Saint Seiya não me pertence... Mas se pertencesse, Seiya ia sofrer tanto...u.u Créditos ao tio Kurumada...

Créditos à Cassandra Clare.

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Estou sumida? Imagina...(apanha)

Bom, tenho meus muitos motivos...x.x Minha inspiração está em sleep mode à algum tempo...(sechuta), espero que ele resolva acordar logo... Outro motivo é meu filhote over pentelho movido a pilha eterna, TODOS que conhecem ele dizem que ele não pára um segundo, o que é realmente verdade, ele só fica quieto quando come(ele é bom de garfo) ou quando dorme... Outro grande e importante motivo é que alguns sabem, mas estou grávida do meu segundo filhotinho, estou no sexto mês e bom, a barriga, o sono e a preguiça atrapalham uma mente... E por último e também importante, é o calor do cão x.x ODEIO verão, ODEIO calor e ultimamente, apesar de estarmos na estação das chuvas, que infelizmente está acabando T-T, está um calor horrível, sei como os legumes cozidos no vapor se sentem...x.x

Esse capítulo estava escrito faz muito tempo... Porque não postei antes? Sou tosca, admito, e achei que já tinha postado...o.ô Podem me bater!

Enfim, meu filhotinho está previsto para nascer dia 25 de setembro, impressionantemente o dia em que meu outro baby nasceu, seria muito interessante se nascessem no mesmo dia non? xDDD

Mas vamos à fic logo né? xD

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Dark Ookami- Apesar dele ser ultra mau e insano, ele tem ideais um tanto interessantes xDDDDDD Mika sádica xDDDD

Metal Ikarus- Bom, algumas respostas você já tem né? Como você leu o livro, sabe que o vampiro é Rafael, Fernando foi uma homenagem mesmo xDDDD Mas bom, se não leu o segundo livro, não sabe a importância dele na história... Isso beeeem mais pra frente, quando eu conseguir retomar a fic e well, o Milo não perde uma!

Tenshi Aburame- Well, o defunto está a soltaaaaaa xDDDDD Bom, a menina não se chamava Gabrielle, na verdade nem lembro mais o nome xDDDDDD

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Betado por Black Scorpio no Nyx... Thnxs linda!

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- Todo Downworld sabe. - Fernando levantou uma sobrancelha com desdém. - Ele pagou um bruxo para levantar uma tropa de Raveners há uma semana atrás. Ele enviou Esquecidos para procurar pela Taça Mortal e quando ele a encontrar, não haverá mais essa falsa paz, só guerra. Nenhuma lei me impedirá de jogar seu coração na rua, Caçadorzinho das Sombras.

Isso foi o suficiente para Clary pular para pegar Shura, empurrando Gabrielle, ela arrancou o rato das mãos de Elliot. Shura subiu por seu braço e se agarrou à manga com patinhas frenéticas.

- Está tudo bem, está tudo bem. - Clary disse para Shura, mesmo sabendo que não estava.

Ela se preparou para correr, mas sentiu algo a segurando, prendendo sua jaqueta. Ela tentou lutar, mas era impossível, a força era absurda. Gabrielle a segurava com suas ósseas mãos com unhas pretas, Shura se agarrava a jaqueta com unhas e dentes, e Clary não podia simplesmente tirar ela.

- Me solte!- Clary gritou, chutando a garota vampira.

Gabrielle urrou de dor e raiva quando Clary acertou os dedos do seu pé, soltando a jaqueta, Clary tentou correr, mas a garota vampira era mais rápida, se pondo em frente à ela e virando sua mão contra o rosto da outra, jogando sua cabeça para trás com o impacto.

Clary oscilou e quase caiu. Ela ouviu Milo gritar seu nome, e se virou para ver que ele havia largado Fernando e corria em sua direção. Ela tentou correr até ele, mas sentiu alguém a puxando pelo ombro, era Jacob, suas unhas entrando na carne.

Clary gritou, mas o som se perdeu no ruído do grito elevado de Milo, ele jogou um frasco em sua direção, ela sentiu a água molhar sua roupa, Jacob soltou um grito quando a água tocou sua pele. Fumaça subiu de seus dedos e ele soltou Clary, uivando como um grande animal. Gabrielle se arremessou sobre ele, chamando por seu nome, no tumulto, Clary sentiu alguém agarrar seu pulso. Ela lutou tentando manter distância.

- Pare, sou eu sua idiota! - Milo ofegou em seu ouvido.

- Oh! - Clary relaxou por um momento.

Ficou tensa novamente ao ver uma sombra familiar surgir atrás de Milo. Ela gritou e Milo mergulhou e se virou apenas quando Fernando pulava pra cima dele com os dentes a mostra, rápido como um gato. Seus dentes pegaram a camisa de Milo perto do ombro e a rasgou longitudinalmente, enquanto Milo fixava chocado. Fernando se agarrou a ele feito uma aranha, os dentes perto de sua garganta, Clary tateou sua mochila atrás da adaga que Milo havia lhe dado.

Uma pequena forma azul pulou no chão, acertando o pé de Clary e se lançou sobre Fernando.

Fernando gritou. Shura se pendurou violentamente no seu antebraço, encravando os acentuados dentes de rato na carne de seu ombro. Fernando largou Milo, debatendo-se para trás, sangue jorrava enquanto um fluxo de obscenidades em espanhol vertiam de sua boca.

- Filho da ... - Milo interrompeu, sua boca aberta.

Recuperando o equilíbrio, Fernando agarrou o rato, arrancando-o de seu ombro e o jogando no chão de mármore.

Shura guinchou primeiramente de dor, para em seguida correr para Clary, que o pegou nas mãos, o apertando forte contra o peito.

- Você está bem? - Ela pergunta preocupada.

- Não há tempo para isso. Segure ele. - Milo diz a puxando fortemente pelo braço direito, na outra mão, uma lâmina serafim. - Ande.

Ele começou meio que a empurrando, meio que a puxando para um canto na multidão. Os vampiros se afastaram sibilando como gatos escaldados ao verem a luz da lâmina serafim.

- Chega de ficar ao redor deles! - Disse Fernando, seu braço sangrando, os lábios curvados sobre os caninos afiados. Ele olhou para a pilha de vampiros que se acumulavam para ver a confusão. - Ataquem os invasores! Matem eles e o rato também!

Os vampiros começaram a ir sobre Milo e Clary, alguns andando, outros rastejando, outros pulando das varandas acima como morcegos pretos. Milo aumentou seus passos, se afastando deles, em direção a parede mais distante.

- Não deveríamos estar andando para trás?- Pergunta Clary.

- Porque? - Pergunta Milo.

- Porque é assim que se faz nos filmes em situações como essa.

Clary sentiu ele estremecer, Milo estava com medo? Não, ele estava rindo.

- Você... - Diz ele. - Você é a mais...

- A mais o quê? - Exigiu saber Clary indignada. Eles ainda estavam se apoiando, andando cuidadosamente para evitar tropeçar nos móveis quebrados e nos cacos de mármores do piso. Milo levantou a lâmina do anjo, Clary podia ver as formas dos vampiros em volta do círculo de luz que se formava, ela se perguntou por quanto tempo aquilo os manteria longe.

- Nada... - Ele disse. - Esta realmente não é uma boa hora. Eu vou guardar essas palavras para uma situação realmente ruim.

- E o que pode ser pior que isso? Uma bomba atômica?

Clary deu um grito quando Gabrielle pulou sobre Milo, desafiando a luz da lâmina, os dentes à mostra em um rosnar insensível. Milo puxou a segunda lâmina e lançou no ar, Gabrielle gritou alto e caiu para trás, os outros vampiros adiantaram-se ao seu redor. Haviam tantos...

Ela tateou no seu cinto e fechou as mãos firmemente no cabo da adaga, ela parecia fria e diferente em sua mão. Clary não sabia como usar uma faca, nunca bateu em ninguém, muito menos esfaqueou, até mesmo havia fugido da aula de ginástica no dia em que ensinaram a se proteger de ladrões e estupradores com objetos comuns como lápis e chave. Ela puxou a adaga com uma mão e a ergueu, tremulando...

As janelas quebraram para dentro em um chuveiro de cacos de vidro. Ela se ouviu gritar e viu os vampiros a apenas um braço de distância dele e de Milo, girando atônitos, o choque misturado com pavor nos rostos deles. Através da janela quebrada vieram dezenas de formas lustrosas, quadrúpedes e mais próximas do chão , suas peles de animal espalhando a luz da lua e os cacos de vidro. Seus olhos eram azuis como o azul do fogo, de suas gargantas veio um combinado baixo rosnar que soou como um agitar da queda de uma cachoeira.

Lobisomens.

- Agora isso... - Disse Milo.

Os lobos estavam curvados e rosnando raivosamente, os vampiros, parecendo assustados, se afastaram. Apenas Fernando se manteve onde estava, segurando seu braço machucado, sua camisa, uma bagunça de manchas de sangue e sujeira.

- Los niños de la Luna. - Ele sibilou.

Mesmo Clary que não era muito boa em espanhol entendeu, Filhos da Lua, Lobisomens.

- Eu pensei que eles se odiassem. - Clary diz para Milo. - Vampiros e lobisomens...

- E eles se odeiam. Nunca vão um ao covil do outro. O Pacto proíbe. - Milo parecia indignado. - Algo deve ter acontecido. Isso é muito ruim... Muito ruim...

- Isso é pior que antes? - Pergunta Clary, já sabendo a resposta.

- Muito, muito pior... - Milo não tirava o olho deles. - Estamos prestes a entrar no meio da guerra deles.

- COMO SE ATREVEM A ENTRAR EM NOSSO TERRITÓRIO? - Grita Fernando, seu rosto muito vermelho, coberto de sangue.

O maior dos lobos, listrado de cinza e com os dentes afiados como os de um tubarão deu uma ofegada, como um cachorro rindo. Enquanto ele avançava entre um passo e o próximo, ele parecia mudar como uma onda crescente se encurvando. Agora ele era um homem alto, de cabelos acinzentados, apesar da aparência jovem, com fortes músculos e com um sorriso sádico. Ele usava jeans e uma grossa jaqueta de couro, ainda havia algo de lobo em seu esguio rosto resistente ao tempo.

- Não viemos para um banho de sangue. - O rapaz sorri. - Viemos pela garota.

- Quem? - Fernando conseguiu parecer furioso e atônito ao mesmo tempo.

- A garota humana... - O rapaz estende a mão para apontar para Clary.

Ela estava chocada demais para se mover. Shura que se contorcia para se manter grudado à blusa ficou estático, Milo atrás dela resmungou algo que parecia uma blasfêmia.

- Não me diga que você conhece alguns lobisomens? - Milo parecia mais chocado que ela.

- Claro que não!

- Então isso é ruim.

- Você já disse isso antes.

- Mas parece que vale a pena repetir.

- Bem... Não vale... - Disse Clary, encolhendo-se contra ele. - Milo, estão todos olhando para mim.

Cada rosto estava virado para ela, a maioria parecia espantado, Fernando tinha os olhos estreitos. Ele virou as costas lentamente para o lobisomem, a encarando.

- Você não pode tê-la. Ela passou dos limites de nossa terra, ela é nossa.

- Estou tão feliz de você ter dito isso. - O lobisomem riu.

Ele se lançou para frente, no meio do ar, seu corpo se ondulou, era novamente um lobo. A cobertura de pelos eriçadas, os maxilares escancarados, prontos para rasgar. Ele atingiu Fernando na altura do peito, o lançando para longe, eles se atracaram no chão, rosnados se confundindo. Como se correspondendo aos uivos de raiva, os vampiros enfrentaram os lobisomens, se encontrando no centro do salão.

Clary nunca tinha ouvido algo parecido, se a pintura do inferno de Bosch tivesse uma trilha sonora, seria essa.

- Fernando está tendo uma excepcional noite ruim. - Milo assobia.

- Ruim para ele! - Clary não tinha simpatia nenhuma pelo vampiro. - O que vamos fazer?

Milo olhou ao redor, eles estavam presos em um canto da barulhenta massa de corpos e estavam sendo totalmente ignorados, o que não continuaria por muito tempo. Shura deu um guincho e se soltou, indo para o chão, antes que Clary pudesse dizer algo, ele sumiu atrás de uma pilha apodrecida de cortinas de veludo.

- Shura, pare!

- O que é que ele... - Milo ergue as sobrancelhas inquisitivamente. - Não o siga! Ele está fugindo, é isso que os ratos fazem! - Diz puxando Clary pelo braço.

- Ele não é um rato! Ele é o Shura! Ele mordeu Fernando para te salvar, seu cretino ingrato! - Clary puxou seu braço com força e se atirou atrás de Shura que estava encolhido nas pregas da cortina, tremendo com entusiasmo e balançando suas patinhas para eles. Clary percebendo o que ele queria dizer, puxou as cortinas de lado, elas estavam pegajosas com o bolor, atrás dela havia...

- Uma porta! - Diz Clary. - Você é um rato gênio! - Shura chiou modestamente enquanto ela o levantava.

- Uma porta hein... Ela está aberta? - Pergunta Milo se aproximando.

Clary girou a maçaneta e em seguida olhou para ele cabisbaixa.

- Está fechada... Ou bloqueada.

Milo se jogou na porta, que não se moveu, ele coloca a mão no ombro com uma expressão dolorida.

- Meu ombro nunca mais será o mesmo. Espero que você cuide de mim até eu ficar bem de saúde!

- Apenas abra a porta, ok?

- Clary... - Milo olha para trás dela e arregala os olhos.

Clary se virou, um enorme lobo havia se afastado da briga e vinha na sua direção, orelhas achatadas em sua estreita cabeça. Era enorme com pêlos cinzas, listrado de preto com a língua vermelha para fora. Clary gritou. Milo se atirou contra a porta novamente, praguejando, ela alcançou seu punho, puxando um punhal, ela o lançou.

Ela nunca tinha jogado uma arma, nunca sequer havia pensando em jogar uma. O mais próximo que ela havia chegado delas fora esta semana para tirar fotos delas. Por isso Clary ficou surpresa quando a adaga voou vacilante de sua mão, acertando o lobisomem.

Ele ganiu, outros três lobos se aproximaram do ferido, um ficou ao lado dele, enquanto dois corriam em direção a porta. Clary deu outro grito e Milo se lançou novamente contra a porta, que fez um agudo barulho explosivo de trituração de ferrugem e pedaços de madeira.

- Três vezes o encanto... - Milo disse segurando o ombro. Ele se atirou na escuridão além da porta, e se virou para puxar Clary. - Vamos lá!.

Clary prendeu a respiração antes de entrar na escuridão e fechar o que restou da porta atrás de si, ela tateou pela maçaneta, mas ela havia voado quando Milo abriu a porta.

- Abaixe-se. - Disse Milo tirando sua estela do bolso e marcando uma runa na porta, curvada como uma foice, três linhas paralelas e uma estrela radiante, ela a reconheceu como "Segurar contra perseguição". Assim que a runa brilhou, eles sentiram o baque na porta.

- Eu perdi sua adaga, me desculpe. - Diz Clary.

- Não se preocupe, isso acontece. - Diz Milo guardando a estela. Eles ouviam os baques consecutivos dos lobos contra a porta. - A runa irá segurá-los, mas não por muito tempo. Vamos.

Clary olhou para cima, eles estavam em uma estreita passagem úmida, um conjunto de degraus de madeira seguiam para a escuridão, o corrimão estava membranoso de poeira. Shura tirou a cabeça para fora da jaqueta, seus olhos de botões brilhavam na escuridão.

- Tudo bem... Vai você primeiro. - Clary acena para Milo.

- Você sabe o quanto eu gosto de ser o primeiro. - Milo parecia querer rir, mas estava muito cansado para isso. - Mas devagar, não tenho certeza que essas escadas irão agüentar o nosso peso.

Clary também não tinha certeza. Os degraus rangiam e tremiam enquanto eles subiam, tal como uma anciã reclamando de suas dores e sofrimentos. Clary segurou firme no corrimão, mas ele se desfez em sua mão, fazendo ela dar um guincho e forçando um exausto sorriso para Milo.

- Aqui, segure firme... - Diz estendendo a mão.

Eles tropeçavam nos degraus enquanto subiam rapidamente por ela. As escadas subiam em uma espiral pelo meio do prédio, eles passaram andar por andar, mas sem portas. Eles estavam no quarto andar, quando uma explosão abafada abalou as escadas, fazendo uma nuvem de poeira subir.

- Eles conseguiram passar pela porta. - Milo disse violentamente. - Maldição! Eu pensei que poderia segurar eles por mais tempo.

- Vamos correr agora? - Pergunta Clary.

- Vamos correr agora! - Diz Milo.

Eles apertaram os passos pelas escadas que choramingavam e gemiam sob seus pesos, os pregos estalando como tiros. Eles estavam no quinto andar agora, ela podia sentir o baque das patas dos lobos nos degraus inferiores, ou talvez tenha sido apenas sua imaginação. Clary sabia que não havia uma baforada quente atrás de sua nuca, mas podia ouvir os rosnados e os uivos cada vez mais perto, esses eram reais e aterradores.

O sexto andar passou, eles arfavam enquanto subiam mais e mais, Clary sentia seus pulmões doerem com a passagem de ar, mas ela exprimiu uma fraca animação ao ver uma porta mais adiante, era de metal, grossa com rebites de prego e apoiada aberta com um tijolo. Ela quase não teve tempo de perguntar o porque, uma vez que Milo a chutou aberta e a bateu fechando-a assim que passaram, ouvindo um sonoro clique dela se trancando. Clary deu Graças a Deus.

Então ela olhou ao redor.

O céu noturno estrelado como um punhado de diamantes soltos, não estava negro, mas em um azul claro escuro, a cor do quase amanhecer. Eles estavam de pé em um telhado de ardósia em formato de chaminé de tijolos.

Uma velha torre de água, preta por negligência foi levantada sobre uma plataforma, uma pesada lona ocultava uma pilha cheia de pedaços de sucata, uma sobre a outra.

- Deve ser por ali que eles entram e saem. - Diz Milo, olhando para a porta atrás deles.

Clary podia vê-lo na luz da lua, as linhas de tensão em volta de seus olhos com cortes superficiais, o sangue seco em suas roupas, propriamente as de Fernando, pareciam pretas.

- Eles voam até aqui. - Diz Milo. - Não que isso seja algo bom para nós.

- Deve haver uma escada de incêndio. - Diz Clary.

Eles andavam cuidadosamente sobre a beira do telhado. Clary nunca havia gostado de altura, e o décimo andar em relação a rua, fez seu estômago rodar. Então eles viram um sinal do que um dia havia sido uma escada, um pedaço de metal retorcido grudado à parede.

- Ou não... - Disse Clary desanimada.

Ela olhou de volta para a porta de onde tinha saído, foi fundada como uma cabine no centro do telhado, ela vibrava, a maçaneta sacudindo selvagemente. A porta não agüentaria por muito tempo.

Milo pressionou as costas das mãos nos seus olhos, o ar quente caía pesadamente sobre eles. Ela podia ver o suor escorrendo pelo colarinho, ela desejou que estivesse chovendo. A chuva iria estourar essa bolha de suor como uma bolha furada.

- Pense Wayland, pense... - Milo balbuciava para si mesmo.

Alguma coisa começou a se formar na mente de Clary, uma runa dançava atrás das pálpebras de seus olhos, dois triângulos descendentes ligados por uma barra, uma runa com asas...

- Porque não pensei nisso antes! - Milo respirou, soltando as mãos. Clary pensou por um momento se ele havia lido sua mente. Ele parecia febril, seus olhos azuis cobriam-se com manchas brilhantes. Ele se lançou à beirada do telhado, então parou e olhou para ela. Clary estava em pé confusa, sua mente cheias das linhas brilhantes da runa.

- Vamos lá, Clary!

Ela o seguiu, empurrando a imagem da runa de sua mente. Ele havia chegado à lona e puxado a barra da mesma. Ela se afastou, embaixo da lona não havia lixo, mas brilhantes cromados, couro trabalhado e pintura reluzente.

- Motocicletas! - Diz Clary.

Milo chegou a uma mais próxima, uma Harley-Davidson vermelho cromado com um fogo pintado no tanque e no pára-choque.

- Suba! - Diz Milo passando suas pernas sobre ela, se sentando e olhando pra Clary sobre seus ombros.

- Está brincando? - Clary o encara. - Você sabe dirigir uma moto? Você tem as chaves?

- Não preciso das chaves, ela se move com energia demoníaca. - Ele explicou com paciência infinita.- Agora, você vai subir ou montar em uma só para você?

Entorpecida, Clary montou atrás de Milo. Em algum lugar em sua mente, uma voz dizia que aquela não era uma boa ideia...

- Bom... - Diz Milo. - Coloque sua mão em volta da minha cintura. - Ela obedeceu, sentindo a musculatura de seu abdômen se contrair enquanto ele se inclinava para encravar a estela na ignição. Para seu espanto, ela sentiu a moto tremer com vida sob ela, Shura guinchou ruidosamente em seu bolso.

- Está tudo bem... - Clary disse para si mesma tentando se tranqüilizar. - Milo! O que você está fazendo? - Clary diz ouvindo a porta tremer cada vez mais forte.

- Apertando o afogador! - responde Milo.

- Bem, apresse-se. A porta...

Nesse momento a porta explodiu aberta com um estraçalhar, arrancada de suas dobradiças. Lobisomens fluíam através da lacuna, avançando sobre o telhado em direção a eles. Atrás deles, os vampiros voavam guinchando e sibilando, enchendo a noite com choros predatórios.

Ela sentiu Milo virar a ignição e a virada brusca para frente, lançando seu estômago para trás em sua coluna. Ela se agarrou à cintura de Milo convulsivamente enquanto eles se atiravam para frente, os pneus derrapando sobre as ardósias, dispersando os lobos que latiam enquanto saltavam para o lado. Ela ouviu Milo gritar alguma coisa que foi afastado pelo som das rodas, vento e motor. A borda do telhado estava cada vez mais perto, Clary quis fechar seus olhos, mas algo a fez manter eles abertos enquanto a motocicleta esbarrava no parapeito e mergulhava feito uma pedra dez andares abaixo.

Se Clary gritou, ela não se lembra. Aquela foi como a primeira queda em uma montanha russa, onde o trilho cai e você se sente sozinho empurrado através do espaço, inutilmente acenando as mãos no ar enquanto sente seu estômago nas orelhas. Quando a moto se endireitou com uma sacudida, ela não se surpreendeu. Agora, ao invés de estarem caindo, estavam indo em direção ao céu cheio de diamantes.

Clary olhou para trás e viu um grupo de vampiros parados sobre o parapeito rodeado por lobos. Ela olhou para longe desejando nunca mais ter que ver aquele hotel novamente. Milo estava gritando, altos berros de entusiasmo e alívio. Clary se inclinou, braços apertados em volta dele.

- Minha mãe disse que me mataria caso eu andasse de moto com um garoto... - Diz Clary sobre o som do motor. Ela não o ouviu rir, mas sentiu o corpo de Milo estremecer.

- Ela não diria isso que me conhecesse... - Diz com voz confiante.- Sou um ótimo motorista!

- Eu pensei que vocês haviam dito que apenas algumas motos vampíricas voavam... - Diz Clary pensativa depois de um momento de silêncio.

- Apenas algumas delas podem. - Diz Milo, manobrando a moto sobre um sinal prestes a ficar verde, Clary podia ouvir as buzinas dos motoristas impacientes e a sirene das ambulâncias abaixo deles.

- E como você sabia que essa voava?

- Eu não sabia. - Diz Milo, virando a moto quase verticalmente, Clary gritou e se agarrou mais à cintura dele. - Você devia olhar para baixo! - Gritou ele. - É impressionante!

A completa curiosidade forçou seu caminho passando pelo completo terror e pela vertigem. Engolindo com dificuldade, Clary abriu os olhos.

Eles estavam mais alto do que ela havia imaginado, por um momento, a terra girou sob seus olhos em uma paisagem borrada de sombra e luz. Eles estavam indo para o leste, longe do parque, onde a estrada serpenteava ao longo da margem direita da cidade.

Houve uma dormência nas mãos de Clary, uma dura pressão em seu peito. Era ótimo, ela podia ver aquilo: a cidade subindo ao seu lado como uma floresta de vidro e prata, o embotado tremular cinza do East River cortando entre Manhattan e os municípios como uma cicatriz. O vento estava frio em seu cabelo, em sua pele, delicioso depois de tantos dias de calor e pegajosidade. Ainda assim, Clary nunca havia voado, nem mesmo de avião, e o grande espaço vazio entre eles e a terra a aterrorizou. Ela não conseguia manter seus olhos totalmente abertos enquanto eles se atiravam ao longo do rio. Bastava seguir a ponte de Queensbourgh, Milo virou à moto ao sul, seguindo para os pés da ilha. O céu estava começando a clarear, ao longe Clary podia ver o arco da ponte do Brooklyn, e mais ao fundo um borrão que seria a Estátua da Liberdade.

- Você está bem? - Grita Milo.

Clary nada respondeu, apenas se agarrou mais enquanto ele inclinou a moto, e em seguida, eles estavam navegando em direção a ponte, Clary podia ver estrelas através dos cabos de suspensão. Um trem da manhã chacoalhou a linha Q, um tipo de linha de transporte carregando sonolentos passageiros da madrugada. Clary pensou nas tantas vezes que havia pegado essa linha. Uma onda de vertigem a inundou, Clary apertou os olhos, arfando com as náuseas.

- Clary? - Pergunta Milo. - Você está bem?

Ela balançou a cabeça, os olhos fechados, sozinha no escuro e no rasgante vento, apenas com o arranhar de seu coração. Alguma coisa distinta arranhou contra seu peito, ela o ignorou até que veio novamente, mais insistente. Fracamente abrindo um olho, ela viu que era Shura, colocando a cabeça para fora de seu bolso e puxando seu casaco urgentemente.

- Eu estou bem, Shura... - Ela disse sem olhar para baixo. - Foi apenas a ponte...

Ele a puxou novamente, apontando urgente para a zona ribeirinha do Brooklyn. Uma faixa dourada se elevando à sua esquerda entre as fábricas e velhos armazéns, como a borda de uma pálida moeda coberta de ouro.

- Sim, muito bonito, Shura... - Clary diz fechando os olhos novamente. - Um lindo amanhecer...

Milo ficou todo rígido, como se tivesse sido baleado.

- Amanhecer? - Gritou Milo, então a moto sacudiu violentamente para a direita. Os olhos de Clary saltaram abertos enquanto eles mergulhavam em direção à água, que começava a cintilar azul com a proximidade do amanhecer.

- O que há de tão ruim com o amanhecer? - Pergunta Clary se agarrando mais forte à Milo, Shura entre eles.

- Eu te falei! Essas motos só funcionam com energia demoníaca! - Milo puxou a moto para trás, eles estavam no nível do rio, apenas deslizando sobre ela, as rodas salpicando a água. A água do rio respingando no rosto de Clary.

- Logo que o sol surge...

A moto começou a travar. Milo xingando vivamente, batia o punho no acelerador. A moto se arremessou à frente uma vez, para depois engasgar, vibrando debaixo deles como um cavalo empinando. Milo ainda estava praguejando enquanto o sol espreitava o esfacelado cais do Brooklyn, iluminando o mundo com clareza devastadora. Clary podia ver cada pedra debaixo deles, enquanto eles transpunham o rio ao longo do estreito banco. Eles apenas passaram aquilo, os pneus da moto arranhando um caminhão que passava abaixo deles. Além estava o lixo espalhando ao longo do estacionamento de um supermercado.

- Segure-se em mim! - Gritava Milo enquanto tentava segurar a moto que sacudia e estremecia debaixo deles. - Segure-se em mim, e Clary, não deixe...

A moto inclinou e atingiu o solo do estacionamento, as rodas da frente primeiro. Ela se atirou para frente, balançando violentamente, derrapando e saltando sobre o solo irregular, balançando a cabeça de Clary para frente e para trás, forçando seu pescoço. A moto bateu em uma barreira de concreto, fazendo os três voarem da moto, Clary rezava para que Shura não fosse esmagado quando eles atingissem o solo.

Eles atingiram o solo, Clary bateu forte, a agonia batendo em seu braço, ela sentiu algo molhar em seu rosto, enquanto rolava em suas costas. Quando seu corpo parou de rolar, a primeira coisa que ela fez foi procurar em seu bolso, vazio... Ela tentou dizer o nome de Shura, mas sua voz não saiu, ela ofegava procurando por ar. Seu rosto estava molhado e a umidade escorria para sua gola.

Seria sangue? Ela abriu os olhos nubladamente. Sentia o grande hematoma em seu rosto, seus braços ralados picavam e ardiam como carne crua. Clary havia rolado seu corpo para o lado e estava meio dentro meio fora de uma poça de água suja. O amanhecer tinha realmente vindo, ela podia ver os restos da moto afundada em um amontoado de cinzas irreconhecível enquanto os raios de sol golpeavam ela.

E lá estava Milo, ficando dolorosamente a seus pés. Ele começou a se apressar em direção a ela, mas diminuiu enquanto se aproximava. Sua camisa estava rasgada e havia um enorme arranhado sangrento ao longo do braço esquerdo. Seu rosto sobre a coberta de cachos dourados sujos de sangue e suor estava branco feito papel. Ela se perguntou porque ele estava olhando daquela maneira.

Sua perna havia sido arrancada fora e estava em uma poça de sangue no meio do estacionamento? Ela tentou se levantar...

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To be continued...

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O que eu deveria comentar desse capítulo? Apenas que foi uma confusão só x.x Muita correria e Clary com uma perna à menos? Não sou tão má, não se preocupem XDDDDD O que será que aconteceu com o Shura-rato...o.ô

Essas e mais respostas apenas quando a lesada aqui conseguir escrever...T-T

Well, bjnhos x333333