Tarde de Natal

James olhava a neve cair pela janela. O natal não era uma data muito feliz nem para ele nem para Sirius. 25 de Dezembro significava família, coisa que nenhum deles tinha mais.

Pelo menos eles tinham um ao outro mas Sirius sabia que isso não era a mesma coisa que um pai e uma mãe que sempre estiveram presentes na vida de James – e, de repente, deixaram de estar.

Internamente o garoto se cabelos bagunçados culpava seus pais por sua tristeza e solidão, e Sirius sabia disso, mas não havia muito que eles pudessem fazer.

Ele se lembra de terem ficado acordados até tarde no dia 23, arrumando as coisas de natal – apenas uma tradição porque nenhum dos dois ligava realmente para árvores e natal e coisas do tipo – no dia 24 eles beberam quase o estoque de champanhe inteiro e naquele dia, o maldito dia do natal, eles estavam ali, com alguns presentes sob a árvore, cada um em seu canto.

"Ei cara," Sirius tocou o ombro de James e esboçou um sorriso. "Feliz natal."

"Feliz natal," ele respondeu com a voz meio trêmula, tudo andava dando errado para James.

"Pelos nossos seis anos juntos." Finalmente James esboçou um sorriso e os dois se abraçaram como irmãos. "Vamos abrir os presentes, cara."

Os dois caminharam abraçados até a árvore e sentaram-se em volta dela. James contou sete presentes. Dois do Remus, dois do Peter, um dele para o Sirius, um do Sirius para ele e...

"Cara, tem um presente a mais aí."

"Tem?" Sirius passou os olhos rapidamente e fez as contas na cabeça. "Tem mesmo."

Os dois agarraram os pacotes que eram seus e deixaram um solitário e pequeno pacote rosa embaixo da árvore.

"Você olha." James disse, mirando o pacote como se fosse uma bomba.

Sirius assentiu e puxou o pacote, ficando de boca aberta. "Cara, é da Lily."

Silêncio.

"Você abre. Pode ser um berrador." Ele riu, imaginando a cena de Lily abrindo o presente dele e ficando pê da vida porque ele não largava do pé dela.

Sirius cuidadosamente abriu a pequena caixinha rosa e não encontrou nada mais perigoso do que um pedaço de pergaminho pintado com aquela letra redonda e feminina que Sirius já conhecia bem por, eventualmente, pedir uma lição emprestada a Lily.

"É só um recado, Prongs." James estendeu a mão e pegou o recadinho que Sirius entregava;

James,

Abra a porta da frente da sua casa para que eu possa te dar feliz natal ao vivo.

Com amor, Lily.


N/A: Êee, odiei esse capitulo e ele ficou minusculo. mas tá aí a minha double-shot. TALVEZ, e só talvez, eu faça um terceiro capítulo como sendo noite de natal. Mas veremos né. =* amores