Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...

Créditos à Cassandra Clare.

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Que triste, recebi apenas uma veview...ToT Mas também quem manda pensar pouco e escrever uma fic não totalmente original... xD

Metal Ikarus: Só sua review para me animar! Thnxs! Luke é malvado não é? Mas sempre tem um motivo...u.u Não se preocupe xD Bom, ele não é o Mú ou o Debas, tão pouco o Mask, é alguém mais velho... Well, agora ficou na cara xD No próximo capítulo você descobre quem é Luke xD

Agora vamos à mais história!

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Apesar do tempo quente lá fora, o frio era intenso dentro do apartamento, tão frio que chegava a picar a pele de Clary. Ela sentia o impacto da expectativa subindo enquanto ela caminhava atrás de Milo pelo curto corredor e entrava na sala.

Ela estava vazia. Surpreendentemente, completamente vazia, do mesmo jeito de quando elas se mudaram, os móveis haviam sumido, as cortinas rasgadas não estavam nas janelas, o chão estava nu, sobrou apenas as marcas na parede, onde estavam os quadros de sua mãe.

Como se num sonho, Clary se virou e caminhou para a cozinha, Milo seguindo ela, seus olhos se estreitaram.

A cozinha estava apenas vazia, a geladeira havia sumido, assim como a mesa as cadeiras e as coisas dos armários, até mesmo a mancha de tabasco havia sido limpada.

- O que os demônios querem com nosso microondas?- Clary se vira para Milo.

- Não faço ideia. Mas não há nenhuma ação demoníaca aqui, eles devem estar longe.- Diz Milo olhando para o sensor.- Satisfeita? Não há nada aqui.

- Preciso ver meu quarto.- Clary vê a cara de Milo fechar.

- Se é que ele tem algo.- Diz Milo.

O corredor estava escuro, mas Clary não precisava de luz para andar dentro de sua própria casa. Logo estava na frente de seu quarto, com Milo em seu encalço, ela segurou a maç estava fria em sua mão, tão fria que chegou a doer, como estar segurando um pingente de gelo na mão nua. Ela viu Milo olhar para ela rapidamente, mas Clary já estava girando a maçaneta, ou tentando, era como se tivesse algo melado e viscoso.

A porta explodiu para fora, a garota se viu jogada para trás, batendo as costas na parede, algo rugiu morto em seu ouvido, enquanto ela tentava se arrastar para longe. Milo estava ereto na parede com a expressão de surpresa enquanto tateava seu bolso à procura de algo.

Vestindo trapos imundos vestiam sua pele encardida, seus cabelos era um emaranhado de sujeira, em suas mãos mortas, um enorme machado. Iminente como um gigante de contos de fada, estava ali de pé, um homem enorme. Ele fedia a carne podre, Clary estava feliz de não poder ver seu rosto, suas costas eram suficientemente ruins.

- Sansanvi!- Gritou Milo com umas lâmina serafim nas mãos.

A lâmina pulou do tudo, era como naqueles filmes onde baionetas eram escondidas em bengalas e saiam com um estalo de interruptor, mas Clary nunca havia visto uma lâmina como aquela. Clara como vidro e com um cabo brilhante, era afiado e tão grande quanto o antebraço de Milo.

Ele golpeou o homem que urrou enquanto cambaleava para trás. Milo puxou Clary pela mão, a empurrando pelo corredor, ela podia ouvir algo se arrastando atrás deles, era pesado como chumbo, mas muito rápido.

Eles se apressaram pelo corredor em direção à porta, assim que ela se fechou, ouviram um click automático, as dobradiças balançaram com o forte golpe contra ela do lado de dentro do apartamento. Clary viu um brilho de excitação maníaca nos olhos de Milo.

- Vá pelas escadas, saia do...- Milo mal terminou a frase.

Outro golpe veio, mas dessa vez as dobradiças se romperam e a porta voou, teria acertado Milo, se ele não tivesse se movido rápido, tão rápido que Clary não conseguiu ver direito, logo ele estava em cima da escada com a lâmina brilhando em suas mãos, ele gritou algo para ela, mas ela não escutou por causa do rugido animal que o gigante deu enquanto arrebentava a porta quebrada que voou em direção de Milo, por um momento a criatura ficou parada, caída sobre o Caçador das Sombras

- Fique quietinho...- Clary passou rapidamente sobre sua cabeça, puxando a mão de Milo, que deu um gemido de dor enquanto suas pernas escorregavam debaixo da carcaça que se contraía. Ele ficou de pé, mas seu braço esquerdo estava caído sobre seu peito..

- Seu braço está bem?- Pergunta Clary.

- Não. Quebrado.- Diz Milo.- Pode pegar uma lâmina serafim no meu bolso?

- Qual deles?

- Na jaqueta, o bolso esquerdo.- Ele ficou parado enquanto Clary escorregava nervosamente sua mão para dentro da jaqueta, estava muito próxima à ele, podendo sentir seu cheiro, uma mistura de sabonete, suor e sangue.

- Aqui.- Clary se afasta rapidamente e entrega a lâmina.

- Sanvi!- A lâmina brilhou perigosamente como sua antecessora, aquilo brilhou, iluminando seu rosto.- Não olhe.- Diz enquanto se aproximava do corpo estendido da criatura que tentava se levantar, erguendo a espada, ele a trouxe para baixo, cortando a garganta do gigante. Sangue jorrou dele, sujando as botas de Milo.

Clary esperou que a criatura sumisse em uma poça negra, mas ele não desapareceu... O ar estava pesado com o cheiro metálico do sangue. Milo soltou um gemido, seu rosto estava branco, de dor ou nojo, Clary não sabia dizer.

- Disse para não olhar.

- Mas eu pensei que ele fosse desaparecer. De volta para sua dimensão, como você disse.

- Mas eu disse que isso acontecia quando os demônios morriam.- Balançando, Milo retira a jaqueta do ombro esquerdo.- E isso não é um demônio.- Diz retirando algo de seu bolso, era o mesmo material cilíndrico que ele havia usado para marcar os círculos no braço de Clary.

Ao ver aquilo, ela sentiu seu pulso queimar. Milo percebe o olhar da garota e solta um sorriso de lado.

- Isto é minha estela.- Diz mostrando o objeto para Clary. Ele tocou aquilo em uma marca pintada abaixo de seu ombro, parecia uma curiosa estrela, os dois braços da estrela projetaram do resto da marca, desconectando.

- E isso é o que acontece quando os Caçadores das Sombras se machuca.- Com a ponta da estela, ele traçou uma linha ligando os dois braços da estrela.

Quando ele abaixou o braço, a marca brilhava como se fosse escrita à tinha fosforescente, a marca afundou na pele de Milo como algo pesado afundando na água, deixando para trás apenas uma fantasmagórica lembrança: uma branca e fina cicatriz, quase imperceptível.

Uma imagem subiu à mente de Clary, sua mãe de costas. Cicatrizes brancas e finas em torno do braço e parte das costas descobertas pelo maiô. Ela sabia que as costas de sua mãe realmente não eram assim, mas a imagem lhe importunou.

Milo deixou sair um suspiro aliviado, a face de dor havia sumido, primeiro ele moveu o braço devagar, para em seguida mais rapidamente, não estava mais quebrado.

- Incrível! Como você fez isso?- Pergunta Clary.

- Utilizei uma iratze, que é uma runa curadora. Ele é ativada ao ser tocada pela estela.- Diz enquanto guarda a varinha no bolso.

- Temos que relatar isso ao Dohko.- Milo diz cutucando o corpo do gigante com a ponta da bota.- Ele vai surtar.- Diz com um sorriso, era como se alarmar o pobre homem lhe desse satisfação.

Clary tinha plena certeza de que Milo era o tipo de pessoa que adorava quando acontecia algo, do tipo que é movido à adrenalina.

- Porque ele vai ficar maluco? – Pergunta Clary.- E se essa coisa não é um demônio, foi por isso que o sensor não detectou nada?

Milo concordou.

- Vê aquelas marcas no rosto dele?- Diz apontando para o cadáver.

- Sim.

- Elas foram feitas com uma estela como essa.- Diz batendo de leve no bolso.- Você me perguntou o que acontece quando alguém sem sangue de Caçador das Sombras é marcado. Uma simples marca irá queimar você, mas um monte de marcas, runas mais poderosas? Esculpidas na pele de um humano sem nenhum traço de ancestral Nephelim? Você tem isso.- Milo aponta com o queixo.- As queimaduras são agonizantemente dolorosas. A marca é insana, deixa eles fora de si. Os tornam ferozes, estúpidos assassinos. Eles não dormem ou comem, a menos que você deixe. Normalmente eles morrem rapidamente. As runas podem ser utilizadas para o bem, mas também para o mau. Os Esquecidos são maus.

- Porque alguém faria isso consigo mesmo?- Clary estava horrorizada.

- Ninguém faria. Normalmente foram feitos por algum bruxo ou um Downworlder que ficou mau. Esquecidos são extremamente fiéis ao criador, são assassinos ferozes, é como ter um boneco armado.- Milo pula sobre o corpo morto- Eu vou voltar lá.

- Mas não há nada lá!- Diz Clary.

- Talvez haja mais deles.

- Eu não subiria se fosse você.- Diz uma voz feminina.- Há mais deles de onde veio o primeiro..

Milo que estava na metade da escada, parou e virou os calcanhares, Clary logo soube de quem se tratava.

- Madame Hilda!- Diz Clary vendo a mulher.

Ela estava parada na porta de seu apartamento vestindo algo que parecia uma tenda feita de seda roxa, pulseiras douradas brilhavam em seus pulsos, seus longos cabelos estavam soltos caindo sobre os ombros.

- Mais oque?- Pergunta Clary.

- Esquecidos.- A voz de Madame Hilda tinha um tom de alegria que Clary achou não combinar com o momento.- Vocês fizeram uma bagunça hein? Tenho certeza que vocês não esperavam limpar tão pouco. Típico.

- Mas você é uma mundana!- Milo finalmente diz.

- Tão observador...- A mulher sorri.- A Clave realmente quebrou o molde com você.

- Você sabe sobre a Clave?- A perplexidade no rosto do rapaz foi se transformando em raiva.- Você sabia sobre a existência de Esquecidos no apartamento de cima e não informou a Clave? A existência de apenas um Esquecido já é um crime contra o Pacto...

- Nem a Clave ou o pacto nunca fizeram nada por mim!- Madame Hilda disse com os olhos faiscando raivosamente.- Não devo nada à eles!- Por um momento o sotaque de Nova York foi substituído por outro mais pesado, um sotaque que Clary não reconheceu.

- Milo pare com isso!- Clary disse para o garoto, se virando em seguida para a mulher.- Madame Hilda, se você sabia sobre a Clave e os Esquecidos, talvez possa saber algo sobre o que aconteceu com minha mãe.

- Meu conselho é que esqueça sua mãe.- Diz a mulher.- Ela se foi...

- Quer dizer que ela está morta?- O desespero tomou conta da garota.

- Morta não.- A mulher disse relutante.- Tenho certeza de que ela está bem viva. Por enquanto.

- Então você precisa me dizer para onde a levaram! Preciso salvá-la antes que...

- Não quero me envolver nos negócios dos Caçadores das Sombras.

- Mas você conhecia minha mãe! Era vizinha dela...

- Essa é uma investigação da Clave. Mas se não quiser cooperar, posso voltar com os Irmãos do Silêncio à qualquer hora.- Milo sorri vendo a reação da mulher.

- Bem, acho que vocês podem entrar um pouco...- Ela parecia bem mais humilde.- Irei dizer o que eu posso. Mas se disser à alguém que eu ajudei vocês, Caçador das Sombras, irá acordar com cobras no lugar dos cabelos e um par de braços extras!- Ameaça Madame Hilda.

- Isso poderia ser bom, um par de braços extras...- Milo disse.- Destreza em ma luta!

- Não se elas crescerem no seu...- Hilda sorriu maliciosa.- Pescoço.

- Caramba...- Disse Milo suavemente.

- Caramba está certo, Milo Wayland.- Madame Hilda marcha para dentro de seu apartamento.

Podia se sentir o cheiro forte se incenso vindo de dentro dele, Clary e Milo se entreolham antes de seguirem a mulher.

O apartamento de Madame Hilda era do mesmo tamanho do de Clary, apesar dela ter feito um uso muito diferente. A entrada era impregnada de incenso e tinha pendurada uma cortina de miçangas, na parede cartazes astrológicos, em um o mapa zodiacal, em outro os signos chineses e no terceiro, uma mão com os dedos estendidos, acima do desenho das mãos a escrita em latim "Em Fortuna Manibus". Acima prateleiras cheias de livros ao longo da parede ao lado da porta. Uma das cortinas de miçangas chacoalhou.

- Interessada em Quiromancia ou apenas xeretando?- Pergunta Madame Hilda.

- Nem um nem outro.- Responde Clary.- Realmente pode chamar fortunas?

- Minha mãe tinha um grande talento, podia ler a sorte de um homem nas mãos ou através das folhas de chá no fundo do copo.- Ela diz, virando em seguida para Milo- E você, jovenzinho, vai querer algum?

- O que?- Pergunta Milo, parecendo afobado.

- Chá. Eu acho que tanto sacia o estômago quanto concentra a mente.- Chá, uma bebida maravilhosa.

- Acho que eu vou querer chá.- Diz Clary, se lembrando da ultima vez que havia comido ou bebido algo, sentia como se estivesse correndo em pura adrenalina desde que acordou.

- Acho que eu aceito, não sendo este chá preto. Eu odeio bergamota.- Disse Milo enrugando o nariz.

Madame Hilda gargalhou e sumiu através do corredor, deixando um leve remelexo das cortinas de contas.

- Você odeia bergamota?- Pergunta Clary.

- Algum problema com isso?

- Nenhum, apenas que acho que você é o único garoto que conheço da sua idade que sabe o que é uma bergamota e que contém no chá preto.

- Eu sou diferente dos outros caras.- Diz com pose superior.- No Instituto somos obrigados a ter aulas sobre os usos das ervas medicinais e plantas.

- Puxa, eu pensei que vocês estudassem apenas "Massacre 101" e "Decapitação para iniciantes".

- Muito engraçado, Fray.- Diz Milo virando uma página do livro que estava em suas mãos.

- Não me chame de Fray!- Clary que estudava o cartaz de quiromancia vira para o rapaz.

- Porque não? Este não é seu ultimo nome?- Milo levanta os olhos surpreso.

- É, mas eu não gosto que me chamem assim.- Clary vira o rosto.

- Sei...- Milo fecha o livro e o coloca de novo na estante.- Esse deve ser o lixo que ela mantém à frente para impressionar os mundanos. Não tem nenhum texto sério aqui!- Diz com uma mistura de revolta e nojo.

- Só porque não é o tipo de mágica que você faz.- Diz Clary.

- Eu não faço mágica!- Milo franze a testa furiosamente.- Humanos não conseguem fazer mágica, apenas os bruxos e bruxas, pois possuem sangue de demônio. Ponha isso na sua cabeça!

- Mas eu já vi você fazer mágica! Você usa aquelas armas mágicas.

- São ferramentas celestiais! Para utilizá-las, é preciso passar por um rigoroso treinamento, além de que as runas me protegem. Se você tentar usar uma lâmina celestial, ela irá queimá-la, isso se não matá-la.

- Então se eu tiver aquelas tatuagens eu vou poder usá-las?

- Não!- Milo diz zangadamente.- Você precisa de um rigoroso treinamento, além de testes, provações e níveis de treinamento! Quer saber? Apenas fique longe das minhas lâminas, nem ouse tocá-las sem minha permissão!

- Lá se vai meus planos de vendê-las no eBay...- Clary murmura.

- Vender elas onde?

- Em um lugar místico com grande poder mágico.- Clary sorri maliciosamente.

- A maioria dos mitos são verdade, pelo menos em parte.- O garoto diz confuso.

- Estou começando a achar isso.

- O chá está na mesa!- Madame Hilda coloca a cabeça para fora das cortinas de miçangas.- Não há necessidade de vocês dois ficarem aí parados feito mulas, venham para a sala de estar.

A sala de estar era palidamente iluminada, o que fez Clary piscar os olhos várias vezes para se acostumar com o local. A tênue luz delineada pela cortina de veludo negro atravessava toda a parede a esquerda. Havia várias bugigangas como morcegos e pássaros, bolas coloridas e outras coisas, o chão era forrado por tapetes persa que soltavam flocos de poeira ao andar sobre eles.

Um grupo de poltronas macias de um simpático rosa estavam em volta de uma mesa baixa de vidro, havia cartas de tarô presas com uma fita de seda em um canto da mesa, em outro uma bola de cristal em um estande de ouro e no meio da mesa, um prato com sanduíches, um bule azul expandindo uma fina e branca fumaça, duas xícaras combinando com o pires e dois pratinhos vazios em frente à duas poltronas.

- Uau, isso parece bom!- Clary se acomoda em uma das poltronas, sentia-se bem em sentar.

- Açúcar ou leite?- Pergunta Hilda com um sorriso astuto.

- Açúcar.- Responde Clary vendo Milo ao seu lado, calado com um sanduíche nas mãos, examinando ele de perto.

Milo abocanhou o pedaço de pão, fazendo uma careta em seguida.

- Pepino...- Diz colocando o sanduíche no prato de Clary.

- Eu sempre achei que sanduíche de pepino era perfeito com chá.- Madame Hilda diz para ninguém em particular.

- Eu odeio pepino!

Clary deu os ombros às reclamações do outro e mordeu o pão, ele tinha uma dose certa de maionese, seu estomago assentou em uma grata apreciação pela primeira comida que ela havia comido desde os nachos com Shura.

- Bergamota e pepino, tem mais alguma coisa que você odeie?- pergunta Clary.

- Mentirosos.- Milo olha para Madame Hilda pelo aro de sua xícara.

- Você pode me chamar de mentirosa e tudo mais. É verdade, eu não sou uma bruxa, mas minha mãe era.

- Impossível! – Milo bufou.

- Porque impossível?- Clary perguntou tomando um gole de chá, ele era amargo, um forte sabor envelhecido com um toque esfumaçado.

- Porque bruxos e bruxas são mestiços, de humano e demônio. Eles não podem ter filhos, são estéreis.

- Como as mulas...- Diz Clary se lembrando da aula de bilogia.- Mestiços estéreis.

- Seu conhecimento animal é surpreendente.- Diz Milo.- Todos os Downworlders são parte demônios, mas apenas os bruxos e bruxas tem pais demônios, por isso seu poder é mais forte.

- E os lobisomens, vampiros e fadas?

- Lobisomens e vampiros são doenças que os demônios trazem de suas dimensões, muitos humanos infectados morrem, mas a parte sobrevivente tende a ter estranhas mudanças. As fadas são anjos caídos, expulsos do céu por causa de seu orgulho.- Diz Madame Hilda.

- Isso é o que alguns dizem, mas outros dizem que as fadas são filhos de demônios com anjos, o que é mais provável para mim.- Diz Milo.- O bem e o mal juntos, fadas possuem a beleza dos anjos, mas são traiçoeiros e cruéis como os demônios. Existem poucas exceções de fadas que não são totalmente cruéis. Elas evitam a luz do meio dia.

- Para que o mal não tenha poder.- Hilda diz suavemente, como se estivesse recitando um antigo poema.- Exceto no escuro.- Milo fica carrancudo para ela.

- Era para ser? Você quer dizer que os anjos...- Diz Clary.

- Já chega de anjos.- Hilda diz subitamente prática.- É verdade que os bruxos não podem ter filhos, eu sou adotada. Minha mãe me adotou para ter certeza que alguém tomaria conta desse lugar, não preciso dominar mágica, apenas observar e guardar.

- Guardar o que?- Pergunta Clary.

A mulher esticou a mão para pegar um sanduíche, mas o prato estava vazio, Clary havia devorado todos.

- É bom ver uma garota comendo bem em época de garotas finas como galhos.- Diz Madame Hilda.

- Obrigada.- Disse Clary, logo em seguida ela se lembrou da cintura fina de Isabelle e se sentiu gigantesca, ela colocou a xícara de volta ao pires com um tinido.

Instantaneamente, Hilda pegou a xícara, observando o conteúdo, uma linha apareceu entre as sobrancelhas.

- Eu quebrei xícara?- Clary pergunta preocupada.

- Ela está lendo as folhas de seu chá.- Milo diz aparentemente aborrecido, mas se inclina para frente junto com Clary, vendo a mulher virar a xícara em torno de seus dedos finos.

- É ruim?- Pergunta a garota.

- Não é ruim nem bom, é confuso...- Madame Hilda coloca a xícara na mesa.- Me dê a sua.- Ela diz para Milo.

- Mas eu não terminei meu chá...- Mal terminou a frase, Hilda puxou a xícara de suas mãos, jogando o excesso de chá de volta ao bule.

- Vejo violência em seu futuro...- Madame Hilda olha carrancuda para Milo.- Uma enorme quantidade de sangue derramada por você e outros. Irá se apaixonar pela pessoa errada e você tem um inimigo.

- Só um? Isso é uma boa notícia!- Milo se inclinou em sua poltrona enquanto Madame Hilda pegava a xícara de Clary novamente, ela balançou a cabeça negativamente.

- Não há nada para ver aqui. As imagens estão atrapalhadas e sem sentido.- Ela olhou para Clary.- Há um bloqueio em sua mente.

- Há um oque?- Pergunta Clary.

- Como um feitiço para esconder sua memória ou algo bloqueando sua mente...

- É claro que não!- Clary balança a cabeça.

- Não seja tão apressada.- Disse Milo, inclinando para frente.- É verdade que você não se lembra de ter visto nada além dessa semana, talvez...

- Talvez eu seja atrasada no desenvolvimento!- Diz Clary.- E não me olhe atravessado por ter dito isso.

- Eu não ia!- Milo se sente ofendido.

- Mas você estava me olhando atravessado.

- Está bem, eu talvez esteja.- Milo confessa.- Mas não pode dizer que eu não estou certo. Tenho quase certeza que há algo bloqueando sua mente.

- Tudo bem, vamos tentar outra coisa.- Hilda retira a bandeja de chá da mesa e pega seu baralho, desenrolando a fita de cetim, ela abre um leque de cartas e se aproxima de Clary.

- Passe os dedos sobre elas e escolha uma que você sinta quente ou frio, ou que a pareça estar te agarrando. Depois puxe e a mostre para mim.

Clary obedeceu e passou os dedos sobre as cartas, todas estavam frias ao toque, mas nada diferente, então ela escolheu uma aleatoriamente e virou sobre a mesa.

- O Às de Copas, a carta do amor...

Clary pegou ela novamente e observou, a carta ficou pesada em sua mão, a parte frontal espessa em uma verdadeira pintura, uma mulher segurando um copo em direção ao sol raiante. Era uma taça dourada gravada com um padrão de sóis de rubi. Era uma pintura familiar.

- É uma carta boa, certo?

- Não necessariamente, o homem faz coisas terríveis em nome do amor.- Hilda diz.- O que ela significa para você?

- Significa que foi minha mãe quem pintou.- Clary colocou a carta sobre a mesa.- Ela pintou não foi?

- Sim, ela pintou, um pacote todo. Um presente para mim.

- Então diga.- Milo se levantou, seus olhos frios.- Quão bem você conhecia a mãe de Clary?

- Milo, você não precisa...- Clary olhou para o garoto.

- Jocelyn sabia quem eu era, e eu sabia quem ela era.- Hilda abre as cartas sobre a mesa.- Ela me fazia pequenos favores, como pintar essas cartas, e em troca eu dava pequenas fofocas sobre o mundo Downworlder. Havia um nome que ela pedia para estar sempre atenta.

- E qual é esse nome?- Pergunta Milo.

- Valentine.

- Mas este é...- Sussurra Clary.

- E sobre você saber quem Jocelyn era? Quem ela era?- Pergunta MIlo.

- Jocelyn era o que ela foi.- Hilda diz.- Mas em seu passado, ela era uma Caçadora das Sombras, como você.- Diz olhando para Milo.- Uma das da Clave.

- Não...- Diz Clary.

- Sim, ela era.- Hilda olha gentilmente.- Ela escolheu viver nesta casa precisamente porque...

- Aqui é um Santuário.- Milo olha para Hilda.- Sua mãe era uma Controle. Ela criou este local, protegido, escondido, um local perfeito para Downworlders fugir e se esconder. É isso que você faz não é? Esconde criminosos.

- Você poderia chamar eles disso. Você está familiarizado com o lema do Pacto?- Diz Madame Hilda.

- Dura lex sed lex.- Milo diz automaticamente.- A lei é dura, mas é lei.

- Às vezes a lei é muito dura. Eu sei que a Clave teria me levado para longe de minha mãe se pudessem. Acha que eu deixaria eles fazerem isso com os outros?

- Então você é uma filantropa?- Os lábios de Milo se curvam.- E você quer que eu acredite que os Downworlders não te pagam generosamente por seus serviços?

- Nós não podemos ficar com essa aparência como você.- Hilda sorriu, um largo sorriso mostrando os molares cobertos de ouro.

- Eu devo notificar a Clave sobre isso.- Diz Milo.

- Você não pode! Você prometeu!- Diz Clary.

- Não prometi nada!- Milo diz rebeldemente, andando para o canto da sala e rasgando um pedaço da cortina de veludo.- Você pode me dizer o que é isso?

- Uma porta, Milo.- Diz Clary.

Realmente era um porta, estranhamente fixada entre as duas janelas com reentrâncias. É evidente que não era uma porta qualquer, senão seria vista do lado de fora. Era feito de algum suave metal brilhante, mais cremoso que um latão, mas mais pesada que o ferro. A maçaneta havia sido impressa na marca de um olho.

- Isso é um portal não é?- Milo diz raivosamente.

- É um portal para as cinco dimensões.- Hilda diz colocando as cartas de tarô empilhadas sobre a mesa.- Dimensões não são todas linhas retas, você sabe. -Ela acrescentou, em resposta ao olhar em branco de Clary. -Há depressões, dobras, recantos e fendas todas recolhidas. É um pouco difícil de explicar quando você nunca estudou teoria dimensional, mas, na essência, esta porta pode levá-lo em qualquer lugar nesta dimensão que você pretende ir. É...

- Uma saída de emergência...- Diz Milo.- É por isso que sua mãe queria viver aqui, ela poderia fugir com antecedência para qualquer lugar.

- Mas porque ela não...- Clary começou e rompeu horrorizada.- Por minha causa... Ela não iria para lugar nenhum sem mim, então ela ficou...

- Você não pode se culpar!- Diz Milo.

- Quero ver para onde ela teria ido!- Clary sentindo as lágrimas brotarem no canto de seus olhos, empurra Milo.- Eu preciso ver se ela estava in escapar para...- Diz alcançando a maçaneta.

- Clary, não!- Milo gritou.

Mas era tarde demais, Clary já havia fechado sua mãos na fechadura, aquilo girou rapidamente debaixo de sua mão e a porta foi aberta como se tivesse sido empurrada. Madame Hilda moveu-se em seus pés em um grito, mas não chegou a terminar a frase, Clary era engolida pela porta e se viu dando cambalhotas para frente e através do espaço vazio.

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Nyahoooo! Acho que todos devem ter percebido que minha escrita está diferente aqui, dois motivos, um estou usando muitas palavras do livro que me inspirei e dois, ler coisas novas faz você aprender palavras novas xD

Well, deixem uma gata de rua feliz e mandem reviews!

bjnhos x333