Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...

Créditos à Cassandra Clare.

Tenshi Aburame: Thnxs por ser a primeira a me mandar uma review! Vejo que você conhece muitos livros! Te aconselho os três, são ótimos!

Metal Ikarus: Bom, todas as suas perguntas serão respondidas ao longo da história xP Mas o Shura de nerd otaku ficou legal né?

Black Scorpio no Nyx: Linda! Agradeço o elogio, assim fico metida... (apanha) x.x

Agora, vamos à mais história! Sorry os erros... Como dizem, preguiça matou o gato(na verdade é curiosidade, mas gato também é preguiçoso... xD)

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Clary e Shura estavam em uma pequena lanchonete no centro mexicano de Manhattan chamado "Irmãos Ortega", era ali que vendiam os melhores tacos da cidade.

- Ainda não acredito que La está agindo assim!- Clary diz pela quarta vez caçando um pouco de guacamole.

- Sua mãe às vezes age dessa maneira, como quando ela respira para dentro ou para fora.- Diz Shura comendo seu burrito vegetariano.

- Você tem que levar tudo para o lado engraçado?- Repreende Clary pegando uma pimenta vermelha e observando ela.- Não é você que vai ser arrastado para o meio do nada ou sabe se lá foi onde Judas perdeu as botas...

- Clary...- Shura interrompe sua tirada.- Não é comigo que você está brava. E, além do mais, não será permanentemente.

- Como você pode saber?- Clary mordisca a ponta da pimenta, fazendo uma leve careta ao sentir a língua arder.

- Bom, é a sua mãe e eu a conheço.- Shura faz uma pausa.- Vocês moram aqui à mais de 10 anos, somos amigos desde essa época, tem Maia ainda, acho que ela vai reconsiderar isso.

- É bom ter alguém que conheça minha mãe.- A garota diz com certa ironia, mordiscando novamente a pimenta.- Porque sendo eu sua filha, não sei nada! Ela nunca me diz sobre seu passado, sobre meus avós, sobre como ela era quando jovem, ela não tem fotos da infância, nem do casamento! É como se a vida dela começasse quando eu nasci! Além dela evitar toda vez que pergunto algo sobre o passado.

- Isso é doce!- Diz Shura pegando uma pimenta do pote e cheirando.

- Não é não! Por mais que meus avós possam ter sido ruins, que tipo de pessoa não quer conhecer a própria neta?

- Talvez ela odeie eles. Talvez eles tenha abusado dela, ela tem aquelas cicatrizes finas nas costas e braços, eu a vi de maio, você sabe.- Shura engole uma boa quantidade de burrito.

- Cicatrizes? Eu nunca vi! Você deve estar imaginando coisas...

Ele pareceu querer dizer algo, mas o som do celular de Clary o fez parar, a garota fuçou o fundo da bolsa e retirou o aparelho de capa rosa, observando o nome na tela.

- É minha mãe.- Diz colocando o aparelho sobre a mesa, ele deslizou com a vibração.

- Não vai atender?

- Não sei... Não quero brigar com ela.

- Você pode ficar em casa se quiser ou no da Maia, duvido que os pais dela não deixariam você ficar!

- Eu sei... Mas eu não sei... Talvez eu deva ouvir o que ela tem a dizer...- A voz de Clary era triste.

- E você quer ouvir?

- Não sei...- Clary vê o aparelho parar de vibrar.- Eu penso sobre isso depois! E a Maia? Não vem?

- Não sei onde ela foi... Ela não atende o telefone!- Shura fecha a cara.- Talvez ela tenha saído com outro cara...

- Não se preocupe, se Maia tivesse um rolo, eu com certeza saberia!- Clary tenta consolar Shura.

Ambos saíram para a rua, já era tarde, o sol logo iria se pôr, mas o ar era quente e úmido, estavam se dirigindo para o Rocket Café e conversavam sobre a banda que Shura e outros garotos estavam montando.

- E aí, já decidiram o nome?

- Eric sugeriu Cavaleiros de Avalon.

- Bem a cara dele... Ele adora aquelas coisas, mas não me soa como uma banda de rock...

- Eu sei, pensamos em vários nomes, queremos algo que as pessoas logo se lembrem, talvez Sea Vegetable Conspiracy ou Rock Solid Panda.

- Os dois são horríveis!- Clary faz uma careta.- O que Eric tem na cabeça?

- Bom, ultimamente a namorada... Estão juntos à cerca de 3 meses.

- Praticamente casados...- Clary diz enquanto observava um casal junto com uma garotinha pequena com presilhas de plástico prendendo a franja, em seus braços uma pequena boneca com olhos lilases, por um momento ela pensou ter visto asas transparentes e brilhantes, ela mal ouvia o que Shura dizia.

- O que significa que sou o único cara solteiro da banda... Ta me ouvindo Clary?

- Ah? Estou sim.

- Não estava não! Estava novamente com aquela cara esquisita que você faz quando fica fora do ar, falta ter uma baba escorrendo no canto da boca.

- Não faço essa cara!- Clary dá um tapa no ombro de Shura.

- Se estava ouvindo, o que eu disse?

- Que irá se declarar para Maia!

- Eu não disse isso!- O garoto sente as bochechas queimarem a o perceber que havia falado alto demais e as pessoas ao redor olhavam para eles, desajeitadamente, arruma os óculos sobre o nariz.

- Mas você quis dizer, se é o único sem namorada, acho bom se declarar logo para ela.- Diz Clary despreocupadamente.

- Eu até poderia me declarar hoje... Se ela aparecer...- Shura diz desanimado.- Ela anda muito esquisita esses dias...

- Não diga bobagens! Hoje é de lua cheia, perfeita para se declarar para ela! Tenho certeza que ela vai aparecer!- Clary dá tapinhas de incentivo nas costas do amigo.

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O Rocket Café estava cheio de jovens como em todas as noites de sábado. Eric estava no palco de olhos fechados segurando o microfone, ele havia pintado as pontas do cabelo de rosa para a ocasião, atrás dele, Matt, aparentemente chapado batia em um djembe(instrumento de percussão africano).

- Isso vai ser difícil de engolir.- Diz Clary.- Se pudermos correr para bem longe, essa é a hora.

- Não, se eu não puder ser um homem de palavra, não serei um homem de verdade... Vou pegar café, o que você quer?

- Café preto, preto como minha alma... Vou arrumar lugares.- Diz Clary vendo Shura ir em direção ao balcão.

Havia muitos jovens em cantos escuros aos beijos e amassos, Clary logo avistou sofás livres no fundo do local, eram sofá para uma pessoa, azul escuro e veludo, estavam em grupos de três ou quatro em volta de uma mesa redonda de vidro baixa.

- Ótimo, aqui não teremos perigo do Eric acenar a mão para gente assim que nos ver, além de que posso dormir no meio do recital...- Diz Clary se sentando.

Logo Shura se aproximou carregando desajeitadamente os copos de papel cheio de café quente.

- Aqui, preto pra você, capuccino pra mim.- Diz se sentando no sofá ao lado de Clary, ele parecia impaciente, olhando toda hora para o celular.

- Eu mandei uma mensagem pra Maia, não se preocupe, talvez ela esteja muito ocupada.- Diz Clary tomando um gole do líquido preto fumegante.

- Ocupada com oque?

Clary ia dizer algo, mas foi interrompida com um estouro, ela levou as mãos aos ouvidos enquanto Eric lutava com seu microfone.

- Atenção gente! Meu nome é Eric e esse é meu amigo Matt na percussão.- Diz apontando para o garoto que faz um peace com os dedos.- Irei recitar meu poema que se chama "Sem título".

Eric comprimiu o rosto como se estivesse com dor e choramingou no microfone.

- Venha, minha fanática foice. Minha nefasta força motriz. Espalhe cada protuberância com zelo árido.

- Não diga à ninguém que conheço ele...- Shura se afunda no sofá.

- Quem em sã consciência usa "força motriz".- Clary estava incrédula.

- Eric usa... Praticamente todos os poemas dele gira em torno dessa palavra.- Diz Shura horrivelmente.

- Bombástica em meu tormento.- Continua Eric.- Agonia incha dentro!

- Alguém devia avisar à ele o quanto é péssimo com poemas.- Clary franze a testa, ela conhecia essa voz.

Ao se virar, ela vê Milo sentado em algumas caixas de som com os braços cruzados olhando fixamente para ela. Usava as mesmas roupas escuras da noite anterior, os braços nus cobertos por finas cicatrizes, nos pulsos grossos braceletes de metal, ela podia ver a protuberância do cabo de uma faca preso ao cinto da calça. Ele olhava para ela zombeteiramente, ela tinha certeza de que ele não estava ali à cinco minutos atrás.

- O que foi Clary?- Pergunta Shura.

Shura não via Milo, era óbvio, mas ela via. Milo sorri e ergue a mão para acenar, um anel grosso brilhou em um de seus dedos longos. Ele se levantou e saiu caminhando em direção à porta com as mãos nos bolsos da calça.

- Clary?- Ela sentiu Shura segurar seu braço, a olhando sem entender nada.

- Eu já volto!- Diz se soltando do amigo e correndo atrás de Milo.

Ela correu em direção à porta, a empurrando com força, crente de que Milo havia sumido em algum beco. Sentiu a baforada quente da noite e para sua surpresa, encostado em um pilar, estava Milo.

- Posso saber porque está me seguindo?- Clary cruza as mãos em frente ao corpo.

- Quem disse que estou te seguindo? Eu estava apenas tomando um ar fresco e ouvindo um poema de péssima qualidade.- O rapaz se espreguiça.

- Conta outra! É melhor me dar uma boa resposta ou eu chamo a polícia!- A garota ameaça.

- E vai dizer o que? Que alguém invisível está te atormentando? E pode apostar garotinha, a polícia não pode prender aquilo que eles não vêem...

- Já disse que não me chamo garotinha!- Clary tinha um brilho de fúria nos olhos.- É Clary!

- Eu sei, como uma erva, clary sage(sálvia). Antigamente as pessoas acreditavam que comendo suas sementes, elas poderiam ver o reino das fadas, sabia disso?

- Eu não tenho ideia do que está falando!- Diz Clary.

- Você não sabe muito não é?- Seu tom era calmo, mas tinha um ar de desprezo nos olhos azuis.- Mas você pode me ver, o que faz de você um mundano interessante.

- O que é um mundano?- Pergunta Clary, ela havia ouvido a garota de cabelos negros chamá-la disso.

- Alguém do mundo humano.

- E você não é humano por acaso?- Clary tinha quase certeza que ele era louco.

- Eu sou. Mas não como você.- Ele não tinha defensiva em sua voz, parecia como se não estivesse ligando se ela iria acreditar ou não.

- Você se acha superior?- Clary estava com muita raiva daquele loiro idiota.

- Em certo modo sim. E Dohko acha que você é perigosa, e se for, ainda não sabe.

- Eu perigosa? Eu vi vocês matarem aquele garoto estranho ontem, eu vi ele te machucar e agora, age como se nada tivesse acontecido!- O celular toca em sua bolsa, Clary sabia que era sua mãe.

- Eu posso ser um assassino, mas eu sei quem eu sou, e você, pode dizer o mesmo?- Milo cruza os braços.

- Eu sou uma simples mundana, como você mesmo disse! E quem é Dohko?

- Meu tutor. E não estou muito certo que você seja comum. Mostre sua mão.- Ele praticamente exigiu.

- Se eu mostrar, você me deixa em paz?- Clary estava com medo do que ele poderia fazer com sua mão.

- Certamente.- Seu tom era divertido.

Clary estendeu sua mão e Milo a pegou, observando ela cuidadosamente.

- Nada. Nenhuma marca. É canhota por acaso?- Ele diz desapontado, soltando a mão de Clary.

- Não, porque?- Ela olhava para as próprias mãos.

- Um Caçador das Sombras criança é marcado em suas mãos, se você for canhoto como eu, é marcado na esquerda.- Diz Milo, mostrando sua mão que parecia perfeitamente normal para ela.- É uma runa de proteção, que dá à você habilidade para manusear armas.

- Não vejo nada.- Diz Clary.

- Relaxe, deixe sua mente fluir, como se fosse sair de seu interior.- Milo mostra a mão novamente.

- Você é maluco...- Clary disse, mas acabou obedecendo, esvaziou sua mente e fixou o olhar na mão dele.

Ela viu inicialmente finas linhas circulando os dedos, os nós dos dedos... Aquilo pulou em frente à seus olhos como um sinal de pare, linhas negras formando algo parecido com um olho na parte de trás da mão, ela piscou para em seguida desaparecer.

- Uma tatuagem?- Pergunta Clary piscando os olhos.

- Pensei que você pudesse fazer isso também.- Sorriu convencido.- E não são tatuagens, e sim runas, queimadas em nossa pele.

- E isso faz com que você consiga manejar armas?- Clary diz com incredulidade, mas aquilo parecia se mais fácil de engolir do que zumbis.

- Diferentes marcas para diferentes coisas. Algumas são permanentes, mas a maioria some depois de utilizada.- Explica Milo.

- Por isso essas marcas nos braços?

- Exatamente!- Diz com orgulho.- Pelo menos a Visão você tem. Está quase escurecendo, melhor nós irmos.

- Nós? Pensei que fosse me deixar em paz!

- Eu menti.- Diz meio envergonhado.- Mas Dohko precisa falar com ovcê.

- E porque ele quer falar comigo?

- Porque você sabe a verdade. Não tem havido nenhum mundano que saiba sobre nós por mais de cem anos.- Milo andava de um lado para o outro impaciente.

- Nós? Quer dizer malucos que acreditam em demônios?- Clary o seguia com os olhos.

- Que matam demônios. Somos chamados de Caçadores das Sombras, pelo menos é assim que nos chamamos. Os Downworlders tem nomes nemos elogiosos para nós.

- Downworlders?

- Crianças da noite, bruxos, visões, magos moradores desta dimensão...- Milo contava com os dedos.

- Suponho que existam zumbis e vampiros.- Clary diz em tom zombeteiro.

- Claro que existem! Apesar de zumbis estarem mais ao sul, onde vivem os magos de vodoo.

- E múmias ficam só no Egito?

- Ninguém acredita em múmias!- Milo ri.- Olha, Dohko vai explicar melhor quando chegarmos ao instituto.

- E se eu não quiser ir? Você vai me raptar?

- Muito provavelmente.- Milo ameaça.

Nesse momento o celular tocou novamente, sua mãe estava surtando. Ele parou por um momento e começou novamente.

- Atenda se quiser.- Diz Milo.

Clary abre sua bolsa e tira o celular que estava no terceiro toque.

- Mãe?

- Ah Clary! Graças à Deus!- Um fio afiado de alarme percorreu a espinha de Clary, sua mãe parecia em pânico.- Me escute...

- Está tudo bem? Olha, eu já vou para casa.

- Não!- Terror fragmentava a voz apressada de Jocelyn.- Não venha para casa! Vá para Shura ou Maia! Não volte para casa, está me entendendo? Não venha até...- A frase é interrompida por um forte barulho, como se algo fosse quebrado e derrubado, indo ao chão.

- Mãe? – Clary gritava pelo telefone.- Mãe, oque foi isso?

- Apenas me prometa que não virá para casa! – A voz de sua mãe sumiu por um tempo, novamente um forte barulho. - Vá para Shura e ligue para Luke, peça para ele me encontrar...

O som foi abafado por uma queda pesada, como um desmoronamento do chão.

- Mãe? Mãe! Você ligou para a polícia? Você...- A frase frenética de Clary foi interrompida por um som que ela nunca se esqueceria, um duro e forte resvalado, seguido de um golpe surdo. Sua mãe puxou um profundo suspiro.

- Eu te amo, Clary...- Jocelyn diz com a voz estranhamente calma.

- Mãe!- O telefone estava mudo.- Mãe? Você está aí?- A tela marcava "ligação encerrada".

- Está tudo bem?- Por um momento tinha esquecido que Milo estava lá.

Clary tentou ligar novamente, mas deu ocupado, suas mão tremiam, tentou discar novamente, mas o aparelho escorregou de suas mão, indo ao chão.

- Merda!- Diz vendo a tela rachada, ela jogou o telefone no chão e desabou ao seu lado, socando o chão.

- Pare com isso.- Milo a levanta.- O que houve?

- Me dá seu celular!- Clary puxa um aparelho retangular do bolso de Milo.- Eu preicso...

- Mas isso não é um celular, você não vai saber utilizá-lo.- Diz Milo tenta pegar o aparelho de volta.

- Preciso ligar para a polícia...- Clary tentava se soltar, mas ele era muito forte.

- Me diga o que aconteceu, eu posso ajudar.

A raiva e o desespero tomaram conta da garota que sem pensar, o golpeou no rosto com toda sua força. Milo se afastou assustado e Clary se pôs a correr, assim que chegou à esquina ela olhou para trás esperando que ele estivesse a seguindo, mas não havia ninguém, virando os calcanhares, ela correu para casa.

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A noite havia se tornado mais abafada e correndo, Clary sentia como se estivesse nadando em uma bacia de água fervente. O sinal fechou para "Pare" uma esquina antes de sua casa, ela se agitou para cima e para baixo impaciente em cima dos calcanhares vendo os carros zumbirem em um borrão de faróis. Ela tentou ligar mais uma vez para casa, mas Milo não havia mentido; seu telefone não era um telefone, ou pelo menos não de um modelo que ela tenha visto. O sensor ao invés de números tinha estranhos símbolos e não havia uma tela.

Assim que o sinal abriu, Clary correu desesperadamente para casa, viu a janela do segundo andar acesa, sinal de que sua mãe estava em casa.

- Ok, está tudo bem!- Clary disse para si mesma tentando passar tranqüilidade, mas seu estômago apertou no momento em que ela passou pela entrada, as luzes acima estavam queimadas e o saguão na total escuridão, as sombras pareciam se mexer, tremendo, ela começou a subir as escadas.

- E aonde você pensa que vai?- Uma voz atrás de si a fez virar.

Era Madame Hilda, estava vestida extravagantemente com um longo vestido que parecia mais com retalhos coloridos e um leque de plumas nas mãos.

- Sua mãe estava fazendo um tremendo barulho acima! O que ela estava fazendo? Mudando os móveis de lugar?- Pergunta a mulher.

- Não acho que ela...

- E além do mais, as luzes estão queimadas! Peça para aquele namorado dela trocar!- Luke não era namorado de sua mãe, Clary abriu a boca para dizer algo.- E a clarabóia está suja, peça para ele lavar também!

Era só o que faltava? Luke havia virado o senhoril do prédio? Não era a primeira vez que Madame Hilda havia pedido para Luke trocar a lâmpada de seu apartamento ou limpar a vidraça da porta, e o pobre coitado fazia sem reclamar, em parte era culpa dele.

- Acho melhor você ir!- Madame Hilda vira as costas e entra em seu apartamento.

Clary subiu as escadas em um fôlego só, a porta estava semi aberta, lançando um feixe de luz lateral na entrada. O pânico tomou conta dela novamente, ela abriu a porta devagar, os olhos acostumando com a claridade.

- Mãe?- Tudo parecia em ordem, as chaves e a bolsa rosa de Jocelyn estavam na estante de prata ao lado da porta.

Não houve resposta. Ela foi para a sala de jantar, as duas janelas estavam abertas e as cortinas de gaze balançavam com o vento como fantasmas irrequietos. Quando o vento parou ela pôde ver o estrago, as almofadas estavam espalhadas, algumas com o algodão arrancado, a estante havia sido derrubada, o baquinho do piano jogado longe e os adorados livros de música de sua mãe espalhados pelo chão.

O pior eram as pinturas, todas arrancadas da moldura e rasgado em tiras, isso devia ter sido feito com faca, uma vez que é impossível rasgar com as mãos.

- Mãe!- Clary correu para a cozinha, os armários abertos, uma garrafa de tabasco amassada derramando o líquido picante sobre o linóleo.

Ela sentiu suas pernas ficarem pesados como sacos de água, sabia que tinha que fugir dali, chamar a polícia, mas algo estava estranho... Que tipo de bandido fugia sem levar a carteira, a TV de plasma, o DVD ou o caro notebook?

Clary foi para o quarto de sua mãe, o local parecia intocado, ela viu a colcha feita a mão dobrada sobre o edredom, seu rosto em um sorriso emoldurado na cabeceira, ela devia ter uns cinco anos? Um súbito soluço subiu ao peito.

- Mãe? – Ela sussurrou, estava chorando por dentro.- O que aconteceu com você?

Um silêncio respondeu de volta. Mas logo ele se tornou um ruído que fez os cabelos da nuca de Clary arrepiarem, algo se arrastava para perto dela, tomando coragem, ela olhou para o chão...

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Algumas das muitas perguntas foram respondidas nesse capítulo, mas acho que mais outras milhares brotaram... xD

Mas não se preocupem, que todas serão respondidas ao longo da fic! Por isso, acompanhem!

bjnhos x333