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The Debt of Time

Parte Dois – O Vira-Tempo

Capítulo Sessenta e Dois: Desconfiada

"...Everything you say to me
Takes me one step closer to the edge
And I'm about to break
I need a little room to breathe
Cause I'm one step closer to the edge
I'm about to break..."
(One Step Closer - Linkin Park)


12 de maio, 1977

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

"Sirius, onde você vai?" Mia gritou para o bruxo de cabelos negros enquanto ele subia o morro para longe do Lago Negro.

No momento em que ele foi embora, Mia se virou, tentando achar palavras para explicar ao resto dos amigos o que o fez sair dali; de algum modo, ela não conseguia contar a eles que Sirius achava que seu irmão mais novo era o responsável pela tentativa fracassada contra a vida de Lily. Em vez disso, Mia pediu a Remus e Frank que a levassem até a Ala Hospitalar para que Madame Pomfrey desse uma olhada nela e garantisse que estava tudo bem. James tentou protestar, mas quando Lily o lançou um olhar mordaz, ele deu um passo para trás e pediu desculpas várias vezes, se oferecendo para verificar o lago com Peter, para pegar as vassouras e quaisquer roupas que pudessem ter sido levadas pela correnteza.

"Sirius!" Mia gritou. "Padfoot! Onde você vai?"

"Ver Dumbledore!" Sirius se virou e falou quando ela finalmente o alcançou, o seguindo rápido, sendo que dois passos dela era um dele. "Eu sabia! Eu sabia que tinha que ter trazido Regulus comigo para a Mansão quando escapei do Largo Grimmauld," Sirius estremeceu com a memória. "Tecnicamente seria sequestro, já que ele não iria por vontade própria, mas eu não era maior de idade na época, então não é como se eu fosse ser mandado para Azkaban."

"Não fala essas coisas," Mia disse firmente com a menção casual dele ir para Azkaban. Ela visualizou a imagem da foto de um Sirius Black presidiário no Profeta Diário, o rosto ossudo e o longo e embaraçado cabelo parecendo a perfeita mistura de loucura e derrota. Mia fechou os olhos com força e balançou a cabeça como se pudesse apagar a imagem de sua mente.

"Se eu tivesse feito algo certo em relação ao meu irmão, ele não seria a porra de um Comensal da Morte!" O volume da voz de Sirius a trouxe de volta a realidade e, de repente, ela se viu tendo que alcançá-lo de novo enquanto os dois passavam pela porta do Hall de Entrada. "Foi ele, Mia. Eu sei que foi," Sirius franziu o cenho e Mia copiou a expressão dele. Ela também tinha uma forte sensação de que tinha sido Regulus. Ela viu uma cabeça com cabelos negros, da cor de obsidiana, deixando o gramado, e os únicos bruxos com cabelos tão negros eram Sirius e Snape. Ela tinha os dois em vista na hora em que tudo aconteceu.

"Ele tentou matar Evans," Sirius disse as palavras, ainda como se não conseguisse acreditar nelas; como se ele precisasse continuamente lembrar a si mesmo, para que conseguisse reportar que sua própria carne e sangue tentou matar alguém. "Merlin, se ele tivesse conseguido... eu nunca poderia viver comigo mesmo. Nunca conseguiria olhar na cara de James de novo. Merda!" Ele gritou nervoso. "Babaca estúpido."

"Não conte ao Dumbledore!" Mia gritou enquanto Sirius virava em um corredor para o escritório do Diretor. De repente, o Animago girou nos calcanhares, olhando para ela incrédulo.

"Você está mesmo defendendo as ações do meu irmão?" Sirius olhou para ela boquiaberto. "Você está brincando comigo?"

"Claro que não!" Ela retrucou, se forçando a esquecer que nesse momento Regulus era um defensor de Voldemort e um potencial Comensal da Morte. Não demoraria muito para que ele desertasse. "Mas primeiro, nós não temos provas de verdade que foi Regulus. Nós apenas sabemos que Comensais da Morte são aceitos com dezesseis anos e apenas acontece que seu irmão faz dezesseis hoje. Se você for ao Dumbledore, ele vai apenas assentir com a cabeça com aquele maldito brilho no olhar, e te oferecer uma maldita bala de limão!" Ela fez uma careta com o pensamento.

Sirius não teria a chance de provar nada, especialmente se Mia fosse com ele. Dumbledore iria assumir que ela estava tentando mudar o passado e ignorar as suspeitas que eles tinham de Regulus. Então, se Mia permitisse que Sirius fosse sozinho até o escritório de Dumbledore, ele iria se perguntar se ela realmente confiava nele.

Não, tinha que ter outro jeito.

"Então o que você sugere, Mia?"

"McGonagall," ela sorriu quando a resposta apareceu tão fácil. Minerva McGonagall era uma de suas professoras favoritas, nas duas linhas de tempo, apesar de sua vida aqui como uma Marota não oficial ter mudado a dinâmica do relacionamento que ela compartilhava com a Vice-diretora. Enquanto Hermione Granger tinha sido uma boa pupila, talvez até mesmo uma favorita da velha bruxa, Mia Potter era frequentemente considerada uma causadora de problemas, e não no usual 'salvar o mundo com Harry Potter' tipo de problema que ela tinha se acostumado. "Mesmo que nós não tenhamos provas de que foi Regulus, ela é desconfiada o suficiente para que a ideia seja plantada na cabeça dela. E ela vai manter um olho nele."

oOoOoOo

Vinte minutos depois, Sirius e Mia se encontravam sentados na frente de Minerva McGonagall, que encarava os dois com uma mistura de desconfiança, alívio e irritação. Mia já tinha visto o mesmo olhar ser lançado para Harry, Ron e até Neville, mas de repente ela se sentiu inacreditavelmente culpada por, de algum jeito, ter desapontado a Professora que tinha sido a escolta de Hermione Granger no mundo Bruxo. Ela se perguntou se Minerva pensava que Mia era apenas uma bruxa Puro-sangue mimada que estava desperdiçando talento. Ela fez uma nota mental para se esforçar no sétimo ano, para provar que ela era mais do que apenas a irmã de James Potter. Uma vez que Lily se tornasse Monitora Chefe, Mia não precisaria mais se segurar para garantir a posição da amiga.

"Então, eu tenho que acreditar que o Sr. Black, um garoto de dezesseis anos, azarou a vassoura da Srta. Evans com o explícito propósito de acabar com a vida dela. Tudo isso por causa da origem dela e que tudo aconteceu no meio do dia, a céu aberto e na frente de pelo menos oito alunos?" Minerva levantou uma sobrancelha enquanto encarava os dois. Ela olhava para Sirius como se esperasse que algo horrível fosse acontecer. Como se isso fosse algum tipo de distração. Merlin, os garotos tinham levado essa bruxa tão no limite que ela não confiava mais neles? Mia pensou para si mesma.

"Vocês testemunharam o jovem Sr. Black na cena?" Minerva perguntou, a atenção voltada para a jovem bruxa.

"Não, Senhora," Sirius respondeu por Mia, o que ela agradecia, não sabendo o que o feitiço da verdade de Dumbledore a permitiria dizer. "Mas Comensais da Morte são marcados quando fazem dezesseis anos e faz sentido que..."

"Como você saberia com qual idade os Comensais da Morte são recrutados?" Os olhos de McGonagall se arregalaram e ela, de repente, se viu sentando mais reta.

Sirius engoliu com força e evitou o olhar dela. "Porque tentaram me transformar em um deles," ele disse, ignorando o suspiro suave que Minerva deixou escapar pela linha fina que sua boca formava. "No último verão eu fui... eu fui atacado na minha própria casa. Eu me recusei e escapei, é por isso que eu moro com os Potters agora," Sirius explicou.

"O incidente foi relatado?" Minerva perguntou. "Querido menino, como você conseguiu fugir?"

Mia arregalou os olhos minimamente, observando enquanto Sirius brincava nervosamente com a corrente de prata ao redor do pescoço. Ela esperou silenciosamente que Sirius não fosse contar inteiramente a verdade, considerando que a criação não oficial de Chaves de Portal – apesar de não ser ilegal, tecnicamente – era fortemente desaprovada.

"O Flu estava aberto," Sirius mentiu facilmente. "Quando os Potters me levaram ao St. Mungus meus pais já tinham me deserdado. Eles não me reportaram desaparecido e eu não quis... não quis vê-los de novo. Eu não tenho certeza o que minha Mãe e..." Sirius parou para se corrigir, esquecendo que nem todos sabiam como ele se referia aos Potters. "O que Sr. e Sra. Potter fizeram."

"Os Aurores foram chamados," Mia se intrometeu, recordando com quase nenhum esforço já que aquela noite e os eventos seguintes ficaram marcados no subconsciente dela. A visão e o cheiro do sangue de Sirius, as marcas de queimadura no antebraço dele e a maneira como os Aurores e funcionários do Hospital reagiram quando Mia e James se voltaram com eles quando tentaram separá-los de Sirius. "Eles sabem o que aconteceu."

"A Srta. Evans está bem?" A Professora McGonagall perguntou depois de um longo silêncio.

"Sim, Professora," Mia assentiu. "Pelo menos ela estava bem alguns minutos depois para começar a gritar com o meu irmão," ela acrescentou, ganhando um bufo da Vice-diretora.

"Tão charmoso quanto o jovem Sr. Potter é, acredito que a Srta. Evans conseguiria repreender o menino mesmo inconsciente," McGonagall falou orgulhosa. "Por que, exatamente, ela estava voando sobre o lago?"

Sirius empalideceu. "Isso não é importante," ele tossiu. "Nós precisamos encontrar Regulus."

"E você está certo de que isso não é uma rivalidade entre irmãos?" A Professora perguntou desconfortavelmente.

"O quê?!" Os olhos de Sirius escureceram e ele levantou da cadeira. Mia estendeu a mão e agarrou o antebraço dele, tentando puxá-lo para baixo enquanto o infame temperamento Black tomava controle. "Absolutamente não! Deixe que ele fique com os estúpidos pais, desde que ele deixe meus amigos em paz!"

"Eu entendo que o assunto seja delicado de natureza pessoal," Minerva explicou em voz baixa, não parecendo nem um pouco ameaçada com a explosão. "Mas eu gostaria de pedir que você abaixasse o tom na minha sala, jovem. Srta. Potter," a velha bruxa se dirigiu a Mia. "Você tem algum motivo para acreditar que Regulus Black seja culpado?"

"Regulus é..." Mia começou, mas as palavras ficaram presas em sua garganta enquanto ela se esforçava para falar. Regulus é um Comensal da Morte. Regulus é um Comensal da Morte. Regulus Black vai trair o Lord das Trevas. "Eu... eu acredito no Sirius," ela conseguiu falou claramente.

"Muito bem," Minerva suspirou. "Eu vou reportar isso ao Professor Dumbledore e ao Professor Slughorn. Se o jovem Sr. Black apresentar um comportamento suspeito, vamos cuidar disso. No meio tempo, eu sugiro que vocês saiam e, se vocês puderem, chequem a Srta. Evans por mim," a bruxa se levantou da cadeira, apontando para a porta. Mia se levantou e iria sair, acenando gratamente para a Professora, mas Sirius não pareceu pronto para ceder.

"O que vai acontecer com Regulus?" Ele perguntou.

"Se algo for descoberto por causa das informações que vocês deram, vamos lidar com isso. Não você," Minerva insistiu firmemente. "A sua responsabilidade é ser um estudante, se focar no seu estudo e, pelo amor de Godric, tente ficar fora de problemas. Deixe a guerra para os adultos."

"Já sou maior de idade," Sirius apontou.

"Isso é irrelevante, Sr. Black."

"Eu quero lutar," ele acrescentou e Mia rosnou com as palavras dele.

"Eu aparento ter uma lista de inscrição para recrutar soldados?" Minerva estreitou os olhos e zombou dele.

"Obrigada, Professora," Mia estendeu a mão e pegou a de Sirius. "Nós vamos embora," ela acrescentou, puxando o amigo para longe do olhar severo da bruxa mais velha.

"Ah, Sr. Black? Srta. Potter?" McGonagall disse quando os dois abriram a porta para saírem. Os dois se viraram curiosos, observando o canto da boca da bruxa subir minimamente. "Cinquenta pontos para cada um de vocês pelo esforço em reanimar a Srta. Evans. Se o momento chegar para vocês se provarem úteis nesses tempos escuros, eu acredito que os dois sejam muito capazes," ela admitiu. "Até que vocês deixem Hogwarts, no entanto, eu insisto para que se foquem em aproveitar os poucos momentos de liberdades que lhes restam."

oOoOoOo

Irritado, Sirius seguiu o conselho de Minerva de continuar um adolescente relaxado pelo máximo de tempo possível: não muito tempo depois ele, James, Peter e Remus conseguiram detonar alguns Fogos de Artifício Do Dr. Filibuster, que disparam molhados e não queimam, no meio do corredor do quarto andar. A brincadeira fez com que todos os garotos ganhassem uma detenção. Quando eles foram até Mia perguntar se ela tinha visto a grande exibição deles, ela revirou os olhos e disse, "Já vi melhor," pensando com carinho em seu quinto ano original, quando os gêmeos Weasley tinham escapado espetacularmente de Hogwarts sob a supressão de Dolores Umbridge.

Enquanto os garotos continuavam a causar problemas, Mia se esforçou ao máximo para contornar as brechas do feitiço de Dumbledore. Ela passou horas se focando em Oclumência, sabendo que se ela fosse uma Oclumente forte o bastante, ela teria uma chance de dominar Veritaserum (e já que o feitiço era o oposto do soro da verdade, ela pensou que fosse ajudar). Apesar dos esforços, ela não conseguia nem mesmo falar as palavras, 'Meu nome é Hermione Granger', em voz alta, quanto mais alertar alguém das coisas que iriam acontecer. Tentando adaptar seus esforços em algo mais especifico, Mia descobriu que não conseguia nem mesmo escrever a palavra Horcrux.

Impotente por não poder falar a verdade sobre o futuro, Mia decidiu trabalhar duro para provar coisas que ela suspeitava, mas ainda não sabia com certeza, como Dumbledore a aconselhou fazer quando explicou sobre o feitiço da verdade. Ela passou um mês inteiro andando pelos corredores de Hogwarts, o nariz enfiado em um pergaminho e com os dedos sujos de tinta. Sombras escuras se formaram debaixo dos olhos quando dormir começou a ser algo dispensável. Se Voldemort estava recrutando Comensais da Morte em Hogwarts, então Snape e Regulus não poderiam ser os únicos. Certamente, se ela espionasse os outros Sonserinos por tempo o suficiente, ela encontraria novas informações e isso ela sabia que poderia levar ao Diretor.

Infelizmente os esforços dela estavam se mostrando infrutíferos já que nem uma única serpente mostrou uma insinuação da Marca, mesmo na privacidade do Salão Comunal deles. Mia conseguiu acesso graças a Capa da Invisibilidade de James e um segundo-anista Sonserino extremamente barulhento, que gritou a senha antes dela conseguir se esgueirar para o ninho de cobras. O que ela observou sob a proteção da Capa não era nada que valesse a pena escrever: Regulus não possuía nenhuma Marca Negra no braço, também não indicava que iria possuir tão cedo. Ele e Snape quase nunca se cruzavam e quando acontecia de se cruzarem, frequentemente resultava em um leve confronto. Estava claro que os dois Sonserinos haviam trocado a aliança da juventude por uma animosidade amarga, o que Mia assumiu ter a ver com a escolha de Regulus em atacar uma Nascida-trouxa em particular. Independentemente disso, os garotos não trocaram uma palavra sobre o assunto, ou sobre algo referente a Voldemort ou sobre outros Comensais da Morte.

A falta de sono dela e hábitos alimentares começou a rivalizar com os de suas sessões de estudos antigas, ou até mesmo com sua primeira experiência com o Vira-Tempo, em seu terceiro ano original. Ela estava se esforçando ao limite; exausta e sofrendo com todo o esforço que fazia para mudar o futuro.

Algumas pessoas falavam com ela sobre isso, além de, ocasionalmente, questionarem como ela estava dormindo se não tinha comido nada no dia. Ainda assim, Remus estava atrás dela mais do que o normal, apesar dos esforços de Mia de conseguir algum espaço longe dele e de todos da Torre da Grifinória.

oOoOoOo

7 de junho, 1977

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

Torre de Astronomia

O início de junho encontrou Mia na Torre de Astronomia, olhando para as estrelas com uma expressão aturdida no rosto. Uma brisa fresca passou pela pele ao redor dos olhos dela, que ficaram doloridas depois de muito tempo esfregando o cansaço para longe. Se encostando no parapeito da janela, Mia olhou para baixo, para o chão que estava centenas de metros abaixo. Curiosamente, ela olhou para o antebraço direito onde uma cicatriz em forma de triângulo descansava na pele dela, brilhante e branca contra o pouco pigmento retido na cicatriz. Amargamente, ela arranhou a marca, se lembrando de como se sentiu estúpida quando a recebeu durante o seu sexto ano original. Comensais da Morte no castelo, que Draco deixou entrarem. Dumbledore estava morto, mas eles não sabiam ainda, então eles lutaram. Ela, Ron, Luna e Ginny; lado a lado com a Ordem da Fênix. Um feitiço perdido foi até ela na esquina de um corredor e se um Remus Lupin mais velho não tivesse a empurrado para o lado, a teria atingido no peito, ao invés do antebraço. Ela nem teve tempo para reconhecer o fato de que quase tinha sido morta, porque os Comensais da Morte desceram sobre todos eles, e pouco tempo depois eles estavam ocupados tentando levar um Bill Weasley machucado para a Ala Hospitalar. No momento em que Hermione foi capaz de refletir sobre os eventos do dia, ela concluiu que precisava da cicatriz para lembrá-la do que acontecia na guerra e como ela quase tinha perdido a vida. Um lembrete das palavras de Moody: vigilância constante.

"Sabe," a voz de Remus disse da porta da torre. Mia se virou surpresa com a súbita presença dele. "Já passou o toque de recolher e como o Monitor honrado que eu sou, eu não teria nenhum problema em descontar pontos de você, Srta. Potter."

Mia bufou. "Tirar pontos por minha causa não vai fazer diferença na Copa das Casas," ela admitiu, se virando de novo e apoiando os cotovelos no parapeito enquanto observava o céu. "Às vezes, eu penso que Jamie e Sirius tentam de propósito perder os pontos apenas por uma questão de continuidade." Ela sorriu suavemente quando sentiu os braços de Remus repousarem gentilmente ao redor de sua cintura, a bochecha dele descansando em seu ombro.

"Ei, Peter e eu fazemos a nossa parte," ele disse com um sorriso. "Mas acho que você está certa. Vencer a Copa de Quadribol, mas perder a Copa das Casas já virou tradição. Quem somos nós para botarmos um final nisso?"

"Você é fofo quando é sarcástico." Mia se virou e sorriu docemente para ele. "Sabia?"

"Eu sabia sim." Remus sorriu e Mia sentiu o coração esquentar com a visão. Por que ele não pode ser sempre confiante assim? "No entanto, eu gostaria de ter você por perto para me lembrar de tempos em tempos se eu por acaso esquecer. Você vai me contar por que está aqui em cima?" Ele perguntou, percebendo imediatamente quando o sorriso dela sumiu e ela se virou para longe dele.

"Precisava de um lugar tranquilo e quieto. Não encontrei em nenhum outro lugar."

"Você vai me contar algum dia o que há de errado?" Remus perguntou com um suspiro irritado, claramente o mês que passou o tinha atingido mais do que ele demonstrava. "Você tem estado... não sei, distante o mês todo. Eu fiz algo errado?" Ele perguntou com o cenho franzido e, de repente, toda a confiança desapareceu.

A culpa caiu na boca do estômago de Mia. "Não, absolutamente não," ela insistiu. "Não tem nada a ver com você. Apenas preciso trabalhar algumas coisas na minha cabeça. Eu tenho estado distraída."

"Eu percebi," ele respondeu preocupado. "Infelizmente, todos perceberam. Lily está se culpando pelo o que está acontecendo com você, seja lá o que for. Ela acha que a experiência de quase morte dela te traumatizou e que agora você se afastou de todos."

Mia suspirou frustrada. "Eu não estou traumatizada. E não tem nada a ver com Lily. Eu só estou... preocupada com os N.I. do ano que vem."

Remus estreitou os olhos para ela como se soubesse que ela não estava falando a verdade. "Entendo," ele franziu o cenho. "Você está planejando pegar 'Sonserina Avançada' no próximo ano?"

"O quê?"

"Você tem uma lista nos seus robes com nomes de Sonserinos," ele deu um passo para trás, cruzando os braços. "Alunos normais e alguns que já se formaram, como Malfoy."

"Você mexeu nas minhas coisas? Como você pôde?!" Mia rebateu violentamente, a falta de sono e o estresse adicionados ao estado já irritado dela.

"Claro que eu não mexi!" Remus arregalou os olhos, chocado com a acusação. "Lily viu na sua mesa hoje de manhã e pensou que você ou estava bolando uma brincadeira elaborada ou estava absolutamente decidida a se vingar. De qualquer jeito, ela achou que seria melhor me contar e ver se eu conversava com você para acabar com esses planos doidos que você inventou," ele fez uma careta. "Se importa em me dizer o que você está escondendo?" Ele perguntou, os olhos de repente se estreitando com a fisionomia dela. "E talvez parar com essa expressão 'foda-se você, Remus' durante o processo?" Ele acrescentou rispidamente.

"Não é da sua conta o que eu estou fazendo!" Mia rebateu na defensiva.

"Não é, você está certa. Não é como se eu fosse seu namorado ou algo do tipo," ele disse sarcástico. "Para ser justo, eu mal te vejo além do café da manhã ou nas aulas, então quem sabe o que você está pensando nesses dias."

"Godric, é sobre isso?" Mia revirou os olhos. "Que eu estou muito distraída para transar com você por algumas semanas?"

"Desculpe?" O rosto de Remus mudou rapidamente de raiva para choque, a boca caindo aberta.

"Merda..." Mia estremeceu. "Eu não quis dizer..."

"Você realmente acha que a minha preocupação pelo seu bem estar é porque nós não temos transado recentemente?" Remus ficou boquiaberto. "Você está falando sério, Mia?"

"Eu não quis dizer isso," ela franziu o cenho, se sentindo horrível pela insinuação. "Eu só falei por falar e sinto muito... eu não tenho dormido bem e..."

"Então, cuide de si mesma!" Ele rosnou para ela. "Merlin sabe que você não está deixando ninguém fazer isso por você ultimamente," sua voz se aprofundou e seus olhos brilharam ouro e âmbar. Instintivamente, Mia olhou para o céu e viu a lua minguante. Antes que ela pudesse olhar de volta para Remus, ela o ouviu inspirar bruscamente. "Você acabou de... você está checando para ver em que fase da lua estamos?" Ele a encarou. "Você está brincando? Por favor, me diga que você está brincando."

"Eu só acho que você está sendo um pouco temperamental," ela murmurou em voz baixa.

"Certo," Remus zombou. "Então isso significa que minha raiva é irracional e injustificada. Só precisa dar uma olhada na lua para saber se estou certo, né?" As narinas dele estavam totalmente dilatadas.

"Não ponha palavras na minha boca, Remus."

"Desde quando você precisa olhar para o céu para saber quando a lua está perto?" Ele perguntou apontando para o céu. "Você sabe as datas de cada lua cheia da próxima década memorizadas desde que nós temos onze anos."

"Eu... eu só..." Mia fechou os olhos e pressionou os dedos na testa. A falta de sono misturado com emoções a flor da pele e vozes altas não estavam ajudando.

"Mia, que dia é hoje?" Remus perguntou.

"Eu..." ela pausou, tentando pensar. "Domingo."

"A data, Mia, a data," Remus especificou, esperando que ela respondesse. Quando uma expressão confusa apareceu no rosto dela, ele gemeu e passou uma mão pelo cabelo loiro em frustração. "Merlin, você não sabe?"

"Eu disse que não tenho dormido bem," ela suspirou.

"Por quê?" Ele perguntou, de repente parecendo preocupado de novo. "Você está tendo pesadelos de novo?"

"Não, eu só..."

"Para que serve aquela lista, Mia?" Ele mudou de tática de novo, esperando que ela fosse quebrar e contar a ele. "Eu te contei todos os meus segredos, você não acha que seria justo confiar em mim para contar alguns dos seus?"

"Eu confio em você mais do que qualquer um, Remus."

"Então, prove!" Ele rosnou. "O que você está fazendo?!"

"Eu estou espionando os Sonserinos para ver quais deles são Comensais da Morte!" Ela respondeu, soltando a única coisa que ela não tinha planejado contar.

"O quê?" Ele a encarou.

"Eu... eu pego a Capa de Jamie toda noite e entro no Salão Comunal deles e ouço... e procuro pela Marca Negra. É para isso que serve a lista," Mia franziu o cenho, observando a expressão de choque e preocupação dele se transformar em um mau presságio.

"Por que... por que você faria algo assim?" Ele perguntou. "Mia, e se realmente existirem Comensais aqui?"

"Assim eu vou ter a prova de que preciso," ela respondeu claramente.

"Se você está desconfiada de que existam Comensais da Morte de verdade aqui em Hogwarts, conte ao Professor Dumbledore!" Ele gritou, a voz ecoando na torre circular de pedra, ao que Mia fez uma careta.

"Eu não posso! Ele não vai me ouvir! Eu tenho que fazer isso por conta própria," ela tentou explicar, esperando que Remus fosse desistir e deixá-la fazer isso. Deixar que ela tentasse e conseguisse pelo resto deles. Por que ele precisa saber disso? "Eles tentaram matar Lily. Eles tentaram matar Sirius e Jamie. Se eles tentassem matar você na próxima vez, eu..." Mia disse, a respiração ficando curta e pesada, o peito se apertando com o mero pensamento de Comensais da Morte indo atrás de Remus. "Eu tenho que pará-los, Remus. É o meu trabalho. Eu não posso perder a chance... o tempo está passando e eles vão se safar de tudo." Ela respirou fundo, não percebendo que ele se aproximou para fazer um afago nos braços dela, tentando acalmá-la do ataque de pânico que estava tendo.

"Mia, o que é isso?" A voz suave de Remus a tirou do silêncio momentâneo enquanto os largos dedos passavam gentilmente por cima da desfiguração do braço dela.

"O quê?"

"Essa cicatriz, é nova," ele disse, a tocando cuidadosamente.

"Eu..." Eu ganhei quando você salvou a minha vida dos Comensais da Morte. Bem aqui, bem do lado de fora dessa torre onde Dumbledore foi morto. "Eu não sei."

"Não minta para mim," ele franziu o cenho, esperando que ela contasse a verdade. Quando Mia apenas evitou o olhar dele, Remus respirou fundo e balançou a cabeça, se afastando dela. "Nada? Você não vai me dizer nem uma palavra? Tudo bem. Eu vou... eu..." ele se virou para a porta. "Eu te vejo mais tarde. Minhas rondas acabaram e eu vou para cama."

"Remus!" Mia o chamou, os olhos começando a arder com as lágrimas.

"Boa noite, Mia," ele disse bruscamente e desapareceu pelas escadas sem olhar para trás.

oOoOoOo

Flashback

7 de junho, 1997

Hogwarts Escola de Magia e Bruxaria

Torre de Astronomia

"Hermione?" O lobisomem disse enquanto passava por cima dos escombros que ainda tinham que ser tirados da entrada da Torre de Astronomia. A jovem bruxa se encontrava apoiada no parapeito, os olhos marejados olhando para o chão centenas de metros abaixo. Ela arfou e se virou, os olhos castanhos se arregalando com a visão do antigo Professor.

"Remus!" Hermione respirou fundo. "Ah... me desculpe, você me assustou."

"Me perdoe," ele franziu o cenho, as mãos dentro dos bolsos de suas surradas vestes de segunda mão, enquanto ele se aproximava dela lentamente. "Eu não achei que haveria mais alguém aqui em cima. Eu não achei que alguém iria querer estar aqui em cima, não por um tempo, pelo menos."

"Eu não consegui dormir," Hermione admitiu com a testa franzida.

"Pesadelos?" Remus perguntou com as sobrancelhas unidas; era um olhar que fez Hermione pensar que ele poderia estar preocupado de verdade com ela.

"O quê? Não..." ela balançou a cabeça cheia de cachos. "Eu só estive pensando sobre o Professor Dumbledore e, bem, sobre tudo, eu acho," ela admitiu triste. "Eu só não consigo acreditar que Professor Snape... quer dizer, eu sei que ele fez, Harry não iria mentir sobre isso." Ela limpou algumas lágrimas que escorriam pela bochecha. "Só é difícil de imaginar."

"Entendo o que você quer dizer." Remus assentiu. "Eu venho duvidando de mim mesmo há anos sobre tudo que eu já acreditei. Por doze anos, eu pensei que Sirius fosse o responsável pela morte de James e Lily, e agora um homem que eu confiava porque Albus Dumbledore me pediu é um... eu nem sei se nós podemos chama-lo de traidor. Eu tenho que pensar se ele foi alguma vez fiel à nossa causa."

"Ele sempre foi assim?" Hermione o perguntou. "Vocês eram do mesmo ano."

"Eu era do ano de muitos Comensais da Morte," ele disse, deixando uma carranca passar pelo seu rosto geralmente inabalável. "Claro que nós não sabíamos exatamente disso na época," ele franziu o cenho, parecendo incrivelmente frustrado.

"Vocês desconfiavam?" Ela perguntou curiosa, percebendo o fato de que ele evitou olhá-la nos olhos quando assentiu com a cabeça, parecendo envergonhado.

"Alguns de nós sim."

"Sinto muito," Hermione suspirou. "Eu sei que deve ser doloroso falar sobre o passado. O que com a perda de..."

"Todos?" Remus perguntou com um gemido. Era para ser uma piada, mas considerando quão verdadeiro era, nem ele mesmo conseguiu rir. O coração de Hermione quebrou pelo homem que tinha perdido quase todos que amava. Ela não sabia muito sobre a família dele, mas considerando o estado em que ele parecia estar, não parecia que tinha sobrado alguma. A única família que o lobisomem tinha foi arrancada dele por Voldemort e pelos Comensais da Morte. Os pais de Harry, Peter Pettigrew, Sirius há menos de um ano, e agora Professor Dumbledore.

"O que vai acontecer agora?" Hermione perguntou, tentando mudar o assunto.

"Vai haver um funeral, eu imagino," ele deu de ombros. "E depois a Ordem precisa encontrar um novo quartel general já que o Largo Grimmauld foi..."

"Eu sinto muito, Remus," Hermione o interrompeu. "Eu quis dizer... o que vai acontecer com você?" Ela esclareceu. "Eu sei que Profe... Snape," ela se corrigiu. "Era o único que fazia a sua Mata Cão. Existe outro Mestre de Poções que poderia te ajudar?" Ela perguntou com um tom de voz preocupado e ela se sentiu culpada por alguma razão quando ele se virou e sorriu para ela.

"Não, infelizmente não," ele respondeu. "Talvez você pudesse tentar."

"Eu?!" Hermione ficou boquiaberta. "Você põe muita fé em mim, Remus," ela balançou a cabeça. "Eu não sou... nem um pouco talentosa para fazer uma poção tão avançada. Eu ficaria com medo de te machucar."

"Eu não vou colocar tal pressão em você," ele sorriu docemente para ela. "Não é sua responsabilidade. Mas só para constar, eu não ponho tanta fé em você, eu ponho fé o suficiente em você e seus talentos, Hermione," ele se aproximou dela, a olhando como se quisesse botar uma mão reconfortante no ombro dela, mas ele parou e passou a mão pelos cabelos grisalhos. "Eu vou ficar bem. Não vai ser a primeira lua sem a poção. Só a primeira em... muito tempo."

"Tonks vai ajudar a tornar mais fácil?" Hermione perguntou e observou divertida quando os olhos de Remus se arregalaram com a menção da jovem Metamorfomaga.

"O quê?" Ele ficou boquiaberto.

"Me desculpe," Hermione não pôde deixar de sorrir. "Eu não quero me intrometer, mas depois do, hmm... hm..."

"Espetáculo na Ala Hospitalar?" Ele levantou uma sobrancelha desaprovadoramente.

"Sim," ela concordou. "Bom, eu imagino que ela seja sua companheira?"

"Como você sabe disso?" Ele perguntou surpreso.

"Livros?" Ela encolheu os ombros e riu suavemente, apesar de sua resposta não ser nada além de uma piada. "Uma vez eu escrevi uma dissertação muito interessante sobre lobisomens, sabe, e foi no meu terceiro ano. Dois rolos de pergaminho," ela sorriu presunçosamente.

"Três," Remus sorriu, a corrigindo. "E eu li cada palavra. Imagino, então, que além de ser capaz de reconhecer um lobisomem, você aprendeu a reconhecer sua companheira?"

"Você disse a Tonks que era muito perigoso para ela." O sorriso dela deu lugar a uma testa franzida.

"Disse também que era muito velho e muito pobre," ele a lembrou.

"Desculpas," ela insistiu e Remus reagiu com um olhar de surpresa. Hermione não pode deixar de pensar que acertou em cheio com a resposta. "Você não é um mentiroso muito bom, sabe."

"A maioria dos Grifinórios não é." Remus sorriu.

"A segurança da companheira é um instinto primário de um lobisomem," ela disse como se estivesse citando um livro. "Está acima e além até mesmo da necessidade de caçar."

"Rivalizando apenas com a necessidade de proteger a Alcateia," Remus franziu o cenho e olhou para longe dela, se apoiando no parapeito ao lado dela enquanto olhava o céu negro, observando a lua crescente com grande interesse.

"Você tem uma Alcateia?" Hermione perguntou curiosa.

"Eu tive uma Matilha," Remus assentiu. "Uma vez."

"E você os perdeu," Hermione suspirou em compreensão. "É por isso que você tentou afastar Tonks? Porque você tem medo de perder mais alguém?"

"Para alguém que é contra Adivinhação, você é muita habilidosa," ele não pôde evitar sorrir para ela e Hermione corou com o jeito que ele a olhou. Como se ele estivesse tentando compartilhar com ela alguma piada interna que ela não estava a par.

"Não, eu apenas tenho olhos," ela provocou. "Eu sei que minha opinião não importa."

"Você ficaria surpresa, Hermione." Remus estava sério e o olhar genuíno no rosto dele a pegou fora de guarda. "Você... você é uma amiga," ele disse firmemente. Hermione sorriu com a palavra, grata que o homem que ela respeitava tanto não pensava mais nela como uma criancinha sabe tudo. "E sua opinião importa bastante para mim," ele insistiu.

"Eu... bom..." Hermione corou. "Eu acho que você deveria estar com a sua companheira. Professora McGonagall está certa, Dumbledore estaria mais feliz do que qualquer um ao pensar que há mais amor no mundo. Há quanto tempo você sabe que Tonks é sua..."

"Há mais tempo do que eu acho apropriado falar em voz alta," Remus gemeu constrangido, os olhos desviando dela e caindo sobre uma grande cicatriz no braço dela. As sobrancelhas dele se uniram no que pareceu reconhecimento. "Hermione, você está bem? Deixe-me ver seu braço." Ele estendeu a mão.

"Não é nada," Hermione insistiu. "Um feitiço perdido. Se você não estivesse lá, tenho certeza de que teria sido pior," ela suspirou.

"Isso aconteceu na batalha?" Ele perguntou curioso e ela assentiu, não percebendo que ela precisaria explicar mais. "Por que você não curou?"

"Eu limpei eu mesma," ela responde. "Vai curar naturalmente."

"Madame Pomfrey deveria ter algum Ditamno na enfermaria," ele apontou para a porta.

"Não. Eu... eu preciso que cicatrize," ela puxou o braço para longe dele, tocando nervosamente a ferida. "Eu preciso lembrar." Hermione franziu o cenho e olhou de novo para a paisagem. "Eu preciso sempre ser capaz de olhar para baixo e lembrar do Professor Dumbledore e... e Snape. Eu preciso lembrar de sempre ficar em guarda. Lembrar que nem todos são confiáveis. Lembrar que Hogwarts não é sempre segura."

"Eu..." Remus começou, um olhar carregado no rosto enquanto olhava a jovem bruxa. O olhar ele era intenso e ela não conseguiu evitar pensar que ele estivesse sentindo pena dela, algo que a fez fazer uma careta em resposta. "Eu deveria voltar a Ala Hospitalar. Eu quero checar Bill e ter certeza de que ele se recupere bem."

"Ele tem sorte por ter você por perto," Hermione sorriu. "Quem sabe, talvez... talvez você possa reconstruir sua Matilha. Tonks e Bill," ela sugeriu gentil.

"Talvez," Remus concordou lentamente, um sorriso triste cruzando seu rosto. "No meio tempo, temos uma guerra para lutar."

"Você não deveria esperar," Hermione soltou. "Você deveria... você deveria deixar Tonks cuidar de você. E você dela," ela sorriu.

"Vou fazer um trato com você, Hermione," Remus riu. "Eu vou pensar em cuidar de Tonks, e até... deixar que ela cuide de mim." Ele parecia descontente com a ideia. "Se você prometer cuidar de você," ele franziu o cenho. "E Harry."

"Essas duas coisas são, muitas vezes, mutuamente exclusivas," Hermione sorriu e Remus riu.

"Se alguém pode descobrir como equilibrar os dois, seria você, Hermione," ele se inclinou e passou os braços em volta dela, puxando a pequena bruxa firmemente contra o peito. Hermione respirou o cheiro dele, sorrindo curiosa e pensando como um gesto tão estranho podia parecer como... como estar em casa.


N/A: queridos, como estão?
Vamos começar a ver uma parte mais sombria de Mia, como Harry no sexto ano que vivia atrás de Draco.
Aliás, vocês perceberam como todo ano parece acontecer de uma forma parecida com os anos originais dela?
O que estão achando da história? Vamos comentar, minha gente, adoro debater com vocês!

Motoko Li: ahhh você tá certíssima! Queria muito ter ido ver o pôr do sol, adoro, mas o tempo estava fechado aqui no Rio, pelo menos onde eu moro :((
Jamie e Lily se aproximando, mesmo que devagar, é muito amor! A tatuagem dele é muito bonitinha mesmo, vamos só ver a reação de Lily hahahahaha
Cara, O QUE FOI esse último episódio de got! Quase infartei umas cinco vezes, meu deus!
Quero e não quero o próximo ep... Fico entre a felicidade de ver o final e a tristeza de ter que esperar um ano para a próxima temporada, difícil :(

alinefgs: que bom que você continua gostando da história! Fico muito feliz :)))

Betsy: olá! Não sei nem dizer como fico feliz com comentários como os seus!
Que bom que você gosta tanto da história! Vamos saber disso mais para frente hahaha