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The Debt of Time
Parte Dois - O Vira-Tempo
Capítulo Vinte e Cinco: Façam o Juramento
"...Got a secret
Can you keep it?
Swear this one you'll save
Better lock it, in your pocket
Taking this one to the grave..."
(Secret - The Pierces)
Capítulo 25 - Façam o Juramento
20 de junho, 1972
Estação Kings Cross
"Por favor, se cuide," Mia franziu o cenho enquanto ficava na frente de Remus, olhando preocupadamente nos suaves olhos verdes dele. "E me escreva se precisar de qualquer coisa... qualquer coisa."
O ano tinha terminado com nada mais excitante do que exames, final de Quadribol e a festa de final do ano. Nada de cão de três cabeças, nada de alçapão, nada de xadrez gigante, nada de chaves voadoras, nada de troll morto, nada de Voldemort. Nada de Voldemort. Só um ano normal de escola. O maior anúncio no final do ano foi que a Sonserina tinha vencido a Taça das Casas. Nenhuma surpresa, considerando quantos pontos foram tirados da Grifinória graças, em parte, aos recém criados 'Marotos' e aos gêmeos Prewett.
"Você se preocupa muito," Remus sorriu. "Esse último ano com você..." ele estendeu a mão e pôs um cacho atrás da orelha de Mia. Ela sorriu alegremente enquanto se lembrava quando, no início do ano, ele teve horror de apertar a mão dela quando se conheceram. As mudanças que ocorreram no jovem lobisomem eram maravilhosas. "Eu honestamente nunca me senti melhor," Remus sorriu.
"Mesmo assim," Mia exasperou. "Não pense que pedir ajuda o torna fraco ou covarde."
"Remus!" Uma mulher chamou seu nome e Remus se virou bem a tempo de ser abordado por seus pais. De repente, sua disposição confiante vacilou com a visão de sua família e Mia percebeu a mudança imediatamente.
"Oi, Mãe," Remus disse baixinho.
A mulher em questão se vestia com uma roupa trouxa. Um vestido modesto castanho claro de ficar em casa claramente foi feito à mão. Seu cabelo loiro cor de areia combinava com o de Remus perfeitamente e, embora ela ainda estivesse em seus trinta e poucos anos, Hope Lupin tinha claramente sofrido ao longo dos anos, com linhas de estresse cercando seus belos e suaves olhos verdes. A mãe de Remus lentamente se aproximou do filho e estendeu a mão como se quisesse abraçá-lo, mas ela parou no meio do caminho e, em vez disso, deu um tapinha no ombro dele. Mia observou a interação cuidadosamente, triste ao ver a distância que os pais de Remus o mantinham.
O pai de Remus se mantinha um passo atrás de sua esposa, bolsas sob os olhos e as mãos nos bolsos. Uns bons dez anos mais velho do que sua esposa, Lyall Lupin parecia um homem que poderia ter uma vez sorrido tão brilhantemente como ela sabia que seu filho era capaz de sorrir, mas Mia duvidava de que o pai de Remus ainda tivesse a capacidade, ou a vontade, de sequer tentar. Embora Remus tivesse herdado a aparência da mãe, Mia podia ver a disposição gasta e solitária, de um Professor Lupin mais velho, no rosto de seu pai de pé diante dela.
Era doloroso de ver.
Os pais de Remus estavam nervosos, ambos obviamente querendo ir embora de Kings Cross o mais rápido possível. Mia não podia suportar a tensão, então ela sorriu para a mãe de Remus.
"Olá," Mia sorriu.
"Ah, desculpa," Remus corou, com vergonha. "Hm, essa é minha amiga, Mia Potter. Mia esses são meus pais," Remus apontou para eles e depois passou uma mão nervosamente pelo cabelo.
"É um prazer conhecê-los, Sr. e Sra. Lupin," Mia estendeu a mão, a qual foi tomada rapidamente. O fato a fez querer estreitar os olhos para o casal. Eles ofereceram a mão tão facilmente para se apresentar a uma desconhecida, mas nenhum tinha abraçado adequadamente seu filho, sendo que não o viam desde o Natal. Não a admirava que Remus estivesse tão aterrorizado quando Mia o conheceu no trem.
"Meu menino escreveu para casa me dizendo sobre seus novos amigos maravilhosos," Sra Lupin sorriu gentilmente para Mia, fazendo um diálogo educado, uma vez que nem Remus ou Mia pareciam estar dispostos a se separar ainda. "Eu... Eu não posso te dizer o quanto eu aprecio você manter a... a doença dele ... a sua discrição é..." Hope Lupin sussurrou.
"Não é nada, Sra Lupin," Mia sorriu alegremente. "Remus é meu amigo," ela disse e, em seguida, estendeu a mão, entrelaçando seu braço com o de Remus. "Eu faria qualquer coisa por ele."
Ambos os pais de Remus ficaram boquiabertos com a visão da garota estranha disposta a ficar tão perto de seu filho, sabendo o seu segredo. Lyall parecia que estava à beira de um ataque de pânico, enquanto Hope Lupin parecia que ia explodir em lágrimas a qualquer momento.
"Mãe..." Remus estremeceu. "Por favor... por favor não," ele suspirou e tentou estender a mão para oferecer conforto à mãe como sempre fazia com Mia quando ela chorava, mas ele parou como se pensasse melhor, especialmente quando seu pai lhe deu um olhar por trás do ombro de sua mãe.
"Honestamente," Mia sorriu. "Remus provavelmente fez mais por mim nesse ano do que eu fiz por ele," Mia riu, tentando quebrar a tensão do momento entre a pequena família. "Não posso falar quantas vezes ele me salvou," ela riu suavemente e estendeu a mão para tirar o cabelo dele do rosto, o tocando propositalmente tanto quanto possível, enquanto sentia a necessidade de provar aos Lupin de que isso era seguro.
Mia não conseguia entender nada disso. Pelo que Futuro Remus (como ela o tinha chamado, a fim de separá-los em sua mente) tinha dito a ela, seu pai trabalhava para o Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Ela sabia que as circunstâncias sobre a inicial infecção de Remus tinham sido por causa da postura de seu pai em relação aos lobisomens, mas certamente ela assumiu que sendo o filho dele um menino de oito anos, ele teria visto por si mesmo que Remus não era perigoso fora da lua cheia. Lyall, no entanto, continuou distante, olhando para a garota que continuou esbanjando afeição amigável para seu filho.
A Sra Lupin, por outro lado, parecia romper o muro que a separava de seu filho e ela sorriu, aproximando-se de Remus e puxando-o em seus braços, pelo que era claramente a primeira vez em muitos anos. Os olhos de Remus se arregalaram, mas ele se recusou a abraçar a mulher de volta, especialmente quando os olhos arregalados de seu pai o olharam por trás, chocado com a exibição. Eventualmente, foi demais para ele suportar e Remus abraçou sua mãe de volta com força. Mia sorriu docemente, tentando não chorar com a visão da Sra Lupin chorando de alegria no ombro de Remus, enquanto o Sr Lupin dava um tapinha nas costas dela.
"Amor," Lyall Lupin limpou a garganta. "Nós hm... nós deveríamos ir."
Remus se separou do abraço primeiro, olhando para sua mãe com um sorriso triste antes que a Sra Lupin se virasse para Mia. "Por favor, saiba que você é bem-vinda à nossa casa a qualquer hora, sua doce menina!"
"Talvez não a qualquer hora, Mãe," Remus limpou a garganta.
"Bom, não, obviamente," Hope Lupin concordou. "Mas ela entende."
"Eu entendo," Mia acenou com um sorriso.
"Você realmente entende, não?" Hope a olhou como se estivesse vendo mágica pela primeira vez. "De onde diabos uma garota tão doce veio?"
"Mãe!" Remus olhou para baixo, envergonhado.
"Mia!" Alguém de trás estava gritando seu nome. Ela se virou e viu os pais Potters esperando no final da plataforma, James e Sirius ao lado. Mia sorriu e acenou, então se virou para se despedir dos Lupins.
"Realmente foi um prazer conhecê-los," Mia sorriu e, em seguida, estendeu a mão para abraçar Remus com força. Ao contrário de com sua própria mãe, Remus não hesitou em prender Mia perto dele, enterrando o nariz em sua juba selvagem de cachos castanhos e respirando o cheiro dela como se ele fosse ajudar a atravessar o longo verão que seus pais haviam planejado. A pequena aldeia que tinha vivido nos últimos anos tinha sido comprometida. Rumores de um lobisomem rodeando a aldeia tinham chegado aos ouvidos do Lupins e, antes que alguém pudesse ficar desconfiado de seu filho, eles planejaram se mudar. Mia e os Marotos não veriam Remus novamente até 1 de setembro.
"Tenha um bom verão, Remus. Vou sentir sua falta," ela franziu o cenho.
"Tenha um bom verão, Mia," Remus sorriu e beijou sua bochecha antes de virar e ir embora com seus pais.
oOoOoOo
22 de setembro, 1972
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Campo de Quadribol
"Remus," Mia franziu o cenho para o amigo. "A lua cheia é amanhã, você realmente deveria estar na cama descansando."
"Não posso descansar, tem Quadribol," Remus disse sem entusiasmo, acenando vagamente a mão na direção do Campo de Quadribol.
Apesar deles terem voltado à escola há algumas semanas, o verão tinha caído pesado em cima de Remus. De algum jeito, entre estar separado de Mia e do resto dos amigos, juntamente com a necessidade de estar com seus pais nervosos - principalmente seu pai agora - Remus tinha voltado um pouco parecido com o menino nervoso e estressado que Mia havia conhecido no ano anterior, apesar de agora ele estar uns bons cinco centímetros mais alto do que ela. Seu rosto estava pálido, mais uma vez, e ele tinha perdido o peso que Mia tinha feito tal esforço no ano anterior para colocar em seu corpo magro. Ele parecia derrotado.
"James e Sirius vão entender," Mia argumentou.
"Não, não vão," Remus revirou os olhos enquanto descansava a cabeça contra o banco frio da arquibancada da Grifinória, deixando o metal gelado refrescar a pele de seu rosto. Ele podia sentir a lua se aproximando e isso deixava sua pele em chamas, sentindo-se como a pior queimadura solar; quente e com coceira. "Eles vão dizer que eu sou um amigo mal por não vê-los no teste. Eles já me zoaram por não tentar eu mesmo," ele fez beicinho.
"Eles estão sendo maus com você?" Os olhos de Mia brilharam.
Ela passou o verão preocupada com todos os garotos. Remus estava praticamente sumido considerando que ele e sua família estavam se mudando constantemente. Ele escrevia de volta quando podia, mas entre estar se movendo e estar lidando com as luas cheias do verão, Remus estava mais doente do que o normal. James bateu a vassoura durante uma tempestade particularmente ruim no início do verão, quebrando sua perna esquerda e batendo a cabeça. Incapaz de cuidarem disso em casa, a família Potter teve que ir ao St Mungos onde James ficou uma semana, fazendo com que sua gêmea envelhecesse prematuramente. Sirius tinha sido outro problema. Apesar dele ter passado as primeiras duas semanas com a família Potter, ele teve que retornar ao Largo Grimmauld e permaneceu lá sem enviar nenhuma coruja aos amigos pelo resto do verão. Quando Mia e James finalmente se encontraram com ele na Plataforma Nove e Três Quartos, a única coisa que Sirius falou foi, "Eu não quero falar sobre isso."
Seus meninos estavam tornando cada vez mais difícil para ela cuidar deles.
"Eu não preciso que você me proteja, Mia," Remus rosnou.
"Não fique irritado comigo, Remus Lupin," ela o encarou. "Eu sei que é o lobo se manifestando."
"Desculpa," Remus suspirou e franziu as sobrancelhas. "É só que... eu perco o suficiente da minha vida uma vez por mês, sem contar a preparação para a lua e depois a recuperação. Eu não quero ter que me esconder constantemente no meu quarto."
"Você não deveria," Mia estendeu a mão e passou os dedos pelos cabelos dele e ele abriu os olhos, os apertando contra a luz do sol enquanto olhava para ela e sorria. "Eu só... não gosto de te ver com dor," Mia franziu o cenho.
"Preocupe-se mais com seu irmão sentindo dor," Remus sentou tentando mudar o assunto, apontando para o garoto de cabelos bagunçados que estava fazendo loopings com a vassoura no centro do campo. "Quatro galeões que ele perde os óculos e bate em alguma coisa," Remus sorriu com deboche.
"Outros quatro que Sirius vai acertar ele mesmo com o bastão," Mia sorriu, permitindo que Remus desviasse o foco da conversa. Seus olhos castanhos se voltaram para frente, onde Sirius estava sentado em sua vassoura perto do final do campo, equilibrando o bastão dos batedores no topo da sua cabeça como James tinha feito com sua varinha.
"Dois galeões que Peter cai da vassoura," Remus acrescentou, observado o pequeno amigo lutando perto do chão, mal voando a três metros de altura.
"Só dois?" Mia zombou. "É dinheiro fácil para você, Sr Lupin. Você deveria ter apostado vinte."
Remus riu e então uma brisa fria passou pelas arquibancadas. Apesar de ser boa, fez seu corpo estremecer, o que geralmente tencionava seus músculos, causando mais dor em seus ossos.
"É isso. Deite-se," Mia ordenou, batendo seu colo.
"Deitar?" Ele olhou para ela. "Não sou, Sirius," ele disse claramente.
Mia ignorou o comentário e a comparação entre os dois meninos. "Já que você se recusa a entrar, eu insisto para que deite aqui. Há muito espaço ao longo da bancada. Eu posso fazer uma massagem nos seus ombros se você quiser," ela ofereceu.
Remus levantou uma sobrancelha, contemplando o ultimato dela antes de suspirar e inclinar-se para trás, deixando cair a cabeça no colo dela como se fosse em um travesseiro e colocando os braços sobre o peito, entrelaçando os dedos juntos. "Eu não estou fazendo isso porque você está certa."
"Claro que não, amor," Mia sorriu e enterrou os dedos suavemente nos ombros de Remo.
"Você não venceu essa discussão," ele insistiu.
"Eu nem pensaria nisso," Mia sorriu.
"Estou fazendo isso porque nenhum cara em sã consciência jamais iria recusar uma massagem nos ombros de uma menina bonita," ele riu e Mia revirou os olhos.
"Ah, por favor."
"Por favor o que?" Ele perguntou, abrindo um pouco apenas um olho.
"Eu já estou fazendo massagem em você, não precisa..." ela corou, mas franziu o cenho.
"Preciso o que?" Remus olhou para ela.
"Não sei. Agir como Sirius?" Ela encolheu os ombros. "Mentir."
"Eu menti sobre o que?" Ele perguntou, ofendido com a insinuação de que ele seria qualquer coisa menos que honesto com ela.
"Por me chamar de bonita," ela zombou.
"Mia..."
"Não. Remus," ela balançou a cabeça. "Por favor. Apenas... deite aqui e me deixa te ajudar."
"Mas eu..."
"Remus... Por favor?" Os olhos dela imploravam.
"Ora ora, olhem essa visão," James disse enquanto ele, Sirius e Peter entravam na arquibancada, os uniformes de Quadribol cobertos de suor e sujeira, as vassouras apoiadas nos ombros, e eles olhavam para Mia e Remus. "Ele não faz nada e ganha tratamento especial."
"É, eu levei um Balaço nas costas," Sirius sorriu. "Cadê a minha massagem?" Ele perguntou e sorriu mais ainda quando viu Remus rosnando em resposta.
"Vocês dois que se massageiem," Mia sugeriu para James e Sirius com uma risada.
"Sirius não é meu tipo," James riu.
"James queria ser o meu tipo," Sirius piscou.
"Então?" Mia olhou para os meninos. "Vocês entraram para o time ou o que?"
"Sirius e eu entramos para a lista de reservas," James deu de ombros. Ele parecia mais feliz por poder ter sua vassoura na escola do que realmente ter uma posição oficial no time. Não mais na corrida para ser o Artilheiro mais jovem em séculos, James tinha se acalmado com sua futura carreira de Quadribol. Iria acontecer, ele sabia disso.
"Melhor do que nada," Sirius sorriu e então olhou para trás. "Né, Peter?"
Peter fez beicinho, lutando para segurar seu equipamento. "Não é minha culpa se eu caí da vassoura," disse ele, esfregando seu traseiro que estava coberto de terra e grama. James e Sirius compartilharam outra risada enquanto Mia sorriu, passando dois galeões na mão aberta de Remus.
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23 de setembro, 1972
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Torre da Grifinória
"Ei, cadê Remus?" James perguntou enquanto entrava na Sala Comunal, pegando Sirius e Peter em um jogo de Snap Explosivo, Sirius rindo quando uma carta explodiu na cara de Peter.
"Ala Hospitalar," Sirius respondeu sem levantar os olhos do jogo. "Dor de cabeça de novo."
"De novo? Ele sempre vai para casa visitar a tia doente ou vai à enfermaria," James franziu o cenho. "Você pensaria que Madame Pomfrey lhe daria algo melhor do que uma simples poção para dor."
"Mia disse algo sobre enxaquecas crônicas," Sirius deu de ombros. "Disse que os Trouxas tem muito isso," ele explicou. "Os deixa sensíveis a luz ou algo assim. Provavelmente é por isso que ele fica na enfermaria quando tem isso."
"Nós podemos pegar doenças de Trouxa?!" Pedro exclamou em voz alta, um olhar de horror e nojo no rosto.
"Claro que podemos, Peter," James revirou os olhos. "Você teve gripe antes, né?"
"Sim. É uma doença Trouxa?" O menino baixinho o olhou chocado.
"Algumas nós não pegamos e algumas das nossas eles não pegam. Trouxas não pegam Varíola de Dragão," Sirius explicou, iniciando um novo jogo.
"Sorte a deles," Peter concordou.
"É, a varíola deles é aviária," Sirius riu.
"O que eles fazem com as galinhas para que fiquem doentes com elas?" Peter perguntou, olhando enojado.
"O que nós fazemos com os dragões?" Sirius sorriu com deboche.
"Vocês podem calar a boca por um segundo?" James resmugou parecendo estressado. "Qual nosso dever de poção para essa semana?" Ele perguntou, com a voz intensa.
"Poção do Sono," disse Peter. "Lembra? Frank estragou a dele na primeira vez e teve que ser mandado para Ala Hospitalar por uma Poção do Despertar."
"A Poção do Sono contém Acônito?" James perguntou rapidamente.
"Acônito? Quer dizer Hemeróbio?" Sirius olhou para seu melhor amigo com uma sobrancelha levantada. Ele sabia que James não era o melhor em Poções, mas não era um Longbottom. "Sem chances, companheiro," Sirius balançou a cabeça, preocupado que James acidentalmente se envenenasse. "Isso é tóxico. Não podemos usar ainda. Por quê?"
"Porque vi Mia fazendo uma lista na biblioteca," James sussurrou, sentando ao lado dos amigos. "Eu estava debaixo da Capa e queria fazer uma brincadeira, pegar as coisas dela quando ela olhasse para o lado. Mas então eu vi a lista que ela estava escrevendo. Tinha Acônito nela."
"Acha que ela está fazendo um veneno?" Peter perguntou intrigado.
"Claro que não!" James rebateu.
"Talvez ela só esteja estudando assuntos lá da frente, você sabe que ela gosta de ler," Sirius sugeriu.
"Não sei, alguns dos livros que ela estava lendo. Eles..." ele hesitou. "Eles pareciam ser da Seção Restrita. Grandes livros de poções," ele mostrou o tamanho com as mãos.
"Então pergunte à ela," disse Sirius.
"Eu não posso ir ao dormitório das garotas," James franziu o cenho.
"E por que você iria querer isso, Potter?" Uma voz feminina disse e James olhou para cima para ver Lily Evans descendo as escadas, seu habitual olhar de desprezo reservado apenas para ele se transformando momentaneamente em indiferença.
"Evans, eu... eu..." James corou.
"Evans, Mia está lá em cima?" Sirius perguntou, dando um tapinha nas costas de James. "Precisamos falar com ela."
"Não," Lily balançou a cabeça. "Ela desceu para ver Madame Pomfrey algumas horas atrás."
"Algumas horas atrás?" James voltou à realidade. "O que houve com ela?"
"O de sempre, imagino," Lily deu de ombros. "Ela tem dores de cabeça bem fortes durante... bom," ela corou. "... coisas de garota."
"Que coisas de garota?" Peter perguntou confuso.
"Cala a boca, Peter, você não entenderia," Sirius revirou os olhos. "Ela tem isso muitas vezes?"
Lily estreitou os olhos para Sirius e fez uma careta. "Uma vez por mês como o resto de nós," ela soltou para ele.
"Não isso," Sirius gemeu. "Honestamente, como eu sou a pessoa mais madura da sala? Eu quis dizer se ela vai muitas vezes à Ala Hospitalar." Ele disse.
"Ah," Lily pareceu culpada. "Todas as vezes. Ela tem ido desde o ano passado. Ela diz ter dores de cabeça bem fortes quando elas chegam."
"Quão fortes?" James franziu o cenho.
"Ela normalmente passa a noite lá," disse Lily, surpresa com a preocupação de James. "O que? Você não sabia que ela tinha enxaquecas?" Ela perguntou, confusa.
"Enxaquecas?" Sirius perguntou. "A dor de cabeça dos Trouxas?"
"Sim," Lily acenou. "Ela tem que tomar a Poção do Sono e uma poção para dor para conseguir dormir quando as tem."
"Obrigado, Evans," James assentiu para ela, dando um olhar para Sirius enquanto Peter estava sentado reempilhando seu conjunto de cartas, já cheio da conversa. "Acho que vou ver como ela está mais tarde. Ver se ela está bem," James ofereceu um sorriso preocupado.
"Hmm... está bem," Lily franziu o cenho enquanto caminhava para o retrato na parede. "De nada. Diga a ela que eu espero que ela esteja melhor," ela sorriu e saiu do Salão Comunal.
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24 de setembro, 1972
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Torre da Grifinória
"Sirius!" James cutucou o bruxo que dormia. "Sirius, acorda, seu idiota!"
"Que. Diabos. Potter?" Sirius rosnou no travesseiro, seu longo cabelo negro embaraçado em volta da sua cabeça do mesmo jeito que o cobertor estava embaraçado em volta de uma de suas pernas. "Volta a dormir," Sirius murmurou.
"Acorda, babaca!" James bateu na parte de trás da cabeça de Sirius. "Onde está minha maldita Capa? Você a usou por último quando quis entrar na cozinha dois dias atrás," ele disse indo para o pé da cama de Sirius, revirando o malão dele.
"Está no malão de Peter, o meu está cheio," Sirius gemeu. "Onde você vai com a Capa de qualquer jeito? Que horas são?" Ele piscou seu sono para fora e olhou para a janela. "Merda, nem amanheceu ainda?" Sirius perguntou.
"Eu vou à Ala Hospitalar," James disse, acidentalmente acordando Peter quando abriu o malão dele e pegou a Capa da Invisibilidade.
"Acha que aconteceu algo?" Sirius perguntou.
"Minha irmã lendo livros de poções proibidos, fazendo listas com ingredientes venenosos e tanto ela quanto Remus acabam ficando doentes todo mês com a mesma doença Trouxa?" James zombou. "Você não acha isso nem um pouco suspeito?"
"Talvez eles estejam se agarrando," Sirius sugeriu.
"Que diabos!?" James gritou, os olhos arregalando.
"O que?" Sirius deu de ombros. "Faz sentido."
James ignorou a persistente sugestão de que sua preciosa irmã bebê tinha saído para ficar beijando um de seus melhores amigos. Era o suficiente que ambos Sirius e Remus estivessem constantemente se aconchegando sobre ela e que Sirius estivesse sempre flertando. "Vocês dois vem ou não?!" James gritou.
"Não são nem seis da manhã1" Sirius argumentou.
"Exatamente," James apontou. "Eu quero pegá-los... em qualquer que seja a coisa que eles estejam fazendo antes que eles tenham a chance de voltar para a Torre. Se eles realmente estiverem doentes na enfermaria, então os dois vão estar dormindo."
"Tudo bem, mas já que eu estou acordando tão cedo, você me deve um café da manhâ. E eu não quero dizer esperar até a mesa ficar cheia, quero dizer você descer até a maldita cozinha e me trazer. Na cama. Numa bandeja de prata," Sirius continuou gritando pedidos e adendos e, porque não, solicitações enquanto os garotos se enfiavam debaixo da Capa e saíam da Torre da Grifinória.
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Ala Hospitalar
"O que houve?" Mia engasgou enquanto botava um Remus ensanguentado na cama. Ele nunca pareceu tão ruim antes, nem mesmo na primeira lua cheia em que ela tinha visto aqui na época. Remus estava pálido e com uma cor doentia parecendo pior do que o normal e, acrescentando à longa ferida aberta em suas costas, ele tinha quatro profundas feridas que cobriam a extensão do seu peito.
"Parece que ele se arranhou bem desta vez," Madame Pomfrey suspirou enquanto ajudava Mia a fechar as feridas rapidamente.
"Ah, Remus," Mia fraziu o cenho. "Onde está a Poção Calmante?" Ela perguntou.
"Bem aqui, querida," Madame Pomfrey botou o frasco nas mãos dela. "E a Poção para Dor está no armário de sempre, e ele vai precisar de uma Poção para Repôr Sangue também quando acordar," ela insistiu enquanto saía do recinto.
"Vamos lá, amor," Mia sussurrou para Remus quando seus olhos começaram a abrir. "Beba isso para mim," ela segurou o frasco nos lábios dele e deixou o líquido escorrer para a garganta dele. Ele tossiu e estendeu a mão, segurando no braço dela para se apoiar.
"Mia..." ele gemeu com dor.
"Estou aqui," ela prometeu a ele. "E eu vou te curar todo."
"Dói..." Remus virou a cabeça para longe dela para que ela não visse ele chorar. "Está ficando pior."
"É porque você está crescendo. Atingindo um surto de crescimento," ela explicou. "Você está uns bons dez centímetros maior do que ano passado," ela alcançou a poção para dor. "Sem falar," ela limpou a garganta. "Em outras mudanças, eu suponho."
Remus gemeu. "Eu odeio a minha vida."
"Não diga isso," Mia franziu o cenho, dando a poção para dor para ele e o deixando beber sozinho, o que ele fez invejosamente. "Aqui, me deixe olhar o seu rosto," ela segurou o queixo dele. "Elas não parecem ruins. Eu posso usar Ditamno e elas nem vão deixar cicatrizes."
"Estou tão cansado, Mia," Remus suspirou. "Não quero que doa mais. Minha pele abre, meus ossos quebram e eu perco... me perco," ele se recusou a fazer contato visual com ela. Ele virou a cabeça para longe dela de novo, uma parte dele querendo que ela não estivesse ali.
Tinha sido somente há um ano que ele abriu-se e permitiu a ela que visse as partes vulneráveis dele, mas as coisas eram diferentes agora. Ela não era apenas uma garota, ela era Mia e tão desconfortável como as palavras eram, ela estava certa, eles estavam crescendo e Remus não a via apenas como sua melhor amiga mais. Tinha algo... algo a mais hesitando bem na superfície. Algo que Remus não conseguia identificar, mas o lobo dentro dele parecia conseguir. Ele não podia mais deixá-la vê-lo como fraco. Algo primitivo nele, decorrente do lobo o forçava ter a necessidade de que ela o visse como forte.
"Você ainda está lá. Eu prometo," Mia sussurrou. "Você não está sozinho nisso."
"Eu estou sozinho! Eu estou sempre sozinho!" Remus gritou e jogou o frasco vazio através da enfermaria. "Eu vou para lá sozinho, eu me transformo sozinho, e eu me rasgo por causa disso! Eu acordo sozinho."
"Eu queria poder estar lá com você," Mia admitiu.
"Não seja estúpida, Mia," Remus rosnou. "Eu iria te matar."
"Eu vou pensar em algo. Prometo," ela assentiu firmemente. "Eu vou tornar isso melhor para você, amor. Eu... eu vou tentar e achar uma poção que ajude. Eu ainda não sei como fazer, vai precisar de algumas pesquisas, mas eu vou tentar."
"Nada nunca vai ficar melhor, Mia. Apenas," Remus suspirou. "... apenas me deixe dormir. Me deixe sozinho. Por favor," Ele fechou os olhos e cobriu o rosto com as mãos, tentando se livrar dos cheiros de sangue e sujeira e... algo a mais que estava tornando difícil se focar.
"Você quer a Poção do Sono?" Mia franziu as sobrancelhas.
"Sim. Obrigado," Remus suspirou e esticou a mão enquanto ela estendia o frasco, mas se recusando a encontrar o olhar dela antes de despejar o frasco abaixo em sua garganta e deixando o sono o invadir rapidamente.
"Ele dormiu?" Madame Pomfrey se aproximou com o cenho franzido uns minutos depois.
"Sim," Mia assentiu, limpando as lágrimas dos olhos.
"Pobre menino," a Medibruxa suspirou. "Quebra o meu coração todo mês. Pensar que um doce garoto como ele tem que lidar com tanta dor, tudo por causa de alguma criatura sádica decidida a transformar um garoto de quatro anos em um lobisomem."
"Ele nunca conheceu nada além de dor," Mia admitiu tristemente.
"Eu não acho. Você e os seus meninos mostraram amor e amizade," Madame Pomfrey sorriu. "E me dói dizer, até um pouco de diversão e travessura."
"Ele merece mais."
"Nisso, Srta Potter, eu vou concordar com você. Vai ficar mais?"
"Se estiver tudo bem?" Ela perguntou.
"Claro, querida. Eu tenho que escrever alguns recados. Se ele acordar, você sabe onde as poções extras estão," ela disse, ainda apontando para o armário no canto antes de sair da enfermaria. Assim que as portas fecharam, houve um som de tumulto no canto do quarto. Mia pulou da cadeira, a varinha levantada.
"Quem está aí?" Ela cerrou os olhos mas não viu nada. Quando ninguém respondeu, Mia tomou um longo suspiro e sussurrou. "Accio Capa da Invisibilidade!" De repente houve um brilho de prata quando o manto encheu sua mão e seus olhos castanhos olharam para cima para ver um debruçado James, aglutinado com Sirius e Peter, todos parecendo chocados e apavorados. "Jamie! Há quanto tempo vocês estão aí?!" Mia engasgou.
"Remus... Remus está bem?" James deu um passo a frente, olhando para o amigo que dormia.
"Merlin... olhe para ele," os olhos arregalados de Sirius foram para a forma de Remus, incapaz de olhar para longe das manchas de sangue no lençol. Mia gemeu, se amaldiçoando por não ter trocado os lençóis em volta da cintura de Remus, revelando seu peito nu, coberto de feridas recentes da noite passada.
"Parece que ele foi mastigado por alguma coisa," Peter ficou boquiaberto.
"Jamie..." Mia se virou para o irmão. "Há quanto tempo vocês estão aqui?"
"Eu não sei," James balançou a cabeça e então olhou para ela. "Há quanto tempo meu melhor amigo é um lobisomem?!" Ele gritou.
"Mia, ele está bem?" Sirius perguntou, ainda olhando para o amigo, parecendo doente com a visão.
"Ele está bem agora," Mia murmurou, ignorando a explosão de James, favorecendo a preocupação de Sirius. "Ele precisa descansar."
"Ele... Merlin, eles deixaram ele entrar em Hogwarts," Peter fez uma careta e, antes que ele tivesse a chance de afastar o olhar de desgosto em seu rosto, Mia tinha a varinha apontada para o rosto dele, com um olhar de absoluto desprezo nos olhos.
"Mia!" James gritou.
"Por que eles não deveriam deixá-lo entrar em Hogwarts, Peter?" Ela o encarou. "Eles deveriam ter isolado ele? Talvez até o enjaulado? Como um animal?" Ela rosnou firmemente, seu corpo se movendo para ficar no pé da cama de Remus, efetivamente separando Peter do resto deles. Se apenas fosse tão simples assim. "Quem seriam os próximos, Peter? Isolar todos os Nascidos-Trouxas?"
"Wow!" Sirius se botou na frente de Peter defensivamente, algo que fez o sangue de Mia gelar. "Mia, Peter não quis dizer nada com isso. Certo?"
"Cer-certo," Mia gaguejou nervosamente.
"Viu?" Sirius se aproximou lentamente de Mia com calmos olhos cinzas, estendendo a mão e a ajudando a abaixar a varinha. "Está tudo bem, amor. Só estamos surpresos. Remus é nosso amigo também. Há quanto tempo você sabia disso sobre ele?"
"Desde o primeiro ano," Mia franziu as sobrancelhas. "Eu li sobre isso, vi os sinais, fui para o Dumbledore e pedi permissão para ajudá-lo a se recuperar todo mês. Ele não pode ficar com humanos quando se transforma porque o lobo fica no controle, mas eu estou aqui antes e depois, para ajudar com a dor e a curar as feridas."
"O que houve com ele?" James perguntou, a raiva finalmente indo embora.
"Ele está basicamente preso quando se transforma," ela explicou enquanto se movia, caminhando e pegando lençóis limpos no armário ao lado da cama, tirando os ensanguentados e jogando um novo branquinho e macio sobre Remus. "Uma vez que ele está sozinho, ele se bate e se ataca em frustração."
"Ele me disse que ganhou essas cicatrizes quando acampou em viagens com o pai," Sirius replicou. "Disse que caiu de uma montanha no verão passado."
"Vocês não podem contar a ninguém!" Ela virou para os meninos.
"Claro que não!" James concordou.
"Não, quero dizer," Mia ficou bem séria. Ela confiava em James e Sirius com certeza, mas Peter ainda estava lá e estava custando cada centímetro de humanidade dentro dela não azará-lo. "Eu quero... eu quero que vocês façam um Juramento."
"Uau," os olhos de Sirius arregalaram. "... Mia... você não pode apenas acreditar nas nossas palavras nisso?"
Os olhos de Mia foram imediatamente para Peter e ela os cerrou até parecerem fendas. "Não," ela balançou a cabeça firmemente. "Me desculpe, mas não com a reação dele," ela encarou o pequeno garoto. "Remus confia em mim para cuidar dele, para guardar seu segredo. Eu amo vocês," ela focou sua atenção unicamente em James e Sirius. "E eu sei que vocês amam Remus, mas... mas eu não posso arriscar que algo aconteça a ele," ela franziu o cenho. "Se as pessoas descobrirem, vão tirá-lo daqui."
"Feito," James concordou imediatamente e sem precisar que ela falasse mais uma palavra ele levantou a varinha e falou claramente. "Eu, James Charlus Potter, juro pela minha varinha e minha mágica como um bruxo nunca revelar a ninguém que Remus Lupin é um lobisomem sem a sua permissão." Sua varinha brilhou vermelha por um momento antes de voltar ao normal, selando o juramento.
"Eu, Sirius Orion Black," Sirius deu um passo a frente sem hesitação. "Juro pela minha varinha e mágica como um bruxo nunca revelar a ninguém que Remus Lupin é um lobisomem sem a sua permissão." Assim como a de James, sua varinha brilhou.
"Peter?" Mia olhou para ele cuidadosamente e os olhos dele miraram o chão, hesitando.
"Que diabos, Peter?" James soltou. "Faça!"
"Eu... eu..." Peter gaguejou nervosamente.
"Faça o juramento," Mia se aproximou dele de uma maneira predatória que Remus e seu lobo teriam apreciado. "Ou eu vou descobrir um jeito de Obliviar você," ela ameaçou e pôde ver James e Sirius a olharem. Peter engoliu com força. "Nós somos apenas do Segundo Ano e eu não confiaria em mim para remover apenas uma memória."
"Eu amo quando ela fica assustadora," Sirius suspirou com um sorriso e James fez uma cara feia.
"Eu, Peter Evan Pettigrew," Peter disse baixinho, segurando sua varinha com força. "Juro pela minha varinha e mágica como um bruxo nunca revelar a ninguém que Remus Lupin é um lobisomem sem a sua permissão." Uma vez que o juramento estava completo, a enfermaria ficou em silêncio e Mia fechou os olhos, ouvindo de perto a respiração calma de Remus atrás dos quatro.
"Pra que você precisa de Acônito?" James finalmente falou quebrando o silêncio.
"Você ficou mexendo nas minhas coisas?" Mia ralhou.
"Acidentalmente," James olhou para baixo culpado.
"Acônito também é chamado de Wolfsbane," Mia suspirou. "Eu não posso curá-lo, mas acho que se eu tentar bastante, posso surgir com algo que o ajude."
"O que podemos fazer?" Sirius perguntou imediatamente. "James e eu não somos ótimos em poções, mas tem algum feitiço que pode ajudar?"
"Nada," Mia balançou a cabeça. "Guardem o segredo," ela deu uma olhada em Peter. "Aprendam sobre a condição dele. Sejam amigos dele e não o tratem diferente. Ele odeia que tenham pena dele."
"É isso?" James franziu o cenho. "Ele... ele ficou sozinho nisso desde que tinha quatro anos?"
"Um lobisomem chamado Fenrir Greyback o atacou," Mia contou a história. "O pai de Remus trabalhava no Ministério. Greyback foi preso com suspeitas de ter matado crianças Trouxas. O pai de Remus sabia que Greyback era um lobisomem, mas graças ao Ministério não saber como criar um registro apropriado," ela rosnou. "O nome dele não estava lá e ele foi solto. Sr Lupin... disse... algumas coisas horrorosas sobre lobisomens no geral e Greyback infectou Remus em vingança."
"E eu achando que eu tinha uma infância fudida," Sirius balançou a cabeça.
"Os pais dele fizeram o melhor que puderam depois disso," ela franziu o cenho, ainda um pouco desconfortável com o preconceito contínuo do Sr. Lupin contra lobisomens e o medo de seu próprio filho. "Eles não acharam que ele seria capaz de entrar em Hogwarts, por isso eles lhe ensinaram tanto quanto podiam em casa."
"Sempre soube que ele era ridiculamente inteligente por algum motivo," James sorriu.
"Então como ele entrou?" Sirius perguntou.
"Dumbledore." Mia sorriu.
"Hagrid está certo," James riu. "Grande homem, o Dumbledore."
"Nós devíamos sair," Mia sorriu para o irmão. "Deixar que ele descanse um pouco."
Os quatros rumaram para a porta de enfermaria, mas não antes de Mia ajustar os lençóis e cobertores, deixar outra Poção para Dor na mesinha do lado da cama caso ele precisasse. Ela sorriu para ele, triste de que ela de algum modo tinha falhado em guardar o segredo dos Marotos, mas se contendo com o fato de ela sabia que eles iriam descobrir eventualmente.
"Ei, Mia?" Sirius perguntou quando eles saíram da Ala Hospitalar. "Você disse que ele não pode ficar com humanos, certo?"
"Certo." Mia assentiu.
Houve uma longa pausa enquanto Sirius pensava em algo.
"E quanto outros animais?" Ele perguntou e Mia sorriu.
N/A: Oláááá, meus queridos! Voltamos com o horário normal.
Peço desculpas de novo por ter pulado a quinta feira, sempre tento postar nos nossos dias certinhos.
Esse cap é maiorzinho que os outros e agora estamos no 2o ano deles! Mas a cronologia ainda vai continuar seguindo devagar por um tempinho, até eles estarem mais crescidos.
Torci muito pra Mia dar um fim às memórias do Pettigrew, mas fazer o que? Nada é perfeito hahahah
Espero que gostem e me digam o que acharam nos comentários, não custa nada, né, pessoal? :))
Beijos e até quinta!
