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The Debt of Time

Parte Dois – O Vira-Tempo

Capítulo Trinta e Três: Provocado e Selado

"...Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is where your book begins
The rest is still unwritten..."
(Unwritten - Natasha Bedingfield)


20 de junho, 1974

Vila de Hogsmeade

Sirius e Mia chegaram na Vila de Hogsmeade com a visão de um belo nascer do sol que subia pelo horizonte escocês. Da onde eles estavam dava para ver facilmente o Castelo de Hogwarts.

"Vamos," Mia murmurou enquanto começava a andar para o castelo.

"Mia!" Sirius gritou. "Mia, droga," ele resmungou e alcançou a mão dela. "Primeiro, você não pode simplesmente aparecer desse jeito e bater na portão. Nós saímos escondidos, então temos que entrar escondidos," ele suspirou e segurou o pulso dela, a guiando por um grande grupo de árvores que eventualmente acabou em um antigo chalé abandonado.

"O que é isso?" Ela perguntou curiosamente.

"Um antigo alojamento assombrado. Pertencia ao Guarda Caça de Hogwarts, antes de construírem um novo para o Hagrid. James, Remus, Peter e eu o encontramos esse ano," ele explicou enquanto entrava pela porta da frente. "É perigoso andar por aqui," ele continuou explicando. "Bastante condenado. Mas estamos indo para o porão," ele disse e puxou gentilmente o pulso dela, a guiando pelas escadas que deram em um pequeno porão, com uma porta trancada no fundo.

"Alohomora," Sirius murmurou, e a porta abriu. "Isso dá em Hogwarts," ele respondeu a pergunta silenciosa dela. "Agora, você vai me dizer o que diabos aconteceu lá? Como você sabe fazer um feitiço Portus?" Ele perguntou. "Isso é além do nível de N.I.E.M.S."

"Você confia em mim?" Sirius assentiu. "Então, saiba que eu não posso responder suas perguntas sempre, mas eu tenho os meus motivos." Mia suspirou enquanto eles andavam pela passagem escura, a ponta da sua varinha sendo a única iluminação para guiá-los. O par continuou andando até que eles sentiram que estavam subindo, para cima e para cima, por cima de pedras e buracos enquanto o túnel, que mais parecia uma caverna, continuava a subir cada vez mais.

"Claro que eu confio em você," Sirius insistiu. "Apesar de eu estar seriamente duvidando do seu nível de sanidade, considerando o que eu acabei de ver," ele murmurou baixinho e os dois caíram no silêncio de novo.

"Você sabe quem você acabou de ameaçar, né?" Sirius perguntou para ela depois de um tempo.

"Bellatrix Lestrange," Mia assentiu calmamente. "E eu não ameacei. Eu prometi," ela insistiu. "Ela ameaçou você, minha família, e Remus," ela rosnou. "E isso eu não vou permitir." A voz dela era baixa e ameaçadora. "Espera... Isso é..." Mia piscou e olhou em volta quando a passagem secreta finalmente chegou ao fim.

"Apenas outra passagem," Sirius admitiu. "A porta ali dá em um espelho no quarto andar," ele apontou casualmente. "Mia," ele tentou ganhar a atenção dela, ignorando o fato de que ela estava em frente a ele, de boca aberta e olhos arregalados. "Mia! Você não pode simplesmente ameaçar Bellatrix Lestrange!" Ele soltou. "Godric, eu pensei... ela estava com a varinha dela e na última vez," ele franziu o cenho pensando em Andromeda. "Ela podia ter te matado!"

"Ela não matou. Nós escapamos," Mia sussurrou, andando até ele e botando uma mão na bochecha dele. A quebrou um pouco vê-lo tão preocupado, tão nervoso com algo que ela tinha feito. Ela se botou em caminhos perigosos. Na pior das hipóteses, ela não conseguiu se segurar. Ela encarou Bellatrix Lestrange, a origem dos seus piores pesadelos, e, em vez de ficar com medo de receber um Crucio de novo, Mia só conseguiu pensar em Sirius. Em Bellatrix mandando Sirius para além do véu. Na captura deles na Mansão e nas ameaças da bruxa contra o próprio primo.

Era tudo por ele.

Sirius ficou ali, os olhos presos nos dela, e a respiração ainda irregular devido à adrenalina. Mia franziu o cenho e acariciou a pele da bochecha dele. "Eu estou bem," ela prometeu a ele. "Sinto muito," ela sussurrou. "Me desculpe por me colocar em perigo. Mas nós dois estamos bem," ela se inclinou e o abraçou com força. "Nós estamos bem. Eu estou bem. Eu estou viva," ela assentiu.

"Você está viva," Sirius repetiu com um sussurro.

Sem um segundo pensamento para lembrá-lo do fato de que ela era a irmã de James ou que Remus provavelmente iria matá-lo por ser tão descuidado com ela, Sirius esmagou os lábios contra os de Mia, desesperado para senti-la, saboreá-la. Ele pensou que ela fosse congelar em estado de choque com uma declaração tão física, mas ele foi surpreendido agradavelmente quando sentiu as mãos dela em seu pescoço, o apertando contra ela. Ela choramingou contra a boca dele e Sirius gemeu com o som, saboreando-o com prazer e prometendo que iria fazê-la repetir o som.

Sirius ansiosamente agarrou os braços dela, segurando-a com força, com medo de que ela fosse escapar e que este momento fosse acabar – porque ele teria que, eventualmente, acabar. Suas mãos foram para baixo enquanto ele a beijava, seus dedos fazendo círculos sobre as costelas dela até que ela choramingou novamente. Ele gentilmente traçou o contorno dos lábios dela, pedindo entrada silenciosamente e quando ela abriu a boca ele, agradecidamente, aproveitou a oportunidade para explorar e quando a sua própria língua tocou a dela, Sirius sentiu seu corpo enrijecer enquanto um pensamento passava por ele:

O sabor dela era como Firewhisky.

Ela era quente e deliciosa e uma sensação de queimação subiu dentro dele. De repente, ele estava apavorado. Ele não se sentiu desse jeito com Marlene McKinnon meses atrás em Hogsmeade. Não, sua primeira sessão de amasso tinha sido molhada e esquisita, cheia de mãos e bocas. Ele tinha se afastado tão facilmente de Marlene após isso e, além do sentimento de orgulho no peito e o desejo de falar para os amigos, nada permaneceu.

Mas isso...

Isso queimava. Queimava de dentro para fora e acendia um fogo nos pulmões dele que rapidamente tinha sugado todo o oxigênio dele. Sua adrenalina carregada de paixão se tornou reverência e o beijo suavizou enquanto a mão dele seguia para o emaranhado de cachos dela. Ele tinha certeza de que ela iria odiá-lo uma vez que ele se afastasse, então ele precisava dizer a ela como se sentia agora, sabendo que não teria capacidade de dizer depois com palavras. Ele adorava cada gemido e choramingo que ela suspirava em sua boca e, por um momento, ele imaginou que os sons podiam sustentá-lo para sempre, eles poderiam curá-lo e fazê-lo não ser Sirius Black. Sem supremacia de sangue puro, sem expectativas, sem ódio ou intolerância. Nenhuma escolha a fazer ou futuro para enfrentar e certamente não arrastá-la para baixo com ele. Ele foi tirado de seus pensamentos desesperados quando ela mordeu o lábio inferior dele e ele sentiu seus olhos revirarem na parte de trás da cabeça.

"Mia," ele murmurou e sentiu suas mãos irem para o quadril dela, a puxando mais contra ele.

Ela sentia que podia chorar.

As mãos dela tocaram o peito dele e seus olhos se abriram. No brilho que a varinha iluminava no chão, os olhos castanhos procuraram pele coberta por cicatrizes, mas só encontraram uma pele pálida e bonita. Seu primeiro beijo com um Sirius mais velho tinha sido apaixonado, desesperado e deliciosamente devastador. Esse beijo, esse jovem Sirius a segurava com mãos gentis e lábios macios e ansiosos. Uma parte dela se perguntava se eles eram, de fato, dois homens bem diferentes, mas o sabor dele era como Firewhisky e cheirava como grama recém cortada. Ela o beijou desesperadamente, correndo os dedos pelo pescoço dele e gemendo quando as mãos dele pararam gentilmente em seu quadril. Ela queria contar para ele. Contar tudo para ele, contar a verdade que ela estava escondendo há anos. Mas ela sabia que não podia.

Ele a tocava tão gentilmente que a deixava maluca, e ela não queria nada além de subir no colo dele como tinha feito anos atrás ou, tecnicamente, como iria fazer daqui a vinte e cinco anos. O gosto dele a tinha levado de volta a sua linha de tempo original e ela lutou contra as lágrimas que estavam se formando enquanto ele, sem saber, puxava as cordas do vínculo deles e ela sentia dentro dela a vibração, mandando calafrios pela espinha dela. Aparentemente, ele sentiu também já que quebrou o beijo com um alto suspiro e se afastou dela rapidamente.

Não, não, não.

O que ele tinha feito?

Ele a beijou. Ele acabou de beijar Mia, a irmã gêmea do melhor amigo dele. E ele não tinha simplesmente beijado a garota, ele tinha devidamente e completamente a agarrado. Metade de Sirius desejava que aquele momento não tivesse fim, para que ele nunca tivesse que encarar as consequências de suas ações. A outra metade queria voltar no tempo, para que ele nunca tivesse cometido um erro tão inacreditável.

"Mia..." Sirius finalmente falou. "Eu sinto muito."

Ela conhecia aquele olhar. Um tipo de pânico muito específico.

Ela apenas tinha visto uma vez em sua vida, logo após a guerra quando Sirius a enganou para fazer amizade com Draco Malfoy, que estava tendo problemas ao se adaptar com seu novo status de traidor do sangue. Os dois tinham ido almoçar, onde a doninha tinha insinuado que ela estava engordando. No silêncio que se seguiu antes de uma briga típica entre os dois, Hermione olhou para cima e ofereceu-lhe perdão. Ele bufou imediatamente, imaginando que ela estava se referindo sobre sua observação mais recente, mas ela esclareceu, dizendo que o perdoava pelo jeito que ele a tinha tratado durante toda a infância deles. Que depois da guerra, ela entendeu pelo menos uma pequena parte do que ele tinha tido que ver ao crescer, e ela o perdoou.

Draco a encarou do mesmo jeito que o jovem Sirius a encarava agora. Como se ele se lembrasse de onde ele vinha e o que era esperado dele. Como se a história de sua família desabasse em cima dele e como ele era indigno do presente que ela estava oferecendo. Por que um Malfoy merecia o perdão dela? Por que um Black merecia o amor dela? Draco tinha ido embora e a ignorado por uma semana. Eles nunca mais tocaram no assunto.

Sirius iria embora agora também.

"Eu não vou contar ao Jamie," ela assentiu tristemente, aceitando que por alguma razão ele precisava ir. Ele não estava pronto para isso, o que quer que seja que havia entre eles. Ele estaria um dia. No dia depois do décimo nono aniversário dela ele estaria pronto, e ela estaria esperando. "Você não tem que pedir desculpas," ela sussurrou. "Você sabe como eu me sinto, mas... mas eu vou viver a minha vida, aproveitar a minha vida," ela repetiu as regras dela. "Eu gostaria de fazer isso com você," ela respirou devagar.

Sirius ficou ali, a encarando e desejando que pudesse olhar para longe. Ele não merecia. Não ela. Ela o defendeu não tinha nem uma hora da bruxa mais louca que já tinha existido, e ele tinha ficado parado como um Lufa-lufa do primeiro ano, enquanto ela estava como uma Grifinória de verdade, com a varinha na mão e uma ameaça nos lábios.

"Você merece mais," Sirius admitiu baixinho e, então, com uma dor aguda no peito, ele acrescentou, "Remus está apaixonado por você."

oOoOoOo

16 de julho, 1974

Mansão Potter – Residência dos Potters

Bem parecido com a conversa dela com Draco, ela e Sirius não falaram de novo sobre o que aconteceu na passagem secreta. Eles também não falaram sobre o fato de que a passagem não era mais uma passagem, mas em vez disso, ela estava cedida devido ao fato de que, depois que Sirius deixou Mia sozinha após o beijo, ela gritou completamente irritada um 'Bombarda!' e as paredes desabaram.

Tudo pareceu voltar ao normal depois disso.

Sirius voltou para a Mansão Potter com James uma semana depois de ir para casa, Largo Grimmauld. Mia perguntou a ele como as coisas estavam com os pais dele depois que descobriram que ele tinha roubado o convite de Regulus, e, como sempre, ele respondeu com um 'Eu não quero falar sobre isso." Mas ela viu o brilho de algo nas costas das mãos dele onde as palavras da Casa Black estavam escritas, em uma cicatriz permanente. Ela queria pressioná-lo por informações, mas sabia melhor do que isso. Sirius raramente se abria sobre sua família, e ele certamente não iria se mostrar tão vulnerável com ela, não depois daquele beijo.

Aquele beijo rivalizava com o primeiro. Muito parecidos, mas perfeitamente diferentes, de algum modo. Ela franziu o cenho com o pensamento de que ela poderia não sentir os lábios dele por muitos anos, se fosse sentir mais alguma vez. Mia estava totalmente apavorada com a possibilidade das linhas do tempo se alcançassem, ela iria desaparecer no ar para a não-existência. Ela se preocupava já que o Remus do futuro se lembrava dela o suficiente para mandá-la de volta no tempo, talvez isso significasse que ela tivesse morrido em algum momento. Levaram dias para que ela empurrasse o pensamento insuportável para o fundo da mente dela, sabendo que se ela tivesse morrido aqui no passado, Remus não a teria mandado de volta para encarar isso.

Remus.

'Remus está apaixonado por você.'

Foi o que Sirius tinha dito na passagem escura. Ele se desculpou, disse que ela merecia mais, então se afastou e a mostrou o que ele pensava ser isso: melhor. E o melhor era Remus, e Remus aparentemente estava apaixonado por ela.

Ficar ao redor dos meninos era doloroso e confuso, então pela maior parte do verão ela se refugiou na biblioteca da família Potter, ansiosa em pesquisar vínculos na esperança de encontrar respostas sobre ela e Sirius. Ela precisava saber o que tinha criado quando o trouxe de volta do Véu. Ela precisava saber exatamente o que os unia, especialmente depois de testemunhar a abominável desculpa para uma cerimônia de casamento na Mansão Malfoy.

"Se eu não te conhecesse melhor, diria que você está se escondendo aqui, minha menina," Dorea Potter estava parada na entrada da grande biblioteca, com um sorriso no rosto e duas xícaras de chá nas mãos. "Venha se sentar e descansar," ela insistiu enquanto botava as xícaras em cima de uma mesinha próxima e se sentava em um sofá. "Agora, me diga o que a perturba."

"Nada," Mia suspirou.

"Uma verdadeira Grifinória, então? Incapaz de mentir?" Dorea contestou. "Não, não, acho que não. Tente de novo."

"Isso importa?" Mia perguntou tristemente.

"Se importa para você, importa para mim," Dorea sorriu e deu um gole no chá em silêncio. "Você está aqui nessa biblioteca desde o momento em que voltou da escola, apesar das cartas que mandou falando sobre o pomar e os jardins, e sim, sobre essa biblioteca," ela riu. "Você não seria a minha Mia sem um livro nas mãos. Mas isso não é saudável," Dorea explicou.

"Eu estou pesquisando," Mia suspirou.

"Talvez eu possa ajudar?" Dorea ofereceu. "É a minha biblioteca, afinal de contas."

Mia hesitou.

"Eu estou pesquisando sobre... vínculos," ela admitiu e esperou que Dorea se espantasse com a palavra. Dorea apenas levantou uma sobrancelha, mas sorriu provocadoramente e alcançou a xícara de chá para dar um gole, deixando o momento pairar no ar por um momento antes de retornar a xícara ao pires na mesinha.

"Isso é sobre Sirius ou Remus?" Dorea perguntou calmamente.

Mia arregalou os olhos. "O que?!"

"Eu disse," Dorea falou claramente. "Isso é sobre o seu vínculo com Sirius ou sobre seus sentimentos por Remus?"

"Como você..." Mia ficou boquiaberta com a mãe adotiva.

"Tilly," Dorea explicou e com o chamado de seu nome, a pequena elfo-doméstico apareceu com um pop na biblioteca e com um grande sorriso no rosto.

"A Senhora e a Senhorinha precisam de mais chá?" Tilly perguntou, encarando as xícaras curiosamente. Antes que alguma das duas pudesse responder, Tilly estalou os dedos e um bule de chá apareceu na pequena mão dela e ela começou a repor as xícaras.

"Tilly, minha filha estava me perguntando como eu sabia do vínculo dela com o jovem Sr Black e os sentimentos dela pelo jovem Sr Lupin," Dorea sorriu. "Junte-se a nós nessa conversa, minha querida," Dorea disse ao elfo. "Sua opinião são bem fortes sobre vínculos, afinal."

Tilly assentiu e se sentou na frente de Mia, um olhar severo no rosto. "Senhorinha criou um vínculo," ela disse com os olhos cerrados. "Tilly vê com os próprios olhos, sim, Tilly vê. Senhorinha usou magia de sangue. A ligou com a Casa Black," Tilly disse claramente e então falou baixinho, "Senhorinha deveria ter se ligado com a própria Casa."

"A Senhorinha já é ligada à Casa Potter, Tilly," Dorea repreendeu docemente o elfo. "Ela usa as nossas palavras no pulso," Dorea apontou e Mia conscientemente cobriu o bracelete de ouro com a outra mão, o coração acelerando a um ritmo alarmante.

"E Remus? Como você sabia sobre Remus?" Mia perguntou baixinho.

"Tilly tem olhos," a pequena elfo sorriu. "Isso é tudo, Senhora?"

"Sim, Tilly, obrigada e, como sempre, eu agradeço a sua discrição com o Senhor desta Casa." Os olhos cinzas de Dorea pareciam quase ameaçadores, mas Tilly lidou bem com isso e quase riu com o olhar que recebeu.

"Tilly faz como Tilly faz," ela riu suavemente e então desapareceu com um pop!

"Agora, posso fazer algumas perguntas a minha filha sobre esse vínculo que ela criou aparentemente com magia de sangue?" Dorea perguntou cuidadosamente, e suas palavras quase pareceram com uma ameaça ou chantagem, mas a mulher não mostrava nenhuma malícia no rosto ou no comportamento. Isso botou Mia no limite.

"Eu... Eu não... Eu não posso te contar," ela disse, tremendo e quase chorando.

"Calma, minha doce menina," Dorea pegou uma das mãos de Mia e a segurou. "Eu não botei Veritaserum no seu chá. Embora isso seja do meu feitio," ela sorriu. "Eu entendo que você não possa me contar certas coisas já que elas pertencem ao futuro, é por isso que você se recusa a falar?"

Mia arregalou os olhos castanhos. "O futuro?" Ela ficou boquiaberta.

"Sim, querida. Da onde você vem."

"Como você... Eu não..." Mia empalideceu com as palavras.

Como ela tinha estragado tudo? Ela tinha falado durante o sono? Dorea tinha usado Legilimência sem ela saber? Dumbledore tinha quebrado a promessa? Madame Pomfrey tinha se comprometido?

"'Toda ação que fazemos é a causa do destino, viagem no tempo não mudará nada.'," Dorea disse, citando a carta de Remus. "Eu mexi nos seus pertences na noite em que você chegou aqui," ela sorriu docemente e quando a boca de Mia se abriu acusadoramente, Dorea apontou para si mesma e disse, "Sonserina."

"Você sabia durante esse tempo todo? Você leu a minha carta?" Mia tentou respirar. "Por que você não falou nada até agora?"

"Porque não foi útil mencionar até agora," Dorea explicou e Mia encarou a mulher, nunca a tendo visto mais Sonserina do que agora. "Eu não tenho interesse no futuro. Tão ambiciosa quanto os Sonserinos geralmente são, minhas ambições sempre foram específicas. Eu queria Charlus como marido e eu queria fugir da minha terrível família. Ambas concluídas," ela encolheu os ombros delgados. "De acordo com a sua carta e minha própria pesquisa," Dorea sorriu quando viu que Mia tinha sentado mais reta com a frase. "Sim, eu venho pesquisando," ela riu. "O tempo não pode ser alterado, mesmo com a sua presença. De acordo com a sua carta, você voltou no tempo por razões pessoais, não para mudar o mundo ou parar essa guerra abominável que parece se aproximar cada vez mais rápido."

"E se eu pudesse pará-la?" Mia se engasgou. "E seu pudesse terminá-la? Mudá-la?"

"O tempo de onde você vem é um bom lugar?" Dorea perguntou.

"Sim," Mia admitiu tristemente. "Mas só após muito sofrimento."

"E se você mudasse algo agora, a quem cabe dizer que não haveria mais sofrimento?" Dorea se levantou e foi se sentar ao lado de Mia, pegando as duas mãos dela e suspirando quando Mia começou a chorar.

"Você não entende... Pessoas vão morrer," Mia soluçou.

"As pessoas tendem a fazer isso," Dorea assentiu. "Mia, querida, todos temos um número de anos para viver a nossa vida. O conteúdo, não a quantidade desses anos é o que importa," ela disse suavemente, instruindo a filha. "Você não pode enganar a Morte. Se você fosse mudar algo agora, salvar uma vida, a Morte só iria tomar outra."

"E se eu não me importasse com quem fosse morrer?" Mia olhou para longe, envergonhada com suas palavras.

"Você perdeu tanto, minha menina, e nós prometemos não vasculhar o seu passado," Dorea puxou Mia para os seus braços. "Mas os seus amados importam tanto para você quanto alguém importa para os amados dele. Uma vida é uma vida, e você não é capaz de ser tão egoísta para arriscar uma pela outra quando já sabe o resultado."

Mia continuou a chorar, o coração partido com as palavras. Ela não queria ouvir, não de Dorea. Ela queria que alguém desse permissão para ela consertar o futuro, para ela salvar a todos. As lágrimas pararam de cair e Mia olhou para a mãe, jogando a precaução aos ventos. Que se danem as consequências.

"E se fosse Jamie?" Ela perguntou.

Dorea respirou lenta e calculadamente, genuinamente ponderando a questão.

"Minha resposta continua a mesma," ela insistiu firmemente. "Eu tenho fé de que não importa quão longa seja a vida do meu doce menino, ela vai ser cheia de propósito e amor," ela sorriu suavemente.

"Como você pode saber disso?" Mia quebrou novamente, desejando, implorando que Dorea mudasse de opinião e a deixasse confessar tudo. O fardo era muito grande.

"Porque você usa as nossas palavras," Dorea sussurrou, tocando o bracelete de ouro no pulso de Mia. "James é atualmente o último dos Potters," ela continuou. "O que significa que no futuro, ele é o último vivo para dá-lo a você, ou ele teve um filho ou neto que o deram a você," ela sorriu gentilmente. "Portanto, o nome Potter continua e James viveu com propósito e amor na vida dele."

Mia não respondeu com palavras, mas assentiu enquanto continuava a chorar.

"Agora, chega de tristeza," Dorea limpou a garganta. "Eu planejo ajudar com o que eu puder de agora em diante," ela insistiu. "Me conte sobre o vínculo. Você é casada com Sirius no futuro? Você é uma Black?" Dorea perguntou com um sorriso torto. "Não ligue para a minha satisfação, mas a ideia do filho de Walburga casando com uma Nascida-trouxa é imensamente agradável para mim."

"Não," Mia admitiu com um pequeno sorriso. "Pelo menos, eu acho que não," ela fez uma careta. "Ele... Eu..." ela lutou para encontrar palavras. "Eu salvei a vida dele. Ele morreu," ela limpou a garganta. "Eu o chamei de volta."

"Um ritual de dívida de vida?" Os olhos de Dorea se arregalaram. "Doce Salazar," ela exclamou. "Eles ensinam magia de sangue tão poderosa assim para as crianças no futuro?"

"Não, bom, eu, eu..." Mia limpou a garganta de novo. "Eu roubei livros restritos de Dumbledore e encontrei um feitiço." Dorea riu e Mia ficou boquiaberta. "O que é engraçado?"

"Minha doce pequena Mia," Dorea estava radiante. "Que segue as regras ao ponto de se recusar a contar segredos do futuro para o próprio benefício, rouba livros restritos sobre magia de sangue de Albus Dumbledore. Eu não consigo pensar em nada mais engraçado do que isso," Dorea riu suavemente e logo Mia se juntou a ela.

"Então, o que isso significa?" Mia perguntou, finalmente limpando as lágrimas – não mais triste – dos olhos. "Antes de eu partir, Sirius disse que sabia o que estava acontecendo com esse vínculo que foi criado. E o elfo-doméstico dos Black me reconheceu como Senhorinha apesar de eu e Sirius não sermos casados. Eu pensei que o vínculo tinha ido embora quando eu vim para cá," ela admitiu baixinho. "Mas ele... Sirius..." ela corou. "Sirius me beijou no mês passado e eu o senti de novo. Como uma forte vibração, dentro de mim," ela tocou o esterno.

"Isso soa para mim como um vínculo não selado," Dorea explicou e então se sentou direito. "Existem vários tipos de vínculos e eles existem no mundo sejam criados ou não. Apenas quando são preparados ou provocados, que eles se tornam visíveis aos olhos de criaturas como elfos-domésticos, que possuem seus próprios vínculos que nascem com eles. É por isso que eles podem vê-los tão bem," ela sorriu suavemente. "Parece que você adicionou magia de sangue o que intensificou o vínculo entre você e Sirius que já existia."

"Eu não o criei?" Mia a encarou.

"Ninguém cria vínculos, nós apenas os aceitamos e os definimos, ou os rejeitamos completamente," Dorea declarou.

"O que você quer dizer com definimos?" Mia perguntou.

"Existem quatro tipos gerais de vínculos. O primeiro e mais abundante é o vínculo familiar. Existe entre pais e filhos, irmãos e irmãs, e se estende até a amizades. A maior parte desse vínculo nasce completa e não precisa de rituais para selá-lo. No entanto, por ele não ser selado, ele é facilmente quebrado, como a família Black normalmente faz, nos banindo da árvore genealógica," ela revirou os olhos. "Você foi ligada a Casa Potter," ela continuou. "Por aceitar esse bracelete," ela apontou. "Embora nenhum ritual tenha sido realizado, foi como se você tivesse nascido na família."

"Então, eu realmente sou uma Potter?" Mia sorriu suavemente.

"Se um Potter permitiu que esse bracelete fosse dado a você com uma intenção familiar, então você é, de fato, uma Potter. Vínculos começam com uma preparação, engatilhados por emoções. Você era emocionalmente ligada ao Potter no futuro, sim?" A bruxa mais velha perguntou e sorriu quando Mia assentiu. "Bom. O segundo passo para um vínculo é uma provocação desencadeada por ações. Alguém te deu o bracelete," ela tocou o belo objeto no pulso de Mia. "Finalmente, o vínculo é selado através de intenção. Quando Charlus e eu enviamos seus documentos para o Ministério e você foi oficialmente nossa. Oficialmente uma Potter, selando assim o vínculo familiar," Dorea sorriu. "Não que um vínculo fosse importar. Você é uma Potter desde que pisou nessa casa, puramente porque eu decidi," ela disse firmemente, com um ar de arrogância.

"Quais são os outros vínculos?" Mia perguntou com um sorriso.

"O vínculo de servidão," Dorea falou e suspirou com o olhar no rosto da filha. "Sim, eu quero dizer elfo-domésticos e, não, Tilly não foi forçada a um," ela suspirou. "A esta Casa pelo menos," ela acrescentou. "Esses vínculos são juramentos unilaterais, e, infelizmente, alguns casamentos o usam também."

Mia assentiu. "Sirius e eu fomos ao casamento de Narcissa," ela se encolheu, esquecendo que não deveria contar a ninguém. "Bom, quer dizer... nós fomos de penetra," ela admitiu.

"Ele levou a minha filha a um casamento entre Blacks e Malfoys," Dorea riu. "Esse garoto sempre teve nervos. Aposto que Walburga estava fora de si."

"Ela não nos viu," Mia admitiu. "Nós apenas falamos com Narcissa..." ela quase falou que encontraram Bellatrix também, mas Mia não estava com vontade de lidar com o possível resultado que esse pedaço de informação fosse ter se fosse solta. "Os votos foram unilaterais e foram todos sobre obediência e lealdade," ela franziu o cenho.

"Isso soa como um típico casamento Puro-sangue," Dorea uniu as sobrancelhas. "Pelo menos para aqueles que seguem as tradições antigas," ela suspirou e balançou a cabeça. "Vergonhoso. Mas traz à tona o próximo vínculo que é o conjugal. Vínculos conjugais são selados durante a cerimônia, preparados por interesse em amor ou desejo, e provocados ou por um noivado adequado ou..." ela limpou a garganta. "Questões íntimas."

"Quer dizer que um vínculo conjugal pode ser provocado," ela esclareceu. "Quando duas pessoas... são íntimas?" Ela ficou de boca aberta e olhos arregalados.

"Sim e não," Dorea explicou. "Quando duas pessoas se envolvem romanticamente, o vínculo que já existe se manifesta se definindo, se preparando para um selamento eventual. Se o par não se casar, o vínculo permanece não selado e essencialmente vazio," ela deu de ombros como se não fosse nada importante. "É o ritual de casamento que sela o vínculo."

"Qual é a diferença entre um vínculo selado e um não selado?" Mia perguntou.

"Vínculos conjugais selados só podem ser quebrados com a morte," ela disse claramente. "Não existe divórcio no mundo Bruxo e os vínculos são a razão disso. Se um homem foi ligado conjugalmente a sua mulher e a deixa por outra, o novo casamento seria rejeitado pela sua mágica e pela sociedade," ela explicou. "Vínculos selados de qualquer tipo, aumentam a nossa magia. É a razão de bruxos e bruxas viverem mais do que Trouxas, e o porquê de quando nos machucarmos, podermos contar com nossa magia e vínculo para nos curarmos."

"Eu nunca soube nada disso," Mia disse, encantada. "Então, você acha que Sirius e eu provocamos mas não selamos um vínculo conjugal?" Ela perguntou.

Dorea pareceu hesitar.

"Não," ela finalmente admitiu. "Eu acredito que vocês possuem algo muito raro. Um vínculo de alma."

Mia sentiu algo vibrar dentro de seu peito. "O que é um vínculo de alma?" Ela perguntou nervosamente.

"É um vínculo que se estende além do familiar e conjugal," Dorea falou suavemente. "Ele conecta duas magias juntas de um jeito tão poderoso que pode se entrelaçar com a forma do próprio tempo."

"Mas isso parece com o que o ritual de dívida de vida pode fazer," Mia explicou. "O livro que eu li disse que as pessoas costumavam usar esse ritual para ligar outros a elas em casamento ou servidão," ela franziu o cenho com a memória. "Como um vínculo de alma é diferente?"

"Eu acredito que o seu ritual de dívida de vida adicionou magia ao vínculo de vocês, o deixando mais forte. Se você conhece Sirius no futuro, então é lógico que ele se lembre de você do próprio passado dele," ela explicou. "Essas memórias e emoções dele teriam preparado o vínculo, ou talvez as suas emoções por ele aqui nesse tempo começaram a preparação, não tem como ter certeza," ela suspirou frustrada. "Viagem no tempo é bastante incômoda." Dorea franziu o cenho desolada. "Já que tanto o vínculo de alma quanto a dívida de vida existem além do tempo, não tem como dizer realmente qual foi o catalisador de qual. De qualquer jeito, a diferença dos dois cai no fato de que o um vínculo de alma não pode se tornar um vínculo de servidão. Um vínculo de alma age do mesmo jeito que..." ela tentou pensar em um exemplo. "Lobisomens," ela disse com um sorriso e imediatamente notou como Mia enrijeceu. "Lobisomens possuem companheiros. Algumas vezes eles os encontram, algumas vezes não. É muito raro, se eu entendi corretamente," ela admitiu a falta de conhecimento sobre o assunto. "Enfim, quando um lobisomem encontra sua companheira, nada vem antes dela. Proteção e felicidade é a chave. O mesmo acontece com um vínculo de alma. Vínculos conjugais ainda podem existir com abuso, vínculos de alma não podem."

Mia tentou digerir o tanto de informação que recebeu. "E você acha que Sirius e eu..."

"Sim," Dorea acenou. "Explicaria como os vínculos existem nas duas linhas de tempo e o comportamento de vocês," ela sorriu.

"O que você quer dizer?" Mia fingiu inocência.

"Que James escreve para casa tanto quanto você," Dorea riu. "E eu não sou cega como seu irmão e seu pai. Enquanto eu não quis trazer esse assunto à tona até agora porque eu imagino que envolva o seu passado e porque eu fiz uma promessa," Dorea suspirou. "Eu sei sobre os seus pesadelos, Mia."

Mia franziu o cenho e olhou para longe.

"E eu também sei que quando eles aparecem, James cuida de você. E que Sirius também cuida," ela sorriu suavemente. "Eu acredito que seja o vínculo o chamando para você."

"Então, não é uma escolha," Mia franziu o cenho. "É magia. Ele me protege por causa do vínculo, ele me beijou por causa do vínculo," ela olhou para longe, de repente irritada com ela mesma por se permitir ter um fiapo de esperança. Ela lembrou de ter se preocupado tanto no futuro quando o Sirius adulto a beijou e eles não terem falado sobre isso por meses. Eles deveriam conversar sobre isso no dia após o décimo nono aniversário dela. Seria quando ele admitiria que ele não queria nada daquilo? Que ele tinha sido forçado pela mágica?

"Pare com isso," Dorea repreendeu a filha. "Eu consigo ver as manivelas girando," ela apontou para a cabeça de Mia. "Não, os vínculos não forçam você a fazer nada. Eles meramente fazem sugestões," ela sorriu. "Um vínculo, no entanto, evita machucados. Sirius nunca seria capaz de te machucar," Dorea enfatizou. "Nem você a ele."

"Eu bato nele o tempo todo," Mia zombou e Dorea riu.

"Eu quero dizer machucar de verdade, "ela sorriu. "E nenhum de vocês deixaria algo machucar o outro. É tudo sobre intenção."

Mia assentiu enquanto se lembrava de como Sirius tão abertamente a protegeu enquanto ela se curava do estrunchamento, e como ele foi resgatá-la enquanto ela era torturada por Bellatrix. Do mesmo jeito, foram as ameaças de Bellatrix contra a vida de Sirius que forçaram Mia a ameaçar a bruxa. Mia começou a pensar há quanto tempo o vínculo estava afetando eles. Tinha sido o vínculo que originalmente a chamou em desespero para salvar a vida de Sirius dos Dementadores há tanto tempo atrás?

"Para um vínculo de alma ser totalmente selado, no caminho de ser selado com um ritual, ambas as partes precisam saber sobre a situação e o vínculo, dispostos a aceitar abertamente o vínculo, e amar o companheiro," Dorea continuou.

"Isso faz sentido," Mia acenou. "Por isso que o vínculo parece diferente aqui. No futuro Sirius me disse que sabia sobre o vínculo, mas aqui ele não sabe. Então, é diferente. Isso quer dizer que estamos destinados a ficar juntos?" Ela perguntou. "Nos dá uma chance, mas..."

"Mas e se você quisesse escolher outro?" Dorea perguntou. "Talvez um jovem Sr Lupin?" Ela sorriu e observou enquanto Mia corava.

"Não," Mia balançou a cabeça. "Eu sei que Remus não está destinado a mim," ela insistiu. A imagem de Tonks e o bebê Teddy apareceram em sua mente. "É só que... eu me sinto presa," ela admitiu. "Sirius me beijou e me deixou e praticamente me disse que eu deveria ir atrás de Remus em vez dele," Mia franziu o cenho.

"Então por que você não faz isso?" Dorea perguntou. "O seu vínculo de alma não está selado, Sirius não propôs casamento, e sendo destinados ou não, vocês são jovens," ela sorriu. "Mia, eu cresci sabendo que no futuro meus pais iriam escolher meu marido por mim, eu seria ligada a ele em servidão e casamento, e eu seria miserável pelo resto da minha vida. Mas eu escolhi ir de encontro ao que eu assumi que fosse o destino. Eu fiz o meu destino e encontrei amor e felicidade."

"A existência do vínculo não significa que Sirius é a minha felicidade?" Ela perguntou tristemente enquanto lágrimas começavam a se formar de novo.

"Não sem vocês dois estarem cientes, dispostos e amando ao mesmo tempo," Dorea limpou as lágrimas das bochechas de Mia. "No meio tempo, eu encorajo você a seguir a sua carta. Viva a sua vida," ela sorriu debochadamente.

"Aproveitar a minha vida," Mia assentiu. "Espera," ela pausou. "Você basicamente deu permissão a sua filha adolescente para se rebelar?" Ela riu.

Dorea deu uma profunda respirada. "Charlus é um doce e inocente Grifinório, mas eu não confio tanto, nem mesmo nos meus filhos," ela sorriu levemente. "Eu não estou sugerindo que você se torne uma mulher vulgar," ela ferveu com a palavra. "Mas já que estamos nesse assunto, desviando do original, você sabe como realizar os feitiços contraceptivos adequadamente?"

"Hmm... Sim," Mia assentiu. "De... de antes. Não que eu... Porque eu nunca... Eu nunca... Mas eu sabia, só por desencargo de consciência," ela gaguejou nervosamente.

"Bom," Dorea respirou agradecida. "Então, só falta uma última coisa importante."

"O que?" Mia perguntou curiosa.

"Não conte ao seu pai ou ao seu irmão nenhuma palavra do que falamos hoje."


N/A: olá, meus queridos!
Esse, com certeza, é um dos meus capítulos favoritos de toda a história!
O beijo, a conversa com Dorea... Dorea também é uma das personagens que eu mais amo! Uma Sonserina maravilhosa (símbolo do coração que o site não deixa eu botar)
E que beijo foi esse, ein? Adoro os detalhes que a Shaya consegue descrever tão bem... Deixam a gente preso na história, né?
Sirius foi um idiota por ter ido embora, mas como Mia disse... Ele ainda não está pronto e ela meio que entende isso.
O que acharam? Quero saber a opinião de vocês!
Alguns com certeza vão amar esse cap, já o team Remus não tanto... Apesar de ninguém ter falado que era do time dele. Quem são vocês? Quero conhecê-los! Comentem, gente :)))
Até quinta, um beijo!

Motoko Li: acho, acho, só acho que você deve ter gostado desse cap! Hahahaha
Vou esperar ansiosa pelo seu comentário :)
Eu achei esse casamento muito triste, tadinha da Narcissa... Pelo menos sabemos que no futuro ela consegue se livrar dele e ser feliz!
E você adivinhou, Sirius e Mia realmente são almas gêmeas hahahaha depois me conta o que achou da explicação da Dorea sobre isso.
Vocês vão ver a enrolação que vai ser, acho que esse cap dá a entender isso... Vai demorar para eles se acertarem. Se se acertarem. Quem sabe? Hahahaha
Sobre o seu comentário do cap passado...
A McKinnon não engole sapo e Mia não leva desaforo para casa, então já viu né? A relação delas é conturbada e bem engraçada de acompanhar!
Também não entendo o pouco retorno que recebo... Esperava mais comentários, mesmo que fossem críticas. Não me importo nem um pouco em receber críticas.
Você é a leitora mais fiel da fanfic, não tenho nem como te agradecer hahahaha eu amo amo amo os seus comentários, sempre fico muito feliz de vir postar um cap novo e ver que tem review seu :)
Eu to lendo a série Trono de Vidro, baixei o 4o livro em inglês pra ler porque né, sou ansiosa. O 4o lançou agora pouco nos EUA e não tenho estrutura para esperar a tradução. A protagonista é uma assassina de 17 anos que foi presa e vira a campeã do rei, lutando para conseguir sua liberdade. Acho que parece com o seu gosto, põe na sua listinha!
Até quinta, beijo! :))

Kelishi: oi! Que bom que você descobriu a minha tradução, fico muito feliz! Vou confessar que tem horas que eu gosto de Mia e Remus, mas depois paro e penso 'não, não tem como Mia ficar com alguém do Sirius, tem que ser o Sirius' hahahaha
Eu também li o último cap quando li em inglês! Hahahaha nunca consigo me segurar, faço isso com alguns livros também!
Sempre falo que vou aguentar o suspense, mas fico triste quando não consigo e dou uma espiada. É mais forte do que eu hahahaha
Eu sempre posto nas quintas e nos domingos, quando não vou poder geralmente aviso no final do cap!
Espero te ver mais vezes aqui nos comentários :))
Até quinta!

Mile Mayfer: minha filha, você tá sumida, ein? Só te perdoo porque o comentário foi grande hahahahaha
Vou te responder por partes, tudo bem?
Então, a relação da Mia com Remus é uma das mais bonitas que eu já vi. É difícil ter uma amizade como a deles, mesmo na vida real, né? Essa rotina deles no café da manhã é a coisa mais fofa que tem! O lobo realmente a quer, mas vamos ver né... Ainda vai ter coisa aí. Tonks sabe sobre a Mia sim, mas consegue separá-la da Hermione. Como será que vai ser quando Mia voltar ao tempo original dela? Vai ser engraçado.
A família do Sirius é horrorosa, tirando Andromeda, tio Alphard e Narcissa. Queria ter um tio Alphard hahahaha eu adoro a devoção dele com a Dorea, ele a vê como a mãe que deveria ter tido, acho muito lindo!
Agora, o James é o meu personagem favorito de toda a história! Não aceito ele ter morrido, não consigo, parte o meu coração também :(
A relação da Mia com os Marotos também é muito bonita... Mais pra frente da história isso vai se intensificar, quero ver o que você vai achar!
GoT tem me dado nos nervos... Gosto de ler os livros antes de ver a série/filme, mas o 6o livro ainda não saiu! Como vou fazer? To super angustiada hahahaha viu as fotos que foram liberadas e os 'supostos' nomes dos episódios?
Até o próximo cap, beijos!

SakyRae: olá! A história é mesmo perfeita né? A autora fez um trabalho maravilhoso, fico muito feliz por estar fazendo a tradução para que mais pessoas possam ler também! Tomara que você continue gostando!
Nos vemos no próximo cap! :))