Essa é uma fic que faço em conjunto com a autora Kaorumar, do fandom em Espanhol. A idéia partiu dela, graças a uma série que ela assiste e me convidou para que a escrevêssemos juntas. Ela publicará em espanhol e eu em português. Desde agora, lhes agradeço por nos lerem e recordo a todos que Rurouni Kenshin não nos pertence. Se fosse assim, as meninas não existiriam porque eles seriam nossos. kkkkkk Nem ganhamos nada escrevendo, caso contrário, seríamos ricas. XD A trama sim é nossa. ;)

E… aqui temos mais um capítulo.

Antes de tudo, agradecimentos pelos Follows, os Favs e os Reviews e claro, a resposta da Kaorumar para todas aquelas que se incomodaram em nos dar suas opiniões sempre amáveis, bem vindas e amadas opiniões:

Co-Star: Bom como sempre sua opinião detalhada dos aspectos do capítulo me deixam perplexa. Tem toda a razão ao dizer que Sanosuke vai ser um problema por conta da falta de atenção que estão lhe dando e me encantou o que disse sobre as descrições das emoções. Muitissimo obrigada pela sua opinião. Espero que goste desse próximo capítulo e possa ganhar o desafio. By Kaorumar.

ELISALUCIAV2016: Hiko en verdad quiere descubrir quien es el traidor pero sus motivos para el tema de la droga estan muy alejados de ese objetivo. A ver si este proximo reto lo averiguas. By Kaorumar.


04. UMA NOITE INESQUECÍVEL

Fechou a porta e apoiou a testa na madeira. Necessitava força, muita força. Ter Kenshin de novo em sua vida já tinha acabado com seu sono, agora, tê-lo dentro de sua casa, de seu refúgio… Temia que acabasse com sua sanidade. Respirou fundo e se encheu de coragem para dar meia volta e encará-lo. Já era hora de sepultar seus pesadelos.

Kenshin estava de costas para ela, observando com atenção cada canto da sala: era limpa, bem arrumada, não tinha móveis caros, mas tinha bom gosto e harmonia em como tudo havia sido montado. A seu lado direito ficava uma janela com uma leve cortina fechada, de cor clara. A sua esquerda uma escada que o levava ao segundo andar, de frente dois sofás, um virado para o outro, separados por uma mesa central e atrás deles, um móvel com um vaso de flores, telefone e uma porta que possivelmente levaria até a cozinha e não sabia aonde mais. Um só quadro adornava a parede diante dele.

— Essa casa é nova? - Perguntou ao mesmo tempo em que se voltava para ela, encontrando-se com seu olhar azul, intenso.

— Não exatamente. Comprei faz pouco tempo, mas já não era nova. - Falou sem animo.

— Não foi o que perguntei. - Sorriu de lado, arrogante.

— Então, o que é que quer saber? - Aquela não era uma pergunta simples, havia um significado maior por trás e ele soube.

Baixou a cabeça, por alguma razão se sentiu envergonhado, mas não ia se render. Tinha que se recuperar e descobrir toda a verdade.

— Vim porque temos que conversar.

— Não sei a que se refere. Creio que já me disse tudo da última vez. - E não fazia referência ao último encontro em seu escritório, e sim a última vez que se viram, anos atrás, quando terminaram de forma horrível.

— Kaoru…

Foi calado pela morena, que elevou uma mão e o cortou em meio do que ia dizer. Seus olhos estavam úmidos e o ruivo visualizou perfeitamente a dor mal ocultada em seu interior. Kaoru ainda lhe guardava rancor e tinha razões de sobra para isso. Se suas suspeitas eram certas, haviam sido enganados, e se era assim, ele tinha muito mais para ser desculpar que ela.

— Por quê? - perguntou ela com a voz embargada. - Por que agora? Depois de tanto tempo… - Falou entredentes.

Kenshin baixou a cabeça e olhou a foto que levava nas mãos. Sim… Por quê? Por que depois de tantos anos? Porque mesmo que sua vida tivesse mudado, havia se casado e seguido em frente, nunca, nenhum dia de sua vida, pôde esquecê-la e o que mais desejava era voltar a vê-la e tê-la em seus braços. Ergueu a cabeça e a olhou, decidido.

— O tempo que passou não importa. O que sim importa, é que preciso saber a verdade. - Sincero.

Ela riu com desdém. Olhou para o lado, incrédula e logo o encarou com o cenho levemente franzido. Mordeu seu lábio inferior, ato seguido, fixou sua vista nos olhos do homem e decidiu falar.

— Agora? Agora quer saber a verdade? - sentia raiva. - Quando eu gritei que jamais havia te traído, que te amava, e seguia sendo fiel a você, o que fez? - ele engoliu em seco, sabendo o que vinha. - Me jogou na cara que eu era uma vadia, uma qualquer que só estava contigo por seu dinheiro e me humilhou diante de todos que nos conheciam. Tive que aguentar insultos de pessoas, que nem conhecia, na rua e até incendiaram meu carro no meio da noite. - deixou escapar o ar com força, tentando guardar a calma, controlando a voz. - Você. - apontou. - Não se preocupou em aclarar nada nessa época. Só se desfez de mim como se fosse lixo. - silêncio. - Então… Me tira uma dúvida de algo. Por que agora?

— Por que… - ela não disse nada, só ficou olhando-o, ao tempo em que ele tentava encontrar algo para se justificar. Se parava para pensar, realmente era ridículo. - Porque eu quero saber a verdade, essas fotos são falsas, eu jamais te enganei…

O som do tapa que ela lhe deu na cara, não apenas o calou, como também encheu todo o espaço que os rodeava. Mais que doer, o desconcertou. Com os olhos totalmente abertos pela surpresa e o rosto virado para o lado, Kenshin aguentou todo o arranque de raiva da morena. Sentia que merecia de verdade. Respirou fundo e abaixou os olhos, antes de voltar a vê-la. Os azuis cristalinos pelas lágrimas não derramadas não abandonaram o rosto varonil.

— Justo. - depois de longos segundos, Kenshin voltou a falar. - Mereço depois do que te fiz… Deveria ter confiado em você, devia ter te escutado. - a boca da moça estremeceu levemente e se mordeu o lábio inferior, contendo-se. - Eu fiquei total e completamente cego de ciúmes e não existe desculpa para o que te fiz. Mas… - suspirou. - Você sempre foi meu ponto fraco...

— Quieto! - gritou. - Como se atreve a me jogar a culpa? - uma lágrima escorreu por sua bochecha. - Você era meu mundo. Mesmo que não estivesse de acordo com seu trabalho, como costumava dizer, te aceitava exatamente como era só para estar ao seu lado. Porque te amava. E você… Você! - ressaltou. - Acreditou de primeira em todas essas mentiras. E pensar que quando eu recebi a carta, onde estavam essas e muitas outras fotos, com muitas mensagens e tudo mais, duvidei… Duvidei das provas, porque confiei na sua sinceridade. - Já estava chorando e não podia segurar as lágrimas por mais tempo.

Kenshin fechou os olhos e ciciou. Não tinha nada que dizer, ela tinha razão. Teve sua oportunidade para acreditar nela, e se deixou controlar pelo ciúme. Sempre havia sido louco por ela, Kaoru constantemente acabava com sua sanidade, admitia que seu ciúme por ela sempre esteve no limite da enfermidade e por mais que tentasse se controlar, tê-la perto de outro homem o deixava insano. Por mais absurdo que pudesse parecer, só com vê-la agora, tinha certeza que não estava nem próximo de estar curado.

Era e para toda vida seria a mulher que ele amava.

— Perdoa-me.

Dizer que ela se surpreendeu com a resposta seria pouco. Kaoru ficou boquiaberta e piscou varias vezes antes de começar a entender o que ele havia dito. Escutou mas não ouviu. Sim, parece tonto, no entanto foi o que passou. Estava perplexa.

— Nada é mais ridículo do que o que te fiz, mas… Eu acreditei… - esfregou as mãos na cara com desespero. - Tudo parecia tão real, tão verdadeiro… - sem saber se podia ou não, saiu por primeira vez do lugar onde esteve desde que entrou e ocupou um dos sofás, onde simultaneamente escondeu o rosto entre as mãos. - Ainda me lembro de quando recebi essas falsas provas… - Se calou.

Kaoru o seguiu com os olhos e em seguida ocupou o sofá de frente a ele, apoiou os antebraços sobre as coxas, unindo as mãos uma na outra, deixou o corpo ereto só que suavemente inclinado para frente e esperou. Com o choro já controlado, sem embargo os olhos molhados e avermelhados.

— Tentei te dizer milhões de vezes esse dia. Eu não te traí. - Exclamou sucinta.

— Eu sei… - aceitou Kenshin. - Creio que agora eu sei. - Sussurro melancólico.

— Crê? - Os olhos da mulher eram duros para ele e seu rosto mostrava um toque irônico.

— Não. Estou certo de que me equivoquei. Assim como eu não te trai, você tão pouco o fez. Alguém tirou uma com a nossa cara...

— Fala só por você, porque eu não acreditei em nada disso. - afirmou com ênfase. Soltou o corpo no encosto do sofá e cruzou os braços sob os seios. Cabeção - pensou.

Assentiu derrotado. Havia sido o maior estúpido do mundo. Pensou em como Hiko costumava chamá-lo desde alguns anos, estúpido discípulo, talvez seu padrasto tinha razão no fim de tudo.

— Eu… - pausou. - Poderia perdoar-me? - A olhou cheio de esperança.

Kaoru suspirou derrotada, desviou a mirada de um lado ao outro, pensativa. Logo, voltou a olhá-lo e o ruivo não levou nem um segundo para saber que ela não lhe facilitaria a vida. A morena sorriu altiva e estreitou os olhos nele.

— Sabe?… Agora que paro pra pensar… Para quem afirma com tanta segurança que não me enganou, se casou fácil e rápido demais com a garota das fotos.

E isso foi como se tudo se aclarará na mente de Kenshin. Voltou a observar a foto e se assombrou por não ter parado pra pensar antes nesse detalhe. Abriu a boca para falar, porém foi interrompido pela de olhos índigo.

— Não é tão simples. - ponderou. - Perdi minha vida, minha honra, tudo que tinha aqui, quando você me atacou em público. Não creio que um punhado de desculpas mude algo. Terá que ser mais criativo. - Soltou sem piedade.

O ruivo engoliu seco e respirou fundou. Ia encontrar uma maneira de conseguir seu perdão. Quis dizer algo mais, porém ela passou na frente de novo.

— E mesmo que te perdoe… Duvido que algo volte a ser como antes. Nossas vidas seguiram rumos distintos, eu mudei, você mudou, agora está casado e tem uma família. Creio que só poderíamos tentar nos dar bem. É tudo. E isso… Se conseguir me fazer te perdoar.

Kenshin se colocou em pé bruscamente. Decidido, olhando para ela com entusiasmo e paixão contida.

— Farei com que me perdoe Kaoru. - ouvir seu nome sair daquela boca, de uma maneira tão decidida, a fez ofegar. - E de alguma maneira vou recuperar todos esses anos. - ela ergueu uma sobrancelha. - Vou descobrir quem preparou a farsa e vou destruí-lo. - assegurou Kenshin.

— Por quê? - apresentou uma vez mais a pergunta que estava fazendo durante todo o tempo, ao passo que se levantava e colocava as mãos na cintura. - Já passaram tantos anos… O tempo não se recupera, Kenshin.

Ouvir seu nome nos lábios rosados da mulher fez a pele de Kenshin se arrepiar. Sem ser nada consciente do que fazia, encurtou a distância que os separava e colocou sua mão direita na bochecha dela, quem se sobressaltou com o toque, porém, não se afastou.

— Porque ainda que tenham passado séculos, meus sentimentos seguem iguais e farei tudo o que estiver ao meu alcance para te ter de novo, não só em minha vida, também ao meu lado e na minha cama, entre meus braços. - Sussurrou, depositando um casto beijo que quase pareceu um simples roce, em seus lábios. Foi tão rápido que Kaoru nem chegou a fechar os olhos.

Depois se afastou e com um movimento de mãos, se despediu, sem voltar a olhá-la e se foi, fechando a porta ao passar, deixando a advogada totalmente ensimesmada, observado o local por onde ele havia desaparecido. Uns segundos mais tarde, deixou a seu corpo cair sobre o assento, ao mesmo tempo em que levava a mão até seus lábios, rememorando aquela sensação entorpecente que a invadiu, despertando de novo todos aqueles sentimentos que havia ocultado para se proteger.

Seus sentimentos também continuavam intactos.

Kenshin em contrapartida saiu apressado, sentindo como se seu coração fosse atravessar seu peito ou escapar por sua boca de tão forte que batia. A amava. Teve que obrigar-se a fugir antes de agarrá-la em braços e fazer amor, mesmo que fosse contra de sua vontade, porque a desejava como um louco, todos seus instintos gritavam desesperados por possuí-la. Porém não podia, teria que ganhar novamente sua confiança, conquistá-la de novo e decidir sua situação com Tomoe. Não era um desgraçado, se opunha a traições e por isso queria fazer as coisas certas.

Subiu em sua moto, ainda recordando o que Kaoru lhe disse sobre não demorar nada em se casar justamente com a mulher que estava nas provas de sua falsa infidelidade. No importava como, iria averiguar quem o separou de Kaoru e faria essa pessoa pagar com sangue. Desejava de verdade que sua esposa não estivesse envolvida, porque se assim fosse, não importava o bem que lhe tivesse servido todos esses anos. Sofreria igual que qualquer outro.

Por segunda vez aquela noite, saiu a toda velocidade, derrapando com a roda traseira de sua moto.

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Misao observava a enorme, porém triste e desolada casa de Shinomori ao mesmo tempo em que este retirava mecanicamente a jaqueta de cashmere que usava e que, certamente, custava mais do ela recebia em dois meses.

Não era justo. Ela era uma boa pessoa, uma cidadã modelo. Ajudava os demais, arriscava a vida diariamente sob chuva e sol pela população e em retorno recebia um mísero salário que não lhe permitia nem comprar um carro decente. Em contrapartida, Shinomori, que era um delinquente, e uma vergonha para a população, estava podre de rico e vivia como um rei.

Se sobressaltou quando as grandes mãos masculinas a rodearam por trás, agarrando seus seios de maneira brusca. Não, não, não e não! Que fingira ser uma puta não significava que exerceria o papel em sua plenitude. Se virou rápido para ele e riu, nervosa.

— Não beberemos nada antes? Poderíamos beber algo primeiro… Assim, para entrar no clima.

Deu um passo atrás, quase a ponto de sacar as vinte kunais que levava escondidas, quando o homem quase se lançou sobre ela de novo.

Aoshi franziu o cenho. Era novata nesse ramo ou o que? Soltando o ar de forma controlada, deu as costas para ela e se dirigiu para cozinha a preparar chá… Para beber algo.

Misao o seguir, observando atenta como o glúteo bem moldado e firme de Shinomori se movia ágil e seguro na cozinha e ficou concentrada nisso até que ouviu o apito da chaleira, dando-se conta por fim que ele estava preparando chá. Chá! Esse não era o plano…

— Quando me referia a beber algo, quis dizer algo mais forte… Já sabe, algo proibido para menores. Talvez vodka? Ou não… Você tem cara de que gosta de sake… E whisky?

Aoshi girou lentamente a cabeça e a observou quase sem nenhum movimento facial. Tranquilamente, voltou a sua tarefa de preparar o chá, enquanto enchia as xícaras de cerâmica com o líquido.

— Não bebo vodka, nem sake. Nem mesmo whisky.

A boca de Misao quase tocou o chão por conta da surpresa.

— Gim? - perguntou esperançada, mas, a lenta negativa do moreno começou a deixá-la verdadeiramente nervosa. - Bebe alguma coisa alcoólica?

Shinomori negou enquanto lhe entregava uma das xícaras e a observava ao mesmo tempo em que dava um gole do seu chá.

Misao congelou de imediato. Ela pensava embebeda-lo e fazê-lo acreditar que haviam tido relações, mas, resultava que o cara não bebia! Que tipo de homem do século vinte um não bebia? Isso não podia estar passando com ela.

Bebeu o chá sem vontade, tentando pensar a toda velocidade um modo de sair dessa confusão, no entanto, antes que pudesse achar algo, as grandes e fortes mãos de Aoshi a agarraram pelo bumbum, fazendo com que a xícara caísse no chão espatifando em pequenos cacos. A prendeu contra a coluna que separava a cozinha da sala e teve que conter um grito quando sentiu a boca do homem devorando seu pescoço e descendo até seu decote.

Havia entrado na guarita do diabo e agora tinha que assumir as consequências…

Mordeu o lábio quando ele puxou com uma mão seu corselete, o baixando e fazendo com que seus seios escapassem rebeldes. Se antes havia contido um grito, desta vez não pode, já que a boca dele se havia apossado de um de seus seios e o devorava e maltratava prazerosamente com seus lábios e dentes ao ponto de fazê-la esquecer de quem era e porque estavam ali.

Notou como a parede a suas costas a abandonava e observou os olhos de Aoshi enquanto a levava até a sala e a soltava sem preocupação sobre o sofá. Engoliu seco quando o homem começou a despojar-se de sua roupa diante dela sem vergonha alguma e quase engasgou ao vê-lo completamente nu. Se todos os demônios tinham um corpo tão bem esculpido como ele, podia acabar viciada nessas missões…

Notou que Shinomori a encarava e então se deu conta de que tinha que ser mover, tinha que fazer algo. Supunha-se que era uma prostituta habilidosa no sexo. Ocultou a vergonha e o pudor no canto mais escuro de sua alma e, tal e como ele havia feito só que, sem levantar-se do sofá, tirou a roupa, com movimentos sensuais e calculados.

Aoshi respirou fundo quando ela começou a retirar a roupa de forma insinuante e segurou seu membro, ereto, com sua mão. Se acariciou e ela correspondeu, imitando-o. Durante um bom tempo, o momento consistiu em dar-se prazer cada um com suas próprias mãos sem desviar os olhos do outro. Era excitante e tinha que admitir que a moça nua estava muitíssimo melhor que vestida.

Misao não conseguia acreditar no que estava fazendo. Estava se deixando levar pelo bandido e contrariando a tudo que pensava, o estava desfrutando. Nunca se havia sentido tão desinibida como nesse momento. Observou como Aoshi estimulava esse grande membro que possuía e se deu conta, com pesar, de que estava com água na boca.

Aproveitando seu papel de prostituta, lhe indicou ao homem com a mão que se aproximasse e ele não duvidou em obedecer. Quando se posicionou sobre ela, conteve um gemido. Sua pele estava quente, ardendo e todo seu corpo era duro ao tato. O homem era impressionante, tinha que admitir.

Gritou, quando lhe abriu as pernas de forma brusca e se introduziu nela em uma estocada. Era enorme e estava tão ereto que sentia uma mescla entre dor e prazer.

Aoshi reprimiu um grunhido quando entrou nela. Estava muito estreita… Demais até, o que confirmava suas suspeitas de que não levava muito tempo naquele ramo. Prendeu as mãos dela com as dele sobre a cabeça da moça e a penetrou com ímpeto, fazendo disso seu ritmo constante.

Misao não soube quanto tempo durou sua agradável tortura. O único que pode fazer foi se entregar às sensações enquanto deixava que seu delinquente lhe desse prazer. Apertou as pernas em volta da cintura do homem quando o orgasmo a surpreendeu, arrancando-lhe um grito.

Notou vagamente como ele se fundia uma última vez mais forte nela e se derramava em seu interior, porém estava extasiada demais para dar importância ao fato. Tudo que desejava era beijar a esse homem pelo que acabava de passar só que, quando buscou seus lábios, ele se afastou.

— Eu não beijo na boca. Nunca. E você também não deveria, a menos que queira que se apaixonem por você.

E com essa simples declaração, se retirou dela, deixando-a completamente atordoada.

Envergonhada, pegou suas roupas para começar a vestir-se e pousou seus olhos no peitoral suado do moreno, que nesse momento vestia as calças, deixando a braguilha aberta e se acercava a ela. E aí estava de novo, abobada observando-o.

— Caramba, e eu que pensava que era um cubo de gelo… - sussurrou.

Aoshi retirou um espesso maço de dinheiro do bolso e franziu o cenho ao escutar a moça cochichar algo baixinho.

— O que disse?

Misao balançou a cabeça.

— Que agora é a minha vez… Para cobrar, quero dizer.

Ele deu de ombros, pouco convencido com a resposta e lhe estendeu uma exorbitante quantia de notas. Ao ver que ela ficou parada olhando com estranheza, perguntou.

— Não é suficiente?

Que? Não era suficiente? Misao tinha que fazer um esforço para respirar. Em sua mão havia mais dinheiro do que ela recebia em um mês…

— Não… - Aoshi ergueu uma sobrancelha - Digo, sim! É… É até demais.

Com um sorriso pícaro, que poucas vezes costumava esboçar, o de olhos azuis lhe tomou da mão um par de notas.

— É verdade, é muito. Isso é para pagar a xícara que você quebrou.

Misao abriu a boca indignada. Ela não havia quebrado nada!

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Saito observava desde longe a casa de Aoshi Shinomori. Apesar de sua aparência ser a de alguém plenamente tranquilo, por dentro, os demônios o corroía. Apagou o cigarro que tinha em mãos, finalizado, e acendeu outro, dando um forte trago no mesmo.

— Desculpe, posso ajudá-lo em algo?

Elevou uma sobrancelha em direção ao pequeno guarda de segurança que fazia sua patrulha noturna e lhe mostrou com desdém seu distintivo. O homem, calvo e sem graça, murmurou uma desculpa antes de sair correndo.

Era curioso… Um delinquente vivendo em uma zona vigiada para evitar que outros delinquentes o roubem. Observou o estilo das casas ao redor, todas pareciam moradias de pessoas ricas e honradas.

— O dinheiro faz o cidadão…

Sussurrou e deu um pulo no banco do carro quando viu sair Misao do grande portão de ferro da casa de Aoshi. Aí estava… Depois de muitas horas. Esperava que tivesse boas notícias para ele.

Misao saiu da casa esfregando os braços para se esquentar, começou a caminhar pela rua ao mesmo tempo em que observava tudo ao redor, um simples detalhe poderia ser importante. Chegando à esquina franziu o cenho ao ver o carro de Saito estacionado. Que estava fazendo ali? Sem deixá-lo esperar, se aproximou do lobo e entrou do lado do copiloto, arrumando devidamente o corselete que tinha ficado desajeitado depois de seu atracado com Shinomori.

— E então? Que conseguiu arrancar desse desgraçado?

Misao enrubesceu pensando no que tinha "arrancado" e negou com a cabeça, indicando a seu chefe e amante que não tinha nada que valesse a pena contar.

Saito apertou tanto o cigarro na mão que o quebrou e amaldiçoou quando a brasa caiu em sua perna e queimou sua calça. Enquanto se sacudia, repreendeu a de olhos água-marinha.

— E o que afinal você ficou fazendo durante duas horas nessa casa?

Misao ficou ainda mais vermelha, relembrando o que havia estado fazendo. Tinha que admitir que no princípio se havia sentido incomoda e envergonhada com a situação, porém, nesse momento sentia uma agradável sensação, em especial entre as pernas. Shinomori havia resultado ser até mesmo piadista e antes de despedir-se lhe havia pedido seu número para chamá-la de novo da próxima vez que necessitasse relaxar. Não podia negar que a missão não havia sido um total fracasso, mesmo que no fim, teve que recorrer a métodos impensáveis. Sorriu quase sem se dar conta.

Saito fechou a mão em volta do volante. Que significava esse sorrisinho? A conhecida o suficiente para saber que não era nada do que ele ia gostar.

— Me pediu o número do telefone para a próxima vez. Estou dentro.

E antes de que Saito pudesse perguntar-lhe como, saiu do veículo e levou com ela a jaqueta dele.

— E isso eu levo, porque tenho frio com esta roupa vulgar.

Uma vez mais Saito derrubou o cigarro da boca. Ah que bom! Duas horas com Shinomori e se havia convertido em ladra também…

CONTINUA


Bom e chegando ao final de outro capítulo que esperamos que tenham gostado… Vem à perguntinha do desafio.

O que vocês pensam que Kenshin fará?

Recordamos os prêmios a serem escolhidos pelo ganhador ou ganhadores:

1- Colaborar em alguma fic;

2- Oneshot com os casais ou temas que deseje;

3- Desenho personalizado dos personagens que queira;

4- Fundo de tela para PC com o personagem escolhido;

5- Fundo de tela para celular com o personagem escolhido;

6- Capa para sua fic.

Vamos que nós presenteamos! Quem acerta.