The Debt of Time

Parte Dois – O Vira-Tempo

Capítulo Oitenta e Dois: Assuntos da Ordem

"...So if I run it's not enough
You're still in my head forever stuck
So you can do what you wanna do
I love your lies, I'll eat 'em up
But don't deny the animal
That comes alive when I'm inside you..."
(Animals - Maroon 5)


13 de agosto, 1978

Beco Diagonal, 93 – Residência de Sirius Black, Mia Potter e Remus Lupin

Enfiando as unhas nos ombros dele para se apoiar, Mia deslizou lentamente sobre o pênis de Sirius olhando com êxtase a forma como o corpo dele contraiu e o sibilante som que escapou dos lábios dele com a sensação do seu calor o apertando enquanto descia ao redor dele. Ela sorriu com o som, saboreando um pouco o lado dela que era mais Sonserina do que Grifinória, divertida que houvesse um pouco de prata e verde em Sirius também.

Dorea sempre insistiu que dentro de cada bruxa e bruxo existiam qualidades de cada Casa de Hogwarts. Mia e Sirius não era exceção a essa regra. Eles eram leais como Lufa-lufas em tempos de crise, espertos como Corvinais quando planejavam as missões, bravos Grifinórios enquanto lutavam, mas Merlin, eles eram puros Sonserinos ambiciosos enquanto transavam.

A banheira de pé de garra estava sendo mais usada do que a cama deles nos últimos dias, desde que eles tinham se mudado para o flat acima da loja vazia no Beco Diagonal, 93. Tão confortável como qualquer outra superfície no apartamento, havia algo esquisitamente bonito em um Sirius Black molhado. A maneira como seus longos cabelos negros se agarravam à pele de seu pescoço mergulhava na banheira, o brilho de seu peito de mármore quando úmido. Mia sempre recusou bolhas, embora ele oferecesse todas as vezes. Ela simplesmente não conseguia suportar a ideia de algo que impedisse a visualização de cada centímetro dele.

Ele agarrou as coxas que se erguiam em seu colo, se empurrando enquanto ela descia nele, esmagando e dando voltas nos quadris enquanto o levava mais para dentro dela. Sua cabeça caiu de volta na borda da banheira, os olhos fechados, adorando a forma como ela o dominava. Quando ele sentiu que ela estava ficando muito presunçosa para o seu próprio bem, ele esfregou o polegar contra o clítoris dela e sorriu quando ela gemeu e perdeu o foco.

Recuperando o controle de seus movimentos, Mia sorriu para ele com os olhos cheios de luxúria cor de Firewhisky, sorrindo enquanto ela se inclinava para correr a língua por cima do seu nome tatuado permanentemente na pele do peito dele. Ela estremeceu com o estrondo que sentiu por suas ações, sabendo que era uma promessa de reciprocidade. Nunca antes ela estava tão encantada com o local que ela tinha escolhido para tatuar o nome de Sirius em seu próprio corpo, sabendo que a língua dele lhe daria bastante atenção mais tarde.

"Você está arrastando isso de propósito," Sirius gemeu quando ela moveu os quadris lentamente mais uma vez, sorrindo quando ele levantou a mão e agarrou sua cintura, levantando-a com facilidade e trazendo-a de volta pelo seu longo pênis rígido com força o suficiente para fazer os dois gemerem com o novo ângulo. "Para de me provocar, gatinha," ele rosnou, pressionando a testa contra o espaço entre os seios dela e apertando um dos mamilos, sorrindo ao escutá-la choramingar.

"Você sabe que estar em cima não significa que você está no controle," ele murmurou, deslizando a boca pela pele molhada dela, respirando pesadamente contra ela. "Eu acho que você gosta bastante quando eu te digo o que fazer, não é verdade, gatinha?" Ele perguntou e sorriu quando ela gemeu em resposta, subindo e descendo nele focada, o ritmo acelerado fazendo com que a água da banheira chegasse até a borda. Certamente não era a primeira vez que eles quase inundavam o quarto e isso porque eles moravam no apartamento há menos de uma semana.

"Eu te fiz uma pergunta, Mia," Sirius disse com a voz rouca enquanto se empurrava dentro dela. A bruxa arfou e o abraçou pelo pescoço, o puxando para dentro si enquanto montava nele. "Eu disse que você gosta quando eu te digo o que fazer gosta, não gosta?" Ele repetiu a pergunta e, então, repetiu os movimentos.

"Sim!" Mia falou. "Sirius... Sirius, por favor..." o jogo tinha virado contra ela. Ela não estava no controle há apenas alguns minutos? Mia gemeu quando ele apertou seu quadril com força, a impedindo de procurar a fricção que ela queria.

"Por favor o quê, gatinha?"

"Mais forte," ela gemeu e ele sorriu enquanto concedia o desejo dela. Sirius Black tinha dificuldade em dizer não à bruxa, especialmente quando ela era tão educada. "Ah, sim! Sim!" Ela choramingou em voz alta, sua voz ecoando nas paredes como um grande aplauso por sua atuação. Os ruídos dela apenas alimentavam o fogo, faziam queimar profundamente dentro dele, o deixando mais concentrado, mais intenso, e logo ele descobriu que o jogo que ele estava brincando com ela tinha virado contra ele. Sirius agora que estava pedindo silenciosamente para se libertar enquanto tomava ela de um modo selvagem, a puxando para baixo pelo quadril ao mesmo tempo em que fazia força para cima.

"Eu preciso..." Sirius gemeu, fechando os olhos com força enquanto tentava focar. "Mia... goza," ele implorou. "Eu preciso que você goze agora," ele implorou e quando ele sentiu ela se apertar ao redor dele, ele rosnou enquanto gozava junto. Envolvendo os braços ao redor dela, ele gemeu contra a pele de um seio dela enquanto o lambia, fazendo com que ela gemesse seu nome.

"Não..." Mia arfou, tirando os braços de trás do pescoço dele. "Não se acostume a ser o dominante," ela sorriu para ele.

"Não pensaria nisso, amor," ele sorriu feliz. "Você pode mandar em mim hoje à noite o quanto você quiser." Sirius sorriu para a bruxa enquanto saía da banheira, alcançando a grande toalha de carmesim pendurada na parede e a amarrando na cintura ao mesmo tempo em que balançava a cabeça como um cachorro para se livrar da umidade. Quando viu a cara que Mia estava fazendo, começou a rir.

"Vai logo," ela deu um tapa na bunda dele e se levantou para pegar a própria toalha. "Jamie e Lily vão chegar em vinte minutos para o café da manhã," ela o lembrou depois de lançar um rápido feitiço do tempo para checar quanto faltava.

"Eu disse que você pode mandar em mim o quanto quiser de noite, não disse nada sobre de manhã," ele sorriu enquanto secava o resto do corpo. Deixando a toalha em cima da pia, ele deu um beijo no ombro dela antes de sair do banheiro sem se importar com nada, sabendo que os olhos âmbar dela o seguiam.

Mia riu e inclinou a cabeça para o lado para usar um feitiço nos longos cabelos para que eles secassem mais rápido, embora desejasse ter mais tempo para conseguir domá-los. Olhando para si no espelho, Mia sorriu. Se olhar depois dos banhos matinais com Sirius estava se tornando rotina e, apesar de todas as perdas que eles tiveram com os anos, apesar da guerra, ela nunca tinha sido tão feliz em toda a sua vida.

Mia foi tirada do seu devaneio com um grito agudo vindo do outro quarto. Em pânico, ela correu para a porta, a toalha ainda enrolada ao redor do corpo, mas ouviu uma voz familiar.

"SIRIUS BLACK, VAI BOTAR ALGUMA ROUPA! GODRIC, VOCÊ É UM HOMEM CRESCIDO!"

Alguns segundos depois, Sirius entro de volta no quarto, tão nu quanto estava quando saiu do banheiro, um sorriso divertido no rosto. "Prongs e Lily chegaram mais cedo," ele anunciou para Mia rindo.

"Você é terrível, sabia?" Mia sorriu para o namorado.

"Eu não sei qual é o problema da Evans, acho que eu estou muito atraente hoje," Sirius riu enquanto ia até o closet compartilhado dele, pegando o primeiro par de calça jeans Trouxa que ele viu.

Mia, incapaz de resistir, encostou na parede para observá-lo se vestir. Os olhos desceram para a bela bunda esculpida no denim apertado e subiram com um sorriso enquanto olhava para a pele das costas dele. Ela ignorou as poucas cicatrizes desde os primeiros abusos da infância, além das poucas cicatrizes que ele teve no ataque há vários anos no Largo Grimmauld. Sirius estava começando a cobrir lentamente todas com cicatrizes de sua escolha.

Em seu ombro direito estava uma Fênix magicamente tatuada que se envaideceu com a atenção de Mia quando notou que ela a olhava fixamente. O pássaro esticou suas penas e levantou a cabeça sob o seu olhar. Ao contrário da outra Fênix no ombro esquerdo, pintada em tinta preta simples. Acima dela estava escrito: 'Eu quero ser a Anarquia' e abaixo se lia: 'Não o cachorro de alguém', que Mia sabia que não tinha nada a ver com o fato de Sirius ser um cachorro, mas na verdade era a letra de uma música do Sex Pistols.

Sirius não era exigente com a sua pele, já havia várias letras de cantores Trouxas - e Bruxos – começando a cobrir seu corpo. No lado direito de sua costela estava uma letra de Led Zeppelin: 'Em cima de todos nós uma chuva deve cair', e no lado esquerdo estava as palavras de Judas Priest: 'Inferno se curva ao couro', que provavelmente era a tatuagem que mais parecia com Sirius que ele tinha, tirando a 'Toujours Pur' na bunda dele. Uma série de números cobria sua omoplata esquerda e, apesar de não fazer muito sentido para a maioria, Mia sabia que era os aniversários de Charlus e Dorea Potter, eternizados na pele do filho que eles nunca esperaram, mas adoraram ainda assim.

"Você está encarando," Sirius disse com um sorriso divertido.

"Como você sabe? Não está nem olhando para cá," Mia respondeu com uma risada.

"Você sempre está encarando."

Por que diabos eu não olharia? Mia pensou consigo mesma enquanto dava um suspiro feliz enquanto seus olhos passeavam pelo corpo dele mais uma vez antes dela começar a se vestir, entrando em um jeans Trouxa e uma camisa do Puddlemere United de Sirius antes de sair pela porta, batendo mais uma vez na bunda de Sirius antes de sair pelo corredor.

oOoOoOo

"Vocês estão sem suco de abóbora," James disse enquanto saía da cozinha, bebendo o resto do suco de uma grande garrafa. Mia estreitou os olhos antes de voltar a atenção para a ruiva que estava sentada no sofá com uma cópia da Witch Weekly.

"Você não pode ensinar o seu bruxo a beber em um copo?" Mia provocou Lily.

"Você, aparentemente, não consegue ensinar ao seu a usar roupas," Lily zombou.

"Ele fica melhor sem roupas," Mia riu enquanto ouvia James gemeu, jogando a garrafa vazia no lixo. "Algum problema, Jamie?"

"Só não preciso de um lembrete constante que meu melhor amigo está dormindo com minha irmãzinha," James revirou os olhos e sentou ao lado de Lily no sofá.

"Eu não sentaria aí então se fosse você, Prongs," Sirius sorriu enquanto entrava na sala e dava um beijo na bochecha de Mia, como se eles não tivessem ficado juntos durante toda a manhã.

James saltou do sofá, fazendo uma careta enquanto olhava para o sofá verde com desdém e se moveu para a grande poltrona macia no canto. Olhos avelãs se voltaram interrogativamente para Sirius antes de se sentar e o Animago de cabelos negros simplesmente meneou as sobrancelhas em resposta. James gemeu e decidiu apenas ficar no lugar.

"Se você está tão incomodado, Prongs," Sirius sorriu. "Você vai ter problemas em comer o café na mesa da cozinha."

"Sirius!" Mia sibilou.

"Nós vamos ao Caldeirão Furado," James insistiu. "Alguém vá chamar Moony."

"Remus!" Sirius gritou por cima das gargalhadas sobre as sensibilidades de James, enquanto caminhava de volta pelo corredor e batia na porta do quarto de Remus. "Ei! Moony, acorde!" O Animago chamou. Ele esperou alguns segundos silenciosos com a orelha pressionada contra a porta. "Tudo bem, estou entrando, então, se você estiver aí batendo uma, é culpa sua quando eu pegar você," ele riu e abriu a porta.

"Como é a vida no Chalé?" Mia perguntou enquanto se sentava ao lado da amiga, ignorando os chiados de James sobre evitar todos os móveis do flat, determinado em ignorar que a Mia e Sirius tocaram em tudo. Ele provavelmente não deveria estar se apoiando naquela parede, Mia pensou com um sorriso.

"É tão bonito lá," Lily sorriu radiante. "Ainda estamos desempacotando tudo –"

"Ela está fazendo tudo do modo Trouxa," James riu.

"É melhor," Lily insistiu, o repreendendo. "Mia sabe o que eu quero dizer," a ruiva apontou para a irmã do namorado.

Mia sorriu pensativa, lembrando-se de um momento em que ela, de fato, gostava de fazer as coisas do jeito Trouxa, como se isso a conectasse a suas raízes de alguma forma e ao mundo em que ela nasceu. "Na verdade," Mia encolheu os ombros. "A única coisa que eu desempacotei à mão foram os meus livros," admitiu. "E isso só porque muitos deles são muito velhos e queria garantir que Sirius e Remus os guardassem adequadamente."

Embora fosse bom ter outra coisa em comum com sua melhor amiga, Lily sabia que Mia era Nascida-trouxa, muitas vezes isso se tornava um pensamento deprimente. Tinha demorado vários meses para a ruiva parar de encarar a cicatriz de "sangue-ruim" no braço de Mia sempre que o mundo trouxa era referenciado. Mia estava abundantemente satisfeita por Lily ter parecido finalmente superar a palavra, ou pelo menos, parar de olhá-la sempre que Mia usava mangas curtas.

"Pads!" James gritou. "Fala para o Moony acelerar!"

"Isso vai ser um problema," Sirius murmurou com cuidado enquanto saía do quarto de Remus, enquanto olhava para um pergaminho nas mãos.

"O que é isso?" Mia perguntou olhando para o namorado.

"Remus foi embora," Sirius respondeu solenemente, entregando o pergaminho para a bruxa.

"O que você quer dizer com embora?" Ela perguntou em uma voz aguda antes de olhar para a carta, a letra familiar chamando-a como sempre fazia.

"Pads e Mia,

Sinto muito, não vou poder acompanhar vocês no café da manhã nesta manhã. Assuntos da Ordem. Eu teria esperado para dar adeus, mas vou ficar fora um pouco mais de um mês e sei que vocês iriam discutir. Por favor, não se preocupem comigo.

Amor,

Remus."

"O que ele quer dizer com assuntos da Ordem?" Os olhos âmbar de Mia olharam para os outros três na sala, esperando que eles soubessem mais do que ela.

Quando todos pareciam tão confusos quanto ela, Mia começou a entrar em pânico. "Não, não, não," Mia se levantou, deixando a carta no sofá antes de correr para o corredor e entrar no quarto de Remus. Ignorando o fato de que ela estava invadindo o espaço privado de Remus, Mia começou a abrir suas gavetas de cômoda, afastando as coisas e procurando sugestões sutis para onde ele tinha ido. Não faltava nenhuma roupa, exceto pelo manto de viagem que ele normalmente pendurava na parte de trás da porta. Ela continuou olhando, procurando até que ela finalmente encontrou o que ela estava procurando. Lá na gaveta ao lado de sua cama havia sete grandes frascos de poção Mata Cão intocadas que Mia havia preparado para ele na semana anterior. Ela os recontou e franziu a testa. Ele deveria ter tomado uma na última noite, pensou enquanto sentia seus batimentos cardíacos aumentarem.

"Mia?" Uma voz surgiu na porta e ela se virou para ver Sirius de pé, olhando-a com ansiedade estampada no rosto dele. "Onde ele foi?"

"Se infiltrar," Mia suspirou. "Dumbledore o enviou para se disfarçar com os lobisomens," ela franziu o cenho e sentou na cama de Remus, apoiando a cabeça nas mãos. "Ele deixou as poções Mata Cão," ela disse, informando Sirius, James e Lily enquanto eles entravam no quarto.

"Tenho certeza de que ele vai ficar bem," Lily disse enquanto se sentava ao lado da amiga. "Dumbledore sabe o que está fazendo."

Mia não acreditou.

oOoOoOo

24 de agosto, 1978

Ministério da Magia - Departamento da Execução das Leis da Magia

Serviço de Administração da Suprema Corte de Bruxos

Mia sentou-se na pequena sala de arquivos onde passava a maior parte do dia do trabalho. Uma pequena sala no corredor dos escritórios do D.E.L.M., onde Mia tinha sido conduzida no primeiro dia por um bruxo idoso que parecia que acompanhá-la na sala de arquivos era um grande sacrifício. Essencialmente, Mia não tinha um verdadeiro chefe para se reportar, já que trabalhava diretamente para todos os Chefes de Departamento e da Suprema Corte e, portanto, tinha pouca interação pessoal com alguém, a menos que estivessem lá para deixar a papelada para ela organizar.

A pequena sala continha uma minúscula mesa no canto e três grandes armários de com Feitiço Indetectável de Extensão neles para que pudessem conter adequadamente os séculos e séculos de leis, decretos e regulamentos aprovados pelo governo mágico. A bruxa que trabalhou antes de Mia deixar o lugar em desordem completa, então quando Mia assumiu o cargo, ela passou a primeira semana limpando o escritório e organizando adequadamente a bagunça de arquivos deixados para trás. Era uma distração muito necessária para a jovem bruxa, que passava cada momento de vigília a se preocupar com Remus que ainda estava em missão.

A lua cheia tinha sido uma semana atrás, e sem Moony lá para cuidar, Mia e Sirius sentiram-se estranhamente incomodados, como se a lua também os afetasse. Eles tentaram se distrair com jogos, Firewhisky e até sexo, mas quando a lua alcançou o lugar mais alto no céu de veludo, a única coisa que parecia acalmar os nervos deles era se transformar na forma Animaga e deitarem juntos debaixo da janela que deixava a luz do luar entrar.

Entre a apresentação de relatórios sobre a espessura de caldeirão, os apelos de lei e os registros de prisão, Mia passou seu tempo lendo as Diretrizes para o Tratamento de Não-Mágicos Parte-Humanos e a cópia original de 1637 do Código de Condução do Lobisomem, que não tinha sido alterado nem uma vez desde que foi posto em prática séculos atrás. Uma vez que seu trabalho tinha pouco impacto em sua própria vida, Mia usou isso para aprender sobre as leis e regulamentos atualmente vigentes, bem como as leis antigas e as tradições de sangue puro que ela desconhecia. Foi surpreendente quantos costumes antigos ainda eram vistos como legais no mundo mágico.

"Acusar um Puro-sangue com mais de quatro gerações de ancestrais puramente mágicos de ser algo além de Puro-sangue é uma ofensa digna de ações tomadas com base nas antigas leis, e a bruxa ou bruxo tem o direito de duelar com o acusador até a morte pela ofensa contra seu nome," Mia leu as palavras em voz alta, revirando os olhos dramaticamente no final. Godric, essas tradições insanas e costumes explicam muita coisa sobre pessoas como os Malfoy.

"Bom dia, Mia!" Uma voz brilhante e alegre a tirou de seus pensamentos.

Mia voltou seus olhos para a figura no batente da porta e sorriu radiante com a visão de uma cabeça ruiva. O bruxo alto e magro entrou em seu pequeno escritório e sentou-se na cadeira em frente à jovem bruxa. "Olá, Arthur," Mia sorriu para ele. "Como está a sua esposa?"

"Não está grávida!" Um jovem Arthur Weasley riu.

Ela estava em seu novo escritório há menos de três horas até que um jovem funcionário do Escritório Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas entrasse com uma pilha de pergaminhos que precisavam ser arquivados depois que alguém enfeitiçado cerca de vinte maçanetas Trouxas para trancar e destrancar a intervalos com a intenção de vendê-los para criminosos trouxas com o propósito de roubo. Mia ficou chocada ao conhecer o homem que uma vez ela tinha considerado como uma figura paterna em sua vida, o homem que na verdade era o pai de um dos seus melhores amigos na outra linha do tempo. Arthur Weasley neste tempo não era muito diferente. Abundantemente alegre e gentil com todos com quem entrava em contato, mas também extremamente defensivo de sua família e daqueles que não podiam se defender.

"Muito feliz?" Mia sorriu para o homem.

"Depois dos gêmeos?" Arthur riu e passou uma mão pelos cabelos já finos. "Eu tenho que admitir que estou um pouco aliviado. Eu não acho que algum dos outros meninos tenha causado tanta bagunça," ele bocejou, claramente cansado por ter dois recém nascidos em casa, sem mencionar Bill e Charlie que, de acordo com Arthur, estavam entrando em uma fase problemática, quebrando tudo à vista e perturbando o irmão mais novo, Percy. "Eu honestamente me sinto horrível por não estar com ela o tempo todo para ajudar."

"Você é um bom homem," Mia sorriu docemente. "Pelo o que você me contou dela, tenho certeza que ela vai dar conta. Talvez seja melhor levar flores hoje," ela sugeriu.

"Flores?" Arthur riu. "Você não ouviu? Eu tenho cinco filhos para alimentar. Não posso gastar dinheiro com flores."

"Você é um bruxo ou não?" Mia revirou os olhos e pegou um punhado de pergaminhos, o enrolando e depois tocando com a varinha por cima. O papel pareceu derreter, revelando uma linda orquídea roxa.

"Brilhante," Arthur deu à bruxa um sorriso que era quase idêntico ao de Ron. "Você pode fazer cravos?"

"Não, cravos são baratos," Mia insistiu com um sorriso.

"Pena que eu não possa transfigurar umas férias," o ruivo riu. "Acho que Moliuóli gostaria de uma. Parece que ela está grávida desde que graduamos em Hogwarts."

Mia lentamente ergueu uma sobrancelha. "De verdade? Desde Hogwarts?" Ela não conseguia imaginar Arthur e Molly em Hogwarts e estava feliz em saber que os pais Weasley não tinham ido à escola com os Marotos. Já era estranho o suficiente para conhecer Arthur nesta fase da vida, mas testemunhar o namoro de Molly Prewett teria se sentido incrivelmente estranho.

"Oh, não tanto," ele sorriu. "Nós nos casamos logo após a escola, é claro, mas o pequeno William não veio até depois de um ano," explicou. "Nós tínhamos muito cuidado com os feitiços e poções lá no começo."

"Homem esperto."

"Tinha que ser. Tivemos pelo menos dois riscos de gravidez durante nosso sétimo ano," ele confessou.

Mia quase engasgou no suspiro que estava tentando escapar de seus pulmões. Seus olhos castanhos se arregalaram com a notícia de que Arthur tão casualmente deixou escapar, porque Mia era uma igual e não a pequena bruxa que seria amiga do seu filho mais novo no futuro. Ouvir que Arthur e Molly tinham medo de gravidez enquanto ainda estavam na escola tinha surpreendido a bruxa de cabelos cacheados que se lembrava das múltiplas várias em que uma Molly Weasley mais velha repreendia seus meninos por estarem muito familiarizados com jovens bruxas, ameaçando remover a porta do quarto de Ginny na Toca se Harry não parasse de se esgueirar para lá, sem mencionar o incidente "mulher vulgar" durante o seu quarto ano original graças a Rita Skeeter. Mia arquivou cuidadosamente essa nova informação no fundo de sua mente.

"Às vezes eu acho que é por isso que ela aceitou minha proposta tão rapidamente," admitiu Arthur. "Não queria que alguém desconfia se começássemos a ter filhos um pouco cedo. Weasleys estão amaldiçoados com a fertilidade."

"Você não poderia ter se abstido?" Ela o questionou com uma risada.

"Você deveria ver a minha esposa," Arthur balançou as sobrancelhas e Mia imediatamente viu Fred e George nas características do patriarca Weasley. "A mais bela criatura existente. Não poderia ficar longe dela mesmo se eu tentasse, e por que eu desejaria?"

"Você é pior que o meu namorado, Arthur." Mia balançou a cabeça, sorrindo para o homem que vinha à sua sala pelo menos uma vez na semana para arquivar seus papéis e conversava sobre sua esposa que o esperava em casa. "Molly é uma bruxa de sorte."

"Uma bruxa de sorte e exausta," ele respondeu.

"Eu tenho uma amiga que poderia ser voluntária para babá," Mia sorriu com o pensamento em Lily, que acabou de confessar estar aborrecido no Chalé Potter, onde Tilly não estava deixando que ela fizesse nada. "Ela pode gostar em não ser a única ruiva no lugar pelo menos uma vez," Mia riu e depois olhou para o papel nas mãos de Arthur. "Você veio para visitar, ou há algo que você precise?"

"Ah, sim," seus olhos se voltaram para o pergaminho nas mãos. "Eu tenho uma rejeição que precisa ser arquivada."

"Outra?" Mia franziu o cenho enquanto pegava o papel da mão dele, olhando para as palavras que lera várias vezes nas últimas semanas.

"Marque as minhas palavras, um dia desses eu vou fazê-los aceitar meu Ato de Proteção aos Trouxas!" Ele disse determinado, o que fez a jovem bruxa sorrir orgulhosa. "Só preciso escrevê-lo adequadamente."

"Infelizmente, com pessoas como Lucius Malfoy, Orion Black e Theodros Nott na Suprema Corte, você vai brigar bastante," Mia suspirou quando se virou para arrumar o pergaminho ao lado dos outros que ele havia recebido desde que começou a escrever o ato seis meses antes, depois que uma pequena família Trouxa foi assassinada em sua casa por Comensais da Morte. Nada foi feito porque os Trouxas não caíam sob a regra da Suprema Corte, com exceção da Obliviação.

"Infelizmente, eu acho que você está certa," Arthur concordou. "Parece que você precisa conhecer as pessoas certas..."

"Ou bolsos," Mia zombou.

"Ou bolsos," ele assentiu. "Para que algo aconteça por aqui. Eu não sou de pedir favores," ele franziu o cenho e Mia reconheceu a expressão. Ron fazia uma idêntica sempre que Harry se oferecia para pagar algo que o amigo não podia. Weasleys não aceitavam caridade, algo que eles aprenderam com o pai. "Mas você não disse que o seu namorado é um Black?" Arthur perguntou nervosamente.

"Ele é," Mia disse. "Infelizmente ele é a última pessoa que poderia te ajudar em relação à Suprema Corte. Orion Black é o pai dele e Sirius foi deserdado há vários anos por causa da sua afinidade com os Trouxas e desgosto com os Comensais."

Em vez de parecer desapontado, Arthur sorriu. "Parece um bom homem para mim. Traidores do sangue são leais."

"Muito," Mia sorriu.

"Certo," ele soltou uma exalação e ficou parado como se preparasse para voltar para a batalha. "Bem, suponho que vejo você na mesma hora na próxima semana, quando minha nova proposta for negada," ele riu enquanto caminhava para a porta.

"Continue com a boa luta de Arthur," sorriu Mia.

"Mia..." uma voz falou enquanto abria a porta e Sirius quase bateu em Arthur. "Ah, eu não sabia que você estaria em reunião," os olhos cinzentos de Sirius olharam para o homem como se o medisse. Satisfeito com o que ele encontrou, Sirius assentiu como uma saudação para o ruivo.

"Não estou. Sirius, este é Arthur Weasley," Mia introduziu os dois bruxos com um sorriso. "Ele trabalha no Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. Arthur, este é o meu namorado, Sirius Black."

"Prazer te conhecer," Arthur estendeu a mão para Sirius que a apertou instantaneamente. "Uma bruxa adorável que você encontrou. Não a perca."

"Você acha que ela é adorável agora, deveria ver quando ela está irritada," Sirius piscou e Arthur riu em resposta.

"Você e eu temos algo em comum, meu amigo," ele sorriu. "Minha esposa é o próprio foguete."

"Com cinco filhos com menos de dez anos, imagino que ela tenha que ser," Mia comentou com um sorriso provocador e observou as sobrancelhas de Sirius subirem até o teto.

"Cinco?!" O Animago ficou boquiaberto. "Você perdeu uma aposta?"

"Eu diria que ganhei uma aposta," Arthur sorriu e Sirius riu em resposta. "Mas acho que paramos nos gêmeos."

"Você gostaria de fazer uma aposta?" Mia perguntou desonestamente, perguntando-se como o exausto Arthur Weasley, que agora conhecia, reagiria ao saber que ele não teria mais um, mas sim dois filhos para se preparar. Sem mencionar os filhos extras que apareceriam na forma de Hermione Granger e Harry Potter.

"Não caia nessa, Arthur," Sirius advertiu o homem. "Ela é uma vidente ou uma trapaceira quando se trata de predições."

"Vou levar isso em consideração," Arthur sorriu. "Prazer em conhecê-lo, Sirius. Mia, até a próxima semana," ele acenou com a cabeça para ela antes de passar pela porta e fechá-la atrás dele.

"Cara maneiro," comentou Sirius, suas mãos enterrada nos bolsos de suas vestes, um sinal que queria dizer que ele estava nervoso com alguma coisa.

Mia olhou seu bruxo cuidadosamente e franziu a testa quando ele se virou para olhar para ela. "O que está errado?" Ela perguntou, um nó na garganta. Eles estavam em guerra e Sirius estava ali na linha de frente ao lado de Frank Longbottom e Alastor Moody, que declarou que a experiência em primeira mão faria bem os novos aurores. Sirius já havia sido levado a vários relatos de vistas dos Comensais da Morte, deixando Mia em constante preocupação.

"Dumbledore marcou uma reunião da Ordem para hoje a noite," Sirius disse.

"E?" Ela perguntou esperando pela parte ruim.

E ela veio.

"Moony está desaparecido."