Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...
Créditos à Cassandra Clare.
oOoOoOo
Tenshi Aburame: Ô minha flor! Não tava cobrando reviews de você non xD É apenas que tem gente que lê e bem que podia mandar uma reviewsinha né? Não mata ninguém e deixa uma gata de rua feliz... xPPPPPP Well, tenho um bocado de capítulos escritos, por isso ando postando rápido xD Pena que você não ganhou o doce da Petit... O Luke não é nenhum dos que você disse, bom, descubra quem é lendo esse cap!
Metal Ikarus: E... PIMPOM! (sacode um enorme sino cor de rosa que solta purpurinas, supre gay non? xDDDD) Você acertou o Dourado! Vou preparar um doce pra você xDDDD Os Esquecidos são bizarros non? Mó medo...x.x Milo é um super pervertido! Ainda veremos mais cenas com frases pervas desse escorpiano maluco xD Onde eles foram parar? Talvez numa selva amazônica, numa terra cheia de Esquecidos, na casa do Netal Ikaus(apanha) ou quem sabe... Bom, leia abaixo xD
oOoOoOo
Clary estava muito surpresa para gritar, a pior parte era a queda, seu coração flutuou até a garganta e seu estômago virou água, ela esticou os braços tentando encontrar algo em que se agarrar, mas apenas folhas rasgaram em suas mãos. Seu quadril e ombros bateram na terra macia e seu corpo rolou de lado, o ar finalmente voltava a seus pulmões.
Clary se preparava para se sentar quando algo pousou sobre ela, ela foi jogada para trás, testas se chocaram, seus joelhos se chocaram com os da outra pessoa, ela cuspiu cabelo(não o seu) e tentava se livrar do peso que parecia esmagá-la.
- Ouch!- Diz Milo caindo de lado.- Não precisa empurrar!
- Quem manda aterrissar em mim! Você não pesa pena sabia?
- Você não me deu muita escolha não é?- Milo se levanta e sorri marotamente para ela, seu olhar era terno, havia folhas em seus cabelos, ela podia ver o céu azul e uma ripa de telhado cinza atrás dele.- Não depois que você resolveu pular alegremente para dentro do portal! Teve sorte dele não nos despejar no East River!
- Você não precisava vir atrás de mim!- Esbraveja a garota.
- Precisava sim! Você não consegue se defender de situações hostis sem minha presença!
- Oh! Que doce, talvez eu te perdoe.
- Perdoar pelo quê?
- Por ter quase me esmagado! Ah! Esquece...- Clary limpa a sujeira da calça e tira as folhas dos cabelos.
Ela olhou para o lado e viu a grama marrom, morta atrás da cerca de grade e mais das ripas de madeira cinza que ela logo reconheceu.
- Eu sei onde estamos!- Diz Clary.
- Sa..sabe?- Gagueja Milo.
- Esta é a casa do Luke!
Eles estavam em frente à uma casa de madeira cinza ao lado de outras casas iguais enfileiradas ao longo da rua em frente ao rio Williamsburg. Uma brisa vinda do East River balançou uma pequena bandeira americana em cima de um monte de bloco ao lado da entrada.- Garroway Livros. Semi novos, novos e edições limitadas.- Milo lê em voz alta a placa de madeira ao lado do portão.- Ele mora em uma livraria?- O garoto olhou para porta escura em sua frente, com um enorme cadeado na maçaneta e um bolo de correspondências de poucos dias descansando no capacho, intocada..
- Ele mora atrás da loja.- Clary olha para os lados da rua vazia, o pequeno e tranqüilo bairro ficava do outro lado da arqueada ponte de Williamsburg e ao lado de uma antiga fábrica de açúcar. Do outro lado do rio, o sol estava atrás dos arranha-céus da baixa Manhattan, delineando eles em ouro.- Como chegamos aqui?
- Através do Portal. – Milo diz examinando o cadeado.- Ele leva você á qualquer lugar que esteja pensando.
- Mas eu não pensei em aqui.- Diz Clary.
- Talvez você tenha pensado só um pouco. Bem, uma vez que estamos aqui assim mesmo... O que vamos fazer?
- Vamos embora. Luke não me quer aqui.- Clary diz tristemente.
- E você vai apenas obedecer?
- O que eu posso fazer?- Clary balança os braços em torno de si mesma.
- Nós sempre temos escolhas!- Diz Milo.- Se eu fosse você estaria curiosas sobre Luke agora. Você tem as chaves?
- Não, mas Luke normalmente deixa a porta dos fundos aberta.- Clary aponta para o beco estreito entre a casa de Luke e a próxima, havia latas de lixo de plásticos, jornais e revistas dobradas e um balde com latas de soda. Pelo menos Luke ainda era um reciclador responsável.
- Ele está em casa?- pergunta Milo.
- O caminhão se foi, as luzes estão apagadas, acho que ele não está.- Diz vendo a vaga vazia.
- Então mostre o caminho.
O estreito corredor entre a fileira das casas terminava em uma alta grade de cerca onde ficava o pequeno jardim de Luke, onde parecia que as únicas coisas que floriam eram as ervas daninhas que cresciam através das pedras do pavimento, entre os cacos empoeirados.
- Vamos pular.- Diz Milo colocando a ponta da bota em uma lacuna da cerca, ele escalou, a cerca balançando. Clary olhou para as casas vizinhas certificando-se que ninguém os via, ao chegar no topo da cerca, Milo saltou para o outro lado, a queda entre os arbustos foi seguido de um audível uivo.
Clary pensou ser um gato, mas uma sombra preta e grande demais para ser um felino saltou da moita, Milo pulou sobre ele enquanto Clary escalava a cerca, ao chegar ao topo, ela se preparava para saltar quando o jeans de Isabelle enrosca em um pedaço de arame torcido para fora da cerca, rasgando a lateral da calça, ela se desequilibra e cai na moita.
- Peguei ele!- Milo diz com triunfo, torcendo o braço da suposta sombra.- Agora vamos ver a cara do sujeito.
- Me solta seu idiota!- O outro se debatia, Clary logo reconheceu a voz.
- Shura!- A garota diz tirando o capuz do rosto do amigo.
- Oh meu Deus!- Diz Milo soltando o garoto.- E eu achando que havia pego algo interessante...
- O que está fazendo escondido nos arbustos da casa do Luke? Ele sabe que você está aqui?
- É claro que ele não sabe!- Shura diz emburrado.- Luke parece ser do tipo que tem uma política rigorosa sobre adolescentes escondidos em seus arbustos.
- Mas você não é qualquer adolescente, Luke conhece você!
- Você tem ideia do que eu passei nos últimos dias? A ultima vez que te vi, você estava correndo feito doida para fora do Rocket sem ao menos dizer onde ia! Maia não apareceu por lá. Seu celular dava ocupado, então eu liguei para Luke, ele disse que você tinha ido passar uns dias na casa de parentes no interior, mas eu sei que você não tem parentes no interior! Fui até a casa da Maia, mas ela estava vazia, como se tivessem desaparecido da noite para o dia! Você poderia pelo menos ter ligado para dizer que estava dormindo com um loiro tingido metido à gótico!- Shura diz emburrado.
- Eu não estava dormindo com ele!- Clary diz, sentindo o sangue subir às suas bochechas.
- E eu sou naturalmente loiro, só para registro.- Diz Milo.
- Mas o que você andou fazendo esses dias? Você realmente tem uma parenta que contraiu gripe aviária e precisa ser cuidada até ficar melhor?- Pergunta Shura arrumando seus óculos.
- Luke disse isso?
- Não exatamente isso, apenas que você foi cuidar de uma parente doente e que provavelmente seu celular não funcionaria fora do país. Depois dele ter me enxotado de sua porta, eu fui olhar através da janela e o vi fazendo uma mala verde, como se fosse sair para um fim de semana. Foi então que eu decidi ficar de olho por aqui.
- Porque ele estava fazendo uma mala?- Pergunta Clary.
- Não faço ideia, mas ele embalava armas nela, um par de adagas, facas e até mesmo uma espada! E o mais estranho é que algumas delas brilhavam! Vai me dizer que estou ficando louco?- Shura olhou de Clary para Milo.
- Não. Não vou dizer que você é louco.- Clary olhou para Milo, os últimos raios de sol lançavam faíscas douradas em seus olhos.- Vou contar a verdade para ele.
- Eu sei.
- Não vai me impedir?
- O juramento ao Pacto me obriga a nunca dizer nada a um mundano, mas não obriga a você.- Ele diz pegando sua estela.
- Tudo bem, vou contar tudo a você...- Clary se vira para Shura.
O sol tinha escorregado inteiramente passando no horizonte e a varanda estava na completa escuridão quando Clary parou de falar, Shura ouvia a tudo impassível, piscando apenas na parte em que ela disse sobre o demênio Ravener. Ela limpou a garganta seca, morrendo por um copo de água.
- Alguma pergunta?- Pergunta Clary.
- Oh sim, tenho várias.
- Então manda!
- Ele é um... Como é mesmo que você chamou ele?- Shura apontava para Milo.
- Ele é um caçador das Sombras.
- Um Caçador de demônios, não há nada complicado nisso.-Diz Milo.
- Sério?- Shura olha para Clary, seus olhos apertados como se esperasse que eles dissessem que era mentira e que Milo era apenas um lunático fugitivo que Clary resolveu ajudar por motivos humanitários.
- Na real... E existem vampiros e lobisomens também?
- Foi o que ouvi.- Clary aperta os lábios.
- E você mata eles também?- Shura pergunta para Milo que havia guardado sua estela e agora observava suas impecáveis unhas, procurando por algum defeito.
- Apenas quando eles estão sendo desobedientes.
Shura olhou para seus pés. Clary pensou que não havia sido uma boa ideia sobrecarregar o amigo com essas coisas. Ele era o tipo de pessoa que odiava coisas que não tinham uma explicação lógica.
- Isto é fantástico!- Shura levanta a cabeça.
- Fantástico?- Milo parecia mais estarrecido do que Clary.
- Sim, é como Dungeons and Dragons, mas real!- Diz entusiasmado.
- Como oque?- Milo olha para Shura como se ele fosse alguma espécie bizarra de inseto.
- É um jogo.- Explica Clary, se sentindo levemente embaraçada.- As pessoas simulam ser magos e elfos e que matam monstros e outras criaturas.
- Já ouvi sobre calabouços(Dungeons), e sobre dragões, apesar da maioria estar extinta.- Diz Milo.
- Você nunca matou um dragão?- Shura parecia desapontado.
- Acorda Shura! Provavelmente ele nunca conheceu uma mulher elfa de 1,82 de altura, vestindo um biquíni de pele!
- Na verdade, há muitos elfos com 20 cm e eles mordem.- Diz Milo.
- Mas os vampiros são quentes, quer dizer, as vampiras são gatas?- Pergunta Shura.
Por um momento Clary pensou que Milo pularia em cima de Shura e o estrangularia pela falta de senso.
- Algumas são...- Milo sorri pervertido.
- Fantástico!- Shura repetiu. Clary preferia que eles estivesses lutando.
- Então, vamos vasculhar a casa?- pergunta Milo, escorregando a mão no corrimão.
- O que estão procurando? Estou dentro!- Shura pula animado.
- Nós? – Milo diz com uma sinistra delicadeza.- Não lembro de ter te convidado...
- Milo!- Clary diz com raiva.
- Estou brincando.- O canto de sua boca curvou em um sorriso.- Vamos?- Diz dando passagem para ela.
Clary tateou a maçaneta no escuro. Ela se abriu em reposta, ligou a luz da varanda, mas a porta que levava para a livraria estava fechada.
- Trancada...- Diz Clary forçando a maçaneta.
- Permita-me mundanos...- Diz afastando Clary suavemente para o lado, retirando sua estela do bolso.
Shura estava visivelmente emburrado, não pelas vampiras gostosas, mas muito provavelmente por ele nunca conseguir fazer coisas iguais a Milo.
- Um saco ele! Não sei como você agüenta ele.- Disse Shura.
- Ele salvou minha vida!
- E como...- Shura vira os olhos.
A porta se abriu com um clique.
- Aqui vamos nós!- Milo escorrega a estela de volta ao bolso.
Enquanto eles passavam pela porta, Clary percebeu uma marca sumindo em cima da maçaneta. A porta de trás abria-se para um quarto usado como depósito, com as paredes descascadas de tinta e muitas caixas de papelão amontoadas pelos cantos, seus conteúdos marcados com rabiscos: "Romance", "Ficção", "Locais de Interesse", "Poesia".
- O apartamento dele é por ali.- Clary foi na frente, caminhando em direção à porta que ela havia indicado.
- Espere.- Milo segurou seu braço.
- Alguma coisa errada?- Clary olhou nervosamente para ele.
- Eu não sei.- Ele foi para o estreito entre duas caixas.- Você precisa ver isso.
- Está tão escuro...- Ela olhou ao redor, a única iluminação era a fraca luz que vinha da varanda pela janela.
Uma luz incendiou, iluminando a sala em um brilhante cintilar.
- Ouch!- Shura virou a cabeça de lado, piscando.
Milo riu, ele estava em cima de uma caixa selada, segurava alguma coisa que cintilava entre seus dedos.
- Luz de bruxa.- Diz Milo.
Shura murmurou algo sob sua respiração. Clary estava escalando as caixas e indo aonde Milo estava, em cima de uma pilha de caixas de ficção, a luz de bruxa lançando uma misteriosa luz em seu rosto.
- Olhe isso...- Diz apontando para a parede, onde havia algo que Clary pensou serem castiçais ornamentais. Mas quando seus olhos se acostumaram a luz, ela percebeu que eram alças de metal, presas por curtas correntes de metal afundadas na parede.
- Isso são...- Clary diz assustada.
- Algemas.- Diz Shura.- Vai ver Luke gosta de brincadeiras diferentes.. Ai!
- Não diga coisas pervertidas! É do Luke que estamos falando!- Diz Clary depois de dar um cascudo no moreno.
Milo se aproximou das algemas e passou os dedos dentro de uma delas, ele saiu sujo de um pó vermelho e marrom.
- Sangue...- Diz observando os dedos.- E olhe! Alguém tentou arrancar isso da parede, e com força!- Diz vendo o gesso caindo em volta de uma das correntes.
- Será que Luke está bem?- Clary fica preocupada.
- Acho que seria melhor nós descobrirmos.- Milo abaixa a luz de bruxa.
O apartamento de Luke estava destrancado, ela dava para a sala de estar. Apesar da quantidade de livros que havia embaixo, no apartamento havia prateleiras que iam até o teto, cheio de livros, a maioria era de ficção e romance, Clary se lembrou de embarcar nas Crônicas de Narnia enrolada no assento embaixo da janela de Luke, enquanto o sol se punha no Esat River.
- Eu acho que ele ainda está aqui.- Diz Shura.- O coador está ligado e ainda tem café aqui, quente.
Clary olhou ao redor pela porta da cozinha, as prateleiras estavam fechadas e havia pratos empilhados na pia, as jaquetas de Luke estavam ordenadamente penduradas em cabides no armário. Ela caminhou pelo corredor até seu pequeno quarto, ele parecia normal, a coberta cinza sobre a cama e estofados espalhados, o abajur antigo sobre a cômoda e um livro aberto pela metade, parecia tudo da mesma maneira que ela sempre viu. Ela imaginou encontrar o lugar aos destroços e Luke amarrado em algum lugar, machucado e ensangüentado, agora ela estava confusa.
Ela atravessou a sala e foi até o quarto de hóspedes, onde ela dormiu milhares de vezes quando sua mãe saía a negócios, onde ficavam até tarde da noite assistindo filmes de terror e comendo pipoca de microondas. Embaixo da cama havia uma mochila com algumas coisas suas, para evitar ficar trazendo de sua casa.
Clary puxou a mochila verde musgo pela correia, havia bottoms qua havia ganhado de Shura e Maia. Ela verificou dentro, havia um troco de roupas dobradas, algumas calcinhas, escova de dente, uma escova e xampu.
Ela agradeceu à Deus e fechou a porta do quarto com um chute, tirando as roupas grandes demais de Isabelle, agora sujas de grama e suor, e colocou as suas, calças jeans e uma camiseta baby look preta com caracteres chineses. Colocou as velhas roupas na mochila e fechou pelo cordão, saindo do quarto com a mochila nas costas.
Ela encontrou Milo no escritório de Luke, observando a mala verde aberta sobre a mesa, ela estava, como Shura disse, cheia de armas curiosas, facas embainhadas, um chicote enrolado e algo que parecia uma navalha afiada em forma de disco.
- É um chakram.- Milo disse vendo Clary entrar pela porta. É uma arma hindu, você gira ela sobre os dedos antes de lançá-la, é uma arma difícil de usar, estranho Like ter uma. Ela costumava ser a arma de escolha de Dohko antigamente, pelo menos é o que ele disse.
- Luke coleciona coisas antigas.- Ela diz indicando uma estante alinhada com ícones indianos e russos. Sua preferida era uma estatueta da deusa indiana da destruição, Kali, brandindo uma espada e uma cabeça cortada enquanto ela dançava com a cabeça para trás e os olhos semi cerrados.
- Um punhado de roupas postas em cima da hora no fundo da mala.- Diz Milo, rodando o chakram nos dedos.- Acho que isso é seu.- Diz entregando um portarretrato emoldurado em madeira com uma enorme rachadura vertical no vidro, na foto, ela Luke e sua mãe sorrindo.
- É meu!- Diz pegando o objeto.
- Está rachado.- Diz Milo.
- Eu sei, eu atirei isso no demônio Ravener aquela vez.- Clary olhou para Milo como se lembrasse de algo.- Então quer dizer que Luke esteve no apartamento depois do ataque. Talvez até hoje.
- É por isso que o portal nos trouxe aqui.- Diz Milo.- Você não estava pensando em nada, por isso ele nos levou para o ultimo lugar utilizado.
- Legal madame Hilda não ter nos dito nada.- Diz Clary.
- Ele deve ter pago ela para fechar o bico. Ou que ela confie muito nele, mais do que confia na gente, o que pode significar que ele não é...
-Gente!- Shura entra desesperado no escritório- tem gente chegando!
- É o Luke?- Pergunta Clary.
- É, mas ele não está sozinho, tem dois homens junto.
- Homens?- Milo se apressou para a porta do escritório.- Bruxos!- Cuspiu a palavra como uma maldição.
- E agora?- Diz Shura.
- Há outra saída?- pergunta Milo.
- Não.- Clary podia ouvir os passos pelo corredor agora muito próximos, seu coração subiu para a boca.
- Vão para trás daquilo, agora!- Diz Milo, indicando uma tela.
Clary largou o retrato fraturado na mesa e escorregou para trás da tela depois de Shura, Milo entrou atrás, segurando sua estela. Ele mal havia se escondido quando a porta se abriu oscilante, ela viu três figuras dentro da sala, e agora vozes. Ela olhou para Shura que estava pálido como papel e depois para Milo, que riscava pequenos quadrados atrás de toda a tela com a ponta de sua estela, aos poucos ela viu o quadrado se tornando transparente, como um painel de vidro. Shura sugou sua respiração.
- Eles não podem nos ver, mas nós podemos ver eles.- Milo sussurra.
Mordendo o lábio, Clary se deslocou para o outro canto do painel, ela podia ver nitidamente toda a sala, a mesa, as prateleiras com livros, a mala aberta sobre a mesa e Luke, que parecia áspero e humilhado, seus óculos no topo de sua cabeça de pé perto da porta. Era assustador, ela nunca imaginou que ele pudesse enxergar sem eles, a janela que Milo fez parecia aquelas das salas de investigação da delegacia: estritamente só de um lado.
- Fiquem a vontade para verem ao redor.- Luke diz para os convidados com sarcasmo.- legal da parte de você mostrarem algum interesse.
Havia dois homens com Luke, vestiam compridos mantos avermelhados, um deles tinha os cabelos acinzentados e longos, a franja cobria seus olhos, o outro tinha os cabelos negros e mais curtos e olhos amarelados.
- Aqueles são bruxos?- Perguntou Clary.
Milo não respondeu, estava rígido como uma barra de ferro. Clary imaginou que ele estava preocupado que ela pudesse pular em cima de Luke, ele queria poder dizer à ele que podia relaxar.
Havia alguma coisa naqueles dois homens de capa cor de sangue, algo assustador.
- Considere isso uma amigável companhia, Graymark.- Diz o de cabelos cinzas, seu sorrido mostrou dentes pontiagudos e afiados como as de um canibal.
- Não há nada de amigável em você, Minos.- Diz Luke, sentando na ponta da mesa, evitando que os homens vejam sua mala e o conteúdo dela. Clary pôde ver sua mão machucada e arranhada, além de um arranhão no pescoço, sendo escondida pelo colarinho, o que tinha acontecido com ele? Havia algo diferente nele, algo que nunca tinha prestado atenção ou percebido, Luke tinha os olhos de um tom violeta rosado, além de duas estranhas marcas na testa. Tanto tempo e ela nunca percebeu?
- Isso é valioso, não mexa nisso Aiacos!- Luke diz ríspidamente para o moreno que segurava a estátua da deusa Kali.
- Isso é legal.- Aiacos passa os dedos sobre a estátua.
- Ah, deusa Kali.- Minos pega a estátua das mãos de seu companheiro.- Ela foi criada para lutar com um demônio que não podia ser derrotado por nenhum homem ou deus. Oh Kali, minha mãe cheia de felicidade, feiticeira da onipotente Shiva. Em tua alegria delirante tu dançaste, batendo suas mãos arte de mover tudo o que se move, e nós somos apenas seu imponentes brinquedos.
- Muito bem.- Diz Luke.- Não sabia que estudava mitos hindus.
- Todo mito é verdadeiro.- Diz Minos. Clary sentiu um calafrio.- Ou já se esqueceu disso também?
- Eu não esqueci nada.- Apesar de parecer relaxado, Clary percebeu que Luke estava nervoso, vendo a linha de sua boca e pescoço.- Suponho que Valentine enviou vocês?
- Ele mandou.- Disse Minos.- Ele pensou que você tivesse mudado de ideia.
- Não há nada para ser mudado. Já disse que não sei de nada.- Diz Luke.- Aliás, belos mantos.
- Obrigado.- Diz Aiacos com um sorriso astuto.- Tiramos de dois bruxos mortos.
- Esses são os mantos oficiais do Acordo?- Luke disse.- Eles vêm da revolta?
- Espólios da batalha- Aiacos sorri suavemente.
- Vocês não tem medo de alguém confundir vocês?
- Não.- Diz Minos.- desde que eles não se aproximem.
- Você se lembra da batalha, Shion?- Minos acariciou o manto.- Aquele foi um grande e terrível dia. Lembra que nós treinamos juntos?
- Passado é passado!- O rosto de Luke se retorceu.- Não sei o que dizer à vocês senhores. Eu não sei de nada!
- "Nada" é um tipo de palavra usual, sem sentido específico.- Diz Aiacos.- Alguém com tantos livros deve saber de alguma coisa.
- Se você quiser um lugar para descansar na primavera, eu posso indicar um livro. Mas se você quer saber sobre a Taça mortal que desapareceu...
- Desaparecida pode não ser a palavra correte.- Minos murmurou.- Escondida é melhor. Escondida por Jocelyn.
- Ela ainda não falou nada?
- Ela ainda não recobrou os sentidos.- Minos recortava o ar com os dedos.- Valentine estava ansioso pela sua reunião.
- Eu tenho certeza que ela não sente o mesmo.- Luke murmura.
- Com ciúmes Graymark?- Gargalhou Minos.- Talvez você já não sinta a mesma coisa que sentia por ela antes.
Um tremor começou pelos dedos de Clary que teve que segurar suas mãos. Jocelyn? Eles estavam falando de sua mãe?
- Eu nunca senti nada em particular sobre ela.- Diz Luke.- Não é estranho estarmos juntos, já que ambos somos Caçadores das Sombras exilados pelos da própria espécie. Mas não se preocupem, não tenho intenção de interferir nos planos de Valentine sobre ela, se é isso que preocupa ele.
- Não diria que ele está preocupado.- Diz Minos.- Mas curioso. Todos nós nos perguntamos se vocês estavam vivos. Ainda reconhecidamente humanos.
- E?- Luke se mostrava sem interesse.
- E, você parecem bem.- Minos diz mesquinhamente, colocando a estátua de Kali na estante.- Havia uma criança não? Uma garota.
- O que?- Luke parecia surpreso.
- Não se faça de bobo, Shion!- Rosna Aiacos.- Nós sabemos que a cadela tinha uma filha! Nós vimos fotos dela no apartamento, e um quarto.
- Ah sim. Pensei que perguntavam sobre meus filhos. Jocelyn tinha uma filha, Clarissa, mas parece que ela fugiu. Valentine mandou vocês para pegá-la?
- Nós não. Mas ele está procurando por ela.- Diz Minos.
- Poderíamos procurar nesse lugar.- Adiciona Aiacos.
- Não aconselharia vocês a isso.- Aquilo soou mais como uma ameaça, o olhar de Luke era frio, apesar dele não ter mudado sua expressão.- E o que faz vocês pensarem que ela está viva? Valentine mandou Raverners para explorar o lugar, todos sabem que venenos de Raveners são fortes, normalmente um humano morreria facilmente e viraria cinzas.
- Mas havia um Ravener morto.- Diz Minos.- isso faz Valentine ter suas dúvidas.
- Qualquer coisa é motivo para Valentine ter dúvidas!- Diz Luke.- Talvez Jocelyn tenha matado ela. Ela é bem capaz disso.
- Talvez...- Grunhiu Aiacos.
- Olha, eu diria que ela está morta, se isso vale alguma coisa. Caso contrário ela teria aparecido. De qualquer maneira ela não era um perigo, nunca ouviu falar de Valentine e nem acreditava em demônios.
- Uma criança afortunada.- Diz Minos.
- Não mais.- Diz Luke.
- Isso soou raivoso, Shion?- Aiacos levantou uma sobrancelha.
- Não estou com raiva, estou exasperado. Não pretendo interferir nos planos de Valentine não sou tolo!
- É bom ver que você desenvolveu amor à própria vida, Shion, você era sempre tão pragmático.- Diz Aiacos.
- Você sabe que nós trocaremos Jocelyn pela taça?- Diz Minos.- Diretamente entregue na sua porta, promessa do próprio Valentine.
- Eu sei, mas não estou interessado. Não sei onde sua preciosa taça está! Eu conheço Valentine e sei que ele irá matar qualquer um que entrar em seu caminho. Eu odeio ele, mas o respeito. Ele é um louco assassino.- Diz Luke.
- Olha quem está falando.- Rosna Aiacos.
- Imagino que esses sejam os preparativos para sair do caminho de Valentine.- Diz Minos apontando para a mala semi oculta sobre a mesa.- Está de viagem?
- Estou saindo para fora do país, prefiro ficar lá por enquanto.- Luke concorda lentamente.
- Nós poderíamos te impedir, fazer você ficar.- Diz Aiacos.
- Vocês poderiam tentar.- Luke sorriu. Seu rosto estava transformado, em nada lembrava o homem acadêmico que empurrava Clary na balança ou a ensinou a andar de bicicleta, seu olhar era frio e odioso.
- Esperamos que você nos informe, caso experimente qualquer restauração de memória.- Diz Minos.
- Vocês serão os primeiros.- Diz Luke fechando a mala.
- Luke!- Diz uma voz feminina familiar no andar de baixo.
- Estão de saída senhores?- Diz Like pegando sua mala.
- Acho que estamos indo.- Diz Minos cobrindo o rosto com o capuz.- Que o Anjo o guarde.
- Anjos não guardam aqueles como eu.- Luke diz amargamente.
Os três deixam a permaneceu onde estava, congelada, ela ouviu o som da porta da frente ser fechada e as correntes serem firmemente trancadas com um cadeado. Em sua mente o olhar de Luke, frio e cheio de ódio, no momento em que disse que não queria saber de ajudar sua mãe.
- Você está bem?- Ela sente um toque em seu ombro, era Shura.
Clary balançou a cabeça mudamente, esta longe de estar ok, na verdade sentia como se nunca mais fosse ficar bem novamente.
- É claro que ela não está bem, imbecil!- Diz Milo, removendo a tela da frente deles, seu olhar era frio e duro como uma lasca de gelo.- pelo menos sabemos que eles mandaram o demônio pata atacar sua mãe, eles acham que ela tem a Taça.
- Mas isso é impossível!- Diz Clary.
- Talvez...- Milo diz pensativo.- Você conhece aqueles homens? Já os viu antes?
- Não.- Clary balança a cabeça.- Nunca vi eles.
- Mas Luke parecia conhecer, foi até gentil com eles.
- Não diria gentil- Diz Shura.- Acho que estava suprimindo sua hostilidade.
- Eles não iriam matá-lo.- Diz Milo.- Eles acham que Luke sabe mais do que está falando.
- Talvez.- Diz Clary.
- Ou talvez estejam relutantes para matar outro Caçador das Sombras.- Diz Milo.
- Porque você diz isso? Você conhece eles?- Pergunta Clary assustada.
- Foram eles que mataram meu pai.- Milo fecha o punho tremendo.
xXxXxXxXx
Nyahoooo! Eeee o Luke é o Shion! Achei que combinaria com ele, pensei no Dohko sendo o Luke, mas o Shion ficou mais a cara dele...u.u
Sem muita coisa para comentar nesse capítulo... mandem reviews! Nem que seja um "oi" xD
bjnhos x333
