Agenda
"9h30min reunião com cerimonialista?" Assentiu enquanto organizava sua bolsa.
"'11hrs, prova de vestidos. 'Acho que não sou bem vindo nesse aqui." Ela riu com seu tom brincalhão.
"13hrs, almoço." Voltou-se para a morena. "Sogrinha?" Ela assentiu sorridente. "Estou começando a ficar com ciúmes desse casamento." Hermione riu.
"Não seja bobo." Engatinhou pela cama até ele. "Já olhou as 18hrs?" sussurrou em seu ouvido.
"Não tem nada."
"Exatamente. Ainda com ciúme?" Falou marota.
"Posso conviver com isso." Virou-se, ficando por cima dela. "Mas depois do 'eu aceito', você será apenas minha, ." Beijou-lhe no intervalo entre seu de pescoço e ombro.
"Sozinho."
"Amanhã é o dia. Como se sente" Perguntou, batendo levemente em seu ombro.
"Sozinho." Soltou num suspiro cansado.
"Como assim? Vocês moram juntos." Rony estava confuso.
"Hermione resolveu passar essa última semana na casa de seus pais."
"Brigaram as vésperas do casamento? Isso é insano!" O ruivo estava exaltado.
"Ron, pare de pensar besteiras." Soltou um riso. "É algo que Hermione lera numa revista. Algo sobre deixar tudo mais especial com a distancia."
É, mais uma vez Hermione estava certa.
Quando a vira em seu vestido branco, seu coração batera do mesmo modo quando a vira no Baile de Inverno.
Inveja
Como um evento tão alegre, com tantas pessoas sorridentes, o fazia sentir-se com tanta inveja?
Deveria estar feliz por ela; deveria estar feliz por seus dois amigos.
Contudo, ele era humano. Sentimentos como ciúmes e inveja tomam conta de si. Mas o amor é o culpado.
Se a amasse da maneira que deveria, como uma irmã, estaria feliz por seu casamento hoje.
Sabia que tinha que estar feliz por ela, mas a inveja não deixava.
Sentia inveja por Ron ter sido mais rápido em descobrir que a amava.
Sentia inveja de Ron por ter pedido ela em casamento antes dele.
Minha princesa.
Um barulho irritante o acordara.
Passou a mão por seu criado-mudo, a fim de desligar o despertador. Mas não era o objeto; ainda era três da manhã.
Colocou seus óculos, levantou-se da cama. Já sabia o que o fizera acordar.
Caminhou a passos leves até o quarto cor de rosa e encontrou Lily chorando. Pego-a no colo e sentou-se na cadeira de balanço, ninando-a.
Começou a cantar uma velha música e pequenina se acalmou. Aos poucos Lily se rendia ao sono.
Quando conseguira fazê-la voltar a dormir, Harry a colocou de volta no berço com cuidado.
"Boa noite minha princesa."
Privacidade
"Crianças! Café!" Gritara ao pé da escada e os três responderam.
Hermione sorriu e voltou à cozinha. Ainda estava com sua camisola, mas um robe a cobria. Colocou as últimas coisas na mesa e esperou pelos filhos.
Enquanto organizava a louça, sentira o cheiro dele e sorriu. Há muito ele perdera a o "efeito surpresa" com ela.
"Bom dia." Falou, beijando-a no rosto.
"Bom dia." Respondeu com um sorriso.
"Cadê as crianças?" perguntou, virando-a para si.
"Se arrumando." Enlaçou o seu pescoço.
"Ótimo, assim teremos um pouco de privacidade."
"Como se já não bastasse ontem."
"Nunca é demais com você."
Presente.
"Vamos fazer 15 anos na próxima semana." Comentou.
"Já sabe o que comprar?" Negou com a cabeça. "É de se esperar, já foram mais de 40 presentes."
"Nem me fale." Recostou-se na cadeira.
"Uma roupa? Jóia? Lingerie?" falara a última com um pouco de incomodo.
"Espero que não esteja imaginando a minha mulher de roupas intimas." Rony riu. "Assim espero."
"Certo, que tal uma viagem ou um final de semana romântico? Elas sempre gostam."
"É a melhor opção. Como as crianças estão em Hogwarts e já faz um tempo..."
"Não preciso de detalhes sobre sua vida conjugal." Harry riu abertamente.
Belo dia de outono.
Era um belo dia de outono. Um pouco estranho, não?
Um belo dia de outono
Mas tinha meus motivos: não tínhamos provas tão cedo, tudo estava calmo e estava com ele ao meu lado.
Não sei explicar como é a sensação, mas é algo muito, muito bom!
"No que esta pensando?"
"Nada." Deu de ombros.
"Esse nada perecia muito bom." Hermione o olhou intrigada. "Você estava sorrindo." Colocou uma mexa de seu cabelo atrás de sua orelha.
"Tudo bem. Estava pensando em você." Sorriu.
"Porque pensar se pode tocar?" Falou num tom maroto.
"Como tola eu sou!" Declarou beijando-o apaixonadamente.
Amor.
Uma vez perguntei a minha mãe como era o amor. Como era estar apaixonada.
Ela me respondeu que era como se tudo fosse mais colorido, que eu iria sorrir por qualquer ato dessa pessoa, que, quando estivesse com ele, nada mais importaria.
Desde meus sete anos, o que conhecia sobre amor era o que minha mãe havia me dito e o que tinha lido nos livros.
Contudo, quando olhei em seus olhos verdes percebe o que era, realmente, o amor.
Amor era tudo o que já sabia, mas havia algo mais.
O nome do meu amor era: Harry James Potter.
Lírios.
Lírios.
Não entendia porque ela gostava tanto deles.
Normalmente as mulheres tinham sua feição direcionada as rosas, mas não ela.
Hermione sempre fora diferente das outras. Sempre fora [i]única.
Mas eu ainda não conseguia entender o porquê dela preferir os lírios.[/i]
"Já sentiu o perfume deles? Não é doce nem cítrico, é como uma mistura." Ela respondeu calmamente. "E suas pétalas parecem tão delicadas, mas são resistentes. É por isso que eu prefiro os lírios." Ela sorriu. "Eles parecem ser frágeis, mas sabem de defender. Eles são únicos." Cheirou o buque.
"Assim como você." Acariciei seu rosto e a beijei.
Com que roupa?
"Qual prefere? O vermelho ou o preto?" Perguntou estendendo os dois vestidos.
Sempre pensei que Hermione fosse uma mulher prática. Contudo, a única coisa que me fazia ficar sentando olhando-a trocar de roupa era que ela permanecia, grande parte do tempo, de lingerie.
"Você fica linda nos dois." Soltei.
"Assim não vamos acabar tão cedo."
Soltei o ar cansado e me caminhei em sua direção.
"Já falei o que achava." A agarrei pela cintura. "Mas vou falar a verdade: você já é linda, o que vai vestir é apenas um porém." Ela sorriu.
"Bem melhor." Enlaçou meu pescoço e beijou-me.
