saber alguns detalhes sobre sua verdadeira identidade, todos os quais eu vou pedir para realizar um Voto Perpétuo para proteger seu segredo," ele ofereceu e Hermione sorriu agradecida.
"Sim, senhor," ela levantou e quase caiu da cama, esquecendo que estava alguns centímetros menor agora. Suas calças jeans quase caíram de seus quadris quando ela levantou e Hermione as agarrou rapidamente, constrangida quando ela olhou para os olhos na Madame Pomfrey. "Você não iria estar disposta a fazer um pouco mais de alterações para mim, não é?" Hermione corou e a Medibruxa deu uma risada suave, acenando com a varinha sobre roupas de Hermione, encolhendo-as para melhor se adequarem à sua forma.
"Não tenho certeza do que eu faria sem você, Madame Pomfrey," Hermione lhe deu um sorriso triste.
"Suponho que vou vê-la em um mês, minha querida", ela sorriu para a garota. "Sinta-se livre para passar por aqui se você precisar de alguma coisa, uma vez que você voltou para Hogwarts."
"Obrigada de novo," Hermione assentiu. "Eu virei."
"Venha, Srta Granger," Dumbledore estava parado na porta, a segurando aberta para Hermione que o seguiu rapidamente, embora ficando poucos passos atrás dele enquanto ele se movia de volta para seu escritório, a escadaria em espiral atrás da gárgula de pedra e em seu escritório. O diretor se aproximou da lareira, alcançando o pó de Flu. "Aqui está minha querida," ele entregou um pouco para ela. "Agora, eu já expliquei um pouco da sua chegada à família que irá acolhê-la. Eles só sabem que você é uma nascida-trouxa na necessidade de grande proteção, cuja família não está mais entre nós," explicou. "Eles foram gentis o suficiente para não fazer mais nenhuma pergunta, embora eu pudesse ter insistido em não respondê-las de qualquer maneira. Eu prometo a você, eles podem ser confiados com sua vida."
"Eu agradeço por colocar tão grande esforço em garantir isso por mim, senhor," Hermione sorriu para o velho bruxo. Ela ficou para trás, permitindo-lhe dar um passo adiante na grande lareira. Ela suspirou quando ela olhou para ela e lembrando que apenas quatro meses atrás, ela estava vindo através dessa entrada em particular, invadir a escola ao lado de Sirius, Harry, Ron e Draco.
"Ouça claramente, e me siga," Dumbledore sorriu para ela enquanto jogava o pó de Flu para baixo e falava claramente, "Mansão Potter," e desaparecia nas chamas verdes.
"Potter!?" Hermione engasgou. Ela sabia que não devia estar surpresa considerando que o Diretor tinha falado sobre eles antes nesse mesmo gabinete, mas saber que ela estava para entrar na casa dos parentes de Harry causou uma ansiedade que assombrava o seu interior. Ela engoliu com força e convocou sua coragem Grifinória e entrou na lareira. "Mansão Potter!" ela gritou, jogando o pó e desaparecendo nas chamas.
oOoOoOo
2 de agosto, 1971
Mansão Potter - Residência dos Potter
Hermione soltou um suspiro quando ela saiu de uma enorme lareira, com os olhos se ajustando para olhar ao redor de uma sala gigante que rivalizava com a Mansão Malfoy. Ela ouviu e disse a palavra "Mansão", mas não poderia quebrar a cabeça com isso agora. Fazia sentido, é claro, os antepassados de Harry eram Puro-sangue até que seu pai casou-se com Lily Evans e se mudou para a casa de campo dos Potter em Godric's Hollow. Ao contrário da grande frieza que estava incrustada olhando a grande casa de Malfoy, a Mansão Potter parecia que alguém tinha acabado de entrar na sala comunal da Grifinória e colocado um encanto de ampliação no espaço. A grande variedade de janelas em torno da sala circular foi envolta com cortinas de veludo em profundo carmesim e ouro. O mobiliário foi feito de carvalho escuro polido, e as poltronas com aparência suave e sofás estavam cobertas de travesseiros em uma variedade de cores suaves.
"Uau," ela não pôde evitar sussurrar enquanto seus olhos escaneavam a sala com um sorriso. Como isso já se parecia como... como... seu lar?
"É do seu gosto, então?" Uma doce voz feminina falou e os olhos de Hermione se viraram para observar as três pessoas na sala, todos de pé e olhando para ela com expressões divertidas em seus rostos.
Dumbledore estava ao lado de um casal de idosos, embora nem de perto tão velhos quanto o próprio diretor. Ambos pareciam estar nos seus cinquenta e poucos anos, embora houvesse um brilho juvenil nos olhos castanhos do homem. Ele tinha um cabelo bagunçado familiar que parecia quase em pé, apesar de desvanecer ao longo da linha capilar. A mulher que falou sorriu gentilmente, o que foi chocante no primeiro momento, desde que ela possuía uma semelhança estranha com Andromeda Tonks. A mulher a sua frente tinha traços aristocráticos e o conjunto era bem formado, mas ela possuía uma suavidade que lhe lembrava de Molly Weasley, algo que a deixou imediatamente à vontade. Ajudou que a mulher tivesse cabelo castanho escuro, mas ela podia ver manchas de cinza, a mesma cor que os olhos dela.
"É lindo," Hermione sorriu docemente. "Obrigada, por... por me permitirem em sua casa."
"É sua casa agora também, querida," a mulher abriu um grande sorriso. "Eu estava na necessidade de uma outra mulher nesta casa," ela sorriu brilhantemente. "Estou desesperada para escapar a loucura de rapazes jovens e velhos que se recusam a crescer," ela riu e seu marido pareceu piscar para ela.
"Ela exagera," o marido riu. "Ela ama isso. A mantém com os pés no chão."
"Dorea Potter," a mulher estendeu uma mão para a garota.
"Charlus," o homem sorriu para ela.
"Hermione," a jovem bruxa se apresentou.
"Bom, eu não quero ser rude e estender a minha vinda," Dumbledore sorriu. "Mas eu tenho apenas um mês para preparar meu discurso para o início da festa," ele sorriu e pegando em suas vestes, tirou dois envelopes familiares e entregando um para Dorea. "Pensei que já que estaria vindo aqui, eu poderia entregar as cartas em mãos," ele sorriu e depois entregou o outro envelope para Hermione que olhou para ele com uma pontada de nostalgia. Sua carta de Hogwarts. E desde que ela tinha onze de novo, essa era sua primeira carta de Hogwarts.
"Obrigada, Professor," ela enxugou uma lágrima de seu olho. "Por tudo."
"Estou ansioso para vê-la novamente em um mês, minha querida menina," Dumbledore sorriu. "Charlus, Dorea, eu espero ver vocês dois mais vezes."
"Esperamos que não muitas vezes," Dorea sorriu. "Eu prefiro não receber cartas do Diretor de Hogwarts. Eu imagino que geralmente vá ser uma má notícia," ela deu uma risada rápida e seu marido se juntou. Dumbledore sorriu mais uma vez para o casal e, em seguida, para Hermione antes de voltar atrás na lareira e desaparecer em uma explosão de chamas verdes.
"Agora", Dorea se virou imediatamente para Hermione. "Albus explicou que você teve uma noite bastante difícil," ela sorriu docemente. "Nós não vamos bisbilhotar, prometo," e Hermione soltou um suspiro de alívio. "Mas a hora é tarde e eu insisto que todos nós tenhamos uma boa noite de descanso e começar amanhã cedo," ela juntou as mãos como se já estivesse planejando um dia cheio de atividades, algo que fez Hermione ficar um pouco ansiosa.
"Tilly!" Dorea chamou e com um suave pop, uma pequena alegre elfo doméstico apareceu na frente do Potter e Hermione. A jovem bruxa empalideceu com a visão do elfo doméstico e ela respirou irritada. Não. Absolutamente não! Ela não estava sendo adotada em uma família puro-sangue que escravizava elfos domésticos!
"Uma Senhorinha?" O pequeno elfo olhou para Hermione com olhos do tamanho de uma bola de tênis e da cor do céu no dia mais brilhante no verão. A criatura sorriu para Hermione alegremente, pulando para cima e para baixo com a emoção de um Weasley na manhã de Natal, virando-se e sorrindo para Dorea e Charlus como se tivessem apenas a presenteando com algo precioso. "Tilly está tão animada!" A pequena elfa gritou. "Tilly quis cuidar de uma jovem Senhorinha. Não que Tilly não ame os jovens Mestres," seus olhos viajaram para Charlus e Dorea.
"Cuidado Tilly, você não quer brincar de favoritos agora," Charlus riu.
"Tilly faz como Tilly faz," disse o elfo doméstico com o que parecia ser um tom de desafio divertido e Hermione quase se engasgou quando Charlus soltou uma gargalhada e Dorea revirou os olhos.
"Hermione, essa é Tilly. Ela vai levá-la para o seu quarto. Tenha cuidado ou ela com certeza vai exagerar e começar a vesti-la como uma boneca," Dorea riu. "E não a deixe te mimar," Dorea insistiu. Hermione ficou chocada por ter sido mandada sobre a forma de reagir ao elfo doméstico, ao invés de ver Dorea mandar o elfo doméstico.
"Tilly não mima," Tilly revirou seus olhos azul-claro brilhantes. "Tilly faz carinho, é amorosa e habitua mal."
"É a mesma coisa," Charlus sorriu afetadamente.
"Tilly faz como Tilly faz," a pequena elfa encolheu os ombros e alcançou a mão de Hermione, dando um pequeno aperto. "Senhorinha vai seguir Tilly. Senhor e Senhora devem ir para cama, sim eles devem. Tilly vai ficar zangada se eles ficarem acordados até tarde de novo."
"Sim, Tilly," Charlus disse com um sorriso debochado, fingindo ser repreendido pela elfo-doméstico como se ele fosse uma criança. "Boa noite, Hermione. Durma bem. Vamos pensar em tudo amanhã. Você está segura aqui," ele prometeu. Hermione queria ter outro momento para mostrar adequadamente sua gratidão para o casal, mas seu braço foi puxado para fora do cômodo por uma mais do que excitada - e estranhamente independente - elfo.
"Tilly? Posso perguntar... você é bem tratada aqui?" Hermione franziu a testa. "Você... não preferia ser uma elfo livre?" Ela murmurou.
"Tilly é uma elfo livre," ela explicou e os olhos de Hermione se arregalaram.
"O que? Te deram roupas?" Ela perguntou, olhando para a pequena toalha de chá que a elfo doméstico usava. Hermione sabia que era o uniforme típico dos elfos domésticos.
"Tilly não precisa de roupas para ser livre," a elfa explicou, continuando a segurar a mão de Hermione, a levando por outro longo corredor e para cima em algumas escadas. "Tilly cuidou da Senhora Dorea quando ela era uma Senhorinha," Tilly sorriu e continuou andando. "Quando Senhora casou com Senhor Charlus, Senhora Dorea pediu a Tilly para ir com ela. Mas a mãe da Senhora Dorea não ficou feliz, não, não ficou. A antiga Senhora de Tilly não estava feliz com o casamento da Senhora Dorea. A antiga Senhora de Tilly disse que Tilly iria ficar com ela só para irritar Senhora Dorea. Mas Senhora Dorea gritou com a antiga Senhora de Tilly, disse que estava levando Tilly e azarou a antiga Senhora de Tilly, sim ela azarou," a elfa-doméstica parecia sorrir com a memória, deixando escapar uma risada suave. "Tilly estava feliz em vir e cuidar da Senhora Dorea e sua família. Tilly está livre dos maus Senhores."
"Fico contente," Hermione sorriu. Contente em ouvir que Tilly parecia ser bem tratada. "Tilly?" Hermione perguntou. "Eu insisto que você não limpe nada para mim," Hermione disse firmemente. "Eu posso limpar eu mesma e sou boa com a cozinha também."
De repente a elfa-doméstica parou no seu caminho e se virou lentamente, os grandes olhos lacrimejando, uma careta triste cruzando seu rosto. "Senhorinha não quer Tilly?"
"Não, não, Tilly, só não quero que você tenha que cuidar de mim!" Hermione franziu a testa, chocada com a visão da pequena elfa triste.
"Senhorinha quer que Tilly fique triste? Ah, pobre Tilly!" Ela caiu no choro, soltando a mão de Hermione e cobrindo o rosto enquanto soluçava. "Tilly desejou e desejou tanto por um longo tempo por uma Senhorinha, e a Senhorinha não quer Tilly. Tudo que Tilly sempre quis foi cuidar de uma Senhorinha..."
"Tilly, por favor, não chore!" Hermione engasgou. "Por favor, por favor. Eu não quero te deixar triste. Desculpa! Por favor, por favor pare de chorar," Hermione implorou. "Oh Tilly, está bem, está bem," Hermione se rendeu. "Você pode cuidar de mim, apenas, por favor, pare de chorar."
"Tilly aceita," a elfa doméstica disse, imediatamente segurando seus soluços enquanto alcançava de novo a mão de Hermione e a puxava para um grande quarto no final do corredor. "A nova Senhorinha de Tilly aprende rápido, sim, ela aprende."
Hermione avançou, boquiaberta. Ela tinha acabado de ser emocionalmente manipulada por um elfo doméstico?!
Tilly abriu a porta dupla no final do corredor, apontando para o banheiro pessoal de Hermione enquanto entravam na suíte. Os olhos de Hermione arregalaram com a visão do gigante quarto com uma massiva cama de dossel no centro, drapejada com lindas cortinas azuis e douradas. Um grande e antigo guarda roupa se estendia no final do quarto, uma porta aberta revelava não roupas, mas uma grande variedade de tecidos dobrados. Tilly se aproximou do armário com um sorriso no rosto, apontando para a roupa de linho.
"Tilly vai fazer para Senhorinha novas vestes e vestidos," Tilly lhe deu um grande sorriso. "Senhorinha precisa de novas roupas e livros e penas e Senhorinha precisa de uma varinha!" Ela disse excitada. "Senhora disse para Tilly que Senhorinha vai para Hogwarts em breve com Senhorzinho. Tilly vai ficar triste os vendo ir embora," a elfa-doméstica assentiu e Hermione não pôde evitar sorrir tristemente.
Contudo a pequena elfa trouxe a tona algo que Hermione já tinha esquecido. Ela olhou para o envelope em suas mãos e sorriu, passando os dedos sobre a escrita ao longo que dizia:
Senhorita Potter
Quarto ao final do Corredor no Segundo Andar
Mansão Potter
Hermione olhou para as palavras com emoções desconectadas. Ela sabia que não poderia ser chamada de Granger aqui. Dumbledore tinha encontrado uma família Puro-sangue por um motivo. Como uma Nascida-trouxa que estava em perigo ela chamaria a atenção que não precisava. Hermione precisava aparecer tão comum quanto possível. Mas o nome dela era a última coisa que lhe restava de seus pais e o sentimento de que ela também tinha perdido isso quebrou algo dentro dela. Algo que precisava ser quebrado. Ela passou meses de luto pela perda dos pais, pais que na verdade estavam mortos. Ela deu uma rápida respirada e a deixou sair lentamente enquanto o selo era quebrado e retirava o pergaminho cuidadosamente dobrado do envelope grosso, pesado. Não mais Granger. Talvez ela pudesse aprender a se curar agora.
Harry aparentemente estava certo. Hermione era de fato uma Potter.
HOGWARTS ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA
Diretor: Albus Dumbledore
(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)
Prezado Srta. Potter,
Temos o prazer de informar que . tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva McGonagall.
Diretora Substituta.
Hermione se permitiu sorrir enquanto lia a carta para si mesma. Hogwarts. McGonagall. Algumas coisas poderiam ser familiares. Algumas coisas poderiam ainda estar em casa para ela. Sua atenção foi chamada de volta para Tilly que tinha - nos poucos minutos em que Hermione tinha sido distraída por sua carta - criado uma camisola azul claro e foi agora prosseguir para tentar vestir Hermione ela mesma, assim como Dorea tinha avisado.
"Tilly," Hermione murmurou, tentando puxar a blusa para longe das mãos da elfa-doméstico. "Tilly, eu posso despir-me. Tilly," Hermione disse com a voz de advertência e foi pega de surpresa quando a pequena resoluta elfa-doméstica rosnou, congelando Hermione em choque, altura em que Tilly se aproveitou da situação e começou a despi-la e, em seguida, vestir a jovem bruxa. Hermione se sentou na cama completamente derrotada.
"Senhorinha é teimosa," Tilly sacudiu a cabeça de um lado para outro. "Durma agora. Senhorinha precisa descansar."
"Obrigada, Tilly," Hermione ofereceu um pequeno sorriso para a pequena criatura que tinha de algum modo vencido Hermione mais rápido e fácil do que bruxos das trevas. Hermione se encaminhou para a cama rapidamente, parcialmente com medo de que Tilly fosse arrastá-la para debaixo das cobertas e a enfiasse com força o bastante para prendê-la lá. A elfa estalou os dedos e o belo quarto escureceu, todas as lâmpadas apagando.
Hermione podia apenas esperar que a Poção Sem Sonhos que ela tomou mais cedo no dia ainda estivesse no seu organismo durante a noite. A última coisa que ela queria fazer com essa família maravilhosa - e a elfa doméstica bem protetora - era assustá-la com seus gritos.
N/A: Espero que todos tenham tido um Natal maravilhoso e que o Ano Novo seja igualmente bom!
O que acharam da Tilly? Sou apaixonada por essa elfo!
Agora, eu tenho uma notícia bombástica! APAIXONADA PELA SERPENTE 4 FOI ATUALIZADA! AI MEU DEUSSSSS, NÃO ESTOU SABENDO LIDAR COM ISSO!
Algum de vocês acompanha essa fanfic?
Gente, comecei a ler quando a autora lançou em 2005, há 10 anos atrássss, eu tinha 11 anossss!
Não sei nem o que sentir, nossa, to muito feliz!
Ainda não atualizou aqui no Fanfiction, mas na Floreios e Borrões e Nyah já tem o capítulo novo! Já li, já comentei, já chorei, já tudo!
Sério, é uma das melhores fanfics que eu já li, não sei se foi porque foi a primeira que eu li, se porque eu cresci lendo, sei que é maravilhosa!
Bom, é isso, beijos e até 2016! Espero ver alguns comentários quando eu voltar ein?
