Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...
Créditos à Cassandra Clare.
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Tenshi Aburame: Hohohoho! Acho que o fato do Alec ser gay não deixou muitos impressionados, ele tinha um jeitinho meio sim...(apanha) xD
Dark Ookami: Happy Níver Mika! Prometo que vou tentar escrever uma fic para você! Por enquanto dedico esse capítulo à você! Muitos anos de vida cosplayística e yaoística! Muitos Yuras, Camyus, Hydes, Gackts e etc etc, todos de cuequinha e enqueitados com fitinha rosa gay XDDDD Enfim, TE ADORO viu!
Metal Ikarus: WoW muitas reviews! *o* Nem sei por onde começar... Sou péssima em responder essas coisas, mas fico muito feliz em ver que está gostando! Amo reviews xD Então, pois é, a Saori é uma pentelha sem noção xD Típica aborrecente que acha que ter 14 anos é ser adulta...u.ù Vampiros hoje em dia andam de Harley Davison! Poderosos não? xD OMG, preciso reviver muitas fics paradas...¬¬ Deixo parar por aqui senão vou ficar emo só de lembrar das fics abandonadas...T-T Enfim, mande mais reviews!
Ana Panter: Muito obrigada pela review! Pode esperar muita coisa da fic ainda! Continue acompanhando e mandando reviews!
Agora vamos ao que interessa!
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Betado pela minha querida Black Scorpio no Nyx!
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- O que você quer dizer com um rato? - Pergunta Clary.
- Um rato oras, você sabe... marrom, pequeno, com um rabo comprido. - Diz Saori.
- A Clave não vai gostar disso. - Diz Alec.
- Nem o Dohko, se ele souber que você andou bebendo! - Isabelle diz para Saori.
- Que se dane a Clave! - Clary parte pra cima de Saori, a puxando pelos braços. - O que você fez? Meu amigo é um rato!
- Me deixe! - Saori protestava, tentando se soltar.
- Calma, Clary! - Isabelle tenta apartar .- Ai! – Diz, constatando que havia levado um arranhão.
- Eu não fiz nada! Me solta! Ta me machucando. - Choraminga Saori.
- Não até você me dizer onde deixou ele! Não acredito que você o largou sozinho! - Diz Clary. - O coitado deve estar aterrorizado!
- Isso se não foi pisoteado. - Diz Milo.
- Eu não larguei ele! - Diz Saori. - Ele fugiu e correu para debaixo do bar. - Diz apontando.
- Cadela! - Todos esperaram que Clary acertasse o rosto de Saori, mas ela não o fez, apenas jogou os braços de volta para ela e correu para perto do bar.
- Shura? - Clary se abaixou rente ao chão, havia um vão entre ele e o balcão e havia poeira e sujeira. - É você? - Pergunta vendo dois olhos brilhantes e redondos.
Shura, o rato, penetrou a frente rapidamente, seus bigodes tremendo. Ela podia ver as formas arredondadas de suas orelhas planas em sua cabeça e o afilado focinho. Ela segurou o sentimento de repugnância, nunca gostou de ratos, como aqueles amarelados prontos para morder. Clary preferiu que ele tivesse se tornado um hamster.
- Sou eu, Clary. - Disse lentamente. - Você está bem?
Milo e os outros chegaram atrás dela, Isabelle segurava Saori firmemente pelo braço, a mais nova parecendo agora mais irritada do que chorosa.
- Ele está aí embaixo?- Pergunta Milo.
- Shhh... Vocês vão assustar ele! - Diz Clary. Ela empurrou os dedos delicadamente sobre a borda do balcão e os meneou. - Venha Shura. Nós vamos pedir para o Magnus reverter o feitiço, não tenha medo...
Ela ouviu um guincho, o rato botou o nariz rosa para fora do balcão. Com um suspiro aliviado Clary o pegou cuidadosamente nas mãos.
- Você me entendeu! - Diz para o rato que se aconchegou na concavidade das mãos, soltando um guincho irritado. - Oh, pobre querido, vai ficar tudo bem! Eu prometo. - Diz apertando-o contra o peito como um animal de estimação.
- Eu não lamento muito por ele. - Diz Milo. - Eu acho que ele ficou muito melhor desse jeito.
- Cala a boca! - Diz Clary irritada. Ela afrouxou o aperto sobre o rato, seus bigodes estavam tremendo, quer por raiva, agitação ou simplesmente terror. - Me levem até o Magnus! Ele tem que desfazer isso!
- Não vamos ser precipitados. - Milo sorria, aquele bastardo! Ele se aproximou de Shura como se ele fosse um animal de estimação. - Ele fica tão mais bonitinho assim, olha o nariz rosa!
Shura descobriu os dentes para Milo e pulou como se fosse mordê-lo, Milo se afatsa rindo.
- Izzy, vai chamar nosso ilustre anfitrião.
- Porque eu? Foi ela quem fez isso! - Isabelle aponta o dedo para Saori.
- Mas ela não está em condições de ir lá. - Diz vendo Saori sentada no chão, parecia prestes a vomitar.
- Que droga! - Isabelle sai batendo os pés.
- Eu não posso acreditar que ela fez você beber aquele drink azul! - Clary diz para Shura. - Isso é pra você aprender a ser mais esperto!
Shura deu um guincho irritado. Alguém riu sobre sua cabeça, era Magnus inclinado sobre ela, Isabelle logo atrás.
- Rattus Norvegicus. - Diz Magnus - Um rato marrom comum. Nada de surpreendente nele.
- Não quero saber se ele é comum ou não, eu o quero de volta! - Diz Clary.
- Não precisa. - Magnus coça a cabeça pensativamente, soltando glitter.
- Foi isso que eu disse. - Milo sorriu satisfeito.
- O QUE? - Clary gritou tão alto que Shura escondeu sua cabeça embaixo do polegar. - COMO ASSIM NÃO PRECISA?
- Ele vai voltar a forma humana dentro de algumas horas. - Magnus diz. - O efeito do coquetel é temporário. Não há necessidade de um feitiço de transformação, isso só iria traumatizá-lo. Muita magia é difícil em mundanos. O sistema imunológico deles não está acostumado.
- Duvido que seu sistema imunológico esteja acostumado a ser um rato, também. - Clary salientou. - Você é um bruxo, você não pode simplesmente reverter o feitiço?
- Não.
- Você quer dizer que não quer ajudar?
- Não de graça, querida. - Ele disse com um sorriso. - E você não pode me pagar.
- Mas também não posso andar no metrô com um rato. - Clary disse melancolicamente.- Eu posso derrubá-lo, ou ser pega pela polícia MTA, por transportar animais nocivos em via pública. - Shura deu um guincho aborrecido. - Não que você seja uma peste, é claro.
Uma garota estava chamando por Magnus na porta, logo mais seis ou sete pessoas se juntou a ela. O som de vozes iradas subiu acima do zumbido da festa e da batida da música.
- Desculpem-me. - Magnus rolou os olhos e foi para o meio da multidão que se fechou atrás dele.
- E agora? - Pergunta Isabelle.
- Coloque-o em sua mochila. - Disse Alec.
-Clary olhou feio para ele, mas não pode achar nada de errado com a ideia, não havia bolsos na roupa que Isabelle havia emprestado.
Ela abriu sua mochila e encontrou um canto razoavelmente confortável para o pequeno rato marrom que era Shura, em cima de seu suéter ao lado da carteira.
- Me desculpe. - Diz Clary fechando a mochila, onde Shura se mexia aborrecido.
- Não se incomode! - Diz Milo. - Não sei porque os mundanos tem o costume de se desculparem por coisas que eles não tem a mínima culpa. Não foi você quem obrigou esse idiota a tomar aquele cocktail.
- Mas se não fosse por mim, ele não teria vindo. - A voz de Clary saiu baixa.
- Ele veio porque quis!
- Vamos embora! Não agüento mais esse lugar! - Clary disse visivelmente irritada.
Eles passaram espremidos pela multidão, Alec ajudava Saori a andar. A multidão irritada na porta eram vampiros, visivelmente reconhecíveis pela pele pálida e a negridão pálida de seus cabelos, muitos deles pintados, pensou Clary, muitos tinham as sobrancelhas loiras. Pareciam estar reclamando da vandalização de suas motos e o desaparecimento de alguns amigos.
- Eles devem estar bêbados desmaiados por aí. - Diz Magnus balançando os dedos brancos e longos tediosamente. - Vocês sabem muito bem que a maioria de vocês tendem a se transformar em morcegos ou virar poeira quando tomam muito Bloody Mary.
- Ele mistura vodca com sangue de verdade. - Milo explica para Clary.
- Eu imaginei isso. - Clary diz com uma careta.
- Nós não podemos sair por aí pegando cada pilha de poeira no caso dela se transformar no Gregor amanhã. - Diz uma garota com os lábios muito vermelhos e maquiagem carregada nos olhos.
- Gregor ficará bem. Não pretendo fazer a limpeza até amanhã. - Magnus disse calmamente. - Ficarei feliz em enviar qualquer um dos extraviados de volta ao hotel. Em um carro de vidros escuros, é claro.
- Mas e sobre nossas motos? - Pergunta um rapaz com as raízes loiras, sinal de que os cabelos foram mal pintados, um brinco de ouro em forma de estaca estava na orelha esquerda. - Vai levar horas para consertar!
- Você tem até o amanhecer. - Disse Magnus com a paciência visivelmente desgastada. - Sugiro que comece agora. - Diz olhando no relógio. - Agora, todos para fora! A festa acabou! – Diz balançando os braços e soltando glitter.
Com um simples arranhado, a banda parou de tocar. Um zumbido mais alto de queixa subiu entre os freqüentadores, mas obedientemente eles se moveram para a porta, sem ao menos agradecer Magnus pela festa.
- Vamos. - Diz Milo empurrando Clary em direção à porta, o movimento era denso.
Clary agarrou a mochila na frente de seu corpo como se fosse a coisa mais importante, alguém esbarrou em seu ombro, a fazendo gritar e se afastar de Milo, alguém puxou sua mochila.
- Hey, belezinha, o que tem na sacola? - Pergunta o loiro mal pintado com a estaca de ouro na orelha.
- Água benta. - Diz Milo, aparecendo ao seu lado como se fosse um gênio evocado. Um lindo gênio loiro sarcástico com uma má atitude.
- Ooooh! Um Caçador das Sombras. - O vampiro sorri zombeteiro. - Assustador. - Com um piscar de olhos ele sumiu na multidão.
- Os vampiros são tão prima donnas. - Magnus suspirou na entrada. - Não sei porque ainda dou essas festas.
- Por causa do seu gato. - Lembra Clary.
- É verdade. Presidente Miau merece todo meu esforço. - Magnus olhou para ela. - Já vão sair? - Diz olhando para os outros Caçadores das Sombras.
- Não queremos demorar em nossas boas vindas. - Diz Milo.
- Que boas vindas? - Pergunta Magnus. - Eu diria que foi um prazer conhecer vocês. Mas não foi. Não que vocês todos sejam encantadores... E quanto a você... - Ele deixou um piscar de olho cheio de brilho para Alec, que pareceu atônito. - Me liga?
Alec enrubesceu e provavelmente ficaria ali a noite toda, se Milo não o tivesse empurrado para andar, Saori ao lado de Isabelle. Clary estava prestes a segui-los quando sente um leve toque em seu braço, era Magnus.
- Tenho uma mensagem para você. - Diz Magnus. - Vem de sua mãe.
- Da minha mãe? Você quer dizer, ela pediu para você me dizer alguma coisa? - Clary estava tão surpresa que quase deixou a mochila cair.
- Não exatamente. - Diz Magnus, seus olhos felinos, com pupila em forma de uma fenda vertical em uma parede azul clara, estavam sérios dessa vez. - Mas eu a conhecia de uma forma que você não conheceu. Ela fez o que fez para te proteger do mundo que ela tanto odiava, de toda sua existência, funcionamento, esconderijos, mentiras, como ela os chamava. Não desperdice o sacrifício dela arriscando sua vida, ela não iria querer isso.
- Ela não iria querer que eu a salvasse?
- Não, se isso fosse colocar sua vida em risco.
- Mas eu sou a única pessoa que se importa com o que for acontecer com ela...
- Não. - Diz Magnus. - Você não é.
- Eu não entendi. - Clary piscou os olhos. - Você quer dizer que existe... Magnus, você sabe de mais alguma...
- E uma última coisa. - Magnus a corta abruptamente. - Tenha em mente que quando sua mãe fugiu do Mundo das Sombras, ela não fugia dos monstros, dos vampiros, dos lobisomens nem dos bruxos. Ela fugia deles. - Diz olhando em direção a Saori, Alec, Milo e Isabelle, que desapareciam nas escadas.
Eles estavam esperando por Clary do lado de fora do prédio, Milo estava encostado na grade com as mãos no bolso, ele tinha um sorriso nos lábios enquanto observava os vampiros em volta de suas motocicletas quebradas, eles chutavam as máquinas e blasfemavam, Alec ainda tinha o olhar avoado, ao seu lado Isabelle observava suas unhas enquanto Saori limpava seus olhos, Clary sentiu uma onde de fúria ao ver a garota.
- A culpa não foi sua. - Diz Alec, tentando consolar Saori.
- É claro que a culpa foi dela! - Diz Isabelle.
- Eu... Eu... Não sei o que faria se algo de ruim tivesse acontecido com ele... - Choraminga Saori.
- Isso é para você aprender a não ir em festas Downworlders! Esses lugares não são para crianças como você! - Diz Isabelle.
- Não seja tão dura com ela! - Diz Alec.
- Não seja tão mole com ela! - Rebate Isabelle.
- Quem eram aqueles que falavam com você, Izzy? Eram fadas? - Pergunta Saori.
- Ah? - Isabelle foi pega de surpresa.
- Tinha aquele elfo bonitão... - Isabelle sente o rosto ficar vermelho ao se lembrar de Camus.
- Você tava falando com elfos? - Pergunta Alec.
- Estava sim! Algum problema? - Isabelle pergunta nervosa. - E você e o Magnus?
- O que tem o Magnus?
- Eu vi que ele tava dando mole pra você e você tava lá quase babando por ele!
- É claro que não!
- Tava sim! Mas eu nem ligo, achei ele legal.
- Legal? Ta brincando! Gatos são legais, mas bruxos? - Diz Alec. - Não são legais. E elfos são traiçoeiros!
- E acha que não sei disso? - Isabelle deu de ombros.
Clary resolveu ver se Shura estava bem, mas a mochila estava com o zíper aberto, ela levantou uma sobrancelha, tinha certeza que tinha fechado, ela se lembrou de quando roubaram sua carteira no metrô, seus dedos procurando por entre suas roupas e o caderno de esboço, nada, nenhum sinal do rato Shura.
Clary parou de andar, sua boca estava seca como osso, Isabelle andava a um quarteirão à frente, Saori e Alec logo atrás, Milo percebendo que Clary havia ficado para trás se virou.
- O que houve? - Pergunta Milo pairando impacientemente na frente dela, ela poderia jurar que ele acrescentaria algo sarcástico, mas vendo o olhar mortal de Clary, ele não disse. - Clary?
- Shura sumiu... - Clary disse baixinho.
- Será que ele saiu?
- É claro que ele não ia sair! - Clary estava desesperada. - Acha que ele iria querer ser pego por um rato ou ser pisoteado?
- Clary...
- Cala a boca! - Explode a garota. - Você é o único que diz não se importar de ter ele de volta! - Clary balançava a mochila na frente dele.
- Espere... - Milo pega a mochila e a examina. - O zíper foi rasgado, pelo lado de fora.
- Mas, eu...
- Alec! Isabelle! Vão na frente! Nós esquecemos uma coisa lá! - Grita Milo.
Saori e Alec fizeram menção de voltar, mas Isabelle os puxa, acenando para Milo e Clary não se preocuparem. Algo pressionou as costas de Clary, Milo passava o braço em torno dos ombros suavemente, a garota se deixou conduzir, ela olhava para as rachaduras da calçada. Quando deu por si estavam na frente do apartamento de Magnus. O cheiro de álcool insípido e doce, o cheiro sinistro que Clary havia associado aos Downworlders enchia o pequeno espaço.
- Milo...
- O que foi?
- Você acha que ele está bem?
- Shura? - Pergunta Milo, ele hesitou em responder e Clary se lembrou das palavras de Isabelle: "Não lhe faça perguntas ao menos que esteja preparada para ouvir a resposta". Ao invés de responder, Milo apertou a campainha.
- QUEM OUSA PERTURBAR MEU DESCANSO? - A voz de Magnus ecoou pela pequena abertura da porta.
- Milo Wayland. Se lembra? Eu sou da Clave. - Milo pareceu nervoso.
- Ah! Sim. - Magnus pareceu se acalmar. - Você é aquele de belos olhos azuis escuros?
- Ele está se referindo ao Alec... - Diz Clary baixinho.
- Meu olhos são azuis e muito belos. - Diz Milo. - Mas não são escuros.
- Ah, você é aquele. - Magnus pareceu desapontado. Se Clary não estivesse tão chateada, teria rido. - Suponho que queiram entrar.
Magnus vestia um kimono de seda preto com rosas na barra, um turbante na cabeça e sem aquela maquiagem carregada, era muito bonito, fazia jus ao nome de Deusa da Beleza que tinha, sua face era de aborrecimento.
- Eu estava dormindo. - Diz dando um pequeno bocejo.
Milo olhou como se fosse dizer algo rude, possivelmente sobre o turbante, então Clary se pôs na frente dele.
- Desculpe incomodá-lo...
Algo branco e pequeno surgiu em torno do tornozelo do bruxo, ele tinha listras zigue-zague em cinza e tufosas orelhas cor de rosa, parecia mais um rato grande a um pequeno gato.
- Presidente Miau? - Pergunta Clary.
- Ele voltou. - Diz Magnus.
- Isso não é um gato! É do tamanho de um hamster! - Milo observa o bichinho com certo desprezo.
- Eu vou gentilmente esquecer que você disse isso. - Magnus empurrou Presidente Miau com o pé para trás de si. - E o que exatamente vocês querem?
- É o Shura. – Clary mostra a mochila rasgada. - Ele sumiu.
- Como assim sumiu? - Magnus ergue uma sobrancelha.
- Sumiu. - Milo repetiu. - Ele se foi, é notável a falta de sua presença, desapareceu.
- Talvez ele tenha se escondido debaixo de alguma coisa. - Magnus sugeriu. - É difícil se acostumar em um corpo de rato, principalmente para alguém tão estúpido em primeiro lugar.
- Shura não é estúpido! - Protesta Clary.
- Nisso devo concordar. - Diz Milo. - Ele até parece estúpido, mas sua inteligência é mediana. - Seu tom era leve, mas seus ombros estavam tensos quando Milo se virou para Magnus. - Quando estávamos saindo, um de seus convidados esbarrou em Clary. Provavelmente ele rasgou a bolsa e pegou o rato, quero dizer, Shura.
- E... - Magnus olhou para ele.
- E eu preciso saber quem foi. - Milo continua. - Você é o Alto Bruxo do Brooklyn, imagino que saiba quem foi. Imagino que não há nada que aconteça em seu apartamento que você não saiba.
- Você não está errado. - Magnus inspeciona uma unha brilhante.
- Nos diga, por favor. - Implora Clary. Milo aperta seu pulso, ele queria que ela se acalmasse. - Por favor.
- Tudo bem. - Magnus abaixou a mão com um suspiro. - Eu vi um dos garotos vampiros de moto vindo do covil da cidade, ele estava com um rato marrom nas mãos. Pensei que fosse um deles, uma vez que Crianças da Noite se transformam em ratos ou morcegos quando bêbados.
- Você acha que era o Shura? - Pergunta Clary com um brilho de esperança.
- É só um palpite, mas parece provável.
- E onde fica o covil deles? - Pergunta Milo.
- Covil deles quem?
- Dos vampiros. É para esse lugar que eles foram, não?
- Imagino que sim. - Magnus disse como se quisesse que ele não estivesse ali.
- Você precisa me dizer onde fica.
- Eu não tenho certeza de que é seguro para um mundano ir lá. - Magnus balança seu turbante.
- Espera. - Clary diz. - O que eles iam querer com o Shura? Eu pensei que eles não estavam autorizados a machucar as pessoas...
- Um palpite? - Magnus diz sem crueldade. - Provavelmente eles pensaram que ele era um animal domesticado, e que seria divertido matar um animal dos Caçadores das Sombras. Eles não gostam de vocês. E seja lá o que esteja escrito no Pacto, não deve haver nada contra matar animais.
- Eles vão matar ele? - Clary começa a se desesperar novamente.
- Não necessariamente. - Magnus diz rapidamente. - Eles podem achar que ele é um dos seus.
- Nesse caso, o que eles vão fazer?
- Assim que ele se tornar humano, provavelmente irão matá-lo. Mas você pode ter algumas horas a mais.
- Então você tem que nos ajudar! - Clary diz ao bruxo. - Caso contrário, eles vão matá-lo!
Magnus olhou para ela de cima para baixo com um tipo de compaixão clínica.
- Todos eles morrem um dia, querida. - Disse Magnus. - Você tem que se acostumar com isso.
Ele começou a fechar a porta, mas Milo colocou o pé, firmando ela aberta.
- O que é agora? - Magnus suspirou.
- Você ainda não disse onde é o covil.
- E eu não estou indo dizer. Eu te disse...
Clary cortou ele, ficando em frente à Milo.
- Você bagunçou meu cérebro, tirou minhas memórias. Não pode fazer isso por mim? - Diz Clary.
Magnus rolou seus olhos de gato, em algum lugar lá dentro, Presidente Miau chorava. Lentamente o bruxo baixou sua cabeça e a bateu levemente contra a parede.
- O velho Hotel Dumont. Na parte alta da cidade. - Diz com os olhos fechados.
- Eu sei onde fica. - Milo diz satisfeito.
- Precisamos chegar logo! Você tem um portal? - Pergunta Clary.
- Não. - Magnus pareceu irritado. - Portais são difíceis de se construir, além de que coisas horrorosas podem vir delas, se você não as guardar corretamente. Os únicos que conheço são o da Hilda e um em Renwick, mas ambos são longe para se valer a pena ir. Isso se os seus proprietários os deixarem usar, provavelmente não. Sacaram essa? Agora caiam o fora! - Magnus encarou mordazmente o pé de Milo, continuando a bloquear a porta. Ele não se moveu.
- Mais uma coisa. Tem algum lugar sagrado por aqui? - Pergunta Milo.
- Boa ideia, se estão indo enfrentar vampiros, é bom fazerem orações primeiro.
- Precisamos de armas. – Sintetizou Milo. – Mais do que as que temos conosco.
- Tem uma Igreja Católica na rua Diamond. Essa serve? - Aponta Magnus.
- Essa... - A porta é fechada na cara deles.
Clary suspirou pesadamente, Milo puxou seu braço escada abaixo e andaram pela rua indicada.
À noite na rua Diamond, a igreja parecia espectral, suas janelas com arcos góticos refletindo o luar prateado como espelhos. Uma cerca de ferro forjado que rodeava o prédio era pintado de preto fosco, Clary agitou o portão, mas um robusto cadeado o mantinha fechado.
- Está trancado. - Diz Clary.
- Deixe comigo. - Diz Milo.
Ela o olhava enquanto ele trabalhava com o cadeado, as magras linhas de suas costas e os braços levemente musculosos saindo da manga da camisa, a luz do luar acentuava a cor de seus cabelos que pareciam mais prateados do que dourados.
- Como sempre! - Milo diz com um sorriso, derrubando o pedaço de metal retorcido que bateu no chão em um barulho estridente. - Eu sou incrivelmente bom nisso.
- Quando o momento do "eu me auto parabenizo" acabar, podemos voltar a nos concentrar em salvar meu melhor amigo de ser dessangrado?
- Dessangrado? Essa é uma palavra grande.
- E você é um grande...
- Tsc tsc. - Milo interrompeu. - Não xingue na igreja.
- Não estamos na igreja ainda. - Clary murmurou enquanto seguia Milo pelas escadas de pedra, logo estavam em frente a porta dupla, o arco de pedra acima das portas era lindamente esculpido com um anjo que olhava o chão do seu ponto mais alto. Acentuadamente os pináculos apontavam suas silhuetas escuras contra o céu noturno, e Clary notou que essa era a igreja que havia vislumbrado outra noite do Parque McCarren. - Me parece errado quebrar a fechadura de uma igreja...
- Não estamos fazendo isso. - O perfil de Milo ao luar estava tranqüilo. Ele tirou a estela de seu bolso e a levou para perto da porta, colocando sua mão marcada por pequenas cicatrizes por cima na porta de madeira, um pouco acima da fechadura.
- Em nome da Clave. - Ele disse. - Eu peço a entrada nesse lugar sagrado. Em nome das batalhas que não tem fim, em nome do Anjo Raziel, peço bênção em minha missão contra a escuridão. - Clary olhou para ele. Milo não se moveu, embora a brisa noturna soprasse seu cabelo nos olhos. Ele piscou e antes que Clary dissesse algo, a porta se abriu em um clique e o ranger das dobradiças. E se colocou suavemente ante eles, abrindo para um frio espaço iluminado por pontos de fogo. Milo deu um passo para trás. - Depois que você.
Quando Clary entrou, uma onda de ar frio a envolveu, junto com o cheiro de pedra e velas de cera. Tênues fileiras de banco de madeira se esticavam em direção ao altar. Ela notou que além do Instituto, que não contava na verdade, ela nunca esteve dentro de uma igreja antes. Ela havia visto em fotos e na televisão, até mesmo em um dos animes que Shura via, onde o sacerdote era um vampiro. Era suposto que ela deveria se sentir segura dentro de uma igreja, mas ela não se sentia. Estranhas formas pareciam se elevar sobre ela. Clary estremeceu.
- As paredes de pedra mantêm o calor. - Milo disse, percebendo.
- Não é isso. É que eu nunca estive em uma igreja.
- Você esteve no Instituto.
- O Instituto não conta. Eu nunca estive em uma igreja de verdade, com serviços, esse tipo de coisa.
- É verdade. Essa é a nave, onde os bancos estão. É onde as pessoas se sentam durante as missas. - Eles se moveram para frente, a voz de Milo ecoando nas paredes de pedra. - Aqui em cima é onde está a cúpula, onde estamos de pé. E este é o altar, onde o padre realiza a Eucaristia. É sempre no lado leste da igreja.
Milo se ajoelhou e por um momento Clary pensou que ele estava rezando. O altar era alto, feito de granito preto e coberto por um pano vermelho. Atrás aparecia uma tela ornada com ouro, onde estavam pintados santos e mártires, cada um com um disco plano de ouro atrás da cabeça, representando uma auréola.
- Milo... - Ela sussurrou. - O que você está fazendo?
- Procurando armas. - Milo colocou suas mãos no chão de pedra e movimentou seus dedos para frente e para trás como se estivesse procurando por algo.
- Armas? Aqui?
- Elas ficam escondidas normalmente em torno do altar. Mantido para nosso uso em caso de emergência.
- E isto é o que? Um tipo de trato com a igreja católica?
- Não especificamente. Os demônios tem estado na terra há tanto tempo quanto nós, em suas diferentes formas, os demônios gregos, as daevas persas, asuras hindus, onis japoneses. A maioria dos sistemas de crença têm algum método de incorporar sua existência na luta contra os demônios. Caçadores das Sombras não tem ligação com nenhuma religião, mas todas elas nos ajudam em nossa batalha. Poderia muito bem ter ido procurar ajuda em uma sinagoga judaica ou um templo Shintoísta, ou... Ah! Aqui está. - Ele limpou a poeira de lado, enquanto ela se ajoelhou ao lado dele. Esculpida em uma das pedras octogonais antes do altar, estava uma runa, Clary a reconheceu, tão fácil quanto ler uma palavra em inglês. Ela significava "Nephelim".
Milo tocou sua estela na pedra, ela se moveu ruidosamente para trás revelando um compartimento escuro. Dentro do compartimento havia uma caixa escura e longa, Milo abriu a tampa, olhando com satisfação o seu conteúdo.
- O que é isso tudo? - Pergunta Clary.
- Frascos de água benta, facas abençoadas, lâminas de prata e aço. - Milo disse empilhando as armas lado a lado fora da caixa. - Fios de electrum (N/A: electrum é uma liga natural de ouro e prata, utilizada nos fins dos tempos pré-históricos e clássicos para a fabricação de pratos e moedas) não são muito úteis no momento, mas é sempre bom ter balas de prata, encantos de proteção, estrela de Davi...
- Jesus... - Disse Clary.
- Duvido que ele usaria.
- Milo... - Clary disse horrorizada.
- O que?
- Eu não sei, mas me parece errado fazer piadas desse tipo dentro de uma igreja...
- Eu não sou bem cristão. - Milo deu de ombros.
- Você não é? - Clary olhou surpreendida para ele.
Ele agitou a cabeça, os cabelos caindo no rosto, mas ele observava um frasco contendo um líquido claro, ele não chegou a empurrá-lo de volta, os dedos de Clary coçaram com vontade de fazer isso por ele.
- Você pensou que eu fosse religioso?
- Bem... - Ela hesitou. - Se existem demônios, então devem existir...
- Deve existir o que? - Milo perguntou deslizando o frasco em seu bolso. - Ah! Você quer dizer que se houver isso... - Ele aponta para o chão. - Então deve haver aquilo. - Ele apontou para o alto em direção ao teto.
- Faz sentido não é?
- Olha, eu vou te dizer... - Milo examinava o cabo de uma espada. - Eu mato demônios há quase um terço da minha vida. Devo ter mandado milhares deles para seja lá qual for a dimensão infernal em que eles vivem. E nesse tempo todo, nunca vi um anjo e NUNCA ouvi ninguém que tenha visto um.
- Mas foi um anjo que criou os Caçadores das Sombras. - Diz Clary. - Dohko disse.
- Isso faz parte da história. - Milo olhou para ela. - Meu pai acreditava em Deus, eu não.
- De jeito nenhum? - Clary pergunta. Ela nem sabia por que estava alfinetando ele com essa pergunta, nunca havia parado para pensar se ela acreditava em Deus e em anjos, mas havia algo em Milo que a fazia querer quebrar aquela casca de cinismo e fazer ele admitir que acreditava em algo.
- Vamos colocar dessa maneira... - Milo deslizava duas espadas em seu cinto, a luz tênue era filtrada através do vidro colorido e lançava quadrados de cor em seu rosto. - Meu pai acreditava em um Deus justo. "Volts Deus", esse era seu lema, "Porque é a vontade de Deus". Era o lema dos Cruzados, eles saíram para a batalha e foram abatidos, assim como meu pai. E quando eu vi meu pai morto em uma piscina de sangue, eu não deixei de acreditar em Deus, mas deixei de acreditar que Deus se importava comigo. Pode haver um Deus, Clary, e pode não haver. Mas isso tudo não importa, porque estamos cada um por conta própria.
Quando eles subiram as escadas do metrô, as ruas estavam desertas, o ar pesado e com gosto de metal, as lojinhas, lavanderias e os centros de troca estavam em silêncio atrás de suas portas onduladas para o horário noturno. Eles encontraram o hotel finalmente, depois de uma hora de procura em uma rua lateral ao longo da 116. Eles passaram em frente ao local duas vezes pensando ser apenas mais um prédio velho, até Clary ver o sinal. Ele estava impresso como se feito à unha, escondido atrás de uma árvore atrofiada, Hotel Dumont, mas alguém trocou o N por R.
- Hotel Dumort. - Milo disse quando Clary apontou para a placa. - Lindo.
- Du mort. - Clary tinha apenas dois anos de francês, mas era o suficiente para ela entender a piada. - É a morte.
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Ai ai... Faz tempo que não posto né? Boooom, é que tinha visita em casa por 2 semanas, vista do Brasil! Meus sogros queridos, não estou sendo irônica não! Meus sogros são uns amores! Primeira vez que converso ao vivo com eles e já amei eles! Sorte a minha ter sogros maravilhosos!
Well, depois teve uma reforma no banheiro de casa, onde toma banho, e aproveitando as férias de verão da minha mamis, fomos eu e o filhote para a casa dela xD E agora férias do marido, aproveitar e ficar passeando com eles, se bem que com esse calor nem dá x.x
Mas deixa esse papo pra lá! Adoro o jeito do Dite(Magnus) dessa fic, ele ficou perfeito desse jeito! As ironias dele são demais! E a Saori me irrita! Garotinha mimada ò.ó E o Shura, tadinho, sofre... Raptado por vampiros tunados XDDDDD E agora eles estão no hotel deles! Mais confusão e mais aventura! Continuem acompanhando essa fic e não esqueçam as reviews! Deixem uma gata de rua feliz!
Jyaneeee!
bjnhos x333
