Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...
Créditos à Cassandra Clare.
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Tenshi Aburame: Siiiim! Os Irmãos do Silêncio são super bizarros x.x Eu é que não queria ver eles T-T Pobre Clary... Bom, a Maia aparecerá mais para frente xD Ela é surpresa xDDD (apanha)
Luiza Carla Vicari: Thnxs a review mocinha! Sim, teremos romance, mas mais para frente! E muitas supresas!
Metal Ikarus: As tiradas do Milo são ótimas não? Ele é muito narciso xDDDD Os Irmãos do Silêncio serão revelados nesse capítulo! Você ainda verá muitas surpresas incluindo a Clary e o Milo!
Margarida: Minha flor linda! Saudades das suas reviews! mas entendo que esteja ocupada, como disse, não é qualquer u mque vagaba com oeu xDDD(só quando o filhote dorme) xD Hahahaha! nada contra os nerds nem contra quem usa camiseta de banda, existem mil tipos de nerds pelo mundo e um dos piores vivem aqui no Japão, xDDD Shura é um otaku nerd, fashion xDDD
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Betado por Black Scorpio no Nyx, thnxs linda!
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- Estamos em um cemitério? Mas eles pararam de enterrar pessoas em Manhattan há séculos porque não cabiam mais pessoas, certo?- Pergunta Clary enquanto eles se moviam por um estreito beco com paredes altas de ambos os lados.
- Mas a Cidade de Osso tem estado aqui há mais tempo do que isso.- A carruagem finalmente parou.
Clary se levantou enquanto Milo esticava o braço para fora da janela, estava apenas abrindo a porta do lado dela, o braço dele era levemente musculoso e com finos pelos dourados como pólen.
- Você não teve escolha não é?- perguntou Clary.- Sobre ser um Caçador das Sombras.
- Não.- Responde Milo.
A porta bateu aberta, a carruagem havia parado em frente a uma vasta praça cercada por musguentos muros de mármore.
- E mesmo que tivesse uma escolha, ainda optaria por ser Caçador das Sombras.
- Porque?
- Porque? - Milo ergue uma sobrancelha, fazendo Clary sentir ciúmes, ela sempre quis conseguir fazer isso.- Porque é nisso que sou bom.
Milo pulou para fora da carruagem, Clary escorregou de seu acento e se pendurou na porta com as pernas balançando e se soltou, até o chão era uma boa altura, o impacto fez os pés dela doerem, mas ela não caiu.
- Eu devia ter te ajudado a descer...- Diz Milo.
- Não precisava.- Ela diz piscando.
Irmão Jeremiah desceu de seu poleiro atrás dos cavalos, um silencioso cair de manto. Ele não projetava sombra abaixo de si, na grama endurecida.
Venham. Ele deslizou para longe das luzes da Segunda Avenida, indo para o meio escuro da praça, era claro que esperava que Milo e Clary o seguissem.
A grama estava seca e estalante sob os pés, os muros de mármore eram perolados e havia nomes e datas esculpidos nele, demorou um tempo até Clary perceber que se tratava de marcas de sepulcro, um arrepio passou por ela. Onde estavam os corpos? Enterrados nas paredes na posição vertical? Absorta, ela havia esquecido de olhar por onde andava, logo trombou em algo a sua frente, Clary acabou soltando um grito.
- Não grite desse jeito! Vai acordar os mortos!- Diz Milo.
- Mas porque paramos de repente?
Milo apontou para frente, onde Irmão Jeremiah que havia chegado em uma estátua um pouco mais alta que ele. Era de mármore com a base cheia de musgos, um anjo belo e triste segurando uma taça ornamentada com jóias, havia uma data na base: 1234, junto a uma inscrição em torno dela: Nephilim: facilis descensus averni.
- Isso significa a Taça Mortal?- Pergunta Clary.
- Sim, e na base está escrito o lema Dops Caçadores das Sombras.
- E o que significa?
- Significa: Os Caçadores de Sombras ficam melhores de preto do que as viúvas de seus inimigos desde 1234.- O sorriso branco de Milo era um flash na escuridão.
- Milo...- Clary olha feio para ele.
Significa, disse Jeremiah, a descida ao inferno é fácil.
- Bonito e jovial...- Disse Clary sentindo um arrepio na espinha apesar do calor.
- Essa é uma piada dos Irmãos do Silêncio.- Diz Milo.
Irmão Jeremiah havia tirado sua estela de algum bolso interno de seu manto, ele traçou linhas de uma runa na base da estátua, a boca do anjo se moveu em um grito mudo e abriu um buraco negro aos pés de Irmão Jeremiah como uma sepultura.
Clary se aproximou do buraco lentamente, um conjunto de escadas de granito gastas pelo tempo de uso levavam a escuridão, haviam tochas ao longo dos degraus em intervalos ofuscando um verde quente e um azul gelado, o inferior das escadas estava perdida na escuridão.
- Vamos.- Diz Milo logo que começou a descer as escadas, como se estivesse acostumado com aquilo, parecia impaciente.
Clary tinha colocado seu pé no primeiro degrau quando sentiu algo gelado em seu punho, ela virou se assustada, os dedos frios e brancos de Irmão Jeremiah cavando a pele, ela podia ver o brilho ósseo de seu cicatrizado rosto abaixo da ponta de seu capuz.
Não tema. Disse a voz dentro de sua cabeça. Isso levaria menos que um simples choro humano para despertar os mortos.
Quando a mão soltou seu braço, Clary deslizou rapidamente para perto de Milo que havia pegado uma das tochas esverdeadas.
- Você está bem? - Pergunta.
Clary concordou, não confiando plenamente em si, as escadas terminavam em um raso desembarcadouro, à frente deles esticava um túnel, longo escuro e sulcado com encurvadas raízes de árvores.
- É tão escuro aqui...- Balbucia Clary vendo uma luz azulada no fim do túnel.
- Você quer que eu segure sua mão?
- Não precisa falar com superioridade comigo!- Clary emburrou como uma criança e colocou ambas as mãos em suas costas.
- Dificilmente poderia falar abaixo de você, é muito pequena.- Milo diz passando por ela, a tocha chuviscando faíscas enquanto ele se movia.- Não precisa fazer cerimônias Irmão Jeremiah, vá na frente que nós te seguimos.
Clary pulou, ainda não estava acostumada com os movimentos silenciosos do arquivista. Ele se moveu de onde estava, atrás dela e liderou túnel a dentro, depois de um tempo, Clary o seguiu, dando um tapa na mão estendida de Milo quando passou por ele.
A primeira coisa que Clary viu da Cidade do Silêncio foi a fileira de arcos de mármore que subiam e desciam desaparecendo ao fundo com ordenadas árvores em um pomar. O mármore em si era puro, de um pálido marfim, duro e parecendo polido, inseridos em locais com estreitas faixas de ônix, jade e jaspe. Clary percebeu que o chão estava enfeitado com as mesmas runas que às vezes decorava a pele de Milo, com padrões de linhas, círculos e espirais trançados.
Quando os três passaram pelo primeiro bloco, algo assomou acima e do lado esquerdo dela, um bloco de pedra branca, macia e quadrada, que lembrou Clary das casinhas de boneca, só que em tamanho gigante, onde se podia ficar em pé dentro dela.
- É um mausoléu.- Diz Milo dirigindo a luz da tocha naquela direção, Clary pôde ver runas inscritas na porta, trancada com parafusos..- Enterramos nossos mortos aqui.
- Todos eles?- Perguntou Clary, meio que esperando por Milo responder que seu pai também estava ali, mas ele virou a cabeça para longe do alcance de sua voz. Clary apressou os passos, não queria ficar a sós com Irmão Jeremiah naquele lugar assustador.- Pensei que isso fosse uma biblioteca.
Existem vários níveis na Cidade do Silêncio, minha criança. Aqueles que morrem em batalha são cremados e seu sangue e ossos usados para fazer esses mármores, eles são em si uma forte proteção contra o mau. Mesmo depois da morte, a Clave serve a causa.
Que exaustivo, pensou Clary, lutar a vida toda e mesmo depois da morte não ter sossego. Enquanto caminhavam, os blocos brancos foram aumentando nos dois lados da parede, ela compreendeu porque ali era chamado de Cidade do Silêncio, os únicos moradores eram os Irmãos mudos e os mortos ali guardados...
Eles haviam chegado a outro nível de escada que desciam para outra luz fraca, Milo iluminou as paredes do lugar.
- Estamos indo para o segundo nível, é onde ficam os arquivos e a sala do conselho, se isso te tranqüiliza.
- E onde estão os alojamentos?- Clary perguntou em parte por educação, e em outra por curiosidade.- Onde eles dormem?
Dormir...
O silêncio perdurou na escuridão.
- Você tinha que perguntar?- Riu Milo.
Ao pé da escada havia outro túnel que se ampliava em um pavilhão amplo e quadrado, cada canto do qual era entalhado com um pináculo de queimavam em longos suportes de ônix, no centro da sala uma longa mesa de basalto preto com nervuras brancas.
Por trás da mesa, pendurada na parede, uma enorme espada de prata, o cabo era esculpido em forma de uma asa estendida. Sentados à mesa uma fila de Irmãos do Silêncio vestidos com o mesmo manto cor de pergaminho de Irmão Jeremiah.
Nós chegamos Clarissa. Fique a frente do Conselho.
Clary olhou para Milo que parecia confuso, Irmão Jeremiah deve ter falado apenas em sua cabeça. Ela olhou por cima da mesa, para a fila de figuras silenciosas vestidos em seus pesados robes. Quadrados alternavam o piso do salão, bronze dourado e um vermelho escuro, em frente à mesa, um grande quadrado de mármore preto entalhado com inúmeras estrelas prateadas.
Clary caminhou até o quadrado preto, como se ela estivesse em frente a um grupo de fuzilamento.
- Tudo bem... E agora?- Pergunta Clary.
Os Irmãos fizeram um ruído, algo que fez Clary ficar arrepiada, um misto de gemido e suspiro. Em uníssono, eles se levantaram e puxaram os capuzes para trás, revelando rostos cheios de cicatrizes e as covas de seus olhos vazios.
Clary já tinha visto o rosto de Irmão Jeremiah, mas ao ver tantos outros iguais, o estômago dela deu um nó. Foi como olhar para uma fila de caveiras como uma daquelas xilogravuras medievais, onde os esqueletos dançavam e pulavam em meio a corpos mortos. As bocas costuradas pareciam sorrir para ela.
O Conselho saúda você, Clarissa Fray.
Ao invés de uma voz, ela ouviu várias, algumas baixas e ásperas, algumas suaves e monótonas, mas todas exigentes e insistentes, empurrando a frágil barreira de sua mente.
- Pare!- Clary deu passos para trás, As vozes de sua cabeça pararam como uma gravação cortada.- Vocês podem entrar na minha mente, mas apenas quando eu estiver preparada.
Se não quiser nossa ajuda, não há necessidade para isso. Mas foram vocês que pediram nossa assistência, depois de tudo.
- Vocês querem saber o que há na minha mente, assim como eu.- Disse Clary.- Mas nem por isso há necessidade de não serem cuidadosos!
Isso é reconhecidamente, um interessante quebra-cabeças. O Irmão que estava sentado na cadeira central se inclinou para frente, colocando seus finos dedos esqueléticos em baixo de seu queixo. Mas não há necessidade do uso da força, se você não resistir.
Clary rangeu os dentes, queria expulsar aquelas vozes intrusas de sua mente, as vozes que estavam tão perto de violar os seus mais íntimos pensamentos...
Mas se ela não permitisse que eles entrassem em sua mente, Clary nunca saberia o que fizeram com ela, essa era chance. Uma vez que alguém já havia violado sua mente.
- Vá em frente. - Clary fecha seus olhos.
Declare seu nome para o Conselho. O primeiro contato veio em um sussurro, delicado como um roçar de uma folha.
"Clarissa Fray."
Quem é você?. Uma segunda voz se juntou a primeira.
"Eu sou Clary. Minha mãe é Jocelyn Fray, moro na Berkeley Place 807, no Brooklin, tenho 15 anos e meu pai é..."
Sua mente parecia acertar ela mesma, como um elástico, Clary cambaleou em um silencioso turbilhão de imagens expressas no interior de suas pálpebras fechadas. Sua mãe se apressando em uma noite, a rua escura entre pilhas de neve suja.
Agora as imagens estavam mais rápidas, como naqueles livros com desenhos que se movem ao folhear as páginas.
Clary estava no topo de uma escada elevada, olhando para baixo, no estreito corredor, lá estava Luke com sua mala verde, Jocelyn agitava a cabeça dela.
- Porque agora Shion? Pensei que estivesse morto...
Clary piscou, Luke parecia um estranho, barbudo e seus cabelos desgrenhados, ramificações desciam para tampar sua visão. Agora ela estava em um parque, pequenas fadas verdes zumbiam em cima de uma flor vermelha. Ela agarrou uma em deleite, sua mãe a segurou no colo com um grito de terror. Depois estavam andando na neve novamente, Jocelyn apressadamente meio que puxava, meio que empurrava Clary em meio a bancos de neve segurando um guarda chuva. Um portal de granito surgiu para compensar a brancura da neve, logo ela estava de pé em um local que cheirava a ferro e neve derretida. Alguém ergue seu queixo com o dedo e ela olhou para cima, viu uma fileira de palavras pairando na parede, duas delas saltaram para ela, queimando seus olhos: MAGNUS BANE.
Uma súbita dor atingiu seu braço direito, ela gritou enquanto as imagens caíam e ela girava para cima, rompendo a superfície da consciência igual a um mergulhador rompendo uma onda. Havia algo frio pressionando sua bochecha.
Quando ela abriu os olhos viu estrelas, piscou duas vezes até perceber que estava deitada no chão de mármore, seus joelhos dobrados na altura do peito, ela tentou se mover, mas sentiu uma dor quente subindo pelo braço.
Ela delicadamente sentou, a pele de seu cotovelo esquerdo estava descascado e sangrando, ela devia ter batido quando caiu, havia sangue em sua camiseta. Ao seu lado Milo a olhava imóvel, mas tenso ao redor da boca.
Magnus Bane...
Aquelas palavras significavam alguma coisa, mas Clary não sabia o que, antes que pudesse questionar em voz alta, Irmão Jeremiah interrompeu ela.
O bloqueio em sua mente é mais forte do que havíamos previsto. Apenas a pessoa que o colocou pode removê-la, se tentássemos, você poderia morrer.
- Mas eu não sei quem o colocou! Se soubesse, não teria vindo aqui.- Diz Clary se pondo de pé e segurando o braço ferido.
A resposta está tecida no filamento de seus pensamentos. Em seu sonho acordado você viu escrito. Diz Irmão Jeremiah.
- Magnus Bane... Mas isso não faz sentido!- Diz Clary.
É o suficiente. Irmão Jeremiah se pôs de pé, como se isso fosse um sinal, os outros Irmãos se levantaram ao lado dele e viraram o rosto em direção à Milo, como um gesto de reconhecimento silencioso, em seguida sumiram entre os pilares em uma fila. Apenas Irmão Jeremiah permaneceu, assistindo impassivamente Milo se apressar para ver Clary.
- Seu braço está bem? Deixe me ver.- Milo exigiu puxando o pulso dela.
- Ouch! Tudo bem. Não faça isso, você está deixando ele pior.- Diz Clary tentando puxar de volta.
Ele virou seu braço para cima delicadamente, mais gentilmente do que ela imaginou que ele seria capaz. Ele colocou o lábio inferior entre os dentes e assobiou, ela viu o sangue tampando seu braço do cotovelo até o punho, ele virou o rosto, odiava a visão de sangue. O braço estava rígido, latejante e doloroso.
- É agora que você rasga um pedaço da camisa e amarra em meu machucado? - Pergunta Clary.
- Se você queria que eu rasgasse minha roupa era só pedir.- Milo diz puxando a estela de seu bolso.- Seria menos dolorido.
Lembrando da sensação de ardor quando a estela tocou seu punho da primeira vez, ela se encolheu, mas a única coisa que sentiu dessa vez foi um vago calor.
- Aí está- Diz Milo endireitando o braço dela. Clary moveu o braço impressionada, o sangue ainda estava lá, mas a dor e a rigidez haviam sumido.- E da próxima vez que você quiser se machucar para chamar minha atenção, lembre-se que palavras gentis ajudam.
- Vou tentar me lembrar disso. - Os lábios de Clary se movem para um sorriso.- Obrigada.
- Irmão Jeremiah.- Milo guardou a estela em seu bolso sem se dar o trabalho de virar para Clary, mas ela pensou ter visto uma sensação de gratificação acertar seus ombros.- Você esteve quieto esse tempo todo, talvez tenha algum pensamento para compartilhar conosco.
Estou encarregado de conduzi-los pela Cidade do Silêncio. Foi tudo que o arquivista disse. Clary se perguntou se foi imaginação sua ou se havia um tom ligeiramente insultado em sua "voz".
- Nós podemos achar a saída por nós mesmos.- Disse Milo.- Tenho certeza que era por aqui...
As maravilhas da Cidade do Silêncio não são para os olhos dos não experientes. Irmão Jeremiah virou as cotas com um farfalhar silencioso de suas vestes. Por aqui.
Quando eles emergiram para a superfície, Clary tomou profundas respirações do ar da manhã, a cidade rescendia ao cheiro de poluição, sujeira e humanidade.
- Vai chover.- Diz Milo olhando para os lados cuidadosamente.
Ele tinha razão, as nuvens cinzentas se moviam rapidamente pelo céu.
- Nós vamos tomar a carruagem de volta para o Instituto?- Pergunta Clary.
Irmão Jeremiah estava parado como uma estátua, a carruagem negra parada como uma sombra perto do arco de entrada.
- De jeito nenhum!- Diz Milo.- Eu odeio essas coisas, vamos de táxi!
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Milo inclinou-se para frente e deu batidas no vidro que separava o taxista do passageiro.
- Vire à esquerda. Esquerda! Eu disse para tomar a Broadway, seu cérebro morto idiota!- Disse irritado.
O taxista respondeu com vibrações no volante tão difíceis para esquerda que Clary foi jogada contra Milo.
- Porque estamos indo para Broadway, afinal?
- Estou com fome! Não há nada em casa a não ser sobra do chinês de ontem!- Diz Milo pegando seu celular.- Alec! Acorda!- Clary ouviu um zumbido irritado do outro lado da linha.- Nos encontre no Taki! Café da manhã! Sim, você me ouviu, café da manhã! Como? São alguns quarteirões daí!
Ele desligou o celular e o enfiou em um dos seus inúmeros bolsos enquanto eram empurrados para o meio fio. Assim que o táxi parou, Milo entregou um punhado de notas amassadas ao motorista e puxou Clary para fora.
- Bem vindo ao maior restaurante de nova York!- Milo diz se espreguiçando como um gato.
Não parecia muito... Um baixo prédio de tijolos que arqueava no meio como um suflê arruinado. O letreiro neon perdurava de um lado estalando, havia dois homens altos de capuz pardos na porta estreita, não havia janelas.
- Isso parece mais uma prisão.- Clary olha torto.
- Mas se isso fosse uma prisão, você poderia pedir um espaguete fradiavolo que faria você lamber os dedos? Eu acho que não.- Milo diz apontando para o prédio.
- Mas eu não preciso de um espaguete! Eu preciso saber o que é um Magnus Bane!
- Não é um o que. É um quem?- Diz Milo.- É um nome.
- Você sabe quem é ele?
- Um bruxo.- Diz Milo com a voz mais moderada.- Apenas um bruxo poderia colocar um bloqueio mental em você, ou um dos Irmãos do Silêncio, mas obviamente não foi um deles.
- Você ouviu falar desse bruxo?- Exigiu Clary.
- O nome soa familiar...
- Ei!- Diz Alec. Parecia que ele tinha rolado da cama e colocado um jeans por cima do pijama, seus cabelos estavam bagunçados em torno da cabeça. Ele se aproximou de Milo, ignorando Clary como de costume.- Izzy logo estará aqui, ela vai trazer o mundano.
- Shura? De onde ele veio?
- Ele foi a primeira coisa que apareceu no Instituto, insistiu para ver Clary, o amor é lindo.- Alec diz com a voz zombeteira e Clary queria chutar ele.- Mas afinal, vamos ficar aqui enrolando ou entrar? Estou morrendo de fome!
- Eu também!- Diz Milo.- Poderia realmente comer um prato cheio de rabo de rato frito!
- Comer o que?- Clary pensou ter ouvido mau.
- Relaxa, é só um café da manhã.
Eles foram em direção ao homem parado em frente à porta, de perto, Clary pôde ver o rosto dele por baixo do chapéu de abas, tinha a pele vermelha e tinha dentes pontiagudos e amarelados, os dedos das mãos quadradas terminando com unhas azuis empretecidas, Clary endureceu enquanto Alec e Milo pareceram tranqüilos, eles disseram algo para o homem que deu passagem a eles.
- O que era aquilo?- Pergunta Clary assim que entram no estabelecimento.
- Você quer dizer Clancy?- Pergunta Milo olhando a iluminação local. O interior era agradável, apesar da falta de janelas, aconchegantes cabines estavam aninhadas uma ao lado das outras com estofados coloridos. Adoravelmente não combinando, louças de barro enfileiradas no balcão onde estava uma garota loira em um avental rosa e branco, atrás do caixa, um homem de barba branca contava o dinheiro, gesticulando para que eles sentassem onde quisessem.
- O Clancy ajuda manter longe pessoas indesejáveis.- Diz Milo caminhando para uma das cabines.
- Ele é um demônio?- Ela perguntou. Vários freqüentadores se viraram para olhá-la, um garoto com dreads pontudos azuis estava sentado na frente de uma garota indígena com asas douradas brotando como neblina de suas costas, o garoto fechou a cara.
- Não. Ele não é um demônio.- Milo deslizou para uma das cabines, Clary pensou em sentar ao lado dele, mas Alec já estava lá, ela se sentou no outro lado da cabine, de frente a eles, seu braço ainda doía um pouco apesar da ajuda de Milo, ela se sentia tonta e leve, como se os Irmãos do Silêncio tivessem entrado dentro dela e a escavado, tirando tudo para fora.- Ele é um Ifrit.- Milo explica.- São um tipo de bruxos que não podem soltar magia, o lado demônio é mais forte neles.
- Pobres bastardos.- Diz Alec pegando seu menu.
Clary faz o mesmo e pega o seu. Gafanhotos ao mel era o prato especial do dia, assim como várias carnes cruas, peixes crus e um sanduíche de asas de morcego tostadas, ela vira para a página de bebida, onde havia uma variedade de sangue animal, denominados como tipo A, tipo O e tipo B negativo.
- Quem come peixe cru inteiro?- Clary pergunta em voz alta.
- Os Kelpies, talvez os Selkies e possivelmente os nixies.- Diz Alec.
- Não peça nenhuma comida de fada.- Diz Milo sem tirar os olhos do menu.- Elas tendem a deixar os humanos loucos. Em um minuto você está mastigando uma ameixa de fada e no outro está correndo nu pela Avenida Maddison com galhos na cabeça.- Não... - Acrescentou Milo. - Que isso tenha acontecido uma vez comigo, caso esteja pensando.
- Você se lembra... - Alec começou uma história contendo muitos nomes que Clary simplesmente não se deu ao trabalho de acompanhar. Ela olhou para ambos, a maneira como Alec olhava e falava enquanto cutucava seu copo de água com a unha, era visível que Milo não prestava muita atenção, apenas respondia algumas vezes automaticamente. Alec se destacava claramente na cena, Clary se imaginou desenhando eles, Milo meio embaçado enquanto Alec teria destaque em cores claras e suaves.
- Nós nunca teremos um café?- Milo diz vendo a garçonete passar, cortando Alec no meio da frase.
- Para que todas essas carnes cruas?- Pergunta Clary indicando a terceira página do menu.
- Lobisomens.- Responde Milo.- Se bem que eu gosto de um bife meio sangrento as vezes. Comida humana está na parte de trás.- Milo vira o menu.
- Eles tem smoothie(um tipo de Milk shake) aqui?- Diz Clary vendo maravilhada a seleção de comidas normais.
- Eles tem esse smoothie de damasco e ameixa, com mel de flor selvagem que é divino!- Diz Isabelle que havia acabado de chegar com Shura, ela senta ao lado de Clary a empurrando para a parede, Shura senta ao lado de Isabelle.- Você deveria experimentar um.
Clary não sabia se ela tinha dito isso para ela ou Shura, então ela decidiu ver mais do menu.
- E aí, novidades da Cidade de Osso? Descobriram algo na cabeça de Clary?- Isabelle pergunta olhando seu menu.
- Conseguimos um nome.- Diz Milo.- Magnus... Ai!
- Cala a boca!- Alec tinha dado uma dolorosa cotovelada em suas costelas.
- Não precisa de violência!- Reclama Milo.
- Aqui está rodeado de Downworlders!- Alec sussurra.- Pensei que você quisesse manter a investigação em segredo.
- Investigação?- Isabelle gargalha.- Agora somos detetives? Acho que deveríamos ter codinomes.
- Acho uma ótima ideia! Eu posso ser o Barão Hotschaft Von Hugentein!- Diz Milo animado.
Alec cuspiu água de volta ao seu copo, nesse momento a garçonete se aproximou para pegar os pedidos, de perto ela era uma linda garota loira, mas seus olhos eram estranhos, totalmente azuis, sem nenhuma parte em branco ou pupila.
- O que vão querer?- Ela pergunta com um sorriso branco e pontiagudo.
- O de sempre.- Milo sorriu, recebendo um sorriso de volta da garçonete.
- Eu também.- Diz Alec.
- Eu vou querer um smoothie de frutas.- Diz Isabelle.
- Café e um sanduíche natural.- Pede Shura.
- Eu vou querer...- Clary pensa um pouco.- Um copo de café grande e panquecas de coco.-A garçonete piscou um olho azul e partiu em disparada para a cozinha.
- Ela é uma Ifrit?- Pergunta Clary.
- A Kaelie? Não. Part-fey, eu acho.- Diz Milo.
- Mas ela tem olhos de nixie.- Diz Isabelle.
- Vocês realmente não sabem o que ela é, não é?- Pergunta Shura.
- Eu respeito a privacidade dela.- Diz Milo.- Hey Alec, dá licença para eu me ausentar por uns minutos.- Diz dando tapas no ombro de Alec.
Alec o fuzila com o olhar e resmunga dando passagem para Milo que foi até Kaelie que estava inclinada falando com o cozinheiro, ela viu apenas o longo chapéu branco com orelhas pontudas e peludas que apareciam pelos buracos feito em cada lado do chapéu.
Milo passou o braço em volta do pescoço da garçonete que se aconchegou nele, eles cochichavam e riam baixinho.
- Ele realmente não devia incomodar a garçonete com perguntas pessoais.- Isabelle vira os olhos.
- Você não acha que ele faria isso, acha? Quero dizer, ele gosta dela.- Pergunta Alec.
- Ela é uma Downworlder.- Isabelle diz como se explicasse tudo.
- Eu não entendi.- Diz Clary.
- Entendeu o que?- Pergunta Isabelle.
- Toda essa coisa de Downworlders. Você não os caçam porque não são exatamente demônios, mas eles não são exatamente pessoas. Mas vampiros matam e bebem sangue.
- Apenas os vampiros nocivos bebem sangue humano vindo de uma pessoa viva.- Diz Alec.- Esses nós temos permissão para caçar.
- E lobisomens são o que? Apenas filhotes que cresceram demais?
- Eles matam demônios.- Diz Isabelle.- Se eles não nos incomodam, não incomodamos eles.
Como as aranhas, Clary pensou, muitas pessoas as deixam vivas porque elas matam mosquitos.
- Então eles são bons o suficiente para deixarem eles viverem, bons o suficiente para deixar eles fazerem a comida para vocês, bons o suficiente para flertar. Mas não são realmente bons, quero dizer, como pessoas?
Alec e Isabelle se olham como se Clary estivesse dizendo algo na língua Urdu.
- Não como pessoas.- Disse Alec.
- Melhor que os mundanos?- Pergunta Shura.
- Não. Nós podemos transformar um mundano em um Caçador das Sombras, nós viemos dos mundanos, mas não podemos transformar um Downworlder em um da Clave. Eles não suportam as runas. - Diz Isabelle.
- Então eles são fracos?- Pergunta Clary.
- Eu não diria isso.- Milo senta ao lado de Alec, tinha o cabelo bagunçado e uma marca de batom na bochecha.- Pelo menos não como um peri, um djin ou um ifrit. Ou seja lá o que você andou ouvindo.- Ele sorriu quando Kaelie apareceu distribuindo a comida.
A panqueca parecia maravilhosa aos olhos de Clary, um saboroso aroma de coco, marrom dourado encharcado de mel. Ela deu uma mordida enquanto Kaelie se afastava no alto de seus sapatos.
Estavam maravilhosas!
- Eu disse que era o melhor restaurante de Manhattan!- Diz Milo comendo uma batata frita.
- Mmmf!- Alec diz com a boca cheia.
- Certo.- Milo olha para Clary.- Podemos nem sempre gostar de Downworlders, mas muitos deles também não gostam de nós. Uns cem anos de Acordo não parece acabar com um milhão de anos de hostilidade.
- Tenho certeza de que ela não sabe sobre os Acordos, Milo.- Diz Isabelle.
- Na verdade não sei mesmo...- Diz Clary.
- Eu não sei...- Diz Shura.
- Ninguém quer saber se você sabe ou não.- Diz Milo comendo outra batata.
- Eu gosto da companhia de certos Downworlders, mas realmente não somos convidados para as mesmas festas.
- Espere.- Isabelle fica ereta.- Qual é o nome do bruxo que estava mente da Clary?
- Ah! Eu não havia dito... É Magnus Bane.
- Não pode ser... mas eu tenho quase certeza...- Isabelle procura algo em sua bolsa.- Aqui!- Diz balançando um papel azul escuro entre os dedos.
- É um convite para uma festa, em algum lugar do Brooklin.- Diz Alec verificando o papel.- Eu odeio o Brooklin.
- Onde você conseguiu isso?- Milo olha para o papel.
- Com aquele kelpie na escola. Ele disse que seria o máximo e tinha um monte dele.
- O que é isso?- Pergunta Clary impaciente.
Milo gira o convite ao redor para que todos pudessem ver, era um papel fino de um azul escuro como o céu a noite, as letras pareciam teias de aranha prata. Ele anunciava uma reunião na casa de Magnus, o Magnífico Bruxo, e prometia aos participantes "uma noite de delícias extasiadas além de suas imaginações."
- Magnus...- Disse Shura - Como Magnus Bane.
- Duvido que existam muitos Magnus Banes por aí.- Disse Milo.
- Então nós vamos a festa?- Alec piscou, perguntando para ninguém em particular.
- Nós não temos nada para fazer mesmo... - Diz Milo estudando as finas linhas da carta.- Aqui está escrito que ele é alto bruxo do Brooklin. Estou curioso para saber o que um bruxo tão famoso faz na cabeça de Clary.
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Nyoooooh! Assustadores não x.x Os Irmãos do Silêncio são tenebrosos, mas são do bem!
Agora eles tem uma pista, Magnus Bane... O que será que vai acontecer? Muita confusão é claro! Continuem acompanhando e deixem reviews para uma gata de rua feliz!
Ah sim! Minha imooto, Dark-Ookami quer escrever fics diferentes, desafios, quem quiser desafiá-la fale comigo! É que ela quase naõ conhece pessoas aqui(eu tbm não xD), mas acho que o pessoal que lê aqui adorariam desafiá-la e talvez serem desafiados xD Interessados mandem algum sinal, plis!
Jya...
bjnhos x3333
