Autora: Blanxe

Beta: Shii

Casal: SasuNaru

Gênero: Yaoi, Romance, Angst, Drama, Tragédia, Referência a M-PREG.

Aviso: Partes em itálico na história significam lembranças ou sonhos


Reminiscência

Nos dias incertos
Encontrei uma força enigmática
Que se diverte misturando fantasia e realidade
Nas luzes das estrelas
Com sombras de verdade e mentira...

oOo

Entre os lençóis de sua cama, ele se contorcia em um sono agitado. Seu semblante, ao invés de sereno, mostrava traços de aflição e angústia. Diante de seus olhos fechados, eram reprisadas cenas que gostaria de nunca mais ter que reviver em sua vida.

Porém, não tinha como controlar os pesadelos. Eles faziam parte ativa de sua vida desde muito tempo, simplesmente porque durante toda ela somente aprendera a perder. Sua existência, apesar de ter muitas conquistas, agüentava o peso de uma cruz muito pesada.

Seu clã.

Seus pais.

Seu irmão.

Naruto…

Perda após perda. Em seu peito, uma punhalada atrás da outra e a última teria sido fatal, se não fosse por ele…

Hoshi.

Por causa dele e pela promessa feita ao leito de morte de seu amado, não desistira. Vivera até então para honrar toda felicidade que a outra parte de sua alma não fora capaz de concretizar. Hoshi lhe dera um propósito, era a prova viva de um sentimento sem limites que perdurara por muito pouco tempo.

E tudo retornava com vivacidade em meio aquele pesadelo.

A noite em que todos os seus sonhos tiveram um fim.

oOo

- Naruto! – gritou, enquanto corria na direção do jovem que jazia em meio a uma cratera recém formada no solo ao seu redor.

Mãos de seus amigos tentavam detê-lo para que não o alcançasse, mas desvencilhou-se de todos. Ignorou os apelos suplicados por vozes tristes e consternadas, apenas correndo com mais determinação até estar diante do corpo do garoto com que partilhava mais do que a vida. Seus olhos negros se arregalaram em pura angústia ao verificar agora tão perto o estado debilitado do companheiro. Seus trajes alaranjados nada mais eram do que meros farrapos que não escondiam a gravidade de seus machucados. Estavam por toda parte na pele outrora bronzeada e ali tão mortalmente pálida.

Seus olhos vagaram pelo torso arrebentado por onde o sangue fluía profusamente do ferimento fatal que a garota de cabelos rosa tentava a todo custo sanar com seus conhecimentos médicos. Por um momento, a única coisa que conseguiu fazer foi encarar a cena: a concentração no semblante de Sakura, a expressão no rosto de Naruto que se contorcia em dor, o sobe e desce errático do peito maculado pelo sangue… O sangue… Tanto sangue…

- Dobe… - sussurrou, sentindo o peito sendo esmagado por um medo vertiginoso.

"Levante-se…" – pedia em silêncio. – "Vamos… Reaja!"

- Teme… - o garoto loiro replicou num murmúrio, como se enfrentasse a própria condição para que isso fosse possível.

Sasuke engoliu em seco, as batidas de seu coração se tornando tão irregulares como a respiração do jovem estendido aos seus pés.

- Fique quieto, Naruto! – ordenou uma Sakura nervosa, com os belos olhos verdes marejados, enquanto concentrava seu chakra no ferimento exposto do amigo. – Poupe suas energias. Não fale.

Os orbes esverdeados se arregalaram quando uma mão colocou-se firme em seu pulso e a voz abalada de seu paciente mais querido lhe chamou a atenção.

- P-Poupe as energias v-você, Sakura-chan.

Sasuke viu uma determinação e resignação assustadora nos olhos azuis que, agora abertos, enfrentavam diretamente os da garota que tentava salvar-lhe a vida.

"Lute! – esbravejou internamente. - Por que não está lutando? Por quê?!"

- Ela não vai desistir. – Sasuke finalmente demandou, encarando o olhar surpreso da adolescente. – Nem agora, nem nunca.

Respirando profundamente, Sakura assentiu com a cabeça para o moreno e afastou a mão de Naruto de seu pulso.

- Não me atrapalhe agora, Naruto. – ela exigiu firmemente, voltando a cuidar do ferimento.

- Idiotas… - Naruto suspirou com um pequeno sorriso no canto dos lábios, voltando a descansar os olhos, mas logo sendo assolado por uma tosse que trouxe à tona uma golfada de sangue por sua boca.

Rapidamente, Sasuke saiu de sua inércia e se abaixou junto ao outro garoto, inclinando seu corpo debilitado um pouco para cima para evitar que engasgasse com o líquido rubro. Contraiu-se querendo abraçá-lo, assim como percebeu Sakura estremecer com o grito de dor do loiro, mas manteve-se firme em seu tratamento.

Olhando com aflição para o semblante de Naruto - vendo-o aos poucos controlar a dor que sentia -, o remanescente membro do clã Uchiha afastou a franja dourada que cobria o corte profundo na fronte que já não mais era protegida pela bandana. Trocou um olhar significativo com a médica ninja que só pode mostrar sua preocupação, enquanto seus olhos claros embaçavam ainda mais sob o efeito das lágrimas que tentava inutilmente conter.

- Teme…? – Naruto chamou, abrindo lentamente os olhos e virando o rosto para encarar o moreno que o amparava.

- Sakura mandou que ficasse quieto. – o moreno o censurou e, com um pouco de rancor, acusou: - Será que nem assim consegue manter essa boca fechada?

Naruto tentou rir, mas a onda de dor que o fez se contrair não permitiu. Porém, sustentou o sorriso nos lábios e ironizou, conseguindo manter a voz estável:

- Eu adoro a sua sutileza, mesmo nesse tipo de situação. – incapaz de permanecer indiferente, o moreno lhe dedicou um ínfimo sorriso, mas este morreu quando escutou as palavras que o loiro lhe disse em seguida: - Eu queria ter visto o Hoshi antes…

- Você vai vê-lo quando voltar para casa. – Sasuke o cortou, impedindo-o de dizer o que não estava preparado para enfrentar.

Não queria escutar.

Não queria!

- Eu quero que ele seja feliz… - Naruto disse sincero, fitando-o com o brilho azul de seus olhos marejado. - E você também.

Sasuke sentiu seu peito se constringir e, nervosamente, afirmou:

- Nós seremos. Ele, você e eu.

A mão ensangüentada e suja ergueu-se do solo e o moreno a segurou firme, como se assim fosse capaz de passar um pouco de sua força para o outro garoto.

- P-Prometa que n-não vai de-desistir e que v-vai cuidar dele. – ele lhe pediu, fraquejando em equilibrar a voz.

- Naru… - tentou contestar, no entanto, foi rispidamente impedido pela voz forte e irritadiça do loiro que, entre dentes, exigiu:

- Prometa, teme!

Ficou por segundos enfrentando o azul daqueles orbes, segundos que não seriam o suficiente para expressar o quão contrariado estava, enquanto por dentro sentia que se partia em milhares de pedaços. Entretanto, seria incapaz de negar-lhe o que quer que fosse, principalmente naquelas condições.

"Não me deixe!" – seu coração gritava. – "Não me abandone também!"

- Eu prometo. – garantiu, vendo a respiração desritmada do outro aos poucos se acalmar, sem saber se deveria se alarmar ou se tranqüilizar com isso. - Agora fique quieto como a Sakura pediu.

O semblante do loiro suavizou-se, como se escutá-lo dizer aquilo tirasse um grande peso de si. Naruto o fitou por mais um instante com um tipo de emoção desconhecida antes que, pouco a pouco, como se ainda relutassem, os seus olhos pesassem.

- Reze por mim. – o loiro balbuciou, mantendo um ínfimo sorriso nos lábios.

Um frio na boca do estômago atingiu Sasuke ao sentir a entrega de Naruto na mão que mantinha firme a sua, que simplesmente perdeu o resto da força que impelia, e na cabeça que pendeu para trás. Sua garganta ressequiu, ao mesmo tempo em que o medo e o desespero instalaram-se definitivamente em si.

- Na-Naruto? – ele o chamou, sem obter qualquer resposta que não fosse aquele silêncio sepulcral.

Não poderia estar acontecendo de novo…

Desviou o olhar do rosto do jovem em seus braços para encarar a garota que agora descansava nas coxas as mãos sujas de sangue firmemente fechadas em punhos, sem entender o porquê de ela ter parado de usar suas técnicas para salvá-lo.

- Faça alguma coisa! – Sasuke ordenou, e foi transtornado que viu nos olhos verdes da amiga a desistência, misturada com um sentimento de impotência e tristeza infinita.

- Eu sinto muito, Sasuke. – ela lhe replicou com a voz pequena.

- Não sinta! – ele explodiu, sendo invadido por uma imensa ira pela amiga que desistira de tratar Naruto. - Apenas ajude-o!

Ela abaixou a cabeça, as lágrimas correndo livremente por sua pele alva enquanto soluçava, sendo incapaz de dizer mais alguma coisa.

- Sakura! – Sasuke esbravejou inconformado, não sendo intimidado pela chegada de outro ninja.

- Ela não pode fazer mais nada, Uchiha. – Lee disse se aproximando da jovem por quem um dia se apaixonara, num tom pesaroso. – Acabou.

O bolo que se formara no fundo de seu âmago ameaçava estourar ou sufocá-lo de vez. Olhou para o rosto machucado, mas ainda assim tranqüilo, do jovem em seus braços e em completa negação ao que acontecera, começou a sacudir Naruto ininterruptamente.

- Abra os olhos! Use a kyuubi para se curar, mas abra esses olhos! Abra!

Mas o corpo sem vida apenas embalava-se pelos movimentos bruscos que lhe eram impelidos. Nada se alterava. Nada. A expressão serena de Naruto persistia e isso só trazia mais desespero a Sasuke.

- Pare com isso! – ouviu a voz demandar e um par de braços o segurar por trás, afastando-o de Naruto.

Reconhecia aquela voz. Uma das que não gostava muito, mas que para Naruto fora muito querida.

Sai.

Nesse instante, em que o separava do corpo do loiro e o imobilizava por trás, sobressaltara em sua mente o ódio que sentia do ninja que fora escolhido para substituí-lo.

- Me deixe, verme!

Inesperadamente, um soco conectou-se com o lado seu rosto e foi quando tudo pareceu parar ao seu redor. A sua frente, o Kazekage olhava rigidamente, com severidade e desaprovação.

- Acalme-se. – exigiu, com o timbre mais sério do que nunca e, sem hesitar, o acusou: - O mínimo que você poderia fazer não está fazendo. Respeite-o.

Olhou para o ruivo a sua frente, tentando controlar a própria respiração e vendo os traços úmidos no rosto do antigo rival. O sofrimento dele não parecia diferente do seu. No entanto, o garoto do deserto guardava a dor que sentia, enquanto ele, Sasuke, agia de uma forma descontrolada e vergonhosa para um ninja de seu porte.

Mas, também, nunca perdera algo tão precioso assim. Uma parte de si fora simplesmente arrancada e pelas mãos daqueles que mais lhe consideravam.

- Era inevitável. – Sai, que ainda o segurava, o lembrou com pesar, querendo apenas deixar as diferenças de lado, pelo menos, naquele momento. – Apenas honre o desejo dele.

E no céu escuro que naquela noite as estrelas brilhavam num manto nítido e belo, quando Sasuke achava que deveriam estar escondidas por trás de nuvens pesadas e escuras, onde gotas de chuva cairiam compadecendo-se da dor infinita que não sabia ao certo se conseguiria suportar.

O céu deveria estar chorando por Naruto, assim como seus amigos faziam…

Assim como ele, ao se desvencilhar de Sai, o fez quando finalmente deixou aquele lugar e retornou a sua casa, esquivando-se das perguntas preocupadas de Hinata e indo diretamente ao quarto onde o pequeno Hoshi dormia, alheio a toda a tragédia que se dera não muito longe dali.

O céu deveria ter chorado como ele chorou, quando desabou ao lado do berço e agarrando-se as barras de proteção das laterais ao ver a criança inocente que era agora a única coisa que lhe restara do garoto que tanto amou…

oOo

Um estrondo o fez despertar abruptamente, erguendo o torso da cama num único movimento. Rapidamente tomou nota de sua respiração descompassada, do suor que escorria pelo canto de sua face e, aos poucos, reconheceu o próprio quarto e o dia que nascia. Um trovão se fez ouvir novamente e percebeu a água que caía do lado de fora.

Um dia chuvoso…

E, mais uma vez, tentava afastar as sensações que aquele pesadelo deixava em si toda vez que o assolava.

Sua mão se agarrou a corrente em seu pescoço, fechando-se ao redor dos dois anéis de ouro que usava pendurados ali desde aquela fatídica noite. Os metais na palma de sua mão lembravam-no de sua realidade sem precisar de muito esforço. Aquela também era uma recordação muito preciosa, pois se tratava de duas alianças gêmeas.

Sakura tinha razão: aquele convite repentino para que comparecesse a uma homenagem depois de quinze anos, não estava mesmo lhe fazendo nada bem.

Teria que tomar uma decisão logo, entretanto, estava incerto sobre qual resolução adotar. Voltar ao local onde as suas lembranças descansavam poderia ser uma experiência dolorosa. Até hoje, conseguira manejar muito bem sua vida sem ter qualquer contato. Mas deixar de comparecer a homenagem era um desrespeito a memória de Naruto.

Suspirou, passando a mão pelo cabelo escuro bagunçado pela noite de sono agitado e jogou o lençol que o cobria para o lado, decidido a levantar-se e começar o dia, afinal, voltar a dormir estava fora de questão.

oOo

Quando a bela mulher de longos cabelos cor de rosa entrou na cozinha, não se surpreendeu ao ver o amigo terminando de arrumar a mesa do café, mesmo que ainda fosse muito cedo. Sasuke sempre mantivera o hábito de acordar naquele horário e como aquela manhã seria sua partida, achou que o veria de pé para se despedir.

Sua breve estadia na casa do amigo chegara ao fim, juntamente com a missão que lhe fora designada. Tinha a certeza de que voltaria sozinha para Konoha, mas estava contente por ter podido rever o amigo depois de tantos anos.

O garoto por quem fora um dia cegamente apaixonada se tornara um homem de trinta e um anos extremamente bonito e atraente. Ainda mantinha o mesmo corte de cabelo que usava quando mais novo, ficara bem mais alto e o físico exibia um porte muito bem trabalhado. Pelo que percebera até então, estava indo muito bem mesmo vivendo distante de sua vila natal.

Quando Sasuke deixara Konoha, muitos, inclusive ela, ficaram preocupados com seu bem-estar e futuro depois da morte de Naruto, principalmente porque ele não partira sozinho. Porém, depois que o moreno se firmara num endereço fixo, um pouco dessa preocupação acabou se esvaindo e hoje, Sakura via que a promessa feita há quinze anos continuava a ser cumprida, mesmo que no fundo sua visita tivesse trazido uma sombra de volta a vida do amigo.

Fora incumbida de entregar aquele convite sobre a homenagem que se daria em Konoha. Determinaram que ela seria a pessoa mais adequada para a missão, já que fora uma das pessoas a quem Sasuke mais tivera apreço em sua adolescência e, sendo assim, existiria mais chances de ser bem recebida pelo moreno.

E assim fora. Sasuke apesar de continuar com aquela fachada séria e altiva, se tornara alguém mais receptivo e Sakura desconfiava que o causador da sutil mudança era o adolescente que provavelmente ainda dormia.

- Bom dia, Sasuke. – ela adentrou a cozinha exibindo um sorriso cordial.

- Bom dia. – ele lhe replicou com a voz polida. – Dormiu bem?

- Melhor impossível. Infelizmente eu tenho que retornar a Konoha.

- Eu entendo. – ele indicou com a mão a mesa e pediu: - Tome o café antes de ir, pelo menos.

Ela sorriu, aceitando e sentando-se em uma das cadeiras a mesa, internamente ainda admirada em como o amigo realmente mudara. Demoraria a se acostumar com o jeito menos evasivo e mais gentil do moreno.

Mesmo que fosse indelicado, ela tinha que abordar o assunto que a trouxera ali de novo, por isso começou:

- Sua decisão… seja ela qual for, vai ser compreendia pelos demais.

Ele sentou-se também à mesa e lançou-lhe um olhar indiferente, dizendo em seguida:

- Eu não me importo com a opinião dos outros.

Sem se conter, Sakura riu. Aquele sim parecia mais com o Sasuke que ela conhecia tão bem. Definitivamente alguns traços da personalidade dele permaneciam em seu devido lugar.

- Me esqueci desse pequeno detalhe. – ela comentou com humor, porém, depois de um instante, perguntou diretamente: - De qualquer forma, você já tomou uma decisão?

Sasuke desviou o olhar para a mesa, demonstrando hesitação por um segundo, mas no momento em que voltou a fitá-la e abriu a boca para dar a sua resposta, a entrada súbita do adolescente de quinze anos o interrompeu.

- Bom dia, otousan! – o garoto cumprimentou animado. - Bom dia, amiga do otousan!

Quando chegara ao final da tarde do dia anterior, conversara muito pouco tempo com o rapaz e este se recolhera muito cedo, mas reparara que fisicamente ele tinha muito mais os traços de Sasuke, como o tipo de rosto, a cor dos olhos, o cabelo bem liso e longo, que a fazia recordar-se do falecido Itachi, já que os mesmos, Hoshi usava também preso. A única diferença gritante era a cor: não era totalmente preto, mas sim uma mistura de fios escuros com loiros. Era estranho, mas ao mesmo tempo geneticamente compreensível se tratando de quem o garoto era filho.

- Bom dia, Hoshi. Mas pode me chamar de Sakura. – Sakura riu mais uma vez, observando o jovem tomar seu lugar à mesa e começar a se servir.

- Oh, Sakura-chan, então? – Hoshi indagou, encarando-a com um sorriso aberto.

Aquele jeito de chamá-la somado ao sorriso largo fez com que viesse a sua mente instantaneamente a imagem de Naruto e, com um olhar de pura nostalgia, Sakura assentiu:

- Claro.

Ela gostaria de conversar mais com o jovem, conhecer mais sobre ele, encontrar mais traços de seu tão estimado amigo, porém, Hoshi parecia ter outros planos ao quase engolir seu café da manhã sem mastigar e se preparar para deixar a mesa.

- Que pressa é essa? – Sasuke indagou desconfiado.

Hoshi terminou de engolir o resto do suco e, dando de ombros, falou:

- Combinei de encontrar com Tao para jogarmos.

- Não vai. – foi a réplica que Sasuke deu ao filho, prestando atenção novamente em seu próprio café.

O garoto parou um momento e, completamente confuso, questionou:

- Não… vou?

Sasuke negou com a cabeça e olhou impassível para o mais novo.

- Não. – confirmou, com a voz desprovida de emoção.

- Qual é, velho? Eu não tô de castigo. – Hoshi reclamou, porém, parou um instante para pensar: - Ou será que estou e não tô lembrando? Também não tem escola hoje, então, qual é o problema?

- Você vai subir e arrumar as suas coisas. – Sasuke ordenou.

- O quê? – o garoto se sentia mais perdido do que nunca agora.

Desviando o olhar para encarar diretamente a amiga que em silêncio observava a interação entre pai e filho, Sasuke determinou:

- Vamos para Konoha.

Continua...


Nota da Beta: Cara... que aperto no peito com essa cena da morte do Naruto, han? Nossa mãe... Eu fiquei aqui como TT_TT... E o Hoshi é muito foooofo *___* não parece com o Naruto de personalidade? Comenta aí, meu povo.