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The Debt of Time
Parte Dois – O Vira-Tempo
Capítulo Sessenta e Quatro: Você Não Vai Me Mudar
"...Tonight
We are young
So let's set the world on fire
We can burn brighter than the sun..."
(We Are Young - FUN)
25 de junho, 1977
Londres Bruxa
"Por que eu sinto que estamos prestes a ser assaltados?"
"Porque você não tem senso de aventura, Evans." Sirius sorriu, olhando para a Nascida-trouxa enquanto ela fazia uma careta com a visão de uma poça. Era provável que fosse só água, mas na escuridão dos becos de Londres, poderia muito bem ser uma variedade de coisas e nenhum deles estava disposto a investigar.
"Eu gostaria de apontar que eu não fui a única que você teve que forçar a vir hoje," Lily disse defensivamente, esquivando-se de outra poça no meio do beco e olhando para James quando ele tentou oferecer uma mão. Seus olhos verdes brilhantes se voltaram para sorrir para Mia, que estava lutando desconfortável com suas roupas. Elas eram mais reveladoras do que quase qualquer coisa que a ruiva tinha visto a melhor amiga vestir desde o momento em que se conheceram no primeiro ano.
"Eu concordei em vir, não concordei?" Mia sibilou e puxou mais uma vez a barra da saia de couro preta para baixo, ainda se perguntando como tinha sido coagida a vestir isso enquanto Lily estava toda confortável em um jeans Trouxa de cintura alta. "Eu até estou usando a roupa que vocês escolheram para mim, apesar de eu querer usar outra."
"Um sacrifício que eu estou apreciando muito, amor." Remus sorriu detrás dela, observando enquanto ela tentava pular delicadamente sobre uma poça e falhava miseravelmente, escorregando para trás e caindo nos braços dele. Ela rosnou com o erro, mas deixou escapar uma risada quando Remus a beijou no pescoço enquanto a puxava para cima. Até que essa roupa não era tão ruim.
"Moony, você pode parar de agarrar minha irmã enquanto eu não... não sei..." James franziu o cenho. "For cego e surdo? E só para constar, Mia, Lily, Wormtail e eu não tivemos nada a ver com essa roupa." Ele gesticulou para a irmã com o mesmo olhar reservado para quando precisava beber Esquelesce. "Isso foi tudo obra de Padfoot e Remus."
"Apesar de você estar maravilhosa nessa saia." Lily sorriu para a amiga de cabelos enrolados, que sorriu radiante em resposta. Mia sabia que passaria muitos anos durante sua linha do tempo original nutrindo silenciosamente problemas de auto estima em relação ao seu visual, mas nesse tempo ela estava cercada de garotos que gostavam dela, um namorado que parecia não se cansar dela e amigas que não a botavam para baixo como Lavender e Parvati.
"Então por que você não está usando uma parecida?" Ela perguntou a bruxa ruiva.
Lily riu de todo o coração. "Primeiro porque você tem quadris para isso e eu não," ela disse contando nos dedos de verdade. "E segundo porque eu vi a etiqueta na parte de trás antes que você vestisse. Eu não poderia comprar nada desse designer mesmo se eu esvaziasse meu cofre do Gringotes."
"Quando você se casar comigo, Lily, eu vou comprar todas as saias que seu coração desejar." James sorriu para ela. "Ai! Merda, Evans!" Ele estremeceu e esfregou a clavícula, onde ela decidiu beliscá-lo. Lily tinha um talento especial para atacar as partes sensíveis, não apenas socar no ombro como Mia. Ela era implacável quando queria. James estava aliviado por ter decidido não usar o colete aberto e de gola baixa que tinha pensado em usar, sabendo que a parte superior teria revelado uma parte da sua tatuagem de campos de lírios.
"Não conte com os ovos antes deles serem chocados, Potter."
"Ninguém vai comentar o fato de que Sirius e Remus uniram forças para convencer Mia a usar uma saia de couro?" Peter apontou. Ele estava fazendo o seu melhor para acompanhar o grupo enquanto eles se apressavam por dentro de becos escuros e ruas de Londres, seguindo Sirius como se eles realmente acreditassem que ele sabia onde estava indo.
"Eu me convenci de que estou ganhando o benefício do senso de moda de Padfoot." Remus sorriu.
"E Padfoot ganha...?" Peter perguntou.
"Ei, só porque eu não posso subir até o topo da montanha não quer dizer que eu não posso aproveitar a vista daqui de baixo." Sirius de uma de suas típicas risadas meio latidos antes de tomar uma curva acentuada a esquerda, olhando para a varinha e murmurando baixinho um Feitiço Me Oriente e, então, seguiu a direção que a varinha apontou.
"Sirius, você tem certeza de que estamos no caminho certo?" Mia franziu o cenho, assoprando um cacho para longe do rosto, desejando que não tivesse seguido o conselho de Lily de deixar seu cabelo – que tinha vontade própria – natural esta noite.
"Por favor, Mia," Sirius zombou. "Eu poderia cheirar meu caminho através de Londres com meus olhos fechados. É logo ali."
"Ah, Godric!" Lily gritou e pulou para o lado, acidentalmente indo de encontro aos braços de James. Ele sorriu para ela, mas ela fez uma careta e se afastou tão rápido quanto tinha se aproximado, antes de apontar para o canto da rua, atrás de uma enorme caixa. "Tem um rato morto atrás daquele lixo."
"Não coma nada do chão, Pete," James riu.
"Cala a boca, Prongs."
"Eu não acredito que concordei com isso," Lily sibilou, correndo para alcançar Mia e Remus, que estavam logo atrás de Sirius. "Mas então, isso é bem melhor do que ir na festa de despedida de solteira de Petunia. Não que eu tenha sido convidada."
"Você não foi convidada para a despedida de solteira dela?" Mia revirou os olhos, fazendo uma nota mental para lidar com Petunia Evans – logo Dursley – na próxima oportunidade. "Você vai ao casamento?"
"Forçada," Lily gemeu. "Ela me vestiu no vestido mais hediondo possível, magenta." Ela puxou o cabelo. "Mia, eu vestida de magenta!" Seus olhos brilhantes estavam arregalados. "Você pode imaginar?!"
"Infelizmente para você, sim," Mia riu. "Por favor, tire fotos."
"Ei, olhem, uma loja de tatuagem no outro lado do beco!" Sirius disse excitado. "Quer ir fazer outra, Prongs?"
"Você tem uma tatuagem?" Lily perguntou com os olhos ainda arregalados. Uma mistura de choque e... intriga passou pelas feições enquanto ela se virava para olhar um James, de repente, desajeitado, que parou no meio do passo, fazendo com que Peter esbarrasse nele no processo.
"Hm, sim, Sirius, Mia e eu fizemos para o nosso aniversário," James murmurou.
"Eu..." Lily hesitou, mas a curiosidade falou mais alto. "Eu posso ver?"
"NÃO!" Gritaram Remus, Mia e James juntos, deixando Lily ainda mais curiosa e Sirius rindo na frente do grupo.
"Ele só é tímido, Evans." O bruxo de cabelos negros sorriu. "Se você quiser, pode ver a minha." Ele piscou para a bruxa e observou divertido quando o rosto de James começou a ficar vermelho.
"Não deveríamos estar focados em chegar no lugar?" James rosnou.
"Muito bem, Prongsie, mantenha suas calças no lugar," Sirius riu. "Nós chegamos," ele disse com um tom de vitória enquanto levantava os braços, apontando para o pequeno prédio do outro lado da rua. Nenhuma luz estava acesa, as janelas foram tapadas e o que costumava ser o letreiro neon de um restaurante chinês tinha sido claramente vandalizado com tinta.
"Eu não entendi. Parece um prédio condenado." Lily empalideceu com a visão e, então, estreitou os olhos para Sirius, imediatamente pensando que isso era algum tipo de brincadeira. "Sirius, você tem certeza de que estamos no lugar certo?" Lily perguntou mais acusando do que qualquer coisa.
"Trouxas." Sirius revirou os olhos para o tom dela e atravessou a rua rapidamente. Depois de procurar por Trouxas de verdade, ele sorriu e andou em linha reta até a janela da frente, como se fosse uma porta aberta, e desapareceu completamente de vista.
Mia sorriu. "Não-Me-Note Modificado, como o St. Mungos. Imagino que tenha um Feitiço Indetectável de Expansão no interior também," ela disse pensativa. Pegando a mão de Remus, ela atravessou a rua para seguir Sirius.
"Feitiço Indetectável de Expansão?" Lily perguntou, rapidamente os acompanhando. "Como o da sua bolsa?"
"Não inteiramente," Mia sorriu enquanto pegava a mão de Lily antes de puxar a bruxa pela janela enfeitiçada.
oOoOoOo
No momento em que eles cruzaram a fachada do restaurante chinês condenado, a vista do interior se transformou em algo que parecia ser, pelo menos, vinte vezes maior que o pequeno prédio. A sala espaçosa estava completamente lotada com bruxas e bruxos de toda a Grã-Bretanha, a maioria se reunindo na outra extremidade onde um grande palco tinha sido montado. Em vez de luzes elétricas brilhantes ao redor do palco, várias esferas que brilhavam magicamente pairavam contra o teto, iluminando o local de cima.
"Uau," Lily respirou espantada. "Isso é... isso é incrível."
"Então, um show?" Mia sorriu enquanto se aproximavam de Sirius, que já havia entregue um número desconhecido de galeões para quem parecia ser o chefe da segurança. "Eu imaginava. Você vai ficar bem, Remus?" Mia se virou para olhar o namorado. Remus não era fã de lugares cheios e barulhentos, muito menos quando estavam tão perto da lua.
"Eu estou bem," ele assegurou, um olhar sombrio nos olhos que dizia que dores de cabeça não era o sintoma pré-lua que ele estava sentindo. "Ainda falta uma semana até a lua e eu já tomei a minha poção hoje. Deve ajudar com o barulho. Além disso," ele se inclinou e respirou contra o ouvido dela. "Se ficar muito incômodo nós podemos ir embora mais cedo."
Mia estremeceu com o contato e sorriu para ele. "Nós podemos ir embora cedo mesmo se não ficar tão incômodo."
"Cara de pau." Ele sorriu e beijou o pescoço dela.
"Sou uma raposa," ela o corrigiu com um sorriso.
"Público!" James gritou para os dois e ficou feliz quando o par pareceu ficar irritado por ter sido separado.
"Eu vou pegar algumas bebidas," Sirius anunciou, apontando para o grande bar no lado esquerdo do lugar. "Firewhisky?" Ele apontou para cada membro do grupo, sorrindo quando todos concordaram até que seus olhos caíram sobre Lily.
"Absolutamente não." Ela balançou a cabeça.
"Muito bem, então são cinco Firewhiskys e uma água para a Lufa-lufa fingindo ser uma Grifinória." Ele olhou para Lily sorrindo debochado.
"Como é, Black?" Os olhos verdes dela se estreitaram.
"Eu os chamo como os vejo, Evans."
"Potter!" Lily gritou e nem mesmo olhou quando James apareceu imediatamente ao seu lado. "Pegue um Firewhisky para mim," ela mandou, mas depois acrescentou um silencioso 'por favor' para ele ouvir, antes de olhar Sirius com os cabelos faiscando. "Eu vou mostrar a você quem é Lufa-lufa!" Ela disse antes de ir atrás de James até o bar.
"Bom, e traga bebidas para o resto de nós!" Sirius gritou, empurrando oficialmente a tarefa de pegar bebidas para James e Lily. "Ela é tão fácil de provocar," ele riu enquanto andava até Remus e Mia. "Eu quase me sinto mal.'
Mia balançou a cabeça com a coragem dele. "Então, você manteve o grande segredo até agora, quem nós viemos ver?"
"Black Sabbath!" Sirius sorriu radiante, pulando como uma criança de onze anos na loja do Olivaras pela primeira vez.
"O quê?" Mia piscou confusa. Certamente seu gosto musical era variado, mas ela nunca foi o tipo que apreciava rock, optando por algo mais clássico, mas ela sabia muito bem sobre as bandas. Especialmente desde que Sirius nunca calava a boca sobre eles. "Essa é uma banda Trouxa! Como isso é possível?" Ela disse apontando para o palco obviamente mágico.
"Primeiro, Black Sabbath não é uma banda Trouxa," Sirius disse com um olhar no rosto como se quase tivesse sido ofendido. "Só porque eles se apresentam para os Trouxas, não quer dizer que eles são Trouxas. Como você e Remus sabem o status mágico de todos os autores e poetas que já viveram e não sabem que Ozzy é um bruxo?" Ele perguntou incrédulo.
"Você só está me irritando, não está?" Ela o encarou.
"Nem um pouco. Mia, o álbum de estreia deles tinha uma música chamada 'O Bruxo'. Isso claramente era sobre Dumbledore." Ele ainda deu um 'duh' silencioso no final da frase. "A banda toda foi para Hogwarts! Os únicos malditos Sonserinos no mundo, além de Dorea Potter, que eu tenho na mais alta estima," ele balançou a cabeça, voltando a atenção para o palco com um sorriso quando viu a banda de abertura sair.
"Aqui sua bebida, amor," Remus disse enquanto pegava o copo de James e o passava para a namorada.
"Você sabia que Ozzy Osbourne é um bruxo?!" Mia perguntou se virando para Remus com olhos arregalados.
"Você não sabia?"
oOoOoOo
Duas horas mais tarde, todos tiveram a certeza de que Black Sabbath tinha entrado no palco mágico, os instrumentos enfeitiçados em vez de conectados em plugs. Sem microfone, Ozzy Osbourne segurava uma varinha de teixo na garganta, depois de lançar um Feitiço Sonorus para permitir que o som da sua voz e a música preenchesse a atmosfera do lugar. Apesar da irritação de Mia com Sirius e Remus por saberem algo que ela não sabia, ela estava se divertindo muito.
Três lutas já haviam irrompido perto do placo, duas das quais Sirius tinha escapado por pouco; algo que parecia deixá-lo curtir a noite mais ainda. Cada vez que ele escapava de uma luta, ele sorria brilhantemente e apenas dizia, "Vocês viram como eu estava perto do palco?!" James, Lily e Peter tentaram chegar mais perto algumas vezes também, mas quando Peter acidentalmente levou uma cotovelada no rosto Lily o segurou para se certificar de que ele não tinha nenhuma concussão.
Mia e Remus tinham pouca vontade de chegar perto da banda, considerando que eles estavam perfeitamente felizes em um canto escuro do lugar, o som da música inebriante ao redor deles e o cheiro de Firewhisky entre os dois. Dançando com a música, Mia se virou e pressionou as costas contra o peito de Remus, apreciando a sensação de calor que as mãos dele proporcionavam ao abraçar sua cintura, e o fato dele ter enterrado o nariz na sua confusão de cachos, respirando o aroma dela.
Ela observou divertida James oferecer docemente a Lily o que era claramente um copo de Shirley Temple. Para a surpresa de Mia, Lily riu e aceitou o copo com um aceno de agradecimento antes de permitir que ele sentasse ao lado dela e de Peter. Mia se virou para procurar Sirius e sorriu quando o encontrou no meio da multidão, o cabelo selvagem e cheio de suor enquanto ele pulava e dançava com a música e cantava junto da banda.
"Sou somente um homem e sou o que sou. Ninguém nunca mudará meus modos. Não preciso de dinheiro e não preciso de mentiras. Apenas preciso viver cada dia!"
Mia riu para si mesma. Bom, isso é apropriado.
De repente, ela sentiu uma vibração contra as suas costas e percebeu que era Remus rosnando. Ela sorriu com a sensação, sabendo que era o jeito do lobo interior dizer que queria a atenção dela. Então, ela se virou e sorriu para ele, o encarando nos olhos e observando o verde começar a lentamente se transformar no âmbar.
"Você me entende, mulher," a banda continuou a cantar no fundo. "Você me dá tempo. Mas não preciso de simpatia. Ainda me pergunto como é ser amado. Em vez de ocultar em mim mesmo."
"Você ficaria chateada se nós fossemos embora cedo?" Remus falou de novo no ouvido dela, mordendo o lóbulo levemente antes de se afastar.
"Por quê? Você está bem?" Mia perguntou preocupada enquanto procurava por algum sinal de dor, automaticamente presumindo que o volume da multidão tinha ficado insuportável para ele. "O barulho está te incomodando?"
"Essa sua saia está me incomodando," ele disse com os olhos virando ouro enquanto a encarava com fome.
"O que houve com você?" Ela perguntou, corando de verdade com a intensidade do olhar dele, sentindo as bochechas esquentarem.
"Uma semana para a lua, Firewhisky," ele deu de ombros enquanto contava as desculpas. "Dúzias de homens aqui e vários olharam para você a noite toda," ele encarou alguns que estavam olhando para ela naquele momento.
"Acho isso muito improvável," Mia zombou, não percebendo os dois bruxos que desviaram o olhar quando Remus rosnou.
"Me chamando de mentiroso, bruxa?" Remus voltou a atenção para ela e sorrindo predatório.
"E daí, está ansioso para mostrar que eu sou sua?" Ela sorriu mordendo o lábio inferior divertida e observando com antecipação quando ele abaixou os olhos para os lábios dela, contorceu o nariz e o peito dele começou a mexer enquanto ele respirava fundo, tentando se controlar. Remus pegou a mão dela e a puxou para frente, a pressionando contra seu membro duro, antes de se inclinar para baixo e falar suavemente contra a pele do pescoço dela.
"Se você não me seguir para fora dessa boate nos próximos minutos, eu planejo mostrar que você é minha contra essas paredes aqui," ele apontou. "Você gostaria disso, amor?" Ele mordeu de leve a pele dela e sorriu quando ela estremeceu. "Eu poderia tentar ser discreto, mas as coisas que eu quero fazer com você..." ele rosnou. "Eu duvido que você conseguiria ficar em silêncio. Eu aposto que conseguiria fazer você gritar meu nome mais alto do que a música."
"Lily!" Mia gritou, pegando a mão de Remus e o puxando o mais rápido possível para a saída enquanto chamava a bruxa ruiva. "Nós estamos indo embora! Diga ao Jamie e Sirius que eu estou levando Remus para casa? Ele está com dor de cabeça."
"Claramente." Lily revirou os olhos.
"Cale a boca, Lily." Mia a encarou com as bochechas ainda rosas.
"Anda logo." Remus pressionou o peito contra as costas dela, a voz rouca vibrando contra o ouvido dela.
Mia sorriu e assentiu, o seguindo até a saída. Algo no centro do lugar, no entanto, chamou a atenção dela e ela parou de andar, seu corpo sacudindo um pouco já que Remus continuou andando. O lobisomem se virou e viu a namorada olhando para a multidão.
"Aquelas não são..." suas narinas dilataram enquanto observava duas loiras familiares se aproximarem de Sirius. "Aquelas vadias!" Ela rosnou. "Aquelas não são Marlene McKinnon e Callista Hitchins dançando perto de Sirius?"
"Ele já é grandinho," Remus zombou aborrecido. "Ele pode se cuidar."
"Eu sei que ele é, mas..."
"Você quer ficar aqui e proteger Sirius de todas as Corvinais aleatórias do mundo?" Remus perguntou, os olhos se enchendo de uma mistura de irritação e mágoa.
Mia franziu o cenho e olhou de novo para Sirius, que parecia não ter percebido as duas garotas. Ainda com a testa franzida, se sentindo incrivelmente culpada, voltou a olhar o namorado. "Não. Eu quero ir embora daqui com você."
"Bom." Remus sorriu radiante e pegou a mão dela de novo enquanto os dois saíam pela janela enfeitiçada para as ruas de Londres.
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Apesar de nenhum dos dois terem um plano para onde ir uma vez que conseguissem sair do show, eles foram direto para o ponto de Aparatação. Não tinham andado mais do que uma quadra antes que Remus empurrasse Mia contra uma parede em um beco escuro e vazio. Se ela não fosse uma Grifinória, talvez tivesse ficado com medo. Mas então, o namorado dela era um lobisomem. O próprio Voldemort poderia passar por eles e mandá-los pararem de se agarrar, mas ela tinha quase certeza de que Remus iria tentar despedaçar o Lord das Trevas sem nem se dar ao trabalho de perguntar o nome dele.
"Essa maldita saia," Remus murmurou contra a boca dela, apreciando a forma como ela arfou contra os seus lábios quando a levantou e a pressionou contra a parede de tijolo. Enquanto levantava a saia de couro pelas coxas dela, ele sorriu quando a sentiu abraçá-lo pela cintura com as mesmas. Ansiosamente, ele passou a mão sobre a bainha da blusa dela, o peito vibrando quando ela gemeu ao sentir o dedão passando sobre o mamilo, o endurecendo sob o tecido fino do sutiã. Ao arfar com os lábios entreabertos, Remus penetrou a boca dela com um gemido dolorido, massageando a língua dela com a própria e bebendo o sabor que só ela possuía.
Tudo o que existia no momento era a sensação dele e a esmagadora necessidade de se submeter que crescia dentro dela. Quando ele quebrou o beijo e foi em direção ao pescoço dela, ela instintivamente inclinou a cabeça para o lado, garantindo um melhor acesso a ele. Então, ele começou a depositar beijos leves, mas famintos, ao longo da linha do pescoço, e ela o sentiu puxar a alça da sua blusa e sutiã para o lado, revelando a pele impecável de seu ombro. A respiração quente dele batia em sua pele. Ela virou a cabeça para o lado afim de observá-lo mais de perto enquanto ele ficava com os lábios a milímetros de sua carne. Respirando forte pelo nariz, Remus gentilmente raspou os dentes pelo ombro dela, os olhos ouro líquido, quase brilhando na noite.
Ela pensou brevemente nas várias outras vezes em que eles fizeram amor, onde Remus iria passar a boca e os dentes sobre o quadril dela, o lugar tradicional para marcar a companheira, e em como se sentia desapontada quando ele se afastava, apesar de saber que ela não era dele – não desse modo. Ela não era a companheira dele. Mas essa... sensação dos dentes dele na pele de seu ombro a fazia tremer em antecipação. Ela não era a companheira dele, mas ela era dele. Todos eles eram. Matilha. Uma Matilha com um vínculo não selado.
"Você quer...?" Mia murmurou. "Você quer me marcar?" Ela perguntou com os olhos âmbar o encarando com desejo.
Distraído pelo som da voz dela, Remus se virou e a encarou profundamente, o ouro rapidamente desaparecendo enquanto Remus tirava o controle de Moony na situação. Ele balançou a cabeça, engoliu em seco e Mia franziu o cenho, sabendo que ele iria se repreender por considerar mordê-la, independentemente do motivo ou da permissão dela. Antes que ele tivesse a chance de arruinar o momento, Mia moveu o quadril. Remus rosnou com a sensação e pôs uma mão dentro da saia dela, os olhos revirando quando encontrou a calcinha úmida. Ela mal o ouviu abrindo a fivela antes que o som da sua própria respiração ofegante chegasse aos seus ouvidos quando ele mergulhou dois longos dedos dentro ela, os girando e a convidando para chegar mais a frente, silenciosamente pedindo, "Mais."
Incapaz de mordê-la do jeito que seu lobo queria, Remus sugou o pulso dela, puxando o sangue para a superfície da pele e deixando para trás sua própria marca, porém sem chegar a romper a pele, satisfeito em ver que ela gostaria de ser marcada como dele. Ele observou com desejo quando Mia jogou a cabeça para trás, se esfregando contra sua mão, implorando por mais fricção, e bem quando pareceu que ela estava chegando no limite, Remus tirou a mão da calcinha dela e observou com interesse quando ela voltou a olhar para si, com os olhos semicerrados.
"O qu... o que houve? Por que você parou?" Ela choramingou confusa, mas então sibilou com prazer quando o sentiu se empurrar para dentro dela, uma mão puxando a calcinha para o lado, não tendo tempo para parar e puxá-la para baixo. Centímetro por centímetro, latejando, Remus se enterrou dentro do corpo dela, gemendo quando ela a musculatura dela contraiu e apertou com força seu pênis inchado; sorrindo com o jeito que a carne macia dela derretia contra o membro duro dele.
Ele empurrava com força, e a empurrando junto de encontro a parede fria de tijolos atrás dela e, apesar dela ainda estar usando a blusa, ela sabia que teria marcas nas costas para curar depois – isso se ela não as quisesse para se lembrar desse momento. Sentindo uma necessidade súbita de retribuir, Mia colocou os braços ao redor dos ombros de Remus. Ela cravou as unhas na pele dele e sorriu quando o corpo dele se contraiu e um rosnado baixo saiu dos lábios dele, baixo e perigoso. Merlin, como ela queria lamber aqueles lábios.
Então, ela o fez e murmurou, "Mais forte," observando com orgulho e poder quando os olhos dele escureceram com luxúria e ele se afastou, apenas para penetrá-la de novo com mais força e mais fundo, a fazendo chorar alto. As mãos de Mia passavam pelo cabelo desgrenhado dele e ela segurou com força as mexas loiras com desespero, necessitando se segurar em algo. Ele grunhia de forma animal a cada estocada dentro dela, e Mia arranhou suas costas, tendo dificuldades para respirar já que ele roubava todo o ar e gemido dela com a boca, os tomando para si e a empurrando cada vez mais rápido para aquele ponto de ruptura dolorosamente delicioso.
"Remus," Mia respirou e o nome dele saiu de seus lábios como uma oração, mas não como um culto... mas um que parecia implorar por misericórdia. Implorando tanto para que ele não parasse e para que ele continuasse ao mesmo tempo, porque ela tinha certeza que o calor do momento iria matá-la. Uma espiral se apertou e aqueceu dentro dela e, então, soltou violentamente, e ele capturou a boca dela, camuflando os sons dos gritos dela enquanto ela caía em um precipício arrebatador, o corpo vibrando, pulsando, contraindo desesperadamente ao redor do membro dele, o implorando que ele a deixasse vagar no prazer enquanto ele a tomava. Remus a segurou firmemente contra si, empurrando seu quadril com força mais uma vez, derramando-se dentro dela com uma gemido voraz.
"Você... você consegue Aparatar?" Mia falou contra a pele suada do pescoço dele alguns minutos depois, com as pernas tremendo por tentar continuar abraçada nele.
"Eu não tenho certeza nem de que consigo andar," Remus respondeu com uma risada profunda.
