The Debt of Time
Parte Dois – O Vira-Tempo
Capítulo Quarenta e Dois: Ao Luar
"...Deep in the dark
You'll surrender your heart
But you know
But you know that you can't fight the moonlight..."
(Can't Fight the Moonlight - Leann Rimes)
31 de outubro, 1975
Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria
Sala Precisa
"Eu não entendo," Remus disse enquanto entrava na Sala Precisa, que não parecia mais uma sala e sim ser os arredores da Floresta Precisa. Tudo parecia tão real. O cheiro da grama aos seus pés, a brisa leve que passava entre as folhas à frente deles. Até a brilhante lua refletida na água do Lago Negro.
Lua?!
Remus deu uma curta respirada enquanto seus olhos verdes se voltavam para cima e, pintada em um céu escuro como veludo estava a mais brilhante, mais cheia lua que ele já tinha visto. Algo apertou dentro do seu peito enquanto ele esperava pela coceira, pela dor, mas, em vez disso, ele sentiu contra a sua pele algo suave, macio e quente.
"Amor, olhe para mim," Mia murmurou e Remus abriu os olhos, ainda respirando pesadamente. Uma mistura marrom de chocolate e âmbar o olhava de volta e ele podia ler o amor no fundo dela. As mãos macias dela o tocaram no rosto, o chamando em direção a ela, onde ela o deu um beijo cheio de promessas, casto e suave. Seus olhos se voltaram para o céu de novo e só então ele percebeu que estava tremendo contra ela, uma mão firme segurando o braço dela como se estivesse precisando de ajuda para se manter de pé.
"Eu não entendo... Mia, o que você fez?" Ele perguntou, os olhos arregalados ainda na lua.
"Foi aqui que eu treinei para me tornar uma Animaga," ela contou. "Eu pedi à Sala Precisa para se tornar a floresta onde eu pudesse ver as árvores, sentir a terra e cheirar o ar. Eu pedi que fosse possível ver a Casa dos Gritos," ela apontou para uma silhueta longe. "E a lua mais brilhante que ela pudesse criar," os olhos cheios de culpa por causa do medo que ela tinha levado a ele, mas algo a disse que Remus já sabia que isso iria acontecer, ao menos inicialmente. "Eu queria estar conectada a você durante o meu treinamento. Para me lembrar do porquê estar fazendo isso."
"Como eu não estou..."
"Transformado?" Mia sorriu. "Não é uma lua de verdade."
"Por que você me trouxe aqui?" Ele perguntou, os olhos ainda fixos na lua no céu.
"Eu..." ela hesitou. "Eu queria te dar algo," ela disse, engolindo em seco. "Eu queria que você visse. Com esses belos olhos verdes. Visse e não temesse," ela franziu o cenho enquanto traçava com os dedos a linha da boca dele e se inclinava, capturando os lábios dele ternamente com os dela.
Ele fechou os olhos e deixou que a luz da lua o banhasse – de verdade ou não – e a sensação da garota em seus braços esquentou sua pele. Remus se virou para longe do brilho no céu, ainda sem certeza sobre o que ela tinha feito, mas, de repente, muito grato pelo ato e ele estava desesperado para mostrar gratidão. Ele a beijou profunda e lentamente, reverentemente passando as mãos sobre a seda do vestido dela, sentindo o contorno da cintura, o decote na parte inferior das costas e a curva do quadril que o deixaram ansioso. Ela respondeu na mesma moeda, seus pequenos dedos tocando no fecho sobre suas vestes e quando ela desabotoou e começou a empurrar o tecido sobre seus ombros, Remus se afastou dela quando abriu os olhos e olhou para baixo.
"Aqui?" Ele sussurrou.
"Não consegui pensar em nenhum lugar melhor," ela admitiu com um sorriso nervoso e tímido. "Você, eu, a terra e o céu."
Remus a segurou nos braços e a inclinou para trás como Sirius tinha feito mais cedo enquanto dançavam, mas em vez do sorriso convencido, Remus sorria suavemente, e em vez de puxá-la de volta, ele a colocou gentilmente contra a grama macia. Ajoelhando ao seu lado, ele tirou um cacho do rosto dela e bebeu a imagem dela, banhada com a luz do luar – algo que ele talvez nunca fosse ver novamente, não com esses olhos, não com essa forma.
"Você pensaria menos de mim se eu admitisse que estava assustado?" Ele perguntou a ela, franzindo o cenho e com os olhos cheios de preocupação. Ela parecia tão pequena deitada ao lado dele, debaixo dele enquanto ele se inclinava para beijar suas bochechas. Ela parecia tão frágil, tão delicada, tão quebrável. Muito fácil de devorar.
"Eu não tenho medo de você," ela murmurou para ele as palavras que vinha repetindo há anos. "Eu também estou um pouco assustada," ela admitiu. "Não de você..." ela falou rapidamente quando percebeu que estava tremendo. Desesperado para confortá-la, Remus se abaixou e a beijou lentamente até que ele pode ouvir os batimentos dela se acalmarem enquanto ela relaxava. Ele se afastou, não inteiramente certo sobre o que fazer, e ela pareceu perceber a hesitação dele porque ela falou, citando logo Sylvia Plath.
"'Se a lua sorrisse, ela se pareceria com você,'" Mia sorriu para ele, passando os pequenos dedos pela bochecha dele. "'Você também deixa a impressão...'"
"'De algo bonito,'" Remus respirou lentamente como se as palavras dela começassem a atiçar um fogo nele e ele precisasse apagá-lo ou queimasse de dentro para fora. "'Mas aniquilante.'"
Ele se aproximou, clamando a boca dela com paixão e se moveu, reascendendo a chama que inflamou do lado de fora da Sala Precisa, contra a parede de pedra do castelo. Ela rapidamente empurrou as vestes do ombro dele, completamente desta vez, mas ele se recusou a parar o beijo enquanto ela habilmente brincava com os botões da camisa dele até que todos estivessem abertos e mostrassem a pele do peito dele cheia de cicatrizes para ela. Ele hesitou quando ela se afastou dele, puxando as mangas da blusa dos braços dele, antes que as mãos dela traçassem o contorno das cicatrizes que corriam pelas suas costelas. Ele franziu o cenho e fechou os olhos com força, incapaz de vê-la tocando nelas. Com os olhos ainda fechados, ele sentiu os lábios dela encostarem em uma cicatriz que cortava seu peito inteiro e o contato repentino pareceu acordar algo profundo e primal, antigo e feroz, mas novo para ele.
De repente, ele se encontrou em cima dela, pondo um joelho entre as coxas dela e respirando fundo o cheiro dela, inflamando seus sentidos lupinos. O aroma dela pairava no ar e ele podia sentir o sabor dele no fundo de sua garganta. Ela cheirava a floresta depois de uma tempestade. Ela tinha o gosto de mel e algo que ele não conseguia descrever com palavras, algo que parecia com esperança queimando no fundo do peito dele. Ele se inclinou e capturou os lábios dela mais uma vez, tentando lembrar do último gosto até que o encontrou na ponta da língua dela. Ele se afastou e murmurou, "Você tem gosto de nascer de sol."
A ereção dele cresceu mais desconfortável nas calças enquanto os olhos enevoados dela se levantaram para encontrar os seus e ela murmurou contra os seus lábios, "você tem gosto de luar."
Agora! A familiar voz no fundo da mente dele disse e, de repente, ele era incapaz de segurar o lobo por mais um segundo.
Capturando a boca dela mais uma vez em beijo ardente, Remus estendeu a mão e tocou o tornozelo dela para, então, lentamente subir em uma trilha de carne até que sua mão encontrou uma coxa macia, a seda do vestido contra seu antebraço. A ponta dos seus dedos roçaram a renda, causando um calafrio, mas ele botou a mão por dentro do tecido, o puxando para baixo ao mesmo tempo em que as mãos dela encontravam a fivela do cinto dele. Mas ele não queria interromper o beijo ou abrir os olhos, preocupado que se ele olhasse nos olhos dela, só fosse ver medo. Ele estava se movendo por instinto agora, cada movimento que ele fazia era seguido por gemidos e pequenos choros que escapavam da garganta dela.
Ele se moveu para frente, se pondo entre as coxas dela e finalmente quebrando o beijo para olhar para ela, esperando uma confirmação silenciosa, tentando mais do que tudo não ouvir os pensamentos em sua mente como ela sempre pedia. Ele tinha medo que se ele começasse a se questionar e a hesitar, ela iria achar que era por causa dela e Remus não podia permitir que ela pensasse em si mesma como nada menos do que absoluta perfeição. Então, ele permaneceu quieto e esperou, observando os olhos dela de perto, inspecionando o seu olhar em busca de algum sinal de ansiedade.
"Por favor," foi o que ela finalmente gemeu e o lobo interior dele rosnou em vitória, então Remus fez força para frente até que sentiu um calor úmido o enclausurar, um aperto que o sufocava tão perfeitamente que o deixou tonto. Seu corpo pediu para que continuasse e ele o fez, e bem quando ele ouviu um pequeno engasgo escapar da garganta dele, ele sentiu algo romper abaixo dele.
Seus olhos arregalaram no momento em que ele percebeu o que tinha acontecido e ele olhou para ela horrorizado. Ele sabia que isso iria acontecer, mas esqueceu no momento e se xingou por ser tão ignorante. O rosto e o corpo dela estavam tensos e Remus respirou fundo, implorando com os olhos por perdão.
Nosso trabalho. Nosso trabalho protegê-la. Não machucá-la.
Nunca machucá-la.
"Eu..." ele falou, gaguejando um pedido de desculpas.
"Sua," Mia respirou.
Ele olhou para ela confuso até que se lembrou das palavras dela mais cedo, quando ele a perguntou sobre a lua no céu acima deles. 'Eu queria te dar algo,' ela murmurou para ele.
"Sua," ela repetiu, tocando o peito dele.
Nossa! O lobo dentro dele estava excitado também.
Quando o corpo dela eventualmente relaxou, Remus engoliu em seco antes de se mover novamente. Preso nos olhos dela que estavam cheios de amor e aceitação, Remus sentiu uma onda de emoções o preencher. A garota abaixo dele, coberta de seda e luz do luar, o amava, amava Remus e aceitava o lobo dele. Ela lhe deu tudo que ele nunca pensou merecer e mais, e ele se sentiu honrado por ela achar que ele fosse digno desse momento. Esse momento dolorosamente lindo, banhado com a luz da lua, onde ele era mais homem do que monstro.
"Remus," ela gemeu e isso o motivou mais, o instigou mais, o deixando no limite de algo que ele não sabia o que era, não dessa maneira.
Ela cheirava a tempestade, ela parecia o paraíso, ela tinha gosto de mel e nascer do sol e... e...
O sabor dela era como Firewhisky.
Ele a sentiu tremer debaixo de si e capturou o choro que saiu dos lábios dela com os seus, bebendo o prazer dela até que o dele próprio se despejasse dentro dela. Remus deixou sair um rosnado baixo contra os lábios dela, estremecendo quando ela o beijou de leve e, finalmente, desabando nos braços dela debaixo da brilhante lua acima deles. Foi uma absoluta, total, infinita, completa e sincera perfeição.
Quase, a voz sussurrou no fundo da mente dele.
Quase perfeita.
Mas não completamente.
Só por via das dúvidas, Remus tentou mais uma vez.
oOoOoOo
Horas depois, a lua ainda no falso céu acima deles, cobrindo seus corpos nus encharcados de suor.
"Isso foi..." Mia ela falou com a voz falha.
"É..." Remus respirou pesadamente contra ela, seu hálito quente batendo na clavícula onde seu rosto descansava. Ele inspirou e se mexeu, chiando um pouco enquanto se afastava para se colocar às costas dela.
"Uau," Mia expirou.
"Mesmo?" Remus virou e sorriu para ela.
"Sem uau para você?" Ela franziu o cenho, os lábios inchados quase fazendo beicinho.
"Não, uau, muito uau para mim," ele prometeu com uma risada enquanto continuava a tomar fôlego. "Só não pensei que uau para você."
"Ah, muito uau," ela concordou e se juntou a ele dando risada até que os dois caíram em um estranho silêncio enquanto olhavam para o céu. Tinha um peso no ar e após uma longa pausa, Remus quebrou o silêncio.
"Mas?"
"Eu não sou a sua companheira," Mia admitiu.
"Como você sabe disso?" Ele a encarou.
"Você não sabe?"
Remus pensou por um momento, lembrando da sensação de quase perfeição. "Bom... sim, eu acho," ele assentiu.
"Você acha?"
"Ok, eu sei," ele respondeu, o lobo em sua mente repetindo as palavras 'Não é a nossa companheira' de novo e de novo desde a primeira vez deles, como se fosse uma necessidade primitiva continuar rosnando isso. "Mas eu não queria machucar seus sentimentos falando isso."
"Por que você machucaria meus sentimentos?" Ela franziu o cenho, deitando de lado e apoiando a cabeça em uma das mãos. "Se algo não é para ser, então não é para ser."
"Você parece alguém que acredita em Adivinhação."
"Existe uma diferença," ela o teria repreendido se ele não a tivesse cansado tanto a ponto da quase inconsciência. "Lobisomens possuem companheiros, existem estudos que comprovam isso."
"Você não está irritada?" Ele perguntou.
"Você está?"
"Um pouco," ele confessou.
Mia estendeu a mão e limpou o suor da testa dele. "Conte o porquê."
"Porque eu..." ele se virou e olhou dentro dos olhos dela, passando as costas da mão gentilmente pela pele da bochecha dela.
"Eu também te amo, Remus," ela sorriu.
"Eu realmente te amo," ele prometeu.
"Eu sei."
"E você é a minha melhor amiga."
"E você é mais do que isso para mim," Mia se aproximou mais, unindo seu corpo com o dele e suspirou quando ele a envolveu com os braços, beijando sua testa. "Você é... eu não sei. Meu," ela disse possessivamente e Remus riu. "Você pertence a mim," ela insistiu. "Pelo menos até você encontrá-la."
"E se eu não encontrar?" Ele murmurou contra o cabelo dela.
"Você vai," ela prometeu enquanto a visão de uma mulher de cabelos rosas e um bebê de cabelos azuis surgiam em sua mente.
"Você não sabe disso, Mia," ele suspirou. "Você sabe as chances de alguém como eu encontrar uma companheira? Raras. Mais do que raras. Eu pensei que você..." ele suspirou tristemente. "Você sempre foi boa para mim. Você nunca teve medo de tocar em mim. Eu só imaginei que..."
"Você vai encontrá-la. Eu prometo."
"Você não se arrepende?" Ele perguntou hesitante.
"Honestamente, eu estou tendo um momento difícil me sentindo culpada o suficiente por querer repetir," Mia riu, traçando os dedos sobre as costelas dele, seguindo as linhas de cicatrizes para baixo, em direção aos músculos tensos do estômago dele. Ele era lindo e ela podia olhar para ele durante todo o dia e noite.
"Por que você está se sentindo culpada?" Ele olhou para ela.
"Eu não sei," ela mentiu. "Parece que... eu estou te ajudando a trai-la."
"Uma futura companheira que eu talvez nunca conheça," ele balançou a cabeça descrente.
"Você vai encontrá-la e, então, o quê?" Mia franziu o cenho. "O que eu vou ser? Como ela pode não me odiar?" Ela perguntou e arfou com um pensamento muito real de uma pessoa muito real esperando por Remus no futuro. Tonks. A companheira dele. A esposa dele. Mia cobriu o rosto. Ela dormiu com o marido de Tonks! E Remus, ele sabia!
Era assim que o tempo funcionava. Ele disse na carta. Qualquer coisa que ela fizesse já teria sido feita, o que significava que quando um Remus adulto a enviou de volta no passado, ele sabia exatamente o que iria acontecer. Ele sabia que na noite do Halloween do quinto ano deles, ela o levaria para a Sala Precisa e eles iriam fazer amor debaixo da lua cheia. Ele sabia que ela tinha sido sua namorada, que eles amaram um ao outro! Mia de repente se lembrou de uma conversa que ela ouviu um dia antes deles irem no Ministério buscar Sirius no Véu.
"Mas você sabe que eu te amo, certo?" Remus disse para a esposa.
"Sim, Remus, você me ama, você nunca vai me deixar, eu sou a sua companheira, eu sei," Tonks riu.
Tonks sabia de tudo. Mia engasgou silenciosamente com o pensamento.
"Você ainda vai ser a minha melhor amiga," Remus beijou a testa dela. "Você é minha também, sabe," Mia se acalmou com as palavras de posse dele. "Você pertence a mim. É como se... se eu fosse o lobo alfa, você seria a minha beta," ele sorriu e Mia riu, sempre feliz quando ele se referia ao seu lobo sem palavras de auto difamação.
"E quanto ao Sirius, James e Peter?" Mia perguntou.
"Eles estão na alcateia também," Remus concordou. "Mas você é... eu não sei. Existe uma palavra para quase alma gêmea?"
"Sempre o poeta," Mia sorriu radiante para ele. "Espíritos iguais," ela respondeu.
"Sim. Você é minha," Remus concordou. "É como se você fosse meu coração, mas não... não a minha alma. Isso faz sentido?" Ele perguntou se sentindo culpado, mas sentiu o remorso diminuir um pouco quando ela sorriu para ele e assentiu. "E se eu encontrar a minha companheira, ela vai entender. Se não, ela não é minha companheira de verdade."
Mia sorriu. Se isso não descrevesse a conversa que ela ouviu entre Tonks e Remus, então ela não sabia como descrever.
"Então, você não se sente mal?" Mia perguntou. "Tipo, você não acha que deveria estar lá fora procurando por ela?"
"Por quê?" Ele levantou uma sobrancelha. "Que outra pessoa da nossa idade começa algum relacionamento pensando, 'Uau, é isso. Eu vou casar com essa pessoa e se não for para acontecer, então eu vou embora'?"
"Jamie," Mia gargalhou.
"James é um caso especial," Remus riu.
"Está dizendo que preferia ser como Sirius?" Ela franziu o cenho um pouco.
"Não existe um meio termo seguro entre James e Sirius?" Ele sorriu debochado.
"Sim," ela acenou. "Eu chamo esse meio termo seguro 'Remus'."
"Eu nunca vou me acostumar em pensar em mim como seguro," ele balançou a cabeça, mas beijou os lábios dela sonoramente como um modo de agradecer a confiança que ela sempre aparentou dar a ele. Confiança que levou ambos para debaixo da lua na Sala Precisa. Era a confiança dela que o mantinha mais homem do que animal quando ele pensava que iria perder o controle.
"Você nunca me machucaria."
"Você diz isso como se outra pessoa fosse machucar," ele respondeu. Quando ela não respondeu, Remus suspirou e a puxou mais forte para seus braços. "Eu não sou o seu companheiro também."
"Não," ela franziu o cenho.
"Mas você sabe quem é."
"Eu não quero falar sobre isso, Remus," Mia fungou.
"Ele vai entender. Ele só é..."
"Estúpido?" Ela zombou.
"Ah, muito," ele concordou com os olhos arregalados. "Mas eu estava pensando mais em ignorante. Sirius precisa crescer primeiro. Você sempre foi a mais madura de nós e eu sei que sou diferente também por causa da minha condição," ele deu de ombros. "James, Sirius e Peter são aqueles que abraçaram a infância um pouco mais do que nós."
"Por favor, não mencione meu irmão ou Peter enquanto estamos pelados," ela implorou.
"Eu posso mencionar o Sirius?" Remus sorriu para ela.
"Eu preferiria que fossêmos apenas nós dois, mas considerando que eu trouxe a sua futura companheira para o quarto," ela passou a mão pela grama ao lado deles. "Figurativamente," ela riu. "Eu acho que você pode me cutucar sobre Sirius."
"Você o ama," Remus murmurou.
"Ugh," Mia gemeu. "Você é horrível em conversa pós sexo."
"Peça à Sala algo por mim," Remus insistiu.
"O quê?"
"Peça para a lua ir embora," ele sorriu. "Desaparecer. Eu quero te mostrar algo."
Mia concordou silenciosamente, fechou os olhos e fez o pequeno pedido para a Sala. Quando ela abriu os olhos, o brilho da floresta tinha ido embora e eles deitavam no tapete de grama debaixo de um cobertor de céu negro cheio de estrelas.
"Você é o céu, Mia," Remus murmurou. "E nós concordamos que você não pode ter a lua," ele apontou para ele mesmo.
"Ok," ela concordou.
"O que você vê?"
"Estrelas," ela murmurou, já sabendo qual era o ponto dele, mas o deixou continuar porque quando era sobre ela, Remus sempre se safava. O homem – e o garoto – nunca faziam nada errado. Tudo que ele já tinha feito foi para o benefício dela.
"E qual estrela você vê primeiro?" Ele perguntou.
"A mais brilhante," ela apontou para cima. "Alpha Canis Majoris," ela disse o termo técnico da estrela dentro da bela constelação. "Também conhecida como a Cão Maior," ela fungou.
"Mas nós gostamos de chamar essa estrela de..."
"Sirius," ela respirou. "A estrela mais brilhante no céu é Sirius."
"Então, e agora?" Remus perguntou, levando a conversa sobre seu melhor amigo bem onde ele queria. "Sobre nós."
"O que você quer?" Mia perguntou, olhando para os suaves olhos verdes do menino.
"Eu não quero ficar sozinho," ele confessou tristemente. "Mas eu não quero ficar no caminho de algo que poderia acontecer."
"Então, sem namoro?"
"Pode ser complicado."
"Concordo."
"Mas..." Ele perguntou, ouvindo a hesitação na voz dela.
"Mas não existe nenhuma razão para não tirarmos vantagem do fato de que somos fisicamente compatíveis?" Ela riu um pouco, se inclinando e beijando o pescoço dele.
"Você acha que eu sou um cara qualquer tentando levar uma garota para cama?" Ele levantou uma sobrancelha.
Ela riu. "Você já levou a garota para cama."
"Três vezes," Remus disse as palavras através de uma tosse e, então, fingiu que estava limpando a garganta, mas ela olhou para ele e viu o olhar de presunção no rosto dele que rivalizava com o de James durante uma partida de Quadribol.
"Sim, parabéns para você," ela riu e revirou os olhos.
"Eu acho que mereço um NOM," Remus de ombros.
"Esqueça esse ego seu e eu posso considerar você para os NIEM," ela sorriu debochada.
"Então, nós estamos mesmo bem?" Ele se afastou um pouco para olhar nos olhos dela. Quando ela sorriu, ele se inclinou e a beijou suavemente. "Sem clima estranho?" Ele perguntou, esperando que não tivesse feito algo que arruinasse a amizade deles ou o que quer que fosse agora.
"Sem clima estranho," ela sorriu. "Estranhamente sem clima estranho. Eu acho que daqui a vinte anos nós vamos olhar para trás e vamos rir do fato de que não houve clima estranho," ela podia imaginar a conversa estranha. O fato de que ele iria crescer para ser o Professor dela com certeza iria acrescentar tensão.
"Você faz muito isso," ele disse a observando e passando os dedos para cima e para baixo pela barriga dela, vendo de perto a pele dela tremer em resposta.
"O quê?"
"Dizer 'daqui a vinte anos...' como se fosse uma meta na sua cabeça. Onde exatamente você pensa que vai estar daqui a vinte anos já que você vive falando sobre isso?"
"Eu vou estar com você, e Sirius, e... todo mundo," ela sorriu tristemente. "Família, amigos," ela assentiu pensando em todos do Grimmauld Place no futuro. "Eu vejo o fim da guerra, e você com sua esposa e família, e a família de James..." ela franziu o cenho quando Harry surgiu em sua mente.
"Você não tem uma família?"
"Você é a minha família," ela sorriu.
"Eu te amo, Mia."
"Eu te amo, Remus."
"Round dois?"
Ela caiu na risada e ele se inclinou, acabando com o barulho dos lábios dela com os próprios antes de rolar e a prender embaixo de si, sorrindo quando a perna esquerda dela subiu até o quadril dele.
"Não quer dizer round quatro?"
"Semânticas," ele riu e se abaixou, pondo um beijo na garganta dela e sorrindo quando a ouviu arfar.
"Como você não está exausto?" Ela disse entre curtas respirações.
"Coisa de lobo," ele murmurou contra a pele dela, lentamente se movendo para baixo, depositando beijos na clavícula dela e no vale entre os seios dela.
"Eu achei você bem... animal," ela riu com o pensamento e, então, gemeu quando os lábios dele alcançaram o seu umbigo, levando imediatamente os dedos para as profundezas do cabelo bagunçado dele.
"Meu lobo gosta de você," ele murmurou contra a barriga dela.
"Eu gosto do seu lobo," ela admitiu com um sorriso, lambendo os lábios enquanto fechava os olhos.
Remus suspirou e ela sentiu a cabeça dele descansar no quadril dela. "Por que você não pode ser a minha companheira?" Ele lamentou. "Você é perfeita."
"Não," ela sorriu. "Sua companheira vai ser perfeita. Eu sou só uma corredora bem perto."
"Bem perto?" Ele sorriu e ela sentiu ele se abaixar mais uma vez, o hálito quente dele batendo no interior de suas coxas.
"Hmmm," ela gemeu. "Muito perto."
"Quão perto?" Ele rosnou e Mia estremeceu contra a grama.
"Muito perto!"
N/A: meus queridos, o tão esperado capítulo chegou! O que acharam? Bem amorzinho, né.
Um cap inteirinho só do casal fofo para vocês.
Nanda Soares: essa AD é ótima, né? Sou apaixonada pela Lily, muita coisa. A cena dela e do James ainda vai demorar um pouco hahahaha
Ela sabe ser bem teimosa em relação a eles dois :)
Até o próximo cap!
Mile Mayfer: voltei do inferno chamado fim de período com uma surpresa nada legal, mas fazer o que? Hahahaha vou continuar postando os capítulos a medida que for traduzindo e já adiantei um pouquinho.
Mia e Remus são muito fofos mesmo! Mas ainda sou team Sirius, mesmo ele tendo a maturidade de uma criança para relacionamentos. Ele vai mudar, vocês vão ver só!
Ela como raposa foi a melhor comparação que podia existir! Personalidade totalmente igual, né? Amei!
Também queria que o site aceitasse coração porque olha, eu iria botar muitos em todos os capítulos.
Sirius e Mia ainda vai demorar e, infelizmente, Lily e James também :(((
Mas quando acontecer, vai ser muito amor e muuuitos corações!
Que bom que você continua gostando e acompanhando a fanfic, me deixa muito feliz!
Até o próximo!
