Pela primeira vez, ele sentiu o cosmo.
– Shun‐kun…
Murmurou a garotinha, mesmo ela podia sentir que isso era muito para o garoto
– huh?conseguiu despertar o cosmo? E um muito poderoso por sinal, realmente, és uma criança surpreendente, vou me divertir muito com você,espero que sobreviva.
Expressou Athéa divertida.
– Cipós Sangrentos.
Como se convocados,inúmeros Cipó com pontas muito afiadas, surgiram do chão, agitando-se como se fossem tentáculos, e sem aviso prévio, partiram pra cima do garoto,prontas para traspassar seus pequenos membros.
"Droga"
Foi apenas por um instante, mas agora tanto a aura quanto a sensação haviam ido embora.
Ele podia sentir dentro de si,algo diferente, no entanto, ele não conseguia alcançar, era como um faminto ter um banquete a sua frente, mas não poder saciar sua fome.
– SHUN-KUN! NÃÃÃOO!
Gritou Miho desesperada,se contorcendo,enquanto via aquelas gavinhas se aproximando do mais velho, e implorando para que alguém, qualquer um, aparecesse e os salvasse.
– ROSAS DO FLAGELO!
E como se ouvisse seu lamento,inúmeras rosas negras foram lançadas,tenho as vinhas como alvo. rapidamente destruindo-as ao menor contato.
– O QUE?! QUEM SE ATREVE?!
Exclamou a mulher, irritada pela primeiras vez.
– eu me atrevo,realmente, atacar crianças,você é mais repugnante do que o máscara.
Declarou uma voz masculina séria.
Em pé, sobre o galho de uma árvore,com uma urna dourada nas costas, estava Afrodite de Peixes, que havia chegado bem a tempo de ver a malícia da mulher em relação às crianças.
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Afrodite saltava entre os prédios com grande maestria, adquirida após anos de treinamento,se precavindo para que os habitantes da gigantes e iluminada metrópole de Toquio não o vissem.
Há pouco havia deixado o cavaleiro de prata, e os de bronze limparem a bagunça, o trabalho dele, já havia terminado, intercepta-los antes que se encontrassem com os Yakuzas.
No entanto, agora algo lhe gritava fortemente, de que ele deveria se apressar, aquele cosmo já havia desaparecido, tão rápido quanto surgiu, mas ele ainda podia captar os fracos resquícios.
Não tinha certeza se era de um possível inimigo ou não, mas sem dúvida poderia dizer que parecia desesperado,como se sua vida estivesse em perigo.
Seguindo seus instintos afiados, ele se apressou.
E com um grande salto, pousou no telhado do que parecia uma capela.
Ele tinha certeza, o cosmo havia surgido nessa direção.
– SHUN-KUN! ĪEEEE!
Estava prestes a procurar em outro lugar, quando um grito infantil desesperado chamou sua atenção.
– ROSAS DO FLAGELO!
Seu corpo reagiu antes de sua mente, e no segundo seguinte ele estava no galho de uma árvore, ha essa altura,já havia lançado suas rosas para salvar a vida de uma criança que está prestes a ser empalada pelas videiras de uma mulher com um cosmo tão repugnante.
"Esse tipo de cosmo, deve ser uma Daemon,pelo Decaptograma em seu rosto, ela foi expulsa"
– O QUE? QUEM SE ATREVE?
Exclamou a mulher, irritada.
Ele abriu os lábios, sem perceber que, seus olhos estavam mais gelados que o cosmo de Aquário.
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– ora ora, e não é que você é atraente, seu belo rosto se encaixa perfeitamente nos meus gostos.
Analisou a Daemon lambendo os lábios, enquanto secava o jovem com os olhos,que estava completamente indiferente à mulher.
– comentários assim vindos de alguém como você, me deixam doente.
Retorquiu desgostoso,saltando de seu lugar, apenas para pousar suavemente perto das crianças, e com uma rosa negra e um rápido movimento, todas as restrições que as prendiam foram destruídas.
Isso fez as crianças piscarem surpresas,em um momento eles estavam enredados nas vinhas, e no outro, ambos estavam sendo segurados pelo mais velho.
– vo-você está me ignorando?
Gritou Athéa,as palavras do menor foram uma pontada seu ego.
– não há motivos para que eu dê atenção há um cadaver.
Objetou dando as costas para ela é se abaixando para colocar as crianças no chão.
– o-o que você quer dizer?
Em resposta, o sueco apenas virou o rosto em sua direção, mais especificamente, olhando diretamente para o seu tórax.
Confusa,ela seguiu seu olhar, apenas para constar apavorada que uma rosa branca,estava cravada em seu coração, tingida quase por completo pelo roxo de seu sangue misto.
– q-que?quando foi que…
Nesse momento ela lembrou da pintada que sentiu quando o cavaleiro saltou.
– vo-você…
Sem forças, ela caiu de joelhos,sua consciência a abandonando à medida que a rosa se tingiu completamente com seu sangue.
– cale-se e apenas parta de uma vez.
E como se fosse uma deixa, seu corpo sem vida desabou no chão.
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– vocês estão bem?
Perguntou cuidadosamente, olhando as crianças de cima a baixo, até perceber que japonês não era um dos idiomas o qual ele tinha contato.
– SHUN-KUN,DAIJŌBUDE YOKATTA, SUGOKU KOWAKATTA ….
Exclamou a garotinha,abraçando a outra como um coala bebê.
O cavaleiro suspirou, achando a cena divertida e fofa,ele teria se assustado se não estivesse preparado para isso.
– Miho-chan, daijōbu, naku no wa yamete.
Falou a esverdeada acariciando a cabeça da menor,confortando-a,ignorando seus próprios ferimentos que eram infinitamente mais serios.
Nesse momento,dois pares de olhos infantis encararam o cavaleiro,por algum motivo, deixando-o constrangido.
– Oniisama, watashitachi o sukutte kurete hontōni arigatō.
Agradeceram as crianças, se curvando em 90,deixando o cavaleiro entre confuso e preocupado, principalmente quando viu as profundas marcas na pele da garota de cabelos verdes.
– eu não sou fluente em seu idioma, mas vou presumir que isso foi um obrigado?
Questionou incerto, fazendo com que as pequenas inclinassem a cabeça e o olhassem.
Provavelmente elas não o entenderam, ou foi o que pensou.
– se o senhor se sente confortável, eu também sou proficiente em grego.
Declarou a esverdeada falando fluentemente com calma, como se nunca tivesse estado perto da morte momentos atrás, surpreendendo o adolescente e fazendo os olhos celestes deste se arregalarem.
Não só pelo fato de ser capaz de falar grego ou manter a calma, ainda que tivesse a menor agarrada em sua camisa enxugando as lágrimas de sua face.
Mas porque somente agora ele percebeu, aquela criança, não era uma menina, e sim, um menino.
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Sim gente, Afrodite realmente pensou que shun era uma garota, irônico,não?
Da segunda parte em diante foi o ponto de vista do Afrodite, por isso as frases em grego estão normais, e Athéa estava falando grego o tempo todo.
Não vou colocar tradução nas frases, mas se vcs estiverem com dificuldade, comentem que eu coloco.
