The Debt of Time
Parte Dois - O Vira-Tempo
Capítulo Dezenove: Vocês Está Falando Sério?
"...'Cause it's you and me and all of the people with nothing to do, nothing to lose
And it's you and me and all of the people
And I don't know why I can't keep my eyes off of you..."
(You and Me - Lifehouse)
3 de agosto, 1971
Beco Diagonal
Mia acordou na manhã seguinte no lado direito da cama, sua mão agarrada firmemente no travesseiro sob rosto de James. Ela sorriu tristemente, olhando para o garoto que se parecia tanto com Harry que chegava a doer. Ela tinha pesadelos constantemente desde a guerra - desde a Mansão Malfoy, na verdade. Tinha passado um mês no Chalé das Conchas se recuperando de sua briga com Bellatrix Lestrange onde Sirius a vigiava enquanto ela dormia, protegendo-a contra os terrores noturnos que a atormentavam. Quando ela se mudou para o Largo Grimmauld e as memórias voltaram em seu sono para assombrá-la, Sirius estava lá para confortá-la - mais do que provavelmente se sentia responsável, uma vez que foi a prima dele que a tinha torturado. Mas quando não era Sirius, era Harry que subia na cama e a abraçava até ela parar de chorar e voltar a dormir. Olhando para James agora que estava com os olhos fechados, ela não pôde evitar ver o filho no pai, e esquentou seu coração pensar que, de algum jeito, o Destino tinha sorrido para ela e dado um pedaço de Harry para ficar com ela nesse tempo.
James foi excessivamente gentil sobre a situação e, em vez de fazer perguntas a Mia sobre seus pesadelos, ou mesmo trazendo à tona o fato de que ele teve que ficar com ela durante a noite, o menino brincava com ela sobre seu cabelo e começou a planejar entusiasticamente o resto do dia deles no Beco Diagonal.
Quando Dorea Potter e as duas crianças entraram no Flu, chegando ao Beco Diagonal momentos depois, Mia sorriu com a familiar visão, apesar de seus olhos serem atraídos imediatamente para Floreios e Borrões, uma forte parte sua ansiosa para botar suas mãos nas primeiras edições de livros que ela havia comprado durante seu próprio tempo.
"Vocês dois podem ser confiados para ficarem sozinhos enquanto eu vou ao Gringotes?" Dorea perguntou, seus olhos estritamente sobre James.
"Você não confia no seu próprio filho?" Ele perguntou, fingindo estar ofendido.
"A última vez que eu te trouxe ao Beco Diagonal você se perdeu durante três horas e nós te encontramos no depósito da Loja de Doces Sugarplum," Dorea encarou o filho acusadoramente e James revirou os olhos.
"Essa não foi a última vez que viemos ao Beco Diagonal," ele zombou como se a data do incidente fosse o problema. Ele se virou para Mia, sacudindo a cabeça. "A Mãe exagera." Hermione riu silenciosamente enquanto a mandíbula de Dorea trincava, claramente debatendo se levá-lo ou não com ela era a melhor coisa a se fazer.
"Eu vou cuidar dele, Mãe," Mia prometeu e Dorea pareceu aceitar isso.
"James, fique com sua irmã," ela apontou para o filho. "Falo sério. Vocês podem olhar em volta um pouco, mas me encontrem no Olivaras em vinte minutos. E não fiquem perambulando. E não vá a nenhum lugar perto da Travessa do Tranco, rapazinho."
"Sim, Mãe," James assentiu rapidamente e os recém-familiarizados 'Potter' gêmeos foram deixados à sua própria sorte, um incrivelmente ansioso para correr solto.
"Você quer ir na Floreios e Borrões?" Mia perguntou, seus olhos castanhos examinando a loja em antecipação.
James fez uma careta com a ideia dela. "Ou podemos ir à Vassourax."
"Livros Obscuros?" Mia sugeriu.
"Eu me oponho a sua ideia chata com uma viagem para Gambol & Japes," ele sorriu.
Uma loja de logros? Mia balançou a cabeça. Absolutamente não. A última coisa de que ela precisava era um Potter numa loja de logros. Ela passou tempo o suficiente lidando com Harry e Ron dentro da Zonkos e eventualmente dentro das Gemialidades Weasley. Apesar dela adorar os amigos ela se sentiu aliviada por não ter que se preocupar em encontrar Fred e George nesse tempo.
"Nós deveríamos estar procurando as coisas nas nossas listas da escola," ela franziu o cenho, estranhamente usando o mesmo olhar que Dorea usava ao tentar domar o cabelo bagunçado do menino.
"Está bem, está bem," James suspirou alto. "Vamos à Artigos de Qualidade para Quadribol então," ele disse como se fosse um grande sacrifício da parte dele.
"Você não precisa de suprimentos para Quadribol," Mia o repreendeu. "Alunos do primeiro ano são proibidos de jogar."
"Então vou ficar bem famoso quando entrar para o time, né? Artilheiro Mais Jovem em séculos! É assim que vão me chamar," ele disse presunçoso e Mia riu da frase dele. Ela sabia que James não seria o Artilheiro Mais Jovem em séculos, mas sentiu um estranho orgulho sabendo que Harry ia cumprir o sonho de Quadribol de James. Mesmo que o jogo fosse ridiculamente uma perda de tempo e uma desculpa para barbaridades.
"Você é incorrigível," ela balançou a cabeça, recusando-se a acompanhá-lo no interior da loja. Era demais lidar com um menino, um menino só em toda a sua vida que não fosse obcecado com a desculpa insana para um esporte?
"Floreios e Borrões primeiro e depois eu ficarei feliz em te acompanhar para sua pequena loja de vassouras," Mia o encarou, os braços cruzados no peito. "Não é como se já tivéssemos o dinheiro para comprar qualquer coisa. Estamos apenas procurando enquanto esperamos pela Mãe," ela deu de ombros.
James parecia estar bem com o pequeno compromisso e os dois se dirigiram para a livraria, um mais ansioso do que o outro. Uma mulher magra e pálida ultrapassou Mia pela direita, os pés tropeçando um pouco enquanto ela acelerava em direção à loja de livros. Seus olhos se voltaram para trás uma vez, olheiras abaixo deles e uma careta exausta fixa em sua mandíbula. "Severus, se apresse, seu pai nos quer de volta antes do meio-dia!" A mulher estalou.
... Severus?
Mia se virou para seguir o olhar da mulher, mas quando ela se moveu, ela colidiu com alguma coisa e perdeu o equilíbrio. "Ai!" Gritou a voz de um jovem do sexo masculino e de repente seus olhos castanhos olharam para o rosto pálido coberto de cabelos negros e olhos escuros se estreitaram para ela.
"Oh, me desculpe," ela murmurou, chocada com a visão familiar.
"Olha por onde anda!" O garoto gritou, seus olhos se estreitando antes de empurrá-la para fora do seu caminho. Mia tropeçou para trás, ainda desajeitada com seu tamanho menor. Ela tentou recuperar o equilíbrio, mas caiu na estrada de paralelepípedos, esfolando os joelhos e as palmas das mãos contra a superfície áspera da rua.
"Ei! Não toca na minha irmã!" James gritou, avançando e encarando o garoto.
"Ela deveria prestar atenção por onde anda," disse o garoto de cara azeda, olhando furiosamente para James enquanto os dois se enfrentavam.
"Severus! Venha já aqui!" A mulher magra gritou.
"Parece que a Mamãe está te chamando," James zombou, seus olhos se estreitando, olhando para o garoto que se atreveu a empurrar sua irmã gêmea.
Mia fungou e olhou para o seu joelho esfolado que estava sangrando. Certamente não foi a pior coisa que ela já teve que lidar com, e ela quase riu da picada do corte em comparação com a Maldição Cruciatus ou a sensação de se estrunchar. Não, isso não era nada, embora ela estivesse um pouco envergonhada por tropeçar com tanta facilidade.
"Ei, você está bem?" Outra voz perguntou e uma sombra caiu sobre ela. "Isso parece uma bela queda."
"Eu estou bem..." Mia resmungou enquanto tentava tirar algumas pequenas pedras para fora do corte em sua perna. Ela voltou sua atenção para cima para agradecer a pessoa por ser atencioso e perguntar sobre ela, mas quando ela foi falar, sua boca se abriu enquanto seus olhos olhavam para uma cor de cinza que estava intimamente familiarizada. Sua respiração ficou presa na garganta enquanto ela ficava boquiaberta com a visão. A cor da fumaça da fogueira em uma manhã de outono, mas a íris brilhavam como prata derretida à luz do sol. "Eu..." ela exalou e sussurrou, "Sirius?"
"A gente se conhece?" O menino na frente dela levantou uma sobrancelha e um sorriso cruzou seu rosto.
"O que?" Mia piscou.
"Você me chamou de Sirius."
"O que?" Merda! Ela tinha chamado. Ela silenciosamente se repreendeu por ser tão facilmente distraída que ela quebrou uma das principais regras da viagem no tempo. "Não, eu perguntei se você estava falando sério?" Ela tentou se recuperar, mas fez uma careta interna a sua terrível mentira. "Uma bela queda. Você está falando sério? Já tive piores."
"Ããã," o jovem garoto pareceu ponderar a resposta dela como se estivesse decidindo se a garota estava mentindo ou não. Mia engoliu.
"Por que pensou que a gente se conhecia?" Ela perguntou casualmente.
"Meu nome é Sirius," ele piscou para ela e ela ruborizou.
"Está falando sério?" Ela riu.
"Sim," ele sorriu debochadamente e Mia derreteu.
Esse era Sirius. Sirius Black. O Sirius dela. Não, não, não o Sirius dela. O Sirius dela nem era dela na verdade, e ele estava trinta anos no futuro esperando por ela, o dia depois do aniversário dela quando eles iriam conversar sobre o vínculo deles. O vínculo deles! Os olhos de Mia se arregalaram enquanto olhava para o garoto, se perguntando se ainda existia aqui e agora. Ela se lembrava de ler sobre o ritual da dívida de vida e como era suposto existir mesmo através do tempo e espaço, mas certamente não incluía viagem no tempo também.
"Eu... estou bem," ela finalmente respondeu a pergunta original, tentando se distrair e não olhar diretamente para o menino. Seus belos traços aristocráticos estavam escondidos sob as curvas suaves que tenham ficado da infância. Sua pele clara contrastava lindamente com o cabelo sempre negro brilhante, que pairava logo depois dos seus ouvidos. Sem as linhas da idade em seu rosto, inúmeras cicatrizes e tatuagens, Mia se esforçou para procurar no rosto do menino o do homem que a tinha deixado em sua biblioteca da família poucos dias atrás. Não havia o menor indício de malícia no olho do menino e Mia sorriu. Encontrei você, Sirius, ela pensou consigo mesma.
"Você está sangrando, isso sim," ele apontou para o joelho dela, a tirando do seu torpor.
"Ah..." Ela franziu a testa e olhou constrangida para a pele do seu joelho.
"Aqui," Sirius se ajoelhou ao seu lado, puxando um lenço de seda do bolso de suas vestes finamente feitas, segurando-o para ela.
"Você tem certeza? Isso parece caro," ela olhou para a seda preta nas mãos, tomando conhecimento imediato do nome da família Black bordado em prata no canto do pano.
"Melhor ainda, pode arruiná-lo," ele sorriu e ela sorriu agradecida, pressionando o pano na sua pequena ferida, limpando o sangue de sua pele.
"Eu sou H... Mia," ela disse, se repreendendo de novo por quase estragar tudo. "A propósito."
"Que babaca," James xingou enquanto voltava para sua irmã, cheio de seguir o menino que a tinha empurrado. "Você está bem, Mia?" Ele perguntou, preocupação e irritação em sua voz. Ele tinha sido um irmão por um dia inteiro e já tinha falhado em proteger sua irmã.
"Estou, só ralei meu joelho," Mia sorriu para ele e James imediatamente percebeu o outro garoto, que estendia a mão para Mia, a ajudando a levantar.
"Ei, obrigada, parceiro," James estendeu a mão para Sirius, feliz que alguém tivesse parado para ver se sua irmã estava bem.
"Sem problemas," Sirius acenou, apertando a mão dele.
"James, esse é o Sirius," Mia sorriu brilhantemente quando de repente percebeu que este era um momento histórico muito importante. Ela sorriu para os dois garotos, marcando a fogo a memória em sua mente, ansiosamente esperando que ela pudesse mantê-la assim para quando - ou se - ela voltasse para Harry, ela pudesse dizer tudo sobre isso, ou melhor ainda mostrar dentro de uma Penseira. "Sirius, meu irmão, James."
"Você gosta do Puddlemere?" Sirius perguntou, apontando para a camisa que James usava por dentro das suas vestes abertas.
"Quem não gosta?" James sorriu.
"Eu não," Mia deu de ombros. "Não gosto muito de Quadribol."
"Você não gosta de Quadribol?!" Ambos garotos gritaram ao mesmo tempo, olhos arregalados para ela como se tivesse brotado uma segunda cabeça.
"Que diabos, Mia?" James apertou o peito como se o coração tivesse partido. "Eu sabia que você não queria ir na loja de Quadribol, mas eu não sabia que era tão ruim assim," ele balançou a cabeça. Considerando a reação dele, Mia poderia muito bem ter sido infectada com varíola de dragão.
"O que tem de errado com você?" Sirius engasgou.
"Por que você quer me magoar?" James fungou.
"Oh, Merlin," Mia revirou os olhos com a cena melodramática acontecendo na frente dela. "Podemos ir procurar nossos livros agora?"
"Sem chances," James fez uma careta. "Aquele seboso que derrubou você está na Floreios e Borrões com a mãe. Eu prefiro evitar encontrá-lo novamente."
"Quem era ele?" Sirius perguntou, com uma careta combinando no rosto.
"Não tenho ideia," James deu de ombros. "Apenas mais uma cria de cobra."
"Não é um fã de Sonserinos?" Sirius sorriu.
"Por que, você está planejando virar um?" James disse em tom de brincadeira, como se fosse uma piada que alguém fosse planejar tal absurdo em ser selecionado para a Sonserina.
"Não se eu tiver escolha," Sirius gargalhou.
"Sirius Orion Black!" Uma voz alta e aguda chamava de uma pequena distância. Os olhos de Mia se arregalaram com a visão de Walburga Black, viva e em carne e osso. Ela passou meses dentro do Largo Grimmauld com o retrato desta mesma mulher gritando com ela, que nunca hesitou em chamá-la de um sangue-ruim imunda que estava manchando a Casa Muy Antiga e Nobre por pisar dentro dela. Era mais do que um pouco desconfortável ver a mulher na sua frente e não poder cobri-la com a cortina.
"Eu não mandei você ficar com seu irmão?" Walburga Black disse encarando o filho mais velho, ignorando as outras duas crianças na frente dela.
"Para que? Ele não largou a sua saia a manhã inteira," Sirius olhou para o garoto menor com cabelos também negros, que estava de fato segurando a parte de trás do vestido de Walburga firmemente, os olhos cinzas tão semelhantes aos de Sirius eram menores e estavam bem abertos enquanto olhava nervosamente da mãe para o irmão. Esse deve ser Regulus Black.
"Olhe a boca seu pequeno..." a mãe de Sirius levantou a mão, claramente não hesitando em golpear seu próprio filho na praça pública do Beco Diagonal. Sirius, mais desafiante do que nunca, nem sequer pestanejou ou piscou com a visão. Mia, no entanto, procurou por sua varinha para defender Sirius, só para lembrar que ela não tinha mais uma.
"Walburga," a calma e controlada voz de Dorea Potter deslizou, aproximando-se da cena, os olhos frios e duros enquanto ela parava entre Walburga Black e Sirius, que estavam lado a lado de James e Mia.
"Tia Dorea," Walburga olhou, abaixando a mão.
"Muito tempo," Dorea disse, olhando para Walburga como se a avaliasse.
"Não. O. Suficiente," a mãe de Sirius fervia.
"Tão dramática como sempre, vejo," Dorea revirou os olhos.
"Ainda casada com um traidor de sangue, imagino?"
"Traidor de sangue, sim," Dorea riu. "Quão inteligente."
"Mãe?" James sussurrou ansiosamente, tentando quebrar a tensão entre as duas mulheres.
Mia olhou calmamente para as duas mulheres, ainda surpresa pela palavra "tia" que Walburga colocou na frente do nome de Dorea. Mia tinha quase esquecido que a avó de Harry era uma Black. Ela pesquisou, claro, quando ela tinha se preparado para o ritual de dívida de vida, necessitando de alguma coisa da linhagem Black, a fim de chamar por Sirius. No entanto, ela tinha esquecido a conexão quando ficou cara a cara com Dorea, não encontrando nenhuma semelhança entre sua mãe adotiva e a bruxa perversa em sua frente.
"Oh," os olhos de Walburga se voltaram para James. "Soube que você teve um filho algum tempo atrás."
"Sim, esse é meu filho James e minha filha Mia," disse Dorea.
"Uma filha também?" Ela disse as palavras como se viessem com uma grande vergonha. "Não soube disso," Walburga deu um tapinha na cabeça do seu filho mais novo claramente como se estivesse em silêncio mostrando que ela tinha fornecido não um, mas dois filhos para a Muy Antiga e Nobre Casa Black, como se ultrapassasse Dorea.
"Bem, você sabe como a sociedade é. Uma vez que você teve o herdeiro, não há razão para comemorar," Dorea disse sarcasticamente.
"Suponho que você esteja certa," Walburga concordou.
"Eu estava sendo sarcástica seu imenso lixo," Dorea estreitou os olhos, trincando a mandíbula. James e Mia arregalaram os olhos enquanto olhavam para a mãe, que era sempre tão calma e serena, mas estava emanando o clássico temperamento Black, os olhos cinzas cerrados para Walburga. Sirius, no entanto, se iluminou para Dorea Potter como se ela fosse a coisa mais maravilhosa que ele já tinha visto em toda a sua vida.
"Sirius Black, senhora," ele sorriu e estendeu a mão. "Um prazer absoluto conhecê-la," disse ele com admiração.
"Dorea Potter," ela sorriu para o menino, ignorando o olhar de ódio que atravessou o rosto de Walburga. "E você pertence a quem?" Ela perguntou já sabendo a resposta, mas se divertindo com o som de Walburga rangendo os dentes.
"Esse é meu filho," a mulher irritada exasperou-se.
"Mas ele consegue sorrir, Walburga," Dorea engasgou fingindo-se chocada. "Onde na terra ele poderia ter visto um sorriso antes?" O sorriso de Sirius aumentou e ele olhou para James e Mia com grande afeição antes voltar sua adoração para Dorea.
"Sirius é o herdeiro da Muy Antiga e Nobre Casa Black," Walburga disse orgulhosa, apesar dela se recusar a olhar para o filho enquanto falava tão bem dele. O mesmo filho que ela quase bateu apenas uns minutos atrás. "Você se lembra deles, não, Dorea?"
"Minha própria Casa? Sim, tenho quase certeza de que me lembro."
"Surpreendente, considerando o fato de que você se recusa a agir de acordo," Walburga bufou.
"Eu ajo de acordo com o que a minha consciência dita. E ensino meus filhos a fazerem o mesmo," disse Dorea, carinhosamente movendo-se para ficar atrás de James e Mia, colocando uma mão em cada um de seus ombros.
"Vergonha," Walburga olhou para os filhos como se as ações de Dorea imediatamente os rotulasse como "traidores de sangue". "Eu ensino meus filhos obediência e tradição."
"Você ensina a intolerância e o ódio e não me engana nem por um segundo!" Dorea falou violentamente, olhando como se fosse uma víbora pronta para atacar. De repente, ver Dorea Potter como um Sonserina não era tão difícil.
"Mãe..." Mia puxou a manga de Dorea. "Não deveríamos estar indo pegar nossas varinhas?"
"Sim, bem," Dorea soltou um suspiro trêmulo. "Se você me der licença Walburga, minha família e eu temos algumas compras da escola para fazer."
"Sirius está indo para Hogwarts esse ano também. Com certeza deixará a casa Sonserina muito orgulhosa," Walburga virou o nariz no ar e foi embora, ansiosa para ter a última palavra. Dorea fez o mesmo e se virou para andar na direção contrária. Regulus imediatamente seguiu Walburga, mas Sirius não se mexeu para ir embora.
"Eu ouvi que na Seleção temos que lutar com um dragão," Sirius comentou com um sorriso, agindo como se nada tivesse acontecido.
"Isso é besteira, Sirius," Mia balançou a cabeça.
"Eu imagino que tipo de dragão vá ser!" Os olhos de James brilharam.
"Jamie, nós não temos que lutar com um dragão," Mia insistiu.
"Espero que seja um Meteoro Chinês!" Sirius sorriu animado.
"Ou um Dente de Víbora Peruano!" disse James.
"Cruel," ambos os garotos murmuraram entusiasmados.
"Vocês dois estão ao menos me ouvindo?" Mia resmungou.
"Sirius! Venha!" Walburga gritou mais uma vez, batendo o pé.
"A mulher me trata como um maldito cão," Sirius resmungou e Mia prendeu a risada.
"Nós vamos te ver no trem?" Ela perguntou quando ele começou a se mexer.
"Guarda um lugar para mim," ele sorriu para os dois e girou nos calcanhares para alcançar a sua família, esquivando-se para o lado quando Walburga se moveu para bater nele, rindo quando ela errou alvo.
"Bom," disse Dorea, se reaproximando dos filhos. "Interessante amigo que vocês fizeram."
"Ele foi legal," Mia suspirou, seu coração apertando quando ela de repente percebeu o quanto ela tinha sentido falta do sorriso e do riso de Sirius. "Um menino me empurrou para o chão e Sirius me ajudou," explicou Mia, apontando para o joelho que começava a criar casquinha.
"Um filho de Walburga Black ajudou um Potter?" Dorea gargalhou, os olhos arregalados. "Salazar Sonserina deve estar se revirando no túmulo." James e Mia riram. "Está bem, estamos um pouco atrasados graças a essa doida. Eu teria me afastado se fosse qualquer outra pessoa," Dorea explicou. "Mas há algo incrivelmente satisfatório em despentear as penas daquele abutre velho."
oOoOoOo
Loja de Varinhas do Olivaras
A família Potter fez seu caminho para uma estreita, pequena loja na frente deles. Letras de ouro que descascavam sobre a porta liam 'Olivaras: Artesão de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C' Hermione sorriu brilhantemente à inscrição e James parecia estar saltitando na ponta dos pés quando eles entraram na loja.
"Boa tarde," Olivaras sorriu enquanto se aproximava do balcão, olhando para as crianças animadas. Mia olhou para o homem que apenas meses atrás estava devastadoramente desnutrido, na última vez que o tinha visto no Chalé das Conchas, depois de escaparem da Mansão Malfoy. O homem a sua frente parecia feliz e saudável apesar da sua idade, e obviamente ansioso em ajudar os dois novos consumidores.
"Dorea Black," Olivaras sorriu para ela. "Vinte e seis centímetros e meio. Cerejeira, flexível, com núcleo de coração de dragão," ele recitou e Dorea sorriu de volta para o homem, impressionada.
"Exibido," Dorea riu. "E é Dorea Potter agora," ela explicou. "Meus filhos estão indo para Hogwarts esse ano e precisam de varinhas."
"Sempre contente em fornecer varinhas para novos Potters," Olivaras sorriu. "Varinha de Charlus tem vinte e sete centímetros, Nogueira, flexível, com o núcleo de pelo de unicórnio, não?"
"Você sabe disso," Dorea revirou os olhos. "James, você primeiro," ela apontou para o filho que avançou com os olhos avelã excitados fixos em Olivaras.
"Levante seu braço. Assim." Ele mediu James do ombro até o dedo, depois pulso ao cotovelo, ombro ao chão, o joelho à axila e em volta de sua cabeça. Enquanto ele media, ele dizia "Cada varinha do Olivaras tem um núcleo de uma substância mágica poderosa, Sr. Potter. Usamos pelos de unicórnio, penas da cauda fênix e fibras do coração de dragões. E claro, você nunca terá resultados tão bons com a varinha de outro bruxo."
Mia piscou, pensando se sua varinha original estava em algum lugar na loja, esperando para escolhê-la, ou se ela talvez acabasse com uma diferente e a bela varinha de videira esperaria na estante por ela.
Depois de três tentativas, Olivaras colocou uma varinha de vinte e oito centímetros, feita de mogno e com núcleo de pelo de unicórnio na mão do jovem bruxo. Os olhos de James se iluminaram e ele deixou escapar um suspiro. "Essa..." James murmurou. "Essa parece... boa," ele sorriu e balançou a varinha que imediatamente soltou faíscas vermelhas e douradas.
"Ah, maravilhoso, maravilhoso," Olivaras sorriu. "Essa tem mágica muito consistente," ele acenou com a cabeça. "Boa para transfiguração," disse ele. "Agora, a jovem senhorita?" Olivaras virou-se para Mia que imediatamente se aproximou do balcão para ser medida como seu irmão tinha sido.
O fabricante de varinhas virou-se para as prateleiras e tirou três caixas para Mia tentar. O primeiro foi uma varinha cinza frágil com o núcleo de um pelo de unicórnio, mas não tocou seus dedos nela por mais de três segundos antes de Olivaras balançar a cabeça e a remover de seu aperto.
"Ah, aqui," ele puxou uma varinha bem familiar de uma caixinha e os olhos de Mia se arregalaram. Não, não, absolutamente não! "Azevinho e pena de fênix, vinte e oito centímetros, boa e flexível." A varinha de Harry. Mia a reconheceu imediatamente e hesitou em tocá-la. Ela conhecia essa varinha e a irmã dela, e ela engoliu com força antes de pegá-la. Com grande alívio, Olivaras puxou a varinha depois de alguns momentos, a substituindo instantaneamente por outra, enquanto Mia ainda estava distraída, se recuperando do seu quase ataque de pânico.
Um calor preencheu seus dedos como um banho de banheira quente. "Essa parece... familiar," Mia sussurrou.
"Ah, bom," Olivaras sorriu. "Vinte e seis centímetros, videira, com o núcleo de fibra de coração de dragão," ele explicou e Mia encarou o homem. Não era sua varinha original, a medida era diferente, mas ela não pôde evitar sentir uma familiaridade com a varinha em mãos.
"Fibra de coração de dragão?" Ela perguntou.
"Sim, Srta Potter, muito poderosa. O dragão que doou essa fibra de coração era um velho Barriga de Ferro Ucraniano, doou três nesse ano," ele acenou com a cabeça. "A varinha feita de salgueiro que eu vendi para uma jovem menina nascida-trouxa bem nessa semana, e outra videira lá atrás, um pouco maior do que essa," ele sorriu e Mia devolveu o sorriso. De alguma forma, ela acabou com a varinha irmã da sua original. Isso a fez sentir como se não a tivesse deixado para trás em 1998.
"Perfeição como sempre, Sr Olivaras," Dorea sorriu e colocou quatorze galeões nas mãos do fabricante de varinhas, que fez uma reverência para a bruxa em agradecimento enquanto ela escoltava as crianças excitadas pela porta.
Talvez isso não seja tão ruim, Hermione pensou. 1971 estava lentamente começando a parecer seu lar.
N/A: Oi, gente! Estou tão feliz, esse é um dos capítulos que eu mais gostei de ler/traduzir! Finalmente, os irmãos Potter conhecem Sirius, uhuuuul!
E a adoração dele pela Dorea, claro, não poderia ficar de fora! Sempre foi algo que eu gostei muito nos livros e achei que essa abordagem na fanfic do primeiro encontro deles ser ela o defendendo da Walburga foi maravilhosa!
Espero que continuem lendo e comentem um pouco mais hahaha
Motoko Li: a relação do Jamie e Mia é simplesmente maravilhosa! Eles realmente viram irmãos, sabe? Em todos os sentidos e situações!
Pois é, também estranhei isso de ninguém saber sobre os Potter terem mais um filho, ainda mais "gêmeo" e ninguém saber, mas acho que a explicação até que fica compreensível. Temos que lembrar que eles falam que não costumam sair de casa, até porque com uma casa imensa, com pomar, com rio, com praticamente tudo de bom, quem viveria saindo, né? Hahahaha
Eu nunca li Rick Riordan, mas vou botar na minha lista de futura leitura, que também já está bem grande! Só entra livro, raramente sai, 2015 foi um ano bem agitado e quase não tive tempo para ler :( tomara que 2016 seja diferente.
Espero que goste do capítulo! Até o próximo :))
Mile Mayfer: feliz ano novo! Também gostei muito dessa segunda chance que ela teve. No início, ela fica assustada e irritada, o que é bem compreensível, mas ela vai acabar aproveitando bastante essa nova juventude sem preconceitos, vai aprontar com os Marotos e vai ficar amiga da Lily também! Porque, nesse tempo, o preconceito vai ser voltado justamente para Lily, e Mia vai se identificar com isso e vai tentar impedir sempre que possível :)
Eu acho que Harry teria a-do-ra-do a Dorea! Sério, talvez se ele crescesse com ela presente, as chances dele ir pra Sonserina seriam maiores hahahaha ela é um amor e Charlus também, são pais maravilhosos!
Bom, nesse cap vimos como eles conhecem Sirius, e aos poucos eles vão conhecendo o resto!
Obrigada por comentar, sempre fico muito feliz! Vou continuar tentando postar aos domingos e quintas, mas se eu achar que for atrasar por algum motivo vou tentar avisar por aqui!
Até o próximo!
