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The Debt of Time

Parte Dois - O Vira-Tempo

Capítulo Vinte e Um: Potter, Mia!

"...I'll be there someday, I can go the distance
I will find my way, if I can be strong
I know ev'ry mile, will be worth my while
When I go the distance, I'll be right where I belong..."
(Go the Distance - Michael Bolton)


Capítulo 21 - Potter, Mia!

1o de setembro, 1971

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

A Professora McGonagall encaminhou os maravilhados alunos do primeiro ano através do Hall de Entrada e Mia deixou escapar um suspiro de alívio com a visão dele inalterado pela batalha, sem os feridos e mortos. As belas paredes de pedra todas cobertas por tochas acesas e as escadarias de mármore ao lado que levavam até os dormitórios, que ela estava bastante ansiosa para ver mais uma vez. A Professora McGonagall levou os alunos para a familiar e pequena câmara do lado de fora do corredor a fim de aguardar a deixa para se juntar ao resto da escola no Grande Salão para que eles fossem sorteados.

"Você está pronto, Sirius?" James se balançou nos pés ansiosamente.

"Vai ser um Rabo Córneo Húngaro. Eu sei!" Sirius sorriu.

"Ah não, isso de novo," Mia gemeu.

"O qu... o que tem o dragão?" Peter apareceu. Mia controlou a vontade de incitar Peter a acreditar mais ainda que o dragão fizesse parte da Seleção, com esperança de que ele fosse correr para casa e não frequentasse Hogwarts.

"Nós temos que lutar com um dragão!" James disse com um sorriso brilhante, voltando a olhar para o menino baixinho que parecia encolher-se com as palavras. Mia revirou os olhos para o irmão e Peter Pettigrew. O que diabos o Chapéu Seletor viu nele que o fez ser um Grifinório? A coragem de trair os amigos?

"Você entra em Hogwarts, ou você queima vivo!" Sirius disse com um olhar sombrio em seus olhos, divertindo-se com o olhar no rosto de Peter. Havia outros alunos na escuta em volta, todos agora parecendo igualmente aterrorizados.

"Vocês dois podem parar!" Mia fez uma careta.

"Ou ele vai comer você!" James acrescentou, ignorando os protestos da irmã.

"Eles estão brincando com você," Remus se inclinou e cochichou para um Peter quase com lágrimas nos olhos.

"Vamos, Remus, você pode nos ajudar a derrubar o Chifres Longos Romeno!" Sirius bateu nas costas do jovem lobisomem. "Você, eu e James iremos derrubá-lo. Nós vamos ser lendas!"

"Vocês são idiotas," uma voz baixinha chamou atrás deles. Mia se virou para ver o rosto familiar da menina de cabelos acaju do trem. Um jovem Severus Snape estava ao lado dela, olhando os Marotos ansiosos. "Você é sorteado por um chapéu magicamente encantado."

"Ah é?" James virou e olhou para a garota, uma expressão divertida em seu rosto como se estivessem lhe dando um desafio adequado. "Como você sabe disso?"

"Está em Hogwarts, Uma História," a pequena ruiva, Remus e Mia falaram ao mesmo tempo. Sirius e James caíram na risada, e assim que as portas se abriram a Professora McGonagall deu um passo atrás através delas.

"Agora, formem uma fila," a Professora McGonagall disse ao primeiro ano, "e me sigam." James ficou em primeiro lugar seguido imediatamente por Sirius, que se virou para dar um puxão nas vestes de Remus para puxar o menino para se juntar a eles. Remus, por sua vez olhou para trás para Mia e sorriu, e ela rapidamente tomou seu lugar atrás dele, sem perceber que deixou Peter segui-la. Enquanto os alunos avançavam para o Grande Salão, Mia resistiu à vontade de chutar a perna para trás nas canelas de Peter, como um coice.

O Grande Salão era iluminado por milhares e milhares de velas, flutuando no ar ao longo das quatro mesas, onde o resto dos alunos estava sentado. As mesas estavam abastecidas com brilhantes pratos e taças de ouro. Na parte superior do salão outra longa mesa se estendia onde os professores estavam sentados. Professora McGonagall levou os primeiros anistas ali em cima, de modo que eles chegaram a um impasse em uma linha de frente para os outros alunos, com os professores por trás deles. As centenas de rostos olhando para eles pareciam lanternas pálidas na vela bruxuleante. Salpicada aqui e ali entre os estudantes, os fantasmas brilhavam prateados enevoados enquanto flutuavam acima das mesas.

Professora McGonagall silenciosamente posicionou um banquinho de quatro pernas na frente dos novos alunos. Em cima do banquinho ela colocou um chapéu de bruxo pontiagudo. Este chapéu era remendado e desgastado e extremamente sujo. James e Sirius pareciam decepcionados com o chapéu e a menina ruiva parecia incrivelmente orgulhosa dela mesma com a visão e levantou uma sobrancelha para James e Sirius.

Por alguns segundos, houve um completo silêncio. Em seguida, o chapéu se contraiu. Uma abertura apareceu perto da borda, parecida com uma boca aberta - e o chapéu começou a cantar:

Atenha-me aqui na sua testa

E deixe-me cantar minha música

Eu vou cavar dentro de suas mentes pequenas

Para ver onde você pertence

Sente-se direito e deixe-me ver

Os quebra-cabeças em sua mente

Por que você vai notar que não há

Um segredo que eu não consigo encontrar

Você pode pertencer a Grifinória

E usar o vermelho e o ouro

Escolhido pelo bravo Godric

Que pega os ousados e os corajosos

Talvez se você for se encontrar na Lufa-Lufa

Você prefere amarelo e preto

Seguidores da boa Helga

A bondade que nunca falta

Se você se encontrar na Corvinal

Você vai usar o bronze e azul

E verá que a sábia Rowena

Gosta de seus alunos originais e verdadeiros

Se você estiver destinado dentro da Sonserina

Prata e verde que você vai pôr

Salazar fez da Ambição

Suas palavras e música da Casa

Independentemente do lugar onde eu o puser

Hogwarts vos une todos juntos

Para uma vez fora destas paredes

Sua magia viver para sempre

Professora McGonagall agora deu um passo à frente, segurando um longo rolo de pergaminho. "Quando eu chamar seu nome, por favor, coloque o chapéu na cabeça e sente-se no banquinho para ser sorteado," disse ela. "Abbott, Adrian!" Um menino loiro lentamente fez seu caminho para o banco, colocou o chapéu e esperou por alguns momentos.

"SONSERINA!" Gritou o chapéu.

O menino fez o seu caminho até o fim do corredor, onde uma mesa vestida de verde e prata estava esperando por ele com aplausos. Entre os alunos Mia imediatamente avistou o cabelo loiro pálido de Lucius Malfoy, seu emblema de monitor brilhando na luz. À sua esquerda e direita sentavam Crabbe e Goyle, respectivamente, e em frente a ele estava uma outra cabeça de cabelos loiros que pertencia a uma menina que Mia rapidamente assumiu como sendo uma jovem Narcissa Black.

"Alton, Samantha!"

"CORVINAL!"

"Bagman, Otto!"

"LUFA LUFA!" Gritou o chapéu de novo.

"Belby, Damocles!" A atenção de Mia rapidamente caiu sobre o garoto moreno que agora se aproximava do chapéu. Ela sabia bem seu nome quando tinha pesquisando sobre ele durante o verão depois da morte de Dumbledore.

Com Snape na fuga, Remus não tinha mais um Mestre de Poções para preparar sua Poção Mata-Cão, fazendo suas transformações serem muito piores para ele. Ela tinha tomado a tarefa para si mesma para tentar preparar a poção, mas tinha sido mal sucedida. Em uma tentativa de acertar a poção, ela tinha lido sobre a sua história e sobre o bruxo que a criou: Damocles Belby. Mia olhou para o menino com interesse, ansiosa para conhecer seu "cérebro" ao longo dos próximos anos, em um esforço para garantir o útil elixir para o amigo. Eventualmente, o chapéu gritou: "SONSERINA!"

"Boa sorte, Sirius," Mia sorriu quando percebeu que o jovem herdeiro Black era o próximo.

"Sorte?" Sirius sorriu para ela. "Eu não preciso de sorte. Eu tenho determinação do meu lado."

"Planejando enganar o Chapéu Seletor, a fim de entrar para a Grifinória?" James riu.

"Isso soa muito... Sonserino de você," Mia provocou.

"Só por causa disso, gatinha," Sirius virou e se aproximou um pouco demais dela como se estivesse tentando intimidá-la. Infelizmente, tudo o que ele fez - juntamente com o nome de animal que ele tinha dado a ela - foi lembrar Mia de um Sirius mais velho, que estava esperando por ela em algum lugar no futuro. "Estou entrando para a Grifinória apenas para contrariar você," o jovem Sirius piscou.

"Black, Sirius!" Professora McGonagall chamou e todos eles assistiram quando Sirius andou a frente, sorrindo quando o chapéu caiu sobre os olhos. Apesar de saber o resultado, Mia assistiu nervosamente, esperando enquanto o Chapéu Seletor parecia levar seu tempo. Sirius realmente parecia determinado e Mia só podia imaginar a discussão mental que ele estava tendo com o chapéu, recusando-se a ser colocado na mesma Casa de Hogwarts dos seus antepassados.

"GRIFINÓRIA!" O chapéu gritou e a mesa na extrema esquerda explodiu em palmas.

"HÁ!" Sirius disse com o sorriso mais brilhante que Mia já tinha visto quando ele se virou e apontou para ela, em seguida, silenciosamente fez o que ela imaginou uma dança de 'eu te avisei' em seu caminho para a mesa da Grifinória.

"Eu vou ouvir isso para sempre, não vou?" Mia riu.

"Sim," Remus sorriu.

"Brown, Alice!" Tornou-se a próxima Grifinória a se juntar à mesa, e Mia sorriu para a semelhança da jovem com Neville Longbottom. Embora o último nome da menina fosse Brown, e Mia não pôde evitar, ela se perguntou se ela estava relacionada a uma futura Lavender. Se esta Alice era de fato a futura mãe de Neville, fez Mia não gostar mais ainda de Lavender Brown por nunca ter indicado que ela e Neville eram parentes.

"Carrow, Alecto!" Foi chamada e Mia estreitou os olhos conhecendo muito bem o nome. Os gêmeos Carrow eram Comensais da Morte que tinha escapado de Azkaban após a Primeira Guerra Bruxa e passaram os últimos anos atormentando os alunos e os professores dentro das paredes sagradas de Hogwarts. Não foi nenhuma surpresa quando o chapéu gritou: "SONSERINA!" para a irmã, e depois novamente quando seu irmão Amycus a seguiu.

"Catchlove, Greta," seguida de "Diggory, Amos!" foram postos imediatamente na Lufa-Lufa, o que não surpreendia Mia no geral, e depois a menina de cabelos acaju andou para frente com um sorriso nervoso enquanto seu nome era chamado.

"Evans, Lily!" Mal teve um segundo depois que o chapéu tocou o cabelo vermelho escuro e ele gritou, "GRIFINÓRIA" Lily tirou o chapéu, devolveu-o a professora McGonagall, em seguida, correu para a mesa da Grifinória que batia palmas, mas no meio do caminho ela olhou para Snape e havia um pequeno sorriso triste no rosto.

"Ã, tinha certeza de que ela era uma Corvinal," James deu de ombros.

"Você disse no trem que ela provavelmente uma Sonserina," Mia revirou os olhos.

"Não. Ela sabia sobre o chapéu como você e Remus."

"Isso nos torna Corvinais também?" Remus olhou para James.

"Espero que não. Vocês dois me deixariam sozinhos com Sirius? Quem vai nos botar na linha?" Ele piscou para sua irmã e o novo amigo.

"Como se isso fosse possível," Mia zombou.

"Fawcett, Julia," se tornou a nova Corvinal, mas "Gudgeon, Davey" foi mandado para Lufa-Lufa.

Quando um menino magricela parecendo nervoso avançou, Mia sorriu docemente, dando um tapinha no ombro e oferecendo-lhe apoio. Apesar de seus nervos,"Longbottom, Frank" foi enviado para a mesa da Grifinória sem hesitação.

"Estou nervoso," Remus engoliu em seco quando ele aproximou-se do banquinho. "Isso não é muito corajoso de me é? Eu nem deveria estar aqui," ele franziu a testa, tão distraído com suas preocupações de que ele não sentia os dedos de Mia atar caminho até os dele, oferecendo um aperto suave de encorajamento.

"'É preciso uma grande dose de coragem para ver o mundo em toda a sua glória contaminado, e ainda amá-lo.'," Ela citou para ele.

"Oscar Wilde," Remus olhou para ela e sorriu. "Você lê Literatura trouxa?" Ele perguntou surpreso.

"Leio," Mia sorriu. "Mas ele era, na verdade, um bruxo."

"Sério?!" Remus disse com os olhos excitados.

"Lupin, Remus!" Professora McGonagall chamou e Remus se virou, andando até o banquinho, se sentando enquanto o chapéu era colocado em sua cabeça. Parecia que o chapéu mal tinha o tocado antes que gritasse. "GRIFINÓRIA!" E a grande mesa de leões rugiu com elogios, nenhum mais alto do que Sirius que ansiosamente congratulou seu novo amigo para a mesa.

"Macdonald, Mary" seguiu Remus para a Grifinória, e logo depois uma cabeça familiar de cabelo loiro pálido chamada "Maestro, Pandora" foi enviada para Corvinal. Apesar de saber o resultado, quando "Pettigrew, Peter" foi chamado, Mia orou a Merlin que ele fosse enviado para a Sonserina ou mesmo Lufa-Lufa, ou melhor ainda, para casa. Mas Peter se juntou a Sirius e Remus na mesa com um sorriso e Mia fez uma careta.

"O que acha de apostar quanto tempo vai levar para o chapéu me botar na Grifinória?" James perguntou com um sorriso debochado.

"Algo me diz que vai ser instantâneo," Mia riu para o irmão.

"Com toda a certeza," James sorriu presunçosamente.

"Potter, James!" E em tempo recorde ele gritou, "GRIFINÓRIA!" Mia sorriu e observou o irmão correndo escada abaixo e para o aplauso que ele alimentou, voltando a sorrir para ela.

"Claro," veio uma voz amarga atrás dela. Mia virou e olhou para Severus Snape com os braços cruzados sobre o peito, encarando seu irmão, que tomou o lugar ao lado de Sirius.

"Não tem nada de errado com a Grifinória," Mia falou.

"Diz uma futura leoazinha," Snape zombou.

"Minha Mãe foi uma Sonserina, sabe," Mia deu de ombros e, em seguida, olhou para o menino. "Só porque é tradição que eles nos classifiquem em casas separadas, não significa que isso é correto. Você ainda pode ser amigo dela, sabe."

"Não tenho ideia do que você está falando," Snape disse com os olhos brilhantes que pareciam concentrar-se na mesa da Grifinória, onde Lily sentou-se, propositadamente ignorando a comoção que James e Sirius estavam causando.

"Se você diz," Mia deu de ombros.

"Potter, Mia!" Professora McGonagall chamou.

A última coisa que Mia viu antes do chapéu cair sobre seus olhos eram as expressões de expectativa nos rostos de James, Sirius e Remus, todos esperando ansiosamente para ela se juntar a eles na mesa da Grifinória.

"Hmm..." disse uma voz no seu ouvido. "Bom, isso é interessante. Eu não estava esperando alguém como você, Srta Granger."

"Potter," Mia corrigiu.

"Ah, mas você sabe que não pode esconder segredos mim. Eu posso ver cada pedacinho de quebra cabeça dentro da sua mente. Passado, presente e futuro. Apesar de que, para você, os três são a mesma coisa, não?"

"Apenas me bote na Grifinória, por favor," Mia suspirou.

"Você tem certeza? Parece que a Corvinal foi uma opção na sua primeira vez aqui. Você tem uma mente inteligente de fato, muito brilhante e talentosa. Você se sairia bem na Corvinal."

"Eu não seria desafiada na Corvinal," ela apontou, determinada em não terminar em nenhum lugar que não fosse a Grifinória.

"Não, não, você não absorve o conhecimento para se divertir, você gostaria de usá-lo, não é? Você pega o que sua mente absorve e você o usa. Muito engenhoso. Muito astuto. Muito ambicioso."

Os olhos dela se arregalaram quando ela entendeu o que ele estava insinuando. "Não. Se. Atreva. Eu sei onde guardam você. Talvez seria um pouco triste se você estivesse muito perto de Fawkes quando o Dia de Queimar chegasse," ela disse com uma voz ameaçadora.

"Isso foi uma ameaça? Quão audacioso de você Srta... Potter."

"Sim. Audaciosa! E muito valente se você me permite dizer," ela insistiu.

"Melhor que seja... GRIFINÓRIA!"

Mia deixou escapar um longo suspiro de alívio e ela correu para longe do chapéu, ainda chocada com o fato de que ela quase acabou na Sonserina desta vez. Ela correu para um abraço de James que a aguardava na mesa da Grifinória, onde seus companheiros leões estavam aplaudindo descontroladamente. Ela sentou-se ao lado de Remus, olhando para frente, onde Lily Evans olhava para o Chapéu Seletor quando "Snape, Severus" foi colocado na Sonserina. Mia franziu a testa enquanto Lily abaixava os olhos tristemente para a mesa. Mia olhou para cima para ver Severus Snape lentamente fazer o seu caminho para a mesa que o acolheu imediatamente. Um assento foi dado para o menino de cabelos negros ao lado de Lucius Malfoy, que lhe deu um tapinha nas costas.

Eventualmente, os alunos finais foram chamados para serem sorteados, "Shingleton, Gaspard" foi para Grifinória, "Stebbins, Rikard" foi colocado na Corvinal, "Tuft, William" se juntou a mesa da Grifinória, e uma bela "Zabini, Elora" caiu rapidamente na Sonserina.

Alvo Dumbledore se levantou. Ele estava sorrindo para os alunos, com os braços abertos, como se nada pudesse agradá-lo mais do que ver todos lá. "Bem vindos," disse ele. "Bem vindos a um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer algumas palavras. E aqui estão elas: Zowzy! Biggly! Gimble! Bazinga!"

Todos os estudantes riram, excetos alguns da Sonserina que pareciam incrivelmente irritados.

Dumbledore parecia não afetado pelas muitas reviradas de olho vestidas de prata e verde, quando ele continuou a falar. "Um grande bem-vindo para todos os novos estudantes. Que vocês encontrem em Hogwarts seu lar e santuário, um lugar de segurança e familiaridade contra um mundo que de outra forma pode muitas vezes se revelar estranho e desconhecido. Embora eu não vá negar que Hogwarts possa ser estranha. Agora, antes de enviá-los para a cama, dobrem-se e aproveitem este maravilhoso banquete!"

Os pratos dourados vazios na frente deles foram subitamente empilhados com alimentos: carne assada, frango assado, costeletas de porco e costeletas de cordeiro, salsichas, bacon e bife, batatas cozidas, batatas assadas, batatas fritas, pudim, ervilhas, cenouras e molhos. Todo mundo imediatamente mergulhou, enchendo seus pratos. Ela havia passado anos nesta mesa comendo muitas refeições, geralmente rodeada por Harry e Rony que constantemente faziam uma bagunça, muitas vezes engasgando com mordidas. Mia gemeu, incapaz de pensar sobre como lidar com isso de novo quando ela olhou para Remus, James e Sirius que pareciam se manter milagrosamente limpos enquanto comiam.

"Merlin, você três realmente tem modos à mesa?" Ela ficou boquiaberta. É claro que ela sabia que James tinha modos, embora ela estivesse preocupada de que, de alguma forma, ele iria se transformar em um porco, uma vez ao redor de meninos de sua idade e não de seus pais amorosos.

"O que você esperava?" Sirius olhou para ela curioso.

"De garotos de onze anos?" Mia riu. "Eu esperava que vocês estivessem empurrando a comida pela goela de vocês através de um caminhão."

"Feliz por te surpreender?" Remus disse, um olhar no rosto como se estivesse decidindo se ficava ofendido ou não pela suposição dela.

"Peter, limpa seu rosto, companheiro," James falou pela mesa. "Você está abaixando o nível que aparentemente nós mesmos levantamos," ele riu e piscou para sua irmã, que revirou os olhos.

Entre mordidas, os meninos rapidamente começaram a discutir Quadribol, e até mesmo Remus se juntou, lançando um sorriso à Mia antes de falar, claramente achando engraçado que ela tivesse assumido que ele não gostava do esporte simplesmente porque ele amava livros como ela. Ignorando a conversa, Mia olhou pela mesa para a ruiva em sua frente que pegava a sua comida tristemente.

"Oi, eu sou Mia Potter," ela sorriu.

"Lily Evans," a menina olhou para cima e seus olhos verdes brilhantes reluziram. A cor fez a respiração de Mia ficar presa na garganta enquanto o coração dela desesperadamente gritava por seu melhor amigo; por Harry. Ela se recompôs e limpou a garganta antes de falar novamente

"Eu queria me desculpar pelo meu irmão e meu amigo," ela apontou para James e Sirius, que apesar de terem apresentado maneiras há cinco minutos, agora estavam usando suas colheres para lançar ervilhas para as bocas abertas dos outros, vibrando cada vez que faziam um 'gol'. Mia revirou os olhos e voltou a olhar Lily. "Eu não tenho certeza do que aconteceu, mas acho que eles foram rudes com você e seu amigo no trem."

"Eles foram," Lily fez uma careta para a mesa, olhando para James e Sirius antes de voltar para Mia. "Mas Severus pode levar as coisas um pouco a sério demais de vez em quando," ela admitiu com tristeza.

"Alguém me chamou?" Sirius virou e sorriu.

"Coma sua torta de caramelo, Sirius," Mia ordenou, e ele sorriu obedientemente, retornando ao seu prato.

"Vocês viram o teto?" Alice sorriu docemente enquanto olhava com admiração. "É tão bonito."

"Eu nunca vi nada como isso," Lily sorriu para ela como os olhos voltados para cima.

"Você é um nascida-trouxa?" Mia perguntou a Lily, já sabendo a resposta, mas usando seus conhecimentos para forçar uma conversa aberta com a menina que iria crescer para ser a mãe do seu melhor amigo.

"Sim", Lily admitiu. "Algo de errado com isso?" Ela perguntou e Mia fez uma careta. Claramente Lily já tinha lidado com o preconceito no mundo bruxo. Mia sabia exatamente como ela se sentia.

"Nem um pouco," Mia sorriu. "Eu adoraria saber mais sobre nascidos trouxas se você estiver interessada em compartilhar. Eu li um pouco eu mesma, mas sempre quis um amigo nascido-trouxa."

"Mesmo?" Lily sorriu.

"Amigas?" Mia perguntou.

"Claro," a ruiva sorriu.

"E o resto de vocês?" Mia perguntou para os outros primeiros anos na sua mesa. "Como são as suas famílias?"

"Puro-sangue," Alice admitiu com um encolher dos ombros. "Tenho um irmão mais velho que se formou em Hogwarts ano passado."

"O mesmo," Frank Longbottom sorriu. "Apesar da minha Mãe ter pensado por um tempo que eu fosse um aborto." Mia riu da história, determinada em se tornar amiga de Frank Longbottom. Afinal, seu filho tinha sido indispensável para Hermione Granger.

"O que é um aborto?" Lily perguntou.

"Crianças sem magia nascidas de bruxos e bruxas," Mary MacDonald se juntou à conversa também. "Sou Puro-sangue também."

"Eu também," Peter entrou na conversa.

"Vocês todos são Puros-sangue?" Lily perguntou com sobrancelhas franzidas, claramente parecendo que, de repente, se sentia ainda mais fora do lugar.

"Não é tudo o que parece ser, Evans," Sirius olhou para Lily. "Confie em mim."

"Por que isso?" Lily perguntou.

"Porque as famílias Puro-sangue diminuíram tanto que, se eles quiserem manter o sangue puro, eles acabam se casando com seus próprios primos," Mia riu e observou como Sirius assentiu com as sobrancelhas levantadas.

"Você está falando sério?" Lily engasgou.

"Eu sou sério," Sirius sorriu em deboche. Remus e Mia gemeram em voz alta, mas ele ignorou. "E sim, é verdade. Meus pais são primos em primeiro grau. Funciona para gerar sujeitos lindos como eu," ele piscou para o pequeno grupo de meninas no final da mesa. Alice e Mary coraram, mas Lily parecia irritada, algo que Mia apreciou. "Mas tem que jogar um Galeão para descobrir se Puros-sangue nascem loucos ou não."

"Há algumas famílias Puro-sangue que não se preocupam com status de sangue," Mia insistiu olhando para Lily. "Como a minha. Os Potters são bruxas e bruxos perfeitamente normais."

"Olha, Mia!" James gritou excitado.

Todos se voltaram para ver como o herdeiro da Muy Antiga e Nobre Casa Potter, o único filho homem, descendente do grande Ignoto Peverell (e futuro pai do Escolhido)... equilibrava a varinha na testa. Mia olhou para ele em descrença e soltou um suspiro envergonhado quando se virou e olhou para Lily, que estava olhando para ela.

"Seu irmão?" Lily perguntou com uma sobrancelha levantada.

"Sim," Mia suspirou.

"Ele é..." Lily se virou e olhou enquanto James era aplaudido por Sirius e Peter.

"Ele vai te conquistando," prometeu Mia.

"Tenho certeza," Lily balançou a cabeça e viu quando a varinha caiu do rosto de James, bateu na mesa e atirou faíscas vermelhas para cima em seu rosto. James deu um grito e caiu para trás de sua cadeira, seus óculos indo com ele.

"Inferno sangrento!" James gritou quando ele retomou seu assento, deslizando sua varinha de volta em suas vestes e olhando para os óculos quebrados com pavor.

"Dê para mim," Mia estendeu a mão, irritada. James, no entanto ignorou a expressão dela ao botar os óculos nas mãos dela e observava enquanto ela dizia, "Occulus Reparo!" o consertando.

"Irmãzinha ao resgate!" James sorriu para ela.

"Você é a mais nova?" Alice perguntou à Mia.

"Por menos de um minuto," Mia revirou os olhos.

"Vocês são gêmeos?" Lily perguntou com uma sobrancelha descrente levantada.

"Ele ficou com a aparência Potter e eu com o talento Potter," Mia sorriu sarcástica.

"Eu sou talentoso," James insistiu.

"Diz o garoto que derrubou a varinha enquanto a equilibrava na testa," Mia olhou para ele incrédula.

"Defendendo James," Sirius falou. "Ele a equilibrou lá por quase um minuto inteiro antes de cair."

"Estou tão feliz que no final da noite eu vou estar compartilhando um quarto com meninas," Mia zombou.

"Você vai mesmo me deixar sozinho com eles, não vai?" Remus olhou para ela balançando a cabeça como se tivesse acabado de ser traído, embora um pequeno sorriso aparecesse em sua mandíbula.

"Você vai sobreviver," Mia prometeu ao jovem lobisomem. "Se você conseguir mantê-los na linha, vai ganhar um sapo de chocolate," ela piscou e ele sorriu.

"Fechado," Remus disse antes que algo o atingisse e ele se apertou ao lado dela, fazendo uma careta. Mia imediatamente franziu a testa ao ver, algo dentro dela sofrendo por ele.

"Você está bem, Remus?" Ela perguntou preocupada, tentando o seu melhor para não soar como se ela estivesse com pena. Ela sabia que o Remus mais velho odiava ver olhares de pena sobre ele mais do que qualquer coisa.

"Sim... eu... eu estava doente na semana passada," Remus franziu a testa com a mentira. "Deve estar voltando."

"Você precisa de alguma..." Mia começou, mas foi interrompida quando Professor Dumbledore levantou para falar mais uma vez.

"Ahem! Mais algumas palavras agora que estamos devidamente alimentados. Existem alguns avisos de início de ano. Primeiros anistas devem ter atenção que a Floresta Proibida é proibida a todos os alunos. Sr. Filch, o zelador, gostaria de lembrar a todos que a magia nunca deve ser usada entre as classes nos corredores. Testes de Quadribol serão realizados na segunda semana do ano letivo. Quem estiver interessado em jogar pela equipe de suas casas deve entrar em contato com Madame Hooch."

"Eu vou tentar!" James insistiu.

"Você não pode, está no primeiro ano!" Mia soltou para ele.

"Nós gostaríamos de dar as boas vindas a um novo membro da equipe," Dumbledore continuou. "Professor Fenwick que vai ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas."

"Façam suas apostas todo mundo," uma voz vagamente familiar chamou e Mia se virou para ver os cabelos vermelhos e uns rostos sardentos de dois meninos de dezesseis anos de idade. Um carregando um pergaminho em suas mãos, a outra coletando moedas em seu chapéu virado para cima.

"Apostas?" Mia perguntou, olhando para os dois gêmeos que a lembravam de Fred e George, mas claramente não eram os famosos gêmeos Weasley.

"Para ver quanto tempo esse Professor dura. Nenhum professor de Defesa ficou mais de um ano," o gêmeo que coletava as moedas falou.

"Eles dizem que o cargo está amaldiçoado," o gêmeo com o pergaminho sorriu com deboche.

"Isso parece besteira," Peter falou, revirando os olhos.

"Ouviu isso Gideon? Pequenos calouros sabem mais do que nós," o gêmeo com o chapéu cheio de moedas olhou para Peter.

"Ouvi, Fabian," o gêmeo com o pergaminho respondeu. "Importa-se de botar seus galeões na sua boca?" Ele estreitou os olhos azuis para Peter, que instantaneamente começou a gaguejar. Mia sorriu com a visão, lembrando os nomes dos gêmeos. Ela conhecia duas pessoas que só eles podiam ser. Gideon e Fabian Prewett; os irmãos mais novos de Molly.

"Por último," Dumbledore ainda estava falando. "Todos os alunos devem estar cientes de que a Professora Sprout transferiu e plantou com sucesso um Salgueiro Lutador nos jardins. Todos os alunos devem evitar a árvore com o custo de vida e membros. Salgueiros Lutadores são árvores senescentes e propensas a ataques violentos. "

Com o anúncio, os olhos de Mia se voltaram imediatamente para Remus que estava sentado olhando para o seu prato agora vazio, com os olhos arregalados, tomando respirações lentas e profundas. Mia queria chegar do outro lado da mesa e pegar sua mão de uma forma reconfortante, mas ela não podia deixar Remus saber que ela sabia o seu segredo, e a verdadeira razão do Salgueiro Lutador ter sido plantado.

"Uma árvore que é violenta?" Lily perguntou.

"Muito. Eu li sobre eles," Mia explicou.

"Claro que você leu, gatinha," Sirius deixou escapar uma risada latido.

"Agora, para a cama todos vocês!" Dumbledore bateu as mãos e instantaneamente todos os pratos vazios e sujos desapareceram da frente deles.

"Tudo bem, primeiro ano, me siga!" Uma voz profunda e alta falou. Mia olhou para encontrar com o familiar rosto do jovem Kingsley Shacklebolt. Era estranho ver o Ministro da Magia tão jovem, reunindo o grupo de crianças de onze anos, mas o brilhante distintivo de Monitor nas suas vestes tornavam tudo mais real. Claro que Kingsley seria um Monitor.

Os alunos se levantaram e, enquanto a Grifinória e Sonserina se dirigiam para a porta, cada grupo liderado por seus Monitores, Mia flagrou os olhares que se passaram entre Kingsley e Lucius Malfoy e ela não podia deixar de ver o paralelo maravilhoso para o futuro. Kingsley Shacklebolt, futuro Ministro da Magia e membro da Ordem, e Lucius Malfoy, Comensal da Morte e braço direito de Voldemort.

"Mantenham-se juntos agora, não se percam!" Kingsley gritou de volta enquanto os Grifinórios faziam o seu caminho através do hall de entrada e para a grande escadaria de mármore. James e Sirius estavam à frente do grupo, seguidos por Peter. Mia ficou para trás, pegando a mão de Remus enquanto ele parecia lutar para subir as escadas, obviamente com dor. "As escadas se deslocam frequentemente, então mantenham isso em mente, especialmente se você está atrasado para a aula. Os professores não são tolerantes, nem mesmo a nossa própria Chefe da Casa, e ela sabe muito bem como é fácil ficar preso nas escadas. Ou, debaixo das escadas se você não for muito cuidadoso."

"O que você quer dizer com 'debaixo' das... Ai!" Frank gritou quando seu pé atravessava um degrau que desaparecia.

"Degrau falso. Ele pega todos os primeiros anistas, eventualmente," Kingsley deu uma risada baixa enquanto Frank corava como uma beterraba vermelha. Mia não pôde evitar, mas se lembrou de Neville tropeçando com o degrau falso. Tal pai tal filho. Ela sorriu e só esperava que ela pudesse trazer memórias de Frank e Alice para Neville quando... se ela voltasse para sua linha do tempo.


N/A: Olá, pessoal!
Eu adoro esse capítulo, a seleção sempre foi uma parte dos livros que eu amei ler :)
A parte de Mia e James conversando antes dele ir para o banquinho aparece nas memórias que Snape deu para Harry ver, o que acham que teria acontecido se Harry tivesse reconhecido Hermione ali com seu pai e os amigos deles? Seria interessante se Sirius não tivesse impedido né? Hahahaha
E Kingsley como monitor? Achei maravilhoso! Confesso que nunca imaginei isso nos livros, mas gostei bastante! A troca de olhares entre ele e Malfoy pai foi ótima também, e o paralelo que Mia pensou foi muito bom também! "Kingsley Shacklebolt, futuro Ministro da Magia e membro da Ordem, e Lucius Malfoy, Comensal da Morte e braço direito de Voldemort."
Espero que vocês gostem e até o próximo!