Era mais um dia normal no doe. Ou nem tão normal assim, como ocorria a cada 5 anos, estava acontecendo o inventário dos apetrechos alienígenas recolhidos ao longo dos anos do DOE. Por algum motivo Kara achou que seria divertido fazer isso e chamar seus amigos em vez de fazerem a habitual noite de jogos.

E foi desta forma que Lucy Lane, Maggie Sawyer, Alex e Kara Danvers assim como Winn Schott terminaram as 3 da manhã empacotando objetos estranhos. Enquanto faziam isso Winn achou algo muito interessante e decidiu chamar suas amigas.

_Oh gente, vocês deveriam vir aqui ver isso. Tem certeza que é alienígena? Parece só uma ampulheta bonitinha.

Alex andando até ele e rapidamente tomou o objeto de suas mãos o repreendendo.

_ Perdeu a cabeça, Winn? Isso é salamandriano, é um tipo de bateria para viagens estelares. Eles as usam quando atravessam buracos de minhoca. Nas mãos erradas ela pode ser responsável por levar nosso planeta para um sistema solar diferente e acabar com a vida como conhecemos. Logo devemos ter bastante cuidado ao manusear isso.

Kara desconfiada de sua irmã conhecida por lhe contar histórias fantasiosas durante a adolescência, decidiu examinar o objeto por conta própria. Pegou o pequeno objeto e o virou de ponta cabeça quando a areia não desceu. E falava enquanto cutucava o vidro para que a areia descesse.

_Alex essa foi a brincadeira mais sem graça que você já fez, quanto mais com uma ampulheta que não funciona.

Distraída, a kryptoniana acaba por cutucar forte demais o vidro e quebra a ampulheta fazendo com que uma nuvem de poeira esverdeada caia sobre si e sobre seus amigos.

_ Opa, acho que foi forte demais. Pelo menos provei estar certa. Foi mal a sujeira mas...na sua cara, Alex. Você não me engana mais.

Como se por ironia do destino, no momento em que Kara fechou sua boca, sua visão escureceu e a única coisa que ela podia ver era seus amigos com áureas verde até não poder ver mais nada.

Momentos depois, a loira acordou uma cama e só podia pensar em como aquele sonho havia sido estranho. Até abrir seus olhos e perceber que seu sonho não era tão irreal, em sua visão estava seu antigo quarto em MidValle, com uma Alex adolescente ao seu lado e se observando perceber que também era sua versão adolescente. Antes que ela pudesse ter um ataque de pânico, a mini Alex acordou e falou com ela.

_An? Kara? Droga, eu te disse para não mexer naquela ampulheta idiota. E agora como vamos voltar ao normal? Levanta, temos que descobrir o que aconteceu e como vamos consertar isso.

Kara se levantou e foi até a cama da irmã e se senta em frente da irmã.

_Alex é você mesma? A minha irmã de 29 anos? Qual a série que sempre vemos juntas?

_Claro que sou eu, Kara. Quem mais seria? E nós vemos Game of Thrones dependendo do nosso estado emocional vemos Jane The Virgin.

Kara soltou o ar que estava segurando. Se Alex estava com ela, a certeza de voltar pra casa também estava. Mas e os outros? Onde estavam? O que estavam fazendo? Em que ano eles haviam parado? Será que lá tinha pasteizinhos chineses? Enquanto ela se perguntava estar coisas, nas ouviram Eliza gritando do andar de baixo.

_Garotas vocês vão se atrasar pra aula.

Alex então grunhiu e se levantou já pegando roupas para tomar um banho, Kara a observava com confusão.

_Francamente, Kara. De todos os períodos que você poderia nos mandar, você nos levou logo pro tempo de escola. Isso vai ser um inferno e não estou dizendo da tentativa de voltar pra casa. Estou falando do fato que ensino médio é uma droga. Levanta logo, temos que nos arrumar ou a mamãe nunca vai nos deixar paz e ainda temos que descobrir onde e se o resto do pessoal vieram parar aqui.

Alex não estava realmente com raiva de sua irmã. Ela nunca poderia estar com raiva por muito tempo da irmã. O real motivo de sua reação é a preocupação, a preocupação com sua namorada, em onde e como Maggie estava. Ela sabia que foi nessa época da vida de Maggie que ela foi expulsa de casa por ser homossexual. Mas também estava preocupada com Lucy e Winn. Lucy passando pela fase em que sempre era comparada a irmã e tinha que fazer o inalcançável para ser reconhecida pelo pai. E Winn que estava em um lar temporário enquanto a promotoria processava o caso de seu pai. Definitivamente todos daquele grupo tiveram adolescências problemáticas e Alex se preocupava com a possibilidade de velhos traumas o atingirem novamente por conta dessa viagem no tempo.

Após tomarem seus banhos, enquanto arrumavam as mochilas, Alex conversou com Kara e lhe explicou como era imperativo que fossem rápidas em sua volta para casa. Desceram as escadas e se sentaram a mesa para tomar café. Eliza as cumprimenta:

_Bom dia meninas.

E cada uma enquanto tomava seu café da manhã respondeu:

_Bom dia, mãe.

_Bom dia, Eliza.

Embora estranhasse a paz que havia na casa como o dia não começou com suas filhas brigando, preferiu não comentar e estragar essa manhã. Pegando suas coisas ela se despediu de suas garotas enquanto saia para o trabalho.

_Tchau crianças, se comportem. Alexandra cuide de sua irmã e Kara tente prestar atenção nas aulas está bem? Ficarei até tarde no trabalho então após a aula venham direto pra casa. Tem dinheiro no balcão para que peçam alguma comida, não fiquem acordadas a noite toda. Amo vocês.

Vendo sua mãe sai as irmãs se olharam. E quando tinha certeza que Eliza já estava a mais de um quilômetro de distância, a kriptoniana perguntou:

_Não vamos para a escola, vamos?

E sua irmã com um pequeno sorriso e um brilho nos olhos respondeu:

_Não, nós vamos buscar nossos amigos e voltar pra casa. Tudo isso antes da prova de inglês no final da semana, sei que você não aguentaria passar por isso tudo novamente.