The Debt of Time

Parte Dois - O Vira-Tempo

Capítulo Vinte: Adotando Animais Perdidos

"...And how can I stand here with you,
And not be moved by you?
Would you tell me,
How could it be, any better than this?..."
(Everything - Lifehouse)


Capítulo 20 - Adotando Animais Perdidos

1o de setembro, 1971

Estação Kings Cross

Mia rapidamente seguiu atrás de James através da barreira que separava as Plataformas Nove e Dez. Os gêmeos fizeram seu caminho para a parede aparentemente de pedra, os dois sorrindo debochadamente enquanto empurravam seus carrinhos; o de James maior que o de Mia, já que levava uma grande gaiola de corujas com uma das de sua família, uma coruja Tawny de cor marrom e asas brancas de nome Hector. Apesar de Mia ter tido a chance de trazer sua própria coruja para Hogwarts, ela recusou. Uma parte dela não estava disposta a se ligar com outra criatura tão cedo do mesmo jeito que ela tinha se ligado com seu amado Bichento.

A fumaça saía do motor do trem rotulado 'Expresso de Hogwarts'. A visão familiar do gigante trem escarlate com motor a vapor acalmou os nervos em frangalhos de Mia que vinha aumentando desde que Tilly a tinha acordado esta manhã. Ela passou o último mês como Mia Potter, filha de Charlus e Dorea Potter, irmã gêmea de James Potter, e foi estranhamente fácil se perder em sua nova vida.

A pequena família raramente deixava o conforto da Mansão, passando as manhãs lendo juntos ou separados na grande biblioteca que rivalizava com a da família Black. As tardes eram passadas no pomar, nos jardins ou na pequena clareira que James estava determinado em eventualmente transformar em um bom campo de Quadribol, onde ele praticava voo, incomodando a irmã para se juntar a ele, algo que ela sempre se recusou a fazer. As noites eram passadas apreciando o jantar juntos, ouvindo as histórias dos seus pais, jogando snap explosivo ou xadrez bruxo e eventualmente correndo para a cama tentando evitar a elfo arrogante que parecia ter criado um jogo de tentar enfiar as crianças Potter na cama. Enquanto James normalmente apreciava ser mimado pela elfo-doméstica, agora que ele tinha visto a expressão divertida e orgulhosa no rosto de sua irmã quando ela adequadamente fugia de Tilly, rapidamente decidiu juntar-se à diversão, para grande irritação de Tilly.

Eram apenas as noites que dificultavam a vida de Mia. Ela se recusava em deixar os pais Potters descobrirem sobre seus pesadelos, não querendo assustá-los ou deixá-los ver como ela estava totalmente quebrada. Felizmente, James sempre estava ali, se esgueirando para o quarto de Mia e subindo na cama normalmente uma ou duas horas depois dos gêmeos se separarem em ambas as suítes. Ele tomaria a mão dela entre as suas, iria proferir promessas de proteção e os irmãos cairiam no sono silenciosamente. A vida era estranhamente boa aqui e Mia estava se adaptando bem, lendo a carta de Remus toda noite antes de ir para cama para se lembrar das regras.

'Viva a sua vida. Aproveite a sua vida.'

Dorea olhou para seus filhos, com lágrimas nos olhos. James imediatamente mostrou o seu lado suave abraçando sua mãe firmemente ao redor da cintura e não fez nenhuma confusão quando ela tentou achatar carinhosamente seu cabelo bagunçado que estava de pé em várias direções diferentes na parte de trás. "Certifique-se de escrever para nós após a seleção," Dorea sussurrou.

"Quando você entrar para a Grifinória," Charlus acrescentou com um sorriso.

"Ou Sonserina," Dorea encarou o marido.

"Qualquer uma está ótima," Charlus prometeu as crianças que riram muito da maneira que sua mãe cruzou os braços sobre o peito e, em seguida, murmurou algo depreciativo baixinho que terminou com "... como se meus filhos fossem ser da Lufa-Lufa."

"Vão lá então, vocês vão querer pegar um bom lugar," Charlus apertou o ombro de James uma vez antes de trazer o garoto para um abraço apertado, e depois de liberar o filho, ele estendeu seu longo braço para a filha, a puxando também.

"Ei, aquele não é o Sirius?" James perguntou enquanto os gêmeos faziam o caminho para a entrada do trem. Os olhos de Mia se viraram e imediatamente e viram a família Black formada por Walburga Black, um Regulus com beicinho, um homem alto com postura rígida, com um sorriso de escárnio fixo em seu rosto que só podia ser Orion Black, e um completamente irritado e impaciente Sirius que pegou o olhar dela e abriu um sorriso quando os gêmeos Potter passaram por ele e sua família na Plataforma.

"Vamos correr para dentro, Jamie," disse Mia com um sorriso que rapidamente desapareceu quando ela acidentalmente fez contato visual com Walburga Black, que fez uma careta para ela com desprezo total e absoluto.

"Não desonre a nossa família, Sirius," Walburga ameaçava seu filho mais velho. "Você tem um problema de atitude e um hábito de compactuar com crianças que mancham a nossa raça," os olhos mais uma vez voltando para cima, para os gêmeos Potter que estavam carregando seus malões para o comboio. "Por sorte, quando você for selecionado para a Sonserina, você não terá de interagir com a sujeira e lama com tanta frequência."

"Eu vou perder o trem se eu não for agora," Sirius gemeu.

"Por favor, não vá," Regulus sussurrou desesperado.

"Eu vou te escrever toda semana, Reg," Sirius prometeu, vendo o olhar tenso que o irmão estava lhe dando. Os irmãos eram tão próximos quanto possíveis, dada as suas vidas na casa, apesar de parecer que Walburga e Orion Black pretendessem criar animosidade entre os irmãos, como se pudessem segurar Regulus sobre a cabeça de Sirius em uma tentativa de controlar o mais velho.

"Eu também quero ir," Regulus franziu o cenho.

"Não seja ridículo, meu garoto precioso," Walburga sorriu e puxou Regulus para perto dela. "Você vai ter um ano inteiro comigo. Sem influências que o distraiam," ela disse, estreitando os olhos para Sirius mais uma vez.

"Sutil," Sirius revirou os olhos.

"O que você disse?" Ela soltou para ele.

"Eu disse..." e Sirius tentou pensar em uma mentira. O que rima com 'sutil'? "Gentil."

"Gentil?" Walburga zombou.

"É, eu admito que nem estava tentando," Sirius sacudiu a cabeça.

"Suba no trem antes que eu mude de ideia e o envie para Durmstrang," a mulher disse através dos dentes enquanto tentava controlar seu temperamento. Apesar dela não ter problema em disciplinar publicamente o garoto, a Plataforma Nove e Três Quartos estava lotada e ela estava mais interessada em ir embora o mais rápido possível.

"Reg, Pai... Walburga, foi um prazer," Sirius saudou todos com um sorriso debochado no rosto enquanto se esquivava rapidamente e corria para a porta do trem, puxando sua mala atrás dele. "Você não ia realmente me deixar ali, ia?" Sirius perguntou imediatamente quando correu para Mia e James, ambos tendo assistido a despedida dele com sua família de uma janela aberta.

"Não é minha culpa se você demorou tanto lá trás beijando sua mãe," Mia brincou.

"Ai, a gatinha tem garras," olhos de Sirius cintilaram para ela e Mia sorriu brilhantemente, lembrando-se do ano passado na Toca quando um Sirius muito mais velho lhe havia dito a mesma coisa antes de levá-la em seus braços para a pista de dança no casamento de Gui e Fleur.

"Depressa vocês dois," James chamou por eles. "Antes que todos os compartimentos sejam pegos."

"Vocês garotos vão procurar um, eu vou ficar vendo o trem partir," Mia disse com um sorriso. Ela tinha feito a mesma coisa na sua primeira vez no Expresso de Hogwarts.

"Garotas," James revirou os olhos. "Tão malditamente sentimentais," ele riu e Sirius se juntou a ele, seguindo o garoto de cabelos negros bagunçados enquanto os dois seguiam pelo corredor, procurando ansiosamente por um compartimento vazio.

Mia assistiu a partir das janelas com os olhos úmidos quando o trem saiu da estação uma vez que o relógio bateu onze. Os pais Potter acenaram a partir da plataforma e Mia soltou um suspiro enquanto observava as âncoras de seu conforto neste mundo se distanciarem rápido para longe da vista. Ela fechou os olhos e lembrou-se que em breve ela estaria em Hogwarts. Seu lugar seguro. O lugar onde ela cresceu e floresceu dentro da magia. Seu verdadeiro lar. Mia convocou sua coragem Grifinória interior e se dirigiu para o corredor para procurar Sirius e James.

Enquanto caminhava, algo mexeu dentro dela como se alguma corda invisível estivesse puxando seu olhar para o lado onde seus olhos castanhos se depararam sobre um pequeno compartimento na parte da frente do trem, onde um menino magro e pálido, com cabelo loiro arenoso, estava sentado com a nariz colado em um livro. Ela levantou uma sobrancelha enquanto estudava o menino, sem saber por que motivo o seu espírito parecia chegar até ele. O nariz do menino se contorceu e ela podia vê-lo cheirar o ar e imediatamente uma expressão confusa pintava o rosto dele enquanto seus suaves olhos verdes se viravam e expectativamente olhavam para ela. Ela tomou conhecimento rápido, que ao contrário da maioria dos outros alunos, o menino já estava usando suas veste negras de Hogwarts que pareciam ligeiramente grandes sobre ele, cobrindo-o da cabeça aos pés, exceto por suas mãos e a pequena extensão de pescoço, onde Mia podia ver o fraco esboço do que parecia ser uma cicatriz recente. Com os olhos castanhos arregalados, Mia deixou escapar um suave engasgo.

Remus Lupin.

Ela virou a cabeça para longe dele, sufocando sua raiva e ela passou por seu compartimento, respirando pesado. Este rapaz era a razão para ela estar aqui em primeiro lugar. A razão pela qual ela tinha sido arrancada de seu próprio tempo e empurrada para o passado sem permissão. A razão dela estar com onze anos de novo e forçada a criar uma nova vida e uma nova identidade. Mia queria entrar naquele compartimento e bater nele. Mas então ela se lembrou da expressão confusa no rosto do menino e a cicatriz em seu pescoço. Esse não era o Remus que a enganou e a mandou para o passado. Era somente um menino, um menino que pela aparência parecia bem doente e Mia percebeu que a lua cheia seria dentro de apenas três dias. Droga. Ele provavelmente estava sentindo muita dor, se sentindo mal e exausto e agora tinha que lidar com o estresse da primeira viagem para Hogwarts.

Mia se lembrou da carta de Remus para ela.

'e espero que muito em breve você se depare com um menino muito solitário, que está com pavor de ir para Hogwarts, e está desesperado para alguns amigos compreensivos.'

Sua careta se aprofundou. Remus era seu amigo. Não importa o que ele tinha feito, ela sempre admirou e confiou nele. Ele tinha sido o melhor professor que já tivera o privilégio de ser orientada, e ele sempre tinha estado lá para ela. Ela, por sua vez tinha tentado estar lá para ele, ajudando Tonks com transformações de Remus e a cura que ele precisava depois. Nos piores momentos dele - como quando ele duvidou da sua habilidade de ser um bom pai - sempre era ela que levava um conforto amigável e elevava sua autoestima. Ela não podia simplesmente virar as costas para ele.

"Oi!" Mia disse alegremente enquanto voltava para o compartimento de Remus, pondo a cabeça para dentro e sorria para ele. Remus por sua vez pulou com o ruído repentino e olhou para a garota de cabelos crespos com nervosos olhos verdes.

"Humm... eu?" Ele piscou. "Oi, para mim?" Ele gaguejou através de sua expressão muito confusa. "Eu quero dizer, olá... Humm, oi," ele agarrou seu livro com força contra o peito, como se ele estivesse tentando erguer uma barreira física entre ele e a garota estranha.

"Você está esperando seus amigos se juntarem a você?" Mia perguntou amavelmente, tentando ignorar o jeito que ele parecia se afastar dela.

"Não," Remus franziu a testa. Mia tentou segurar suas emoções. Ela sabia que ele ficaria sozinho e que ele não estava com amigos, mas ela não poderia deixar ele saber disso.

"Então, você está aqui sozinho?" Ela perguntou a ele, entrando no compartimento e observando de perto enquanto ele se pressionava firmemente contra a janela, tentando se distanciar mais.

"Você..." ele gaguejou novamente nervosamente, sua respiração pesada enquanto ela se aproximava dele. "Quero dizer... sim, eu estou sozinho. Isso é bom, porém," ele insistiu rapidamente. "Eu estou bem. Quero dizer, você precisa deste compartimento?" Ele perguntou rapidamente, se perguntando se precisava fazer uma retirada apressada pela porta.

"Não, meu irmão está procurando uma para nós lá no fundo," ela respondeu e depois apontou para o livro que ele apertava bem forte. "Qual o livro que você está lendo?"

"Hogwarts, Uma História."

"Merlin, esse é o meu favorito!" Ela sorriu e imediatamente se sentou bem ao lado dele, observando de perto quando ele deu uma curta respirada e endureceu com a falta de distância entre eles.

Ela deu um momento para que ele se adaptasse a presença dela, percebendo que Remus provavelmente estava aterrorizado neste momento por estar ao redor de outras pessoas, especialmente sem os pais para cuidar dele. Ela se lembrou de um Remus mais velho dizendo a ela como tinha medo de que ele magoasse os outros ou, pior ainda, os infectasse. Isso explicava tudo sobre o aterrorizado e solitário menino na sua frente. Mas o Remus mais velho tinha deixado implícito em sua carta que seu eu mais jovem precisava desesperadamente de amigos compreensivos. E sua carta era seu guia e suas regras, e ela iria obedecê-la. Mia sorriu para ele docemente, apontando para o livro em suas mãos, observando como ele abaixou muito lentamente um pouco a guarda.

"Meu favorito também," ele lhe deu um sorriso nervoso. "Eu estava realmente animado para vir, então eu queria ler logo. Eu não achei que fosse ser capaz de vir," admitiu tristemente.

"Por que não? Você é um bruxo, não é?" Ela perguntou.

"Eu... eu hum... sim," Remus franziu o cenho. "Eu quis dizer, meus pais não tinham certeza se queriam me mandar para algum lugar, é tudo," ele mentiu, e Mia entendeu porque, mas não quis forçar mais o assunto.

"Bom, sorte a nossa então," ela sorriu alegremente.

"Sorte?" Ele levantou uma sobrancelha como se não entendesse a palavra.

"Sim, você está indo para Hogwarts e nós vamos ser amigos," ela disse firmemente.

"Amigos?" A palavra parecia dolorosa quando saiu de seus lábios e Mia deu seu melhor para esconder a expressão de lamento que ameaçou escapar. Sim. Remus era seu amigo, e seria seu amigo de novo. Ela precisava dele, assim como ele precisava desesperadamente dela.

"Eu sou Mia Potter," ela sorriu, estendendo uma mão para ele que a olhou com olhos arregalados.

"Remus Lupin," ele disse sem tocá-la, ainda encarando a mão estendida.

"Sabe, eu não tenho germes," ela insistiu.

"Eu sei, quero dizer..." ele olhou para a mão dela e ela quase podia vê-lo calculando os riscos em sua cabeça. Qualquer outra criança teria provavelmente pensado que ele era completamente estranho, ou, eventualmente, teria se ofendido por sua reação, mas Mia sabia melhor, e foi também por isso que ela se recusou a abaixar a mão. Aperte a maldita mão, Remus, ela disse silenciosamente para si mesma. Eventualmente, os suaves olhos verdes dele olharam para ela, e ela tentou expressar-lhe segurança na situação. Eventualmente, ele estendeu a mão e pegou a mão dela e ela sorriu como se ela tivesse acabado de receber um Ótimo em um teste.

"Vamos, Remus," ela disse, pegando na mão dele do mesmo jeito que Tilly constantemente pegava na dela. Remus imediatamente entrou em pânico, mas não se afastou dela.

"Onde... onde estamos indo?" Ele perguntou nervosamente.

"Encontrar meu irmão e nosso amigo," ela sorriu de volta para ele e observou ele hesitar, se apoiando na porta do compartimento que tinha sido - até ela chegar - o seu lugar seguro e isolado. Mia esperou pacientemente, mas sua postura disse a Remus que ela não iria deixá-lo.

"Se você vir sentar-se comigo eu vou comprar todos os doces do carrinho," disse ela, recorrendo a um simples suborno. "Você gosta de sapos de chocolate?" Os olhos dele brilharam com malícia e ela viu como a barreira que ele tinha colocado entre eles desmoronou imediatamente.

Enquanto Mia e Remus faziam seu caminho para a traseira do trem, eles puderam ouvir gargalhadas saindo de um compartimento perto do fim no lado direito do corredor. E então uma voz muito familiar gritou "Nos vemos por aí, Ranhoso!"

"Ah não..." Mia franziu a testa.

"Algo errado?" Remus perguntou.

"Pelo menos duas coisas," ela suspirou frustrada enquanto via um jovem Severus Snape sair pela porta do compartimento, uma expressão de zombaria no rosto quando ele invadiu a frente através do corredor, indo na direção de Mia e Remus, que parecia trazer o passado com ele pelo caminho até eles, gritando "Saiam!" Mia pulou para trás, não querendo que ele a empurrasse mais uma vez como tinha feito no Beco Diagonal. Ela se virou quando uma pequena menina de cabelos ruivos olhou para Mia e Remus se desculpando com os olhos antes de seguir o menino de cabelo negro gritando "Sev, espere!"

Mia soltou um grunhido de frustração e fez seu caminho até a porta do compartimento, a abrindo e olhando para risonhos James e Sirius. "O que você fez?" Ela se virou para eles.

"Nós conseguimos um compartimento," James sorriu para a irmã com seus olhos avelãs.

"Não foi isso que eu quis dizer," ela estreitou os olhos. "Vocês foram maus com os outros dois estudantes que acabaram de sair daqui?"

"Nós não fizemos nada," Sirius se defendeu imediatamente. "Aquele idiota ranhoso que começou."

"É, ele nos chamou de estúpidos," James zombou.

"E a garota?" Mia perguntou.

"Provavelmente só mais uma Sonserina como o garoto," James deu de ombros e Mia revirou os olhos. Ah James, se você soubesse o que acabou de fazer. "Você sabe que foi ele que te empurrou no Beco Diagonal, né?"

"Sim, eu não sou educado com garotos que empurram meninas," Sirius rosnou.

"Bom..." ela suspirou frustrada, sabendo que os meninos, pelo menos, tinham se conhecido a partir de um ambiente mais ou menos agradável, embora ela não estivesse satisfeita com a forma que eles tinham levado isso. "Obrigada por me defenderem, eu acho. Embora eu seja perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma," ela acrescentou teimosamente enquanto entrava completamente no compartimento, pegando de novo a mão de Remus e o puxando para dentro com ela, se sentando com ele na frente de James e Sirius. "A propósito esse é meu novo amigo, Remus."

"James Potter," James sorriu e estendeu sua mão. Remus olhou para ela do mesmo modo que tinha olhado para a mão de Mia, mas dessa vez ele não perdeu muito tempo em apertá-la antes que outra mão se estendesse para ele.

"Sirius Black."

"Remus Lupin," o pequeno lobisomem ofereceu aos dois garotos um pequeno sorriso.

"Para qual casa você quer ir, Remus?" James perguntou rapidamente.

"Grifinória," afirmou, sem perder o ritmo.

"Bom," James sorriu. "Ei Mia, quer ouvir algo engraçado? Sirius pode acabar indo para a Sonserina," James riu.

"Não se eu puder evitar," Sirius zombou e levantou sua cabeça, determinação no rosto.

"A Mãe era uma Sonserina," Mia apontou.

"Sério?" Sirius empacou. "Mas a Mãe de vocês parecia tão... boa."

"Ela é uma Black. Como a sua Mãe," Mia lembrou.

"Sua Mãe não tem nada a ver com a minha Mãe," Sirius foi bem rápido em defender a honra de Dorea Potter. "Pelo menos eu espero que não, para o bem de vocês."

"A sua Mãe chamou a minha Mãe de 'Tia Dorea'. Isso nos torna família, né?" James perguntou.

"Todas as famílias Puro-sangue estão relacionadas de alguma forma, se você voltar o bastante no tempo," Mia explicou.

"Eu nunca me importei muito com a árvore da minha família," Sirius sorriu com deboche. "Ela se cruza com muita frequência." Mia deu-lhe um sorriso. Ela tinha visto a tapeçaria da família Black com seus próprios olhos e Sirius não estava de forma alguma exagerando. Ela nunca tinha visto uma árvore com galhos mais entrelaçados

"Nós somos primos de segundo grau," disse ela, apontando para si mesma, James e Sirius. "Apesar de se considerarmos o que Sirius disse sobre os cruzamentos na árvore de família, há uma chance de que poderíamos ser primos de quarto grau. Eu teria que pesquisar um pouco para ter certeza."

"Ela sempre fala assim?" Sirius riu.

"Fica melhor quanto mais longe ela está de uma biblioteca ou livraria," James sorriu.

"Saiam, primeiros anistas!" Uma voz gritou do lado de fora do compartimento e todos os quatro dentro olharam para a janela da porta quando um garoto alto e loiro apareceu. "Salazar, se eu soubesse a que Casa eles pertenceriam eu já estaria tirando pontos," o menino falou lentamente e os olhos de Mia se arregalaram com a visão.

Ali na frente dela estava parada a imagem espelhada de um Draco Malfoy de quinze anos, o comum sorriso torto nos lábios e dois grandes garotos o flanqueando, também parecendo muito familiares. Por um segundo Mia se sentiu incrivelmente fora de lugar antes que ela percebesse que o garoto loiro em questão não era de fato Draco, mas seu pai, Lucius Malfoy, e os companheiros ao seu lado deviam ser o Sr. Crabbe e Sr. Goyle. Parece que algumas coisas raramente mudam.

Ela sentiu uma dor aguda e uma pressão no peito com a visão do Sr. Crabbe. Embora ela tenha visto com seus grandes olhos castanhos como Lucius Malfoy havia sido derrubado pela varinha do seu próprio filho, ver o Sr. Crabbe era mais difícil visto que foi sua própria maldição errante que tinha matado o homem durante a batalha final em 1998.

"Monitor passando. Fora do meu caminho!" Lucius disse quando um pequeno primeiro anista tentou passar por ele. O loiro mais velho empurrou violentamente o menino e ele colidiu com a porta do compartimento, afundando rapidamente para o chão, quase sendo pisoteado por Crabbe e Goyle no processo. James e Sirius se levantaram rapidamente, carrancas em seus rostos enquanto acompanhavam na cena e Mia pulou de seu assento para chegar ao pequeno garoto de cara redonda.

"Que horror! Você está bem?" Ela perguntou, pegando a mão dele e o ajudando a levantar.

"Sim, obrigado," ele balbuciou, uma expressão triste no rosto.

"Que idiota," Mia resmungou, os olhos castanhos cerrados para a traseira da cabeça de Lucio enquanto ele andava para longe. "Só porque ele é o Monitor ele pensa que pode ir empurrando as pessoas?"

"Ele pensa que pode fazer tudo o que quiser porque é um Malfoy," Sirius apontou.

"Você conhece o idiota?" Remus falou.

"O conheci durante o verão," Sirius deu de ombros. "Ele vai se casar com minha prima Cissa."

"Você tem certeza de que está bem?" Mia perguntou ao menino de rosto redondo que parecia estar massageando o ombro direito, que certamente estaria machucado no dia seguinte, mas ele acenou para ela em vez disso.

"Venha," James insistiu, e viu quando o menino sentou-se do lado oposto de James e Sirius, imprensando-se entre Mia e Remus.

"Obrigada por serem legais comigo," ele sorriu para todos.

"Claro, parceiro. Eu sou James," ele sorriu e começou outra rodada de introduções.

"Sirius."

"Remus."

"Mia," ela sorriu para o menino.

"Eu sou Peter," ele disse gentilmente e o sorriso de Mia despareceu instantaneamente enquanto seu estômago torcia e a cor sumia do seu rosto.

Não!

Ela virou o rosto para longe do garoto, tentando controlar sua raiva enquanto um pavor gelado inundava seu corpo. Ela tentou se concentrar em algo que prendesse ela. Sirius e James já estavam em uma profunda em conversa um com o outro, Remus tinha reaberto o seu livro e Peter sentou-se em silêncio, tão perto de Mia que ela queria gritar. Com os olhos castanhos fechados, ela tentou pensar em carta de Remus. Sua guia e suas regras.

'Toda ação que fazemos é a causa do destino.'

Mia silenciosamente rangeu os dentes. Embora se sentisse orgulhosa de ter sido a razão para introduzir James para Sirius e Remus, ela também foi o catalisador que levou Peter Pettigrew para a companhia dos futuros Marotos. Ela engoliu sua culpa e se perguntou se caso ela enfeitiçasse o menino à sua esquerda para o esquecimento alguém iria notar. Remus disse em sua carta que ela não poderia mudar nada. Havia aqueles que eram irredimíveis. E uma dessas pessoas estava sentada ao lado dela.

"Alguém quer alguma coisa do carrinho?" A voz de uma bruxa idosa a distraiu dos seus pensamentos.

"Eu pego," ela pulou, desesperada para sair de perto de Peter. "Meu presente."

"Cuidado, se você nos mimar tão cedo nunca vai se livrar de nós," Sirius sorriu para ela.

"Como alimentar um cachorro?" Mia riu e seu sorriso se iluminou quando Sirius soltou uma risada latido familiar que acalmou a ferida aberta que o cumprimento Peter Pettigrew havia causado.

"Posso pegar duas caixas de Feijõezinhos de Todos os Sabores, e cinco," disse ela, pensando que ela não poderia deixar Peter de fora sem parecer rude e desconfiada, mas depois se lembrou que Remus provavelmente estava se sentindo doente, devido à lua se aproximando, assim ela acrescentou "Não, seis sapos de chocolate?" Mia perguntou a bruxa mais velha.

"Pega alguns pastéis de abóbora para mim, Mia?" James implorou a ela.

"Posso ganhar Bolos de Caldeirão?" Sirius acrescentou animado.

"E o que eles falaram," Mia revirou os olhos.

Com os braços cheios de doces, Mia se sentou entre Sirius e James, na frente de Peter e Remus. Embora estivesse muito contente por se sentar ao lado do lobisomem, estar tão perto do rato traidor tinha feito ela se sentir mal e de alguma forma se sentia segura encasulada entre seu irmão e Sirius, acabava com o mal estar.

oOoOoOo

Algumas horas mais tarde e alta taxa pós-açúcar, Mia caiu em um sono tranquilo, grata por James e Sirius estarem sentados ao lado dela para afastar os pesadelos. Em vez de memórias da guerra que passavam atrás de seus olhos fechados, Mia sonhou com Hogwarts e Harry e Ron. Quando seus olhos se abriram horas mais tarde, ela piscou o sono para longe e olhou para os seus arredores com um sorriso divertido no rosto. James à sua esquerda tinha se aconchegado em seu ombro, o cabelo negro desarrumado dele fazendo cócegas no seu rosto enquanto ele roncava baixinho. Sirius, no entanto, tinha desmoronado em seu colo, seus longos cabelos negros espalhados por toda parte, suas pernas abertas em direção à ponta do banco. Mia sorriu para ele carinhosamente e correu os dedos pelos cabelos, tentando colocá-lo em linha reta.

"Você parece muito próxima de Sirius, logo depois de acabar de conhecê-lo," comentou Remus e Mia olhou para o jovem lobisomem com um sorriso.

"Acho que tenho um hábito de adotar animais perdidos," ela riu baixinho.

"Eu ouvi isso," Sirius balbuciou sonolento, se aconchegando mais no colo dela.

"Se você está acordado, por que ainda está no meu colo?" Mia olhou para ele.

"Esse 'cachorro perdido' gosta de receber cafuné," Sirius estendeu a mão sem olhar, pegando a mão dela e a colocando de volta em seu cabelo. Mia riu e golpeou-o suavemente. Ele agarrou a mão livre e entrelaçou seus dedos com os dela. Mia corou, mas continuou a correr os dedos através das mechas negras, lembrando como o Sirius mais velho iria ficar em sua forma Animaga e deitaria contra ela, a cabeça em suas coxas enquanto ela acariciava seu pelo negro macio. Aparentemente, o homem tinha sido sempre um pouco de um cão de colo, e alguém que claramente não sabia o significado de espaço pessoal.

"Eu vou ignorar o fato de que sua cabeça está no colo da minhas irmã porque há coisas mais importantes para cuidar agora," disse James com um bocejo enquanto ele se sentou e esfregou o sono dos seus olhos.

"Tipo o que?" Mia disse, ainda passando os dedos pelos cabelos de Sirius.

"Remus, Peter..." James se dirigiu a eles com um olhar bem intenso. "Eu tenho uma pergunta muito importante para vocês dois e o futuro da nossa amizade depende dela."

"Humm..." Remus se endireitou com um olhar preocupado no rosto como se James fosse perguntar se ele era um lobisomem. Peter, ao seu lado, engoliu com força.

"Para qual time de Quadribol vocês torcem?" James perguntou, nenhum traço de brincadeira na voz.

"Urg," Mia revirou os olhos.

"Puddlemere United," Remus respondeu imediatamente com o maior sorriso que Mia tinha visto hoje.

"Você gosta de Quadribol?" Ela olhou para ele com olhos chocados e Remus sorriu e deu de ombros. "Traidor," ela fez uma careta para ele e ele riu suavemente.

"Eu sempre gostei dos Falcões de Flamouth," Peter respondeu, mas acrescentou rapidamente. "Mas eu poderia gostar do Puddlemere."

"Boa resposta," Sirius disse, a cabeça ainda enterrada no colo de Mia, olhos fechados.

"Que tal Chudley Cannons?" Mia perguntou com um sorriso malicioso.

"O que?!" James gritou e Sirius se afastou dela, ecoando o grito de James.

"Você perdeu a cabeça?" James repreendeu a irmã.

"Eles não ganham a liga desde, sei lá, 1892!" Sirius gritou e estreitou os olhos quando Mia explodiu em risos.

"Se é assim tão fácil irritar vocês todos, esse vai ser um ano divertido," ela soltou um suspiro de felicidade e se levantou. "É melhor vestirmos nossas vestes. Vou deixar vocês, rapazes, assim podem se trocar." Mia pegou um breve olhar de alívio no rosto de Remus que ela assumiu aparecer porque ele já estava vestido com suas vestes e não queria explicar aos seus novos amigos sobre as cicatrizes que cobriam seu corpo. Assim que ela se mexeu para abrir a porta do compartimento, uma voz ecoou no trem: "Nós estaremos chegando a Hogwarts em cinco minutos. Por favor, deixem suas bagagens no trem, elas serão levadas para a escola separadamente."

Ela olhou de volta para o compartimento cheio de meninos mais uma vez, observando como Sirius e James lutavam para encontrar as suas vestes enquanto Remus voltava sua atenção calmamente para seu livro. Peter, no entanto, estava sorrindo para ela e Mia não pôde deixar de odiá-lo por isso. Perguntou-se se tratasse o menino bem o suficiente ele iria mudar. Se ela inflamasse um pouco de coragem nele, ele iria enfrentar o Lord das Trevas e não trair seus amigos? Não. A carta de Remus disse que ela não mudaria nada. Então Hermione não seria excessivamente gentil com o garoto que se tornaria o homem traiçoeiro.

Foi então que ela se lembrou da sua primeira viagem no Expresso de Hogwarts quando ela acidentalmente criou um pouco de ressentimento entre ela e outro jovem bruxo. Desta vez, ela fez isso de propósito. Mia fez uma pausa na porta, virou-se e olhou para Peter e murmurou, "Você tem sujeira no seu nariz a propósito, sabia?"

Peter franziu a testa e estendeu a mão, esfregando o rosto, envergonhado.

oOoOoOo

Estação de Hogsmeade

Alguns minutos depois o trem diminuiu a velocidade e finalmente parou. As pessoas abriam caminho em direção à porta e saíam para uma pequena plataforma escura. Em seguida, uma lâmpada veio balançando sobre a cabeça dos alunos e Mia ouviu uma voz familiar: "Primeiro ano! Primeiro ano por aqui!" E o sorriso de Mia aumentou com a visão de Hagrid. "Vamos lá, me sigam - mais alguém do primeiro ano? Olhem o degrau, agora! Primeiro ano, me siga!"

Um por um Mia alcançou seus meninos, puxando-os junto em uma fila para mantê-los perto, propositadamente mantendo Peter de lado enquanto ela se movia à frente, ligando o braço com James quando os alunos começaram a caminhar atrás do meio-gigante que os levava através da escuridão, separando o primeiro ano do resto dos alunos que estavam entrando em grandes carruagens puxadas por Testrálios.

"Vocês vão ter a primeira vista de Hogwarts em um segundo," Hagrid falou sobre o ombro, "Depois dessa curva aqui."

O caminho estreito se abriu de repente para a beira de um grande lago negro. No cume de uma montanha alta no outro lado, suas janelas brilhando no céu estrelado, tinha um grande castelo com muitas e muitas torres.

"Não mais do que quatro no bote!" Hagrid falou, apontando para uma fila de pequenos barcos na água. James e Sirius correram para entrar no barco primeiro e James sorriu quando ele ganhou, se denominando o próprio capitão no processo. Mia pegou a mão de Remus e ele educadamente segurou-a para ajudá-la a subir no bote, seguindo rapidamente atrás dela.

"Desculpa, Peter," Sirius olhou para o rosto redondo do menino com um encolher de ombros. "Vamos vê-lo do outro lado do lago, companheiro." Peter acenou com a cabeça e Mia não pôde evitar, mas se sentiu incrivelmente satisfeita. Sua satisfação não durou muito tempo quando os barcos avançavam através do lago e ambos Sirius e James começaram a balançar o barco para frente e para trás.

"James Charlus Potter! Se eu cair nesse lago e for comida pela Lula Gigante eu vou te assombrar para sempre!" Mia gritou, apertando a lateral do bote bem firme.

"Ahh, Mia, você sabe que nós a salvaríamos se você caísse," James riu.

"É tenho certeza que um de nós sabe nadar," Sirius sorriu em deboche.

"Cabeças para baixo!" Gritou Hagrid e todo mundo se abaixou rapidamente, e os pequenos barcos os levaram através de uma cortina de hera que escondia uma grande abertura no penhasco. Eles foram levados ao longo de um túnel escuro, que parecia estar levando-os bem embaixo do castelo, até chegarem a uma espécie de porto subterrâneo, onde se erguia para fora em pedras e rochas.

"Viu?" James sorriu para Mia que estava usando mão de Remus mais uma vez para ajudar a saltar para fora do barco. Se ela não estivesse tão furiosa com seu irmão e Sirius, ela teria tido grande prazer em ver Remus se abrindo tão facilmente com ela, pegando sua mão sem hesitação quando ela estendeu para ele.

Eles subiram por uma passagem na rocha após Hagrid e sua lâmpada e saíram na grama lisa e úmida, bem na sombra do castelo. Eles caminharam até um lance de degraus de pedra e se amontoaram em torno da enorme porta de carvalho.

Hagrid levantou o punho imenso e bateu três vezes na porta do castelo. Mia deu uma profunda respiração quando as portas de carvalho começaram a se abrir. Era bom estar em casa.


N/A: Gente, estou muito triste hoje. Vocês viram que o Alan Rickman, ator que interpretou maravilhosamente o Professor Snape, morreu depois de lutar anos contra um câncer? :(
Ele era um ator absurdo, fez tantos filmes bons... Sabiam também que ele atuou em 7 filmes, se não me engano, com a atriz que fez a Professora Trelawney? Hahahaha acho muito legal isso.

Enfim... Sobre o capítulo, o que acharam? Agora vimos um pouco da rotina dos Potter, e nossos queridos gêmeos e Sirius conheceram Remus e, infelizmente, Peter também.
O que vocês mais gostaram nesse cap?

Felicia Malfoy: adoro a relação deles também, muito fofa! E sobre isso da família Potter, a minha teoria é que Dumbledore mencionou o bracelete que Hermione chegou usando quando foi conversar com eles. O Sirius do futuro sabia que ela teria que ter/usar algo dos Potter para que ela tivesse a chance de ser criada por eles e ele devia imaginar que Dumbledore não iria deixar passar despercebido um detalhe como esse hahaha
Tilly vai aparecer no próximo, mas depois vai ficar um pouco sumida, triste isso né? Eu adoro aquela elfo! Personalidade marcante hahaha
Até o próximo cap! :))

Motoko Li: né? Esperei muito tempo também e foi tão fofinho e engraçado! Eles são demais! :)))
E simmm, tomara que 2016 eu consiga atingir minha meta de leitura, deus queira que sim! Hahahaha e você também!
Obrigadaaaa, às vezes empaco em algumas expressões, mas fico catando e catando a tradução em vários sites hehe
Até o próximoooo!

Mile Mayfer: hahahaha nada de redundantes, adoro ler todos os comentários! :))
Eu não sei se sou mais apaixonada pelo Sirius, James ou Remus criança... São todos adoráveis, fofos, divertidos... Uns amores! A Dorea é simplesmente ma-ra-vi-lho-sa!
A fanfic realmente é cheia de detalhes e não deixa nenhuma ponta solta, adoro isso na escrita da Shaya! Se você quiser ler as outras fanfics dela, são em inglês, todas todas todas são ricas em detalhes assim. Eu adoro! Consigo visualizar tudo o que ela escreve, adoro acompanhar histórias assim!
Eu também isso da Hermione ter sido escolhida pela varinha-irmã da dela do futuro! Acho que foi um sinal pra ela de que as coisas nessa época não vão ser necessariamente ruins! Deu uma esperança pra ela :)
Nos vemos no próximo cap!