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The Debt of Time
Parte Dois - O Vira-Tempo
Capítulo Vinte e Quatro: Leõezinhos
"...Hit me with your best shot
Why don't you hit me
With your best shot
Hit me with your best shot
Fire Away..."
(Hit Me With Your Best Shot - Pat Benatar)
Capítulo 24 - Leõezinhos
28 de fevereiro, 1972
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
O Grande Salão
Era como se Charlus Potter tivesse convencido sua esposa de que as crianças realizassem travessuras fosse um rito de passagem. James, Sirius e Mia voltaram para Hogwarts depois do feriado de Natal, cada um com um novo presente em mãos que tinha sido delicadamente embrulhado e dado a eles a manhã de Natal. Cada um com um aviso muito cuidadoso:
Não. Sejam. Pegos.
Nos dois meses desde que eles tinham sido mandados de volta para escola, James e Sirius não tinham sido apanhados fora da cama depois da hora nem mesmo uma vez. Isso foi devido, em grande parte, ao fato de que James possuía agora a mais fantasticamente encantada Capa da Invisibilidade. Quando seu irmão abriu o presente na manhã de Natal, olhos castanhos de Mia simplesmente a encararam. A mesma capa que foi a causa de vários problemas dela, Harry e Ron. Apesar de, mais vezes do que ela conseguia contar, a capa os tivesse livrado de tantos outros. James ficou maravilhado com o presente e o usou quase todas as noites desde que voltou para escola.
Dorea, triste pelo pensamento de que Sirius talvez não recebesse presentes na manhã de Natal, procurou por antigas relíquias da família Black, claro que uma que tivesse sido examinada por um Desfazedor de Feitiços. Quando a manhã chegou e nenhum presente apareceu para o garoto como imaginado, Dorea rapidamente embrulhou o pequeno presente e o entregou para Sirius com um sorriso brilhante. Ele ficou chocado, não esperando nada, muito menos algo que tinha pertencido à sua família. O pequeno canivete se encaixava perfeitamente na sua mão e ele sorriu brilhantemente quando Dorea explicou que estava encantado para ser capaz de abrir qualquer porta e desatar qualquer nó. Até agora, Sirius tinha o usado para invadir escritório de Filch em quatro oportunidades diferentes.
O presente de Mia a confundiu de cara quando abriu o pequeno pacote revelando um lindo e pequeno espelho de mão. Até que ela o tirou da caixa e viu que tinha outro debaixo. O rosto de Mia se iluminou, o reconhecendo de imediato, embora a última vez que os tivesse visto, um dos dois pertencia a Harry e estava quebrado. Mia tinha decidido manter um espelho, dando o outro para James, que o manteve sob seu travesseiro. Mia tinha acordado toda noite nas férias de Natal com James, Sirius e Remus em sua cama - todos tendo chegado com o som de seus gritos, pelo menos até Remus ir embora para passar o Natal com sua família.
Depois de receber o espelho de Natal, James implorou a Mia para usá-lo para falar com ele no meio da noite quando voltassem para Hogwarts, para que ele soubesse que ela estava bem. Até agora, desde que voltou para a escola, ela chamou seu irmão através do espelho várias vezes por semana. Mia descia a escada dos dormitórios das meninas e caminhava para o dos garotos em silêncio, deslizando para o quarto compartilhado por James, Sirius, Remus e Peter, e rastejava para o lado de seu irmão, que mantinha os pesadelos longe. Todas as manhãs, ao acordar, James daria sua irmã sua Capa da Invisibilidade para que ela pudesse se esgueirar de volta para seu próprio quarto despercebida dos garotos que roncavam.
Infelizmente isso fez Mia se sentir fraca, sentir a necessidade de esgueirar-se em torno na escuridão da noite apenas para que uma mulher morta não fosse assombrar seus pensamentos. Por isso que ela parou recentemente de entrar em contato com James durante a noite. Ele ia perguntar a ela sobre isso, todas as manhãs e ela iria mentir, sentindo-se culpada por fazê-lo se preocupar com ela. Mas um choque duro de realidade iria bater nela de vez em quando: James não estaria por perto para sempre. Ela teria que dormir sozinha em algum ponto.
"Bom dia," Mia disse enquanto chegava na mesa da Grifinória para tomar o café da manhã.
"Você está com uma cara péssima," James falou, olhando para a irmã, cujo cabelo estava duas vezes pior e tão embaraçado que parecia sem solução. Os círculos escuros debaixo dos olhos dela estavam quase roxos de exaustão e ela parecia lutar sonolenta para pegar algo para comer.
"Você me lisonjeia, irmãozão," Mia estreitou os olhos, mas deixou para lá quando James serviu-lhe um copo de suco de abóbora e deslizou um prato de torradas na frente dela. Ela soltou um suspiro suave e sorriu para ele com gratidão.
"Ele está certo, você está bem?" Sirius perguntou, sentando-se ao lado dela. "Seu cabelo está... Menos ninho de Mini-Puffes e mais bola de fios emaranhados," Sirius sorriu e cutucou a juba amarrada em cima de sua cabeça.
Mia rosnou. "Não toque no meu cabelo, Sirius!" Ela disse firmemente, indo para longe do alcance dele enquanto ele tentava afagar seu cabelo selvagem e bagunçado. "Eu acordei tarde e não tive tempo de enfeitiçá-lo adequadamente."
"Por que você se atrasou?" James perguntou incisivamente, sabendo que ela ainda estava tendo pesadelos, mas estava mentindo sobre isso. "Você...?" Ele começou a perguntar como fazia todas as manhãs, mas Mia balançou a cabeça.
"Não," ela suspirou. "Lily, Alice e Mary ficaram acordadas a noite toda falando coisas sem sentido." Apesar de Lily estar mais propensa a conversas sérias do que as outras duas companheiras de quarto de Mia, ela ainda iria se juntar as conversas ridículas sobre meninos. Honestamente, em seu tempo original, Mia não tinha sequer pensado sobre meninos de tal forma até pelo menos o terceiro ano - a exceção embaraçosa sendo o Professor Lockhart - e mesmo assim ele foi apenas um pensamento passageiro. Ginny explicou uma vez para Harry e Rony que sua amiga de cabelos crespos era muito sensível, mas todas as outras meninas eram normais. Inferno, Ginny estava apaixonada por Harry desde o seu primeiro ano!
"Evans falou de mim?!" James perguntou com um sorriso brilhante.
"Eu não sei, tentei não prestar atenção," Mia revirou os olhos. Mas ela sabia a resposta. Não, Lily não tinha perguntado nada sobre James. O único nome que Lily mencionou foi o de Remus e, mesmo assim, foi sob um sussurro corado que queimou os nervos de Mia. Até que Alice riu sobre James e Mary começou a falar sobre belos olhos de Sirius e Mia teve o suficiente e saiu do dormitório, descendo as escadas para obter uma vantagem sobre seus deveres de casa, algo que ela não tinha feito - ou precisasse fazer - uma vez que voltou de férias. "Eram coisas sem sentido. Eram besteiras. Eu não suporto como as meninas podem simplesmente sentar e fofocar como idiotas."
"Bom dia," Remus se aproximou com um bocejo, seu rosto estava pálido e ele parecia tão cansado quanto ela. Mia sabia que a lua cheia era amanhã e Remus precisava da sua energia. Apesar de não ter se alimentado além das pequenas mordidas que deu na torrada que James pegou para ela, Mia imediatamente começou com movimentos precisos e práticos, derramando suco de abóbora em um grande copo e o botando na frente de Remus antes de se inclinar na frente de Sirius para pegar um grande prato com bacon e salsicha, carregando o prato com proteínas e frutas frescas e então o deixando na frente do lobisomem.
Ela nem reparou muito quando Remus se moveu simultaneamente em silêncio consertando o café da manhã dela. Ele derramou uma pequena xícara de chá, acrescentando um cubo de açúcar e o empurrou sobre a mesa, os dois trabalhando em conjunto enquanto ele dirigia uma tigela de mingau para os braços dela.
"Desculpa," Remus murmurou quando viu uma framboesa invasora no meio do mingau de blueberry dela. Ele estendeu a mão, tirando a fruta ofensiva de lá - sabendo que ela odiava - e a jogando em sua própria boca.
Quando os dois amigos começaram a comer, o resto dos jovens Marotos os encarou em absoluto silêncio. Depois de várias pequenas mordidas, os dois pares de olhos cansados se ergueram para os amigos.
"O que?" Remus e Mia murmuraram ao mesmo tempo.
"Isso é... arrepiante," James piscou.
"Você nunca reparou?" Sirius riu. "Eles fazem isso há meses."
Remus e Mia prontamente reviraram os olhos e ignoraram as piadas e olhares quando voltaram para a comida. Quando Mia casualmente tocou um pedaço da torrada que James lhe dera, Remus se aproximou do assento de Peter, pegando um pote de doce de fruta e o jogando para ela, quase sem sequer olhar.
"Ah!" James gritou. "Vocês dois desenvolveram telepatia ou algo do tipo?"
"Não seja ciumento, Jamie," Mia sorriu. "Só porque Remus é meu melhor amigo não significa que você seja menos meu irmãozão."
"O que diabos isso me torna?" Sirius fez beicinho.
"Normalmente?" Mia o olhou. "Um pé no saco que de algum modo se prendeu a mim pela eternidade."
"Aww, Mia," Sirius deu uma piscada para ela e nem sequer pestanejou quando James chegou outro lado da mesa e lhe bateu na cabeça. "Eu não sabia que você se importava."
"E quanto a mim?" Peter perguntou, seus pequenos olhos lacrimejantes olhando para cima de seu prato para encontrar os orbes castanhos de Mia. Ela piscou duas vezes e, em seguida, passou a ignorá-lo. Se você não pode dizer nada de bom...
"Ainda acho isso arrepiante," James comentou sobre o café da manhã sincronizado de Remus e Mia. "Como Remus não pode pegar seu próprio bacon? Tem um prato bem na frente do Peter," James apontou curiosamente.
"Porque ele gosta de mal cozido," Mia respondeu a questão com naturalidade. "O prato na frente de Peter está muito queimado."
"Por que você não deixa eu ou James fazer o seu chá?" Sirius perguntou com uma sobrancelha levantada. "Na última vez que um de nós fez, você não tocou na maldita coisa."
"Porque ela não gosta de leite nele," Remus explicou.
"Como você percebe coisas assim?" James perguntou e ao mesmo tempo tanto Mia quanto Remus deram de ombros. James e Sirius tiveram pouco tempo para fazer mais perguntas ou piadas às custas do par porque bem no momento Frank Longbottom tropeçou na mesa parecendo horrível.
"Frank? Você está bem?" Mia olhou para o garoto preocupada.
"Eu estou bem, Mia," ele tentou sorrir, mas não chegou aos olhos.
"Você não está. O que aconteceu?" Ela perguntou e Frank suspirou audivelmente.
"Alguns Sonserinos do primeiro ano me acertaram com um feitiço ruim," ele admitiu, o rosto ficando vermelho.
"Qual?" Sirius perguntou.
"Eles me estupeficaram."
"O que?!" Sirius retrucou. "Essas cobras podres de baixo nível!"
"Eles lançaram Estupefaça em você?" Os olhos de Mia se arregalaram. "Merlin, esse é um feitiço do quinto ano! Como eles sequer sabem lançar um desses?!" Ela sentiu seu próprio temperamento queimar e Sirius fervendo ao lado dela parecia apenas estimulá-la.
"Malfoy e Mulciber estão ensinando os Sonserinos novatos feitiços avançados e azarações," Frank sussurrou, sabendo claramente que, se os Sonserinos soubessem que ele tinha sido a pessoa a bisbilhotar, viriam de volta para ele em três.
"Você deveria falar a Professora McGonagall," Lily disse firmemente enquanto se sentava do outro lado de Frank, propositalmente ignorando Sirius e James como se eles nem estivessem lá, apesar de James sorrir brilhantemente para ela.
"De jeito nenhum, o que nós deveríamos fazer é nos vingar!" Sirius rosnou.
"Sim," James concordou, voltando para a conversa quando Lily se recusou a reconhecer a presença dele. "Frank, você não deveria aceitar essa droga deles. Vamos lá! Frank, você, eu, Sirius, Remus e Peter vamos mostrar a essas serpentes porque os leões são os reis desse castelo!" James se levantou, voltando sua atenção para a gangue dos Sonserinos do primeiro ano que estavam sentados do outro lado do Grande Salão.
"Vocês, idiotas, vão nos fazer perder pontos!" Lily sibilou. "Se vocês se safarem disso, ainda vão acabar azarados. Frank acabou de dizer que os Sonserinos estão usando magias do quinto ano!" Mas nada do que Lily disse dissuadiu os meninos. James liderando o ataque ao lado de Sirius, seguido por Frank que se sentiu compelido a ir porque James tinha lhe pedido para, e Remus, porque ele tinha um sentindo que seus amigos poderiam facilmente se machucar, foram em direção à mesa da Sonserina.
"É melhor eu ir ajudá-los," Mia suspirou e se levantou.
"Mia!" Lily ralhou com a amiga.
"Ele é meu irmão, eles são meus amigos," Mia deu de ombros. "Eu... eu não deixo as pessoas machucarem meus amigos," ela disse firmemente e então sua voz mudou para algo quase perigoso. "Nunca."
oOoOoOo
"Perdidos, leõezinhos?" Amycus Carrow disse enquanto o grupo de Grifinórios se aproximava do final da mesa da Sonserina. Ele ficou lá rindo com seu pequeno grupo que incluía sua irmã gêmea Alecto, Elora Zabini, e Severus Snape.
"Cala a boca, Carrow," Sirius rosnou.
"Cai fora, traidor de sangue!" Alecto sibilou. "Todo mundo sabe que você não é nada, mas uma desgraça, Black. Arruinou o nome da sua família."
"O nome da minha família já estava na lama gerações antes de eu nascer," Sirius riu. "Na verdade, eu ficaria feliz em trocar de nome com você, exceto que todo mundo sabe que todos os Carrows são idiotas maria vai com as outras." Alecto parecia enfurecida com o comentário, mas seu irmão, que era o óbvio líderzinho do seu grupo, permaneceu em sua cadeira, olhando calmamente para Sirius.
"Eu prefiro ser maria vai com as outras em algo adequado do que sentar na sujeira com traidores de sangue e sangues-ruins," ele zombou. Sua irmã riu, Elora Zabini revirou os olhos como se já estivesse entediada deste confronto e Snape parecia desviar os olhos dos Grifinórios.
Uma memória veio à mente de Mia e de repente ela explodiu.
"Ninguém perguntou sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim."
Draco.
Ela tinha sido chamada dessa palavra constantemente ao longo dos últimos sete anos e até mesmo uma vez ela tinha sido esculpida em sua carne. Até o final de Hogwarts, ela tinha crescido insensível ao som da palavra, uma vez que foi jogada contra ela, mas algo sobre esse momento trouxe tudo de volta. Poderia ter sido o fato de que Amycus era apenas um menino e já tão cheio de ódio, bem como Draco tinha sido quando ele disse isso a ela pela primeira vez. Só doze anos e já preconceituoso. Era mais provável, porém, que irritasse Mia, porque pela primeira vez, o termo depreciativo não estava sendo jogado contra ela, mas contra a mesa do outro lado do Salão Principal, onde os olhos Amycus miravam a parte de trás da cabeça de Lily. Mia não era a sangue-ruim aqui. A mãe de Harry era.
"Preste atenção na porra da sua boca, Carrow!" Mia deu um passo adiante, se espremendo entre James e Sirius, os dois olhando para ela com os olhos arregalados.
"Ou o que, Potter?" Amycus olhou para ela.
"Você não quer me testar," Mia ameaçou.
"Mia..." Remus estendeu a mão para frente, colocando-a no ombro de Mia. Tão perto da lua que ele podia sentir o cheiro de tudo no ar. Medo, ansiedade e uma sensação muito distinta de raiva que estava desprendendo de seus amigos como a fumaça de um incêndio florestal.
"Não nos ameace, Potter," Elora estreitou os olhos, de repente interessada.
"Não estamos ameaçando," James disse. "Estamos retornando o favor. Vocês azararam Frank primeiro, sem nenhum motivo."
"Longbottom?" Snape falou lentamente. "Como se precisássemos de um motivo. Ele se azara por acidente duas vezes por dia," disse revirando seus olhos negros.
"Vai se ferrar, Ranhoso!" Sirius rosnou.
"Réplica inteligente, Black," as palavras de Snape estava lotadas de sarcasmo.
"Falo sério," os olhos de Mia nunca deixaram Amycus e ela observou de perto quando sua mão pairou sobre o lado de suas vestes. "Você puxa uma varinha para qualquer um de nós de novo e você vai se arrepender."
"Esqueça as varinhas, mais uma palavra..." James olhou ameaçadoramente.
"Só uma?" Os lábios de Snape se curvaram. "Com certeza você não sabe contar mais do que isso."
E Sirius pulou para cima da mesa da Sonserina.
Com toda a possibilidade de luta entre as duas Casas, essa durou menos de um minuto. Varinhas estavam abaixadas, embora Sirius estivesse mais do que feliz para lidar com as coisas "do jeito trouxa", como ele tanto gostava de chamar quando ele ameaçou com violência física. Feitiços avançados foram lançados a partir da Sonserina, e Mia, tendo desenvolvido totalmente sua magia, tentou lançar não-verbalmente os contrafeitiços sem chamar atenção para si mesma. Infelizmente, foi apenas quando Frank Longbottom se envolveu que as coisas foram completamente por água abaixo.
O problema era que o único encanto que Frank Longbottom parecia dominar corretamente era 'Lumos', o que não teria sido útil na luta de qualquer maneira. Mas em vez de dizer 'Lumos', como ele pretendia, Frank balançou sua varinha para frente e disse 'Fumos', acidentalmente lançando um feitiço de cortina de fumaça. Uma nuvem de fumaça defensiva saiu da varinha de Frank e abrangeu a luta completamente. Incapaz de ver e apontar varinhas corretamente, os Sonserinos pareceram recuar, mas os Grifinórios, seguindo o exemplo de Sirius, foram totalmente no 'modo Trouxa'.
Quando a professora McGonagall invadiu o Salão Principal e limpou o ar da cortina de fumaça, ela se deparou com quatro Sonserinos e quatro Grifinórios no chão. Sirius tinha Snape pelo colarinho no chão. James estava 'lutando' contra Alecto Carrow e Elora Zabini - que estavam puxando seu cabelo - recusando-se a bater em meninas. E Remus tinha Amycus contra a parede, seu antebraço fixando o Sonserino lá por sua garganta e rosnando, seu outro braço retendo Mia que estava fervendo e tentando alcançar sobre os ombros dele para arranhar o rosto presunçoso de Amycus. Frank estava no meio do chão com os olhos arregalados, segurando firmemente sua varinha que ainda estava despejando fumaça.
"Sr. Longbottom!" McGonagall gritou. "Abaixe sua varinha!" Frank, de repente se deu conta e abaixou a varinha, que caiu no chão e lançou faíscas, mas felizmente a fumaça parou.
"Que diabos? Todos vocês parem já nesse momento!" McGonagall gritou. Um por um, cada Grifinório recuou, embora tenha levado a ajuda de Mia para tirar Remus de cima de Amycus. Sirius e Snape pularam para longe um do outro com as caras fechadas, enquanto as duas meninas da Sonserina soltaram o cabelo de James e ele fez beicinho, esfregando a cabeça. "Vergonhoso, cada um de vocês! Lutando como bandidos no Grande Salão?! Sr. Malfoy!"
"Professora?" Lucius Malfoy se aproximou da cena lentamente, estando sentado na outra extremidade da mesa da Sonserina durante o caos todo.
"Você é um Monitor ou não?" A velha bruxa virou-se para ele. "Uma briga irrompe na sua própria mesa e você fica sentado de braços cruzados?"
"... me perdoe, Professora..." Lucius olhou para os jovens Sonserinos e todos evitaram seu olhar. Estava claro que a briga não era o problema para o loiro, mas o resultado. "Eu vou ter a certeza de ser mais rápido na próxima vez," ele zombou.
"Não vai haver uma próxima vez. Vinte pontos de cada um de vocês!" McGonagall gritou. "Sr. Malfoy, espero que seus primeiro anistas sejam escoltados para o Chefe da sua Casa para serem disciplinados corretamente."
"Absolutamente, Professora," Lucius acenou com a cabeça indo embora, as cobras do primeiro ano seguindo nervosamente atrás dele para fora do Grande Salão.
"Quanto a vocês," McGonagall se virou para os Grifinórios. "Eu esperava mais da minha própria Casa. Detenção, todos os cinco, nesse sábado!" Ela disse e se afastou violentamente, envergonhada com o comportamento de seus alunos.
"Cinco? Nós somos seis." James olhou em volta.
"Peter ficou na mesa," Remus apontou para a mesa do outro lado onde Peter Pettigrew parecia engolir em seco quando os olhos se estreitaram na direção dele.
"O que? Aquele merdinha!" Sirius rosnou.
"Muito Grifinório," Mia revirou os olhos.
"Você fica engraçada quando está nervosa e irritada," Remus sorriu para Mia, os olhos dele por um momento brilhando ouro e âmbar e pela primeira vez, Mia sentiu um pouco de estranha adrenalina excitante inundar seu peito com a visão. Normalmente, quando ela via o ouro e âmbar, era de raiva ou estresse, o lobo tentando irromper sobre Remus em um momento de fraqueza emocional. Mas Remus parecia qualquer coisa, menos fraco no momento, ele parecia... entusiasmado. O sorriso que ele deu a fez corar.
"Sério," James riu. "Mia disse 'porra'. Isso quase compensa a detenção."
"Não disse!" O rubor foi embora de seu rosto enquanto seu rosto empalidecia. Ela raramente dizia essa palavra, muito menos em público! Um xingamento leve ocasional aqui e ali, é claro, mas ela nunca foi uma pessoa de recorrer à linguagem bruta.
"Você disse com certeza," Sirius sorriu para ela, com um olhar semelhante em seus olhos ao de Remus. "Foi brilhante."
"Eu disse isso?" Ela corou de novo.
"Disse," Remus riu.
"Oh Merlin..." ela cobriu o rosto, envergonhada. "A culpa é sua!" Ela tirou as mãos das bochechas para apontar para Sirius. "Você é quem está ensinando a todos nós linguagem chula!"
"Ah! Vou começar a culpar você cada vez que eu bater em alguém então. Você é violenta," Sirius riu.
"Guarde para você, Sirius. Você me fez pegar detenção! Eu nunca estive em problemas minha vida inteira até conhecer você," o que era a maior mentira que ela já tinha contado. Ela já esteve em detenção antes, mas nunca por algo assim. Era sempre por ser pega fora do castelo com Harry ou professores confundindo os esforços deles em salvar o mundo com causar problemas.
"De nada," Sirius sorriu debochadamente.
"Perdão? De nada pelo o que?"
"Por consertar sua vida monótona," seu sorriso aumentou quando ela rosnou para ele.
"Talvez fosse melhor parar de falar, Sirius," Remus ofereceu com uma risada. "Mia pode ser assustadora às vezes."
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4 de março, 1972
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
"Eu vou azarar o Peter na próxima vez que o vir," James disse firmemente enquanto se levantava na sala dos troféus com quatro dos seus amigos, cada um com um pedaço de pano desgastado em suas mãos, limpando e polindo cada superfície, medalha, coroa e prêmio até que brilhasse intensamente. Eles deveriam ter sido separados para a sua detenção, mas Filch não estava por perto para supervisionar os alunos, quando foi chamado para lidar com algo no corredor do terceiro andar, resmungando algo sobre tinta derramada, latas de lixo viradas para cima, Pirraça e, "... malditos fedelhos Prewett ..." Frank Longbottom foi liberado da detenção essa semana porque seu caldeirão derreteu no dia anterior e ele acabou na Ala Hospitalar com bandagens nas duas mãos.
"Eu o azaro," Mia ofereceu. "Ele já sabe que não gosto dele."
"Por que isso?" Sirius virou-se do outro lado da sala a olhar para Mia que estava ocupada polindo a última Copa de Quadribol que foi vencida por Grifinória. "O que Peter já fez para você?"
"Ele nunca fica do lado dos amigos por nada," Mia rosnou.
"É," Remus concordou. "Mas você nunca caiu de amores por Peter."
"Eu... eu não sei," Mia retrucou, não querendo falar sobre isso. Uma coisa era ignorar o menino de olhos pequenos e lacrimejantes, ou armar para ele um pouco de azaração de vez em quando, mas os meninos estavam pedindo-lhe para divulgar a origem de seu desgosto por Peter Pettigrew, e ela não poderia fazê-lo. Pensar em seu ódio pelo menino só trouxe uma raiva doentia dentro dela. Tudo era culpa de Peter. A morte de James e Lily, Harry se tornar um órfão, Sirius ficar trancado em Azkaban e Remus ser deixado sozinho por doze anos.
"Ele fez algo para você? Disse alguma coisa?" James perguntou, seus olhos cheios de preocupação.
"Não," não para ela diretamente. "Ele só... eu não sei. Não confio nele," ela disse com um tom de finalidade, esperando que nenhum deles forçasse o assunto ainda mais. Depois do que pareceram minutos de silêncio absoluto, Sirius andou através da sala e descansou a cabeça em seu ombro.
"Eu acho que só tem espaço no seu coração para três de nós, né?" Ele piscou para ela e ela riu, atingindo-o no rosto com o pano sujo em suas mãos.
"Você quase não cabe," ela sorriu. "Se Remus e James ficarem maiores, você é o primeiro a sair," ela provocou.
"Ai! Entendo," ele sorriu com ironia para ela e Mia gargalhou.
"Só posso lidar com três de vocês," ela apontou para os seus garotos. "Quatro seria um pesadelo. E eu mal posso manter você e James na linha," ela apontou um dedo acusador para Sirius. "Porque acontece que Remus é maduro o suficiente para não ser arrastado para as besteiras de vocês."
"Você sabe que ele está aqui em detenção com o resto de nós," James apontou com uma risada.
"Ei Remus, quer descer do pedestal que Mia te botou?" Sirius soltou uma de suas risadas latido.
"Cala boca, Sirius," Remus sentiu seu rosto ficar vermelho.
"Essa não é uma coisa muito madura de se falar, Remus," James provocou. "Soa para mim que você está sendo arrastado para as nossas besteiras." James e Sirius começaram a gargalhar e Remus sorriu, estreitando os olhos para os amigos. Enquanto eles estavam distraídos, Remus alcançou sua varinha.
"Vermillious!" Remo disse e faíscas vermelhas saíram de sua varinha em uma linha, atingindo as costas de Sirius como um choque elétrico. Sirius deu um gritou e pulou no ar, virando de costas para encarar o jovem lobisomem.
"Ai! Seu babaca!" Sirius olhou e então levantou a própria varinha, lançando o feitiço no amigo. "Vermillious!" As faíscas vermelhas voaram para frente, atingindo Remus bem na ponta do nariz.
"Ai!" Remus resmungou em resposta e levantou a varinha de novo. "Vermillious!" As faíscas vermelhas voaram até Sirius e o bruxo com cabelos cor de corvo tentou fugir delas, mas no final foi atingido do lado da cabeça.
"Viu Mia?" James apontou. "Remus é tão ruim quanto o resto de nós."
"Parem de se provocar!" Mia olhou para Sirius e Remus. "Nós deveríamos estar em detenção."
"Para de nos falar o que fazer!" James riu e apontou a varinha na irmã. "Vermillious!"
Ela observou as faíscas vermelhas saírem da varinha de James e a acertarem na testa. "Ai! Jamie!"
"Você azarou sua própria irmã?" Remus olhou para James e apontou sua varinha. "Vermillious duo!" Ele falou e faíscas vermelhas saíram da sua varinha em uma linha na direção de James, mas então se dividiram em duas como uma bifurcação na estrada, uma faísca acertando a perna de James, e a outra acertando as costas de Sirius.
"Ai! Eu não azarei Mia!" Sirius gritou.
"Não, mas você ia receber de qualquer jeito," Remus riu.
"Isso é ridículo! Parem vocês três!" Mia bateu o pé.
"Não até você admitir que Remus é tão ruim quanto nós!" James sorriu e se moveu ao redor da sala com os outros dois Marotos, cada um lançando constantemente o mesmo feitiço de novo e de novo, acertando os outros repetidamente.
"Não vou," Mia cruzou os braços em um acesso de raiva.
"Ele tá nos atacando na sua frente!" Sirius apontou e Mia apenas sorriu em resposta.
"Acontece que eu acho que você merece," ela deu de ombros.
"Ah, só porque você está apaixonada por ele..." Sirius revirou os olhos, mas foi incapaz de terminar a frase.
"Vermillious trio!" Mia disse em voz alta e as faíscas saíram de sua varinha com uma força incrível, se separando em três distintas partes, cada uma direcionada para as costas de cada um dos meninos, os atingindo com força e rigidez como um chicote. Todos eles gritaram, mas então viraram para olhar Mia com olhos arregalados.
"Uau," James murmurou.
"Isso foi..." Sirius ficou boquiaberto.
"Impressionante," Remus sorriu, os olhos ficando ouro e âmbar para ela. "Vermillious!" Ele disse e lançou uma pequena faísca para ela, rindo quando ela gritou ao ser acertada no nariz.
"Remus!" Ela o olhou.
"Eu não sei," o lobisomem sorriu para ela com um toque de malícia nos olhos. "Talvez eles tenham um ponto."
"O que está acontecendo aqui?!" Professora McGonagall disse enquanto aparecia na porta da grande sala de troféus e olhava para seus alunos.
"Nada, Professora," os Grifinórios olharam para baixo, evitando o olhar da bruxa intimidadora. Quando ela se agitou e girou sobre os calcanhares para sair da sala, Remus olhou para Mia de pé ao lado dele e quando seu âmbar encontrou com mel dela, ambos sorriram e coraram.
N/A: prontinho, dois capítulos seguidos para recompensar vocês, espero que gostem! :)
O que acharam desse capítulo? Será que os Marotos vão confiar na Mia sobre a raiva dela de Peter?
Eeeeeeee esse final, ein? Remus e Mia? Hmmmm?
Até domingo!
