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The Debt of Time

Parte Dois - O Vira-Tempo

Capítulo Vinte e Três: Gentil Comigo

"...Perfect by nature.
Icons of self-indulgence.
Just what we all need,
More lies about a world that...
...never was and never will be.
Have you no shame? Don't you see me?
You know you've got everybody fooled..."
(Everybody's Fool - Evanescence)


Capítulo 22 - Gentil Comigo

2 de setembro, 1971

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

A manhã seguinte à Cerimônia de Seleção foi passada na mesa da Grifinória no Grande Salão, com todos os antigos e novos alunos devorando ansiosamente o café da manhã. Mia sorriu carinhosamente para seu irmão, empurrando o cabelo dele para trás em uma tentativa de abaixá-lo, muito parecido com o jeito que a mãe deles sempre fazia. James retaliou bagunçando o cabelo mais do que nunca, sorrindo desafiadoramente para sua irmã. Peter ficou grudado a James e Sirius a manhã inteira até as corujas chegarem para entregar o correio. Todas as crianças tinham escrito para casa na noite anterior, por isso James e Mia não ficaram surpresos ao receber cartas de seus pais, os dois animados que ambos tivessem sido selecionados para a Grifinória. Cada um dos pais teve um momento para oferecer palavras de conselho para o ano e houve até uma pequena nota na parte inferior de cada carta de Tilly, que orgulhosamente elogiou cada jovem Potter, escrevendo repetidamente sobre como ela sabia que eles iam entrar na Grifinória porque eles eram muito talentosos e corajosos.

A leitura foi interrompida quando uma carta vermelha brilhante caiu na mesa na frente de Sirius, derrubada por uma grande coruja-águia que tentou bicar o menino quando ele estendeu a mão para pegar a carta, roubando uma salsicha do prato de Sirius antes de levantar voo novamente. "Coruja maldita," Sirius rosnou e, em seguida, olhou para a carta na frente dele com um suspiro. "Bem, eu não posso dizer que isso é inesperado."

"Qual o problema?" James perguntou. "Espera, isso é o que eu penso que é?"

"Um Berrador," Mia sacudiu a cabeça, enojada com Walburga Black.

"O que é um Berrador?" Lily perguntou, sentando-se ao lado de Mia e olhando através da mesa para o jeito que Sirius olhava para o envelope vermelho com desdém.

"Dane-se isso," Sirius resmungou e pegou a carta, rasgando-a em ousado desafio. James e Mia estremeceram, esperando a tempestade que se aproximava, enquanto Lily olhava ansiosamente. O resto da mesa educadamente virou a cabeça para longe, embora Sirius já estivesse recebendo olhares curiosos das intrometidas mesas vizinhas da Corvinal e Lufa-Lufa. Um rugido de som encheu todo o Grande Salão e a voz enraivecida de lamentação de Walburga Black ensurdeceu o Grande Salão.

"SIRIUS ORION BLACK, SEU DESPREZÍVEL PRETEXTO DE BRUXO! MANCHA E VERGONHA NA HONRA DA CASA DE MEU PAI! VOCÊ TROUXE DESGRAÇA PARA A SUA FAMÍLIA! COMO VOCÊ SE ATREVE A QUEBRAR A TRADIÇÃO!..."

Mia fez uma careta para a carta e os familiares gritos de Walburga Black. Enquanto os outros estudantes pareciam se encolher com o barulho como se seus próprios pais estivessem gritando e os repreendendo, Sirius estava firme, olhando para baixo com puro ódio, embora seu corpo tremesse de raiva e seus belos olhos cinzas estivessem escuros.

"... GRAÇAS A SALAZAR QUE AINDA TEMOS SEU IRMÃO PARA SEGUIR AS TRADIÇÕES DESSA CASA NOBRE ADEQUADAMENTE, PORQUE VOCÊ NÃO É NADA ALÉM DE DESAPONTAMENTO DESDE QUE NASCEU! NA VERDADE, EU GOSTARIA QUE VOCÊ NUNCA TIVESSE NASCIDO SEU MISERÁVEL..."

"Incendio," Mia soltou e balançou sua varinha. Instantaneamente o envelope vermelho explodiu em chamas, a voz gritante de Walburga Black desaparecendo na fumaça enquanto o envelope se enrolava e caía em uma pequena pilha de cinzas. James, Lily e os outros Grifinórios olharam para Mia com os olhos arregalados, mas ela não se importava. Seu olhar caiu sobre Sirius, que continuou a olhar para as cinzas remanescentes da carta como se ela ainda estivesse gritando com ele.

oOoOoOo

Os estudantes eventualmente deixaram o Salão Principal para as classes, mas sussurros seguiam Sirius em todos os lugares durante o resto do dia. Mia e James estavam lá de cara feia para as pessoas que olhavam para o bruxo de cabelos negros, especialmente os Sonserinos que conheciam a família Black e acharam a cena hilariante. De alguma forma, depois do evento, poucos recordavam que Mia tinha realizado magia, mesmo antes dela ter pisado dentro de uma sala de aula.

Quando Remus se juntou a seus amigos para a aula, tendo acordado naquela manhã parecendo mais amassado do que a roupa, Mia sorriu para ele e baixinho contou sobre o que aconteceu no café da manhã. Quando eles tomaram seus assentos em Feitiços, os jovens Grifinórios silenciosamente rodearam Sirius com James e Mia em cada lado dele, Remus e Peter tomaram os assentos à frente e atrás dele, respectivamente. Sirius não disse nada aos seus amigos para que eles soubessem que ele estava grato, mas ele se virou para Mia e ofereceu um pequeno sorriso. Distraída com os acontecimentos da manhã desagradáveis e o sorriso de Sirius, Mia não estava prestando atenção quando o Professor Flitwick fez a primeira pergunta.

"Alguém pode me dizer quais são as diferenças entre um encantamento, uma maldição, uma azaração e um feitiço?" O pequeno Professor guinchou.

Claro, Mia sabia a resposta. Ela passou seis anos em Hogwarts e era conhecida como a bruxa mais brilhante de sua idade. Ela havia deixado seu sexto ano com as melhores pontuações e recebeu onze NOMs. Mas ela não tinha sido rápida o suficiente neste primeiro dia de Feitiços. Lily Evans foi. A ruivinha ergueu a mão no ar e balançou-a desesperadamente, sentada na borda de seu assento. James e Sirius riram da cena e Mia olhou para a garota de trás, horrorizada.

Godric, era assim que eu parecia? Mia ficou boquiaberta, imediatamente tomando a decisão de relaxar e tomar seu tempo. Sua ânsia exagerada de provar seu talento e intelecto foi o que a introduziu em um começo difícil com Harry e Rony, e ela deveria estar gostando dessa vida. Mia balançou a cabeça em silêncio para si mesma, decidindo que ela iria se acalmar, ainda assim mantendo o sua habitual padrão durante as aulas e exames, mas certamente não havia restado nada para ela provar a ninguém. Ela sabia que ela era uma bruxa poderosa o suficiente.

oOoOoOo

Os dias se passaram e os estudantes caíram em uma confortável rotina. Lily mostrou um grande talento em Feitiços, enquanto James e Sirius se destacaram em Transfiguração, o que era difícil de dizer às vezes considerando que eles raramente prestavam atenção e estavam constantemente se metendo em problemas. Sem surpresa, Remus era excelente em Defesa Contra as Artes das Trevas, onde Mia se sentava e olhava para ele durante toda a aula, um sorriso conhecedor nos lábios. Surpreendentemente, Peter era um pouco bom em Poções, mas foi imediatamente encoberto por Lily Evans e Severus Snape, que se tornaram os favoritos do Professor Slughorn. Herbologia foi um pesadelo para todos quando Lily acidentalmente colocou muita água nos vasos contendo o desabrochar de Bulbos Saltadores, resultando em uma luta de lama com a turma inteira liderada por James e Sirius. E quase todos riram e se divertiram menos Lily, claro, e Remus que tinha sido liberado da aula porque estava se sentindo mal.

Mia franziu a testa na mesa da Grifinória no Salão Principal enquanto seu irmão e amigos comiam o jantar. Era um domingo preguiçoso à noite e o sol tinha acabado de se pôr. A lua cheia pairava no céu e Mia não poderia deixar de estar preocupada com Remus, sabendo que ele estava passando sua primeira noite de lua cheia, sozinho na Casa dos Gritos. Ela pediu licença cedo do jantar e se esgueirou para os dormitórios onde abriu seu malão e procurou por sua bolsa cheia de Sapos de Chocolate que ela mantinha por perto, por via das dúvidas. Fazendo seu caminho escada abaixo, Mia foi em direção à Ala Hospitalar onde ela sorriu para Madame Pomfrey.

"Srta Potter," Madame Pomfrey sorriu. "Está se sentindo bem?"

"Sim," Mia assentiu para a mulher. "Me adaptando," ela acrescentou, sabendo que a Medibruxa provavelmente estava curiosa. "Eu estava pensando se Remus Lupin está livre para visitas? Eu soube que ele foi enviado para cá alguns dias atrás com uma dor de estômago," ela disse as palavras, mas deixou os olhos fazerem a conversa por ela e de algum jeito Madame Pomfrey pareceu entender, apesar da Medibruxa se recusar a mostrar reconhecer algo específico sobre Remus.

"Nada de visitas hoje, querida," Madame Pomfrey disse claramente. "Talvez amanhã."

"Eu entendo," Mia disse. E ela entendia. Porque ela sabia que Remus não estava na Ala Hospitalar, mas preso em um barraco sob a lua cheia, em algum lugar entre Hogwarts e Hogsmeade. "Estaria tudo bem se eu deixasse algo para ele?" Mia perguntou, segurando um punhado de Sapos de Chocolate. "Estes são os favoritos dele. Eles vão fazê-lo se sentir melhor," ela sorriu.

"Eu fico com eles, querida," Madame Pomfrey acenou. "É muito gentil da sua parte em pensar nele."

"Ele... ele é meu melhor amigo," Mia sorriu tristemente enquanto se virava para ir embora.

No dia seguinte Remus continuou sumido das aulas, se recuperando na ala hospitalar, mas ele se reuniu com os amigos a noite para jantar, tomando o assento bem ao lado de Mia, que sorriu docemente e encheu o prato para ele enquanto ele levantava os braços sobre a mesa e apoiava o queixo entre as mãos. Mia estendeu a mão e gentilmente tirou a franja da testa e ele a olhou com gratidão, enfiando a mão no bolso e tirou de lá um cartão dos Sapos de Chocolate, colocando-o em silêncio na frente de Mia. Ela olhou para baixo e viu o rosto corajoso de Godric Gryffindor olhando para ela. Na parte inferior do cartão em leitura, escrito à mão com tinta, "Obrigado."

"De nada," Mia sorriu para ele.

oOoOoOo

21 de outubro, 1971

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

Escritório do Diretor

Outro mês passou e apesar de sentir-se entediada com o trabalho da classe real, já que ela sabia de tudo, Mia manteve-se ocupada cuidando de seu irmão e dos amigos. James e Sirius já tinham recebido detenção uma vez por serem pegos fora da cama depois da hora, tentando encontrar a cozinha a surrupiar lanches de volta para os dormitórios. Remus fez o seu melhor para ficar longe de problemas, mas James e Sirius eram implacáveis na tentativa de envolver o jovem lobisomem e Peter em suas jornadas. Mia estava lentamente construindo amizade com suas colegas de quarto Lily, Mary e Alice, que eram excepcionalmente menos irritantes do que Lavander e Parvati.

Durante a aproximação da lua cheia, Remus adoeceu novamente e o coração de Mia apertou dentro do peito, enquanto observava o menino cair na doença. Ela se sentia impotente e ansiosa e quando ele desapareceu para a Ala Hospitalar domingo cedo de manhã, demorou horas se balançando para frente e para trás do lado de fora do escritório do Diretor até que Mia finalmente falasse, "Acidinhas!" e a gárgula recuou, a permitindo subir na escada em espiral.

"Boa noite, Srta Potter," Dumbledore a cumprimentou com um sorriso. "Como posso ajudá-la nessa noite? Espero que não seja relacionado com as circunstâncias que trouxeram a sua presença aqui em 1971? Eu tive pouco tempo para organizar uma investigação segura do seu vira-tempo," explicou.

Ela fez uma pausa, sendo pega desprevenida com suas palavras. Ela já tinha esquecido que Dumbledore prometeu olhar o vira-tempo e, potencialmente, mandá-la para casa.

"Não, senhor, eu não imaginei que você já tivesse feito isso. Está tudo bem. Eu estou me acostumando com a esta nova vida que eu fui..." Forçada, enganada, ela ignorou os termos que flutuavam através de sua mente "... apresentada. Estou fazendo o que você disse. Seguindo as regras que Remus me deixou," ela balançou a cabeça com firmeza.

"Sim, o seu futuro Sr. Lupin. Eu notei que você tem passado um bom tempo com outro Sr. Remus Lupin aqui em Hogwarts. Eu só posso supor que eles são os mesmos."

"Eles são, Professor," ela acenou com um sorriso triste.

"Por mais que eu tenha me advertido sobre saber mais sobre o futuro, não posso negar que me dá grande alívio em ter um pouco de conhecimento sobre este aluno em particular," disse ele, compartilhando sua expressão.

"Essa é, na verdade, a razão de eu vir aqui hoje à noite, senhor," explicou Mia. "Eu sei."

"Você sabe?"

"Eu sei a razão do Salgueiro Lutador ter sido plantado esse ano, senhor," Mia admitiu claramente.

"Entendo."

"Eu gostaria de pedir permissão para ficar com ele. Não no barraco, é claro," ela balançou a cabeça. "Mas antes e depois. Eu tomava... no futuro, eu tomei conta dele," ela franziu a testa para as memórias. "Eu sei como curar suas feridas e que poções ele precisa para deixar a dor ir embora mais fácil." Embora ela desejasse saber a única que ela tinha certeza que iria fazer a maior diferença, a Poção Mata-Cão, que não viria a existir por mais alguns anos.

"Não existe cura para a Licantropia, Srta Potter," Dumbledore momentaneamente perdeu aquele brilho constante em seus olhos.

"Não," Mia balançou a cabeça. "Mas ele é... ele é meu amigo, e sabendo o que eu sei... eu não posso deixá-lo ficar sozinho," ela olhou para baixo. "É doloroso."

"Você tem um bom coração, Srta Potter, e boas intenções. Mas, independentemente de sua presença, o jovem Sr. Lupin vai experimentar a dor de suas transformações." O diretor falou claramente, com muita simpatia em sua voz. Mia sabia que ele tinha sido o motivo de Remus ter tido permissão para participar de Hogwarts. Dumbledore deu um investimento pessoal no menino.

"Eu quis dizer doloroso para..." ela hesitou. "Para mim, saber que ele sofre sozinho."

"Entendo," o velho bruxo assentiu. "Eu suponho que você tem uma maneira de informá-lo de que você sabe de sua condição?"

"Sim, senhor. No meu tempo original eu descobri por conta própria," ela disse orgulhosamente se lembrando do trabalho que Snape forçou a turma a escrever, esperando de propósito que alguém como ela descobrisse o segredo de Remus e o tornasse público por ele. Mas ela guardou o segredo por quase todo o ano. "Eu suponho que eu vá seguir de uma forma similar a que eu usei antes."

"Então você tem a minha permissão para visitá-lo durante o tempo em que ele estiver doente," Dumbledore sorriu agradecido para a jovem bruxa.

"Obrigada, Professor," ela suspirou em alívio.

"Infelizmente a professora Sprout já acompanhou o jovem Sr. Lupin para o Salgueiro Lutador para a noite," explicou. "Você é bem-vinda, no entanto, a esperar por ele na Ala Hospitalar. Dê este bilhete para Madame Pomfrey, irá explicar a sua presença. Eu a dei permissão para ajudá-la com quaisquer poções que você possa ter necessidade para ajudar o Sr. Lupin a se recuperar."

oOoOoOo

Muitas horas depois, Mia acordou na Ala Hospitalar, tendo sido oferecida uma cama por Madame Pomfrey para esperar as longas horas até a lua ter se posto e ser seguro trazer Remus de volta para a enfermaria. Mia esperou nervosamente a Medibruxa levitar o menino para uma cama próxima e quando seus olhos finalmente caíram sobre a forma pequena, quebrada e sangrando, ela chorou com a visão e cobriu a boca.

"Eu pensei que você já tivesse visto isso antes, Srta Potter?" Madame Pomfrey perguntou enquanto olhava para a jovem bruxa.

"Eu..." Mia franziu o cenho e tirou as lágrimas dos olhos. "Eu já vi, é só que... ele é tão novo, não é justo," ela fungou e fez seu caminho para o lado da cama, olhando para o corpo inconsciente de Remus. Ela sabia que no futuro ele seria capaz de acordar pouco depois do sol nascer, mas agora, sendo tão pequeno e tão jovem, a dor era demais para suportar. "Ele precisa de uma Poção Calmante enquanto eu curo suas feridas," explicou Mia.

"Eles estão sobre a mesa, querida," Madame Pomfrey apontou e Mia balançou a cabeça, estendendo a mão para os frascos e deslizando a poção na garganta de Remus, tentando ignorar as pequenas cicatrizes espalhadas por todo o rosto. Examinou-as de perto, notando que elas não eram das garras de Moony, mas mais provável que fossem o lobo atirando-se contra o barraco em frustração.

Mia se voltou imediatamente para a ferida profunda que dividia o comprimento de suas costas. Ela sabia que este era o lugar onde sua pele se abria durante a transformação. Levantando sua varinha na mão, ela desviou o sangue em silêncio, antes de reparar as costas de Remus, fazendo seu melhor para permanecer impassível apesar do fato dela se lembrar do pós-guerra.

"Você é muito hábil nisso, Srta Potter. Posso perguntar se você era uma curandeira em sua vida anterior?" Perguntou a Medibruxa.

"Não, apenas... habilidades que eu tive de aprender ao longo dos anos", ela franziu a testa pensando na guerra.

"Talvez, com esta segunda chance na vida que foi dada a você, essas habilidades possam ser bem aproveitadas em uma carreira," Madame Pomfrey ofereceu com um sorriso amável.

"Estou grata por ter anos para pensar sobre isso," admitiu Mia. A carta de Remus disse-lhe para viver e aproveitar a sua vida. Ela iria fazer isso não se preocupando com o futuro. Pelo menos, não mais do que ela precisava.

"Ele deve acordar logo," Madame Pomfrey explicou enquanto assistia Mia aplicar gotas de Ditamno nas marcas no rosto de Remus. "Há mais Poção Calmante e poções para dor se você precisar. Eu vou deixar vocês dois sozinhos."

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Flashback

20 de junho, 1997

O Recanto - Residência de Remus e Tonks Lupin

"É minha culpa," Hermione chorou em suas mãos. "Eu deveria ter pedido a Snape para me ensinar antes..."

"Antes que ele mostrasse suas cores verdadeiras?" Tonks a cortou e deu-lhe um sorriso triste e torto.

Tinha sido um mês difícil até agora. Dumbledore estava morto, morto por Snape, o Traidor. Hogwarts tinha sido infiltrada por Comensais da Morte. Harry, Ron e Hermione estavam pensando em embarcar em uma missão insana para destruir artefatos escuros chamados Horcruxes, e o pior de tudo, Hermione tinha Obliviado seus pais e os enviou a milhares de milhas de distância, na esperança de que, de alguma forma, eles estariam a salvo da guerra de seu mundo.

"Eu deveria ter aprendido como fazer a poção. Agora Remus está sofrendo," Hermione franziu o cenho. Ela tinha estado desesperada para sair da Toca e dos olhares de simpatia-culpa que pareciam estar sendo dados pelos Weasleys que sabiam sobre seus pais, então Hermione se ofereceu para ajudar Tonks com a primeira lua cheia de Remus sem a Poção Mata-Cão, previamente fornecida por Severus Snape. Sem o ex-mestre de Poções eles não tinham tido tempo para encontrar alguém que pudesse fazê-la corretamente, se o menor erro fosse feito durante a fabricação, os resultados para Remus seriam desastrosos.

"Isso não é culpa sua," Tonks insistiu, os olhos cansados estavam escuros. Ela e Hermione tinham estado acordadas por horas, ouvindo quando o lobo abaixo uivou, atirando-se contra as barras de metal da jaula que o mantinham trancado. Toda vez que ele soltava um rugido alto seguido por um grito doloroso, Tonks e Hermione iriam saltar e fechar os olhos apertados. "Dumbledore confiava em Snape. Confiava nele o bastante para fazer a Poção Mata-Cão para começar. Como um de nós poderia saber que um dia ele se viraria contra nós, nos deixando em situações piores, uma atrás da outra?"

"Você acha que ele já acordou?" Hermione perguntou, olhando quando a luz do sol da manhã entrava pelas frestas das cortinas.

"Quase," Tonks assentiu. "Eu pensei em dar a ele uma hora depois que o último uivo parasse. Dê-lhe uma chance de recuperar sua modéstia antes de eu ir lá para baixo. Foi bom você ter vindo ajudar. Eu sou uma droga quando se trata de uma boa cicatrização."

"Você não consertou o nariz quebrado de Harry ano passado?" Hermione perguntou a ela.

"Ah, aquilo?" Tonks riu. "Desastrada como eu sou, preciso saber alguns bons feitiços de conserto," ela riu e Hermione se juntou.

"É uma boa prática para mim também," Hermione assentiu. "Considerando tudo. Além disso, Remus sempre esteve lá para mim quando eu me machuquei," ela encolheu os ombros se lembrando como ela tinha acordado após a batalha no Departamento de Mistérios no final do quinto ano, e que tinha sido Remus ao lado da cama dela, oferecendo-se para cuidar dela enquanto ainda silenciosamente lamentava a morte de Sirius.

"Como está Harry?" Tonks perguntou, mudando de assunto. "Vocês ainda andam pensando muito em escapulir este ano?"

"Como você...?"

"Remus," Tonks sorriu. "Audição de lobo e tal. Não sei muito sobre onde você está indo ou por que exatamente, só que Dumbledore tinha uma missão. Vocês fazem parte da Ordem agora, todos crescidos e tal, "o jovem Auror sorriu." Nenhum de nós vai ficar no caminho."

"Nenhum de vocês?" Hermione levantou uma sobrancelha.

"Molly poderia," admitiu Tonks e Hermione soltou uma risada suave.

"Eu ainda estou no modo de pesquisa," Hermione admitiu. "Harry não se adaptou bem à morte de Dumbledore. Ele está me pedindo para encontrar uma maneira de trazê-lo de volta."

"Ele agiu do mesmo jeito com Sirius, não?" Tonks perguntou.

"Sim," Hermione franziu a testa desejando que ela de algum modo pudesse devolver o padrinho de Harry a ele. Se apenas fosse possível. "Muito bem, vamos lá."

As duas bruxas fizeram o seu caminho para o porão do Recanto, Hermione imediatamente reconheceuo cheiro de sangue e suor e franziu a testa enquanto Tonks dava um passo à frente da jovem bruxa para se certificar de Remus estivesse pelo menos vestido. Hesitando um passo à frente, Hermione olhou para a gaiola no final da sala onde Tonks assentiu para ela, varinha a postos apenas por via das dúvidas. Remus tinha instruído as duas para estarem de guarda. Ele afirmou que, mesmo depois de se transformar de volta ao seu estado humano, o lobo ainda podia ficar um pouco abaixo da superfície. Não havia nenhuma maneira de dizer a falta que a Mata-Cão fazia.

"Remus?" Hermione sussurrou enquanto se aproximava da porta aberta da gaiola e ficou surpresa ao olhar para os olhos de âmbar de ouro do homem que mal parecia registrar sua presença. Quando ele o fez, ele rosnou humilde e Hermione lentamente se ajoelhou no chão vários passos na frente dele, não fazendo nenhum movimento brusco. "Tonks, role para ele o frasco da Poção Calmante. Ele é Remus, mas o lobo está na superfície ainda. A poção deve derrubá-lo," explicou ela e observou cuidadosamente quando Tonks tirou um pequeno frasco fora do saco que Hermione tinha preparado, rolando para Remus, que olhou para a garrafa.

"Remus, tome a poção," Hermione instruiu, inclinando a cabeça para o lado e expondo seu pescoço como um sinal de rendição e submissão. Os olhos cor de âmbar dourado pareceram brilhar por um momento antes de mudar para os orbes verdes suaves típicos de Remus Lupin. Ele soltou uma careta de dor e alcançou imediatamente o frasco, deslizando para dentro de sua garganta, tossindo e, em seguida, caindo no chão, vestindo apenas calças rasgadas e ensanguentadas.

"Segure-o enquanto eu cuido das costas dele," disse Hermione para Tonks e ambas as bruxas se moveram rapidamente para dentro da jaula, indo até o corpo de Remus.

"Olá, amor." Tonks sentou-se ao lado da cabeça de Remus, passando seus dedos pelo cabelo dele encharcado de suor e puxando suavemente sobre seus ombros para mostrar as feridas frescas em suas costas para Hermione, que rapidamente removeu o sangue e depois curou a pele. Quando Hermione terminou, ela acenou para Tonks, que virou Remus para cima. "Venha aqui e me deixe limpar esse rosto bonito," Tonks sorriu para o companheiro.

"Não tem sido tão ruim assim há anos," Remus franziu a testa, lutando para não soluçar com a dor ou cair inconsciente.

"Eu sinto tanto, Remus," Hermione murmurou.

"Não é sua culpa," ele insistiu, alcançando a pequena mão de Hermione e a segurando dentro da sua. Por alguma razão o gesto parecia trazer mais conforto a ele do que a ela.

"Eu deveria ter aprendido a poção enquanto ainda tinha uma chance," ela explicou, mas Remus imediatamente balançou a cabeça.

"Não há nada com o que se desculpar, Hermione," ele insistiu. "Se alguém pode descobrir como fazer corretamente a Poção Mata-Cão para mim, é você. Eu sei que você pode fazer isso," ele sorriu para ela, mas, em seguida, assobiou quando uma nova sensação de dor fez caminho através de seu corpo.

"Você fica, eu pego," a Auror sorriu e saiu rapidamente da jaula, subindo a escada de dois em dois degraus. Hermione olhou sem jeito para o homem derrotado na frente dela que tremia de dor. Ela mordeu o lábio nervosamente e avançou instintivamente, correndo suavemente os dedos pelo cabelo como Tonks tinha feito. Ele pareceu se acalmar um pouco e soltou um suspiro que parecia de alívio com o toque.

"Obrigado, Hermione," sua voz quase quebrada. "Você sempre foi... muito... muito gentil comigo, no que diz respeito à minha condição."

Hermione franziu a testa, enxugando uma lágrima que caía de seu olho. "Você nunca mereceu nada menos do que bondade, Remus," ela sussurrou para ele e ele sentou-se em estado de choque enquanto as palavras dela pareciam bater em alguma coisa dentro dele e ele desmoronou. O velho lobisomem deixou escapar um soluço silencioso e pôs os braços ao redor da cintura da jovem bruxa, seus ombros tremendo. Seus olhos castanhos se arregalaram com o homem que mostrava tal vulnerabilidade. Ela franziu a testa e continuou a gentilmente acariciar seu cabelo, sussurrando palavras de conforto. Ela olhou para cima com o som de Tonks voltando e percebeu que sua posição podia parecer incrivelmente inadequada na frente da futura esposa de Remus.

Tonks, no entanto, não parece se importar nem um pouco, e ela sorriu agradecida para Hermione entregando o frasco de poção dor para a jovem bruxa.

Fim do Flashback

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21 de outubro, 1971

Hogwarts Escolha de Magia e Bruxaria

Ala Hospitalar

"Mia?" Um Remus de onze anos sussurrou com voz rouca quando ele abriu os olhos cansados e viu a bruxa de cabelos castanhos crespos sentada em uma cadeira ao lado da cama dele na ala hospitalar. Ele não se lembrava de muito; ele nunca lembrava, mas ele certamente não esperava ver sua amiga quando acordou na manhã seguinte à lua cheia.

"Olá, Remus," Mia sorriu para ele afetuosamente.

"On... onde eu estou?" Ele olhou em volta quando começava a entrar em pânico.

"Na Ala Hospitalar," Mia explicou. "Você precisa de outra poção para dor?" Ela perguntou e suas palavras pareceram fazê-lo entrar ainda mais em pânico.

"O que você está fazendo aqui? Por que você está aqui?!" Ele tentou se sentar, mas a ação era muito dolorosa e ele deixou escapar um baixo choro de dor. Mia se levantou e colocou as mãos suavemente sobre a pele exposta de seus ombros, tentando mantê-lo quieto.

"O que?" Ele engasgou. "Não... eu estou bem, só um pouco doente, é tudo," ele mentiu, muito mal. "Não quero que você pegue algo," ele se afastou dela, estremecendo novamente quando ela tocou seus ombros para mantê-lo quieto.

"Eu não vou pegar nada e você não está doente," ela disse firmemente e, então, quando os suaves olhos verdes dele olharam para ela, com medo, ela suspirou. "Remus, eu sei."

"Você... você sabe?" Seu lábio inferior começou a tremer e de repende Mia percebeu sua idade. Este certamente não era o lobisomem crescido que tinha sido um símbolo de força. E aquele velho lobisomem que ela conhecia por desmoronar após transformação, chorando em seus braços. Este era um menino de onze anos aterrorizado que nunca tinha conhecido a bondade no que diz respeito à sua condição, fora de seus pais e, mesmo assim, Mia tinha certeza de que ele sofreu em casa.

"Eu sei sobre a sua Licantropia," ela disse claramente.

"O que... mas como?" Seus olhos imploravam para ela para parar de tocá-lo, para chegar o mais longe possível dele. Ela foi sua primeira amiga, sua melhor amiga e a ideia de voltar atrás agora era dolorosa demais. Ele sabia o que era ter pessoas que não tinham medo dele, que não tinham medo de tocá-lo. Mas ela devia ter medo.

"Eu leio livros, eu conheço os sinais e eu sou mais esperta do que você," Mia explicou. "Eu descobri mês passado quando você ficou doente durante a lua cheia. Foi por isso que eu deixei Sapos de Chocolate para você. Eu sei que o faz se sentir melhor," ela franziu a testa e estendeu a mão para passar os dedos pelos cabelos banhados em suor dele, mas ele se encolheu para trás.

"Você deveria ir embora. Eu... você não deveria saber," ele murmurou, mas depois soltou. "Droga! Agora eu vou ter que ir embora. Ninguém deveria descobrir," ele botou a cabeça nas mãos e chorou.

"Ninguém vai descobrir," Mia prometeu. "Eu levei minhas suspeitas para Dumbledore e ele me deu permissão para ficar aqui todo mês, antes e depois da sua transformação," ela estendeu a mão e ele finalmente deixou, tendo o cabelo bagunçado deslizado para trás, saindo da testa dele.

"Você... você não está com medo?" Remus olhou para ela, chocado, confuso e admirado, tudo ao mesmo tempo. Ela era boa demais para ser verdade.

"De você?" Mia sorriu. "Por que eu teria motivos para ter medo de você, Remus?"

"Eu sou um monstro!" Ele gritou, os olhos brilhando em ouro e âmbar brevemente.

"Não se atreva!" Mia rosnou e as pontas do seu cabelo se agitaram. "É do meu amigo que você está falando!" Ela disse, defendendo Remus dele mesmo. "Você é um sobrevivente de uma situação que alguém impôs a você." Lágrimas se formaram em seus olhos. "Tudo o que você pode fazer é seguir as regras, manter as pessoas seguras e tentar encontrar alguma felicidade durante o processo," ela falou as palavras para Remus, mas que ele tinha dito para ela mesma.

"Não tem razão para isso, Mia," ele balançou a cabeça.

"Vai ter," ela prometeu a ele pensando em Tonks e no pequeno Teddy. "E até que você descubra, é meu trabalho ajudar a tornar isso menos doloroso. Você precisa de outra poção para dor?" Ela perguntou de novo.

"Você... você me curou?" Remus perguntou, levando uma mão às costas para tocar a cicatriz. "Madame Pomfrey fez isso mês passado e... parecia diferente."

"Eu aprendo muito rápido," ela sorriu, mas Remus franziu o cenho.

"Eu não quero a sua ajuda," ele balançou a cabeça. "Eu não quero machucar você."

"E eu não quero você mais machucado do que já é forçado a ser," ela disse, não aceitando não como resposta. "Você me deixa cuidar de você, estar lá para você, assim você não tem que ficar sozinho e, em troca, eu prometo nunca estar em perigo quando você estiver perto da transformação," prometeu. "Eu nunca vou te seguir para baixo do Salgueiro Lutador." Os olhos verdes de Remus se arregalaram e seu rosto empalideceu.

"Você sabe sobre isso?"

"Uma vez que contei Dumbledore o que descobri e que queria ajudar, ele explicou tudo para mim," ela acenou.

"Eu..." Remus olhou para baixo, de repente parecendo com vergonha e autoconsciente. Ela conhecia aquele olhar. O viu constantemente em todos os momentos em que pessoas falavam do passado de Harry ou da família de Ron. Era o olhar que alguém tem quando eles pensavam que estavam tendo pena dele. "Eu não sou mais um cachorro perdido como... como Sirius."

"Não, você não é," Mia sorriu para ele. "Sirius é um filhote perdido que precisa de um bom lar," ela riu suavemente, apesar de suas palavras não serem uma piada. Sirius estava ferido e abatido, e ele tinha levado semanas para voltar devidamente ao normal depois que sua mãe tinha mandado o Berrador na manhã seguinte à Seleção. "Você é um lobisomem que precisa de um bom amigo."

"Por que você é tão..." Remus tentou encontrar as palavras. "Gentil comigo, Mia?"

Ela engoliu o soluço que ameaçava rastejar para fora de sua garganta. Ela levantou e se sentou na cama ao lado de Remus, estendendo a mão e gentilmente correndo os dedos pelos cabelos dele. Ele estremeceu com o toque e ela podia vê-lo tentando manter sua força, tentando não demonstrar fraqueza. "Você nunca mereceu nada menos do que bondade, Remus," ela sussurrou, e suas palavras quebraram ele.

O jovem lobisomem deixou escapar um soluço alto e jogou os braços ao redor da cintura da jovem bruxa, seus ombros tremendo quando ele chorou nela. Seus olhos castanhos amoleceram para o menino expondo sua vulnerabilidade para o que só poderia ser a primeira vez. A primeira vez que abria seu coração para alguém e ela prometeu que iria tratá-lo bem.


N/A: Oi, pessoal! Como vocês estão?
Esse com certeza é um dos capítulos que eu mais gosto da história toda, com a Mia contando para o Remus que sabe sobre a condição dele. A reação dele, tanto no passado quanto no tempo real dela, é tão emocionante! Remus jovem e adulto tendo a mesma reação... Imagino o que passou pela cabeça dele quando ela falou aquilo no tempo normal, sendo que ela já tinha dito antes quando eles eram crianças. Achei muito fofo :))
Mas em compensação, Walburga é uma mulher/mãe/ser humano horroroso, nossa senhora! Não sei o que eu faria se tivesse uma mãe como ela. Mentira, também fugiria de casa como Sirius hahahaha
Mas pelo menos ele sabe que tem amigos maravilhosos por perto para ajudá-lo sempre que for preciso.

Uma coisa, talvez domingo não dê para eu postar o próximo capítulo. Na próxima semana começam minhas provas na faculdade (sim, estou tendo aula na faculdade em janeiro, muito triste! Maldita greve...) e segunda feira já tem uma matéria absurdamente imensa :(
Para compensar vocês, pensei em postar 2 capítulos na quinta feira que vem, o que acham?

Motoko Li: pensei exatamente a mesma coisa que você! Ela provavelmente não iria conseguir esconder a raiva que sente por Peter e talvez isso o influenciasse a seguir o caminho errado... Mas não há nada que ela possa fazer, pois foi o que você disse, não acho que alguém conseguiria perdoá-lo, mesmo uma pessoa como Hermione.
Ahhh, eu gostei do modo como ela volta, mas não vou dar spoilers hahahaha mas fica tranquila que explica bem. É bem intensa essa volta...
Cara, eu acho muito estranho escrever "mamãe" também, "mom" é tão mais certo, sei lá... E eu boto como maiúscula porque nos diálogos da fanfic em inglês a autora escreveu em maiúsculo, então preferi deixar do mesmo jeito. Quando é no meio da narrativa geralmente aparece como minúscula :))
Eu ADORO o Kingsley! O Frank e a Alice também, sempre os achei muito corajosos por não dar nenhuma informação mesmo sob tortura.
Quanto ao tempo... O primeiro e o segundo ano deles é bem descrito para mostrar como a amizade deles começou e foi se desenvolvendo aos poucos. Pode ser um pouco tedioso, mas acho importante para a história. Mas fica tranquila que quando eles ficarem mais velhos, vão ter cenas condizentes com a idade, se você me entende hahahaha são partes bem interessantes!
Por favor, quando você perceber um erro, fala mesmo! E crase sempre foi um problema para mim, desde a escola hahaha obrigada por falar, às vezes eu deixo passar batido! Ainda bem que o hífen morreu com o novo acordo ortográfico, menos uma coisa para eu me preocupar!
Espero que tenha gostado desse capítulo, até o próximo! :))

Mile Mayfer: primeiro de tudo, não tem problema algum você falar que achou um erro! Não me importo não, muito pelo contrário! Eu penso que essa tradução que eu to fazendo é uma via de mão dupla, todos contribuem de algum modo :) eu sempre tento fazer o meu melhor, mas posso errar como qualquer um, é normal. É até provável que isso aconteça em algum momento porque não faço nada relacionado à linguagem, na verdade sou da área da saúde hahahahaha
Pode deixar que daqui para frente eu vou botar "Bloody hell" de algum desses modos que você falou (eles falam muito isso da história) e vou ficar mais atenta a essas coisas nos próximos caps.
Você fez letras português/francês? Sou loooouca para aprender francês! Acho tão lindo!
Tem uma cena dela com a Bellatrix que eu acho sensacional! Não é a primeira interação, mas a Mia dá um esculacho nela maravilhoso! Ainda falta para isso acontecer, infelizmente, mas quando tiver próximo eu te aviso :)
Eu acho que essa fanfic é um ótimo universo alternativo e a Shaya (autora) prestou bastante atenção para se ater aos detalhes, não fica nenhuma ponta solta! Se quiser, lê as outras histórias dela! Não são só Hermione/Sirius, é bem variado, na verdade. Tem Hermione/Nott (diferente, mas eu to amando uma dela que tá em andamento "Tying the Nott"), Hermione/James ("Storm of Yesterday" é muito boa!). To até pensando em falar com ela de novo para traduzir as outras fanfics dela hahahaha
Agora isso dela ter sido chamada por "Potter, Mia" na seleção eu nunca tinha reparado... É verdade, que curioso hahaha mas a autora botou assim, então fazer o que, né? Hehe
Game of Thrones e eu temos uma relação de amor e ódio. Já li os livros e to esperando ansiosamente/loucamente/surtadamente pelo 6o, mas nada dele sair né... E o George já falou que não vai sair a tempo da nova temporada. Eu to quase desistindo de assistir essa nova temp, porque já tem tanta coisa diferente, gente viva que deveria estar morta, gente morta que deveria estar viva, GENTE IMPORTANTE QUE NÃO APARECEU NA SÉRIE. Mas tudo bem, a gente releva, né? Não! Hahahaha
Sou muito chata com livros que eu gosto, gostaria muito que a pessoa que resolvesse produzir um seriado de TV baseado no livro seguisse tudo fielmente. Sei que é impossível isso, mas não custa nada sonhar...
E outra coisa, eu adoro comentários longos! Acho uma ótima chance da gente conversar, debater, interagir, então continue! Você não foi nada incoveniente :)
Até o próximo cap, beijos!