Mais uma fiqui zuadah da CATITAH! Essa vai ser bem zuada mesmo, tem trechos sérios mas tem muita comédia também.

Sai totalmente do canon da obra original, uma vez que o casal catitoh foi redimido e voltou a viver em Valinor. Enfim fãs puristas, não levem a fiqui a sério pois é só distração maluca de alguém que não suporta mais a quarentena.

No mais, enjoy it!

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APERTEM OS CINTOS: A CATITAH SUMIU!

Capítulo 1

Lúthien estava a arrumar seus Niphredil no jardim, bem como a cuidar de seus rouxinóis. Quando de repente, viu aquele ente vindo a seu encontro.

Ele.

Aquele mesmo que, no dia de maior angústia de sua vida, ela teve de enfrentar, utilizando de todos os seus poderes e sua astúcia a fim de conseguir dele seu dote de casamento. Ainda podia ouvir os sinistros ruídos de sua antiga fortaleza, Angband. Anda podia sentir a energia densa de trevas que emanava de lá. Como se lá ainda estivesse.

Era ele, Melkor, o Vala renegado.

Tanto ele quanto Mairon, seu maia mais fiel e também seu consorte, haviam sido redimidos e a eles fora dada uma nova chance de viver em Valinor. Mas nem ela, nem outros dentre os Ainur e mesmo os Eldar e Edain, gostavam dele.

O Vala vinha em sua direção, e ela já imaginava se ele não queria algo consigo própria.

Era. Logo ele se colocou a seu lado e começou a falar:

- Minha filha, será que eu posso falar uma coisa com você?

- Não sou sua filha. E não sei se pode, pois da última vez em que deliberou com um Elda em Vallinor, se iniciou a longa e sangrenta Guerra das Silmarili...

- Eh, eu não quero mais saber disso! Nem de Silmaril, nem de nada. Olha, eu só queria falar de uma coisa. Sabe aquela vez em que você foi lá na minha antiga fortaleza, a fim de conseguir o seu dote de casamento?

- E como esquecer?

- Pois é. Logo após aquele episódio, eu e Mairon nos casamos. Você sabe, né. Aquele seu amigo cão o expulsou de Tol in Gaurhoth e ele foi morar comigo em Angband. Pra casar comigo e engravidar do Moriel foi um passo. O Moriel, meu filho mais velho, parece com você, sabe?

Ela continuva a cuidar dos Niphredil, mal olhando o Vala, a pensar onde ele queria chegar com aquela conversa afinal de contas.

O Ainu continuou:

- Então. Quando você invadiu Angband, eu já pensava em casar com o Mairon. E eu casei, entende? Só que não deu pra fazer o que eu tencionava. Lembra quando você dançou na corte? Eu tive uma ideia...

- Segundo o que me disseram, você queria me entregar a seus piores asseclas para ser violentada. Não é verdade?

- Não só isso! Quer dizer, hoje eu me envergonho de ter tido um pensamento baixo desses. Até porque hoje eu tenho filha, a gente fica pensando nessas coisas...

- E precisa ter filha para não ter esse tipo de ideia bizarra?

- Ern... eu era muito perturbado! Eu olhava pra você e pensava em tudo que eu poderia ter sido e não fui. Até porque você ia casar com o tal do Adan e eu nada de casar! Mas então. O tempo passou, eu casei com Mairon e em breve faremos a cerimônia de renovação de nossos votos de casamento. E eu tive uma ideia na época, não foi só a de... bem, a de te entregar pra ser violentada. Na época eu pensava em te colocar para cantar no meu casamento com Mairon. Claro que na primeira cerimônia em Angband não deu. Mas agora...

- Agora quer que eu cante no seu casamento com Mairon em Valinor?

- Pois é! Ia ser lindo, não acha?

- Não.

- N-não?! Mas não somos mais inimigos... eu fui readmitido em Valinor!

- Se não somos inimigos, também não somos amigos. E de mais a mais, se foram perdoados, que vivam como queiram. Eu mesma deixei Mairon viver por admirar a força do amor que ele lhe devotava. Mas não sou obrigada a gostar de vocês! Agora me faça um favor e vá embora.

Melkor ficou a olhar para ela com completa cara de tacho. Mesmo ele sendo redimido, ainda era rejeitado pelas pessoas!

- Pois sim! Também, uma voz esganiçada dessas... com certeza vou arrumar algo muito melhor pro meu casamento! E fique sabendo que não é bem vinda e nem está convidada pra cerimônia, ouviu?!

- Faça bom proveito. Nunca cogitei ir mesmo!

- Ah, vá pro inferno!

E, com raiva, Melkor chutou os canteiros de Niphredil de Lúthien. Ela ia dizer algo, mas ele foi embora antes que a moça pudesse reagir, fazendo pra ela o gesto de "banana" com o braço sem parar de andar em direção à sua morada.

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Em casa, Mairon estava a sonhar acordado. Se encontrava num corpo de mulher, pois estava "grávida" do terceiro filho dele e de Melkor. E quando estava gestante ficava preso na forma feminina. Consigo estavam Moriel, seu filho mais velho; Mairen, sua filha mais nova; e Curumo, o qual era a si como um irmão desde que trabalharam para Aule milênios antes. Curumo fora o primeiro confidente sobre seus amores com o Vala caído.

- Eu vou casar! - dizia Mairon, rodopiando com um tecido em mãos - E de dourado! Eu não disse, Curumo? Que ia casar de dourado e esfregar na cara desse povo todo? Eu disse!

- E eu, que pensava na época que logo ia desistir dessa sandice e ia se arranjar com alguém em Valinor mesmo...

- Pois sim! Aqui estamos nós, eu e ele! Alguns milênios depois, mas aqui estamos! Eu vou casar! Curumo, você sabe se Aule vai?

- Ele vai. Disse que nunca aprovou muito a sua união com Melkor, mas se você o ama tanto a ponto de ter passado toda essa história com ele... é melhor que ele concorde logo. Afinal, você e Melkor já tem dois filhos...

- O terceiro está em meu ventre. Fico com receio do parto, pois meu parto de Moriel foi terrível! Mas enfim, não vou pensar nisso! Vou casar! Aproveitemos o momento portanto!

Mairen rodopiava junto com a mãe pela sala, romântica como era. Admirava muito o casal que Melkor e Mairon formavam. Não vira nem o casamento deles em Angband, nem a primeira reafirmação dos votos em Númenor. Mas fazia questão de ver a cerimônia em Valinor. Segundo o que Mairon lhe dizia, seria a maior das três.

- Vai ser maravilhoso, mamãe! Eu quero levar as flores pelo caminho e espalhar as pétalas para que vocês entrem no salão.

- Sim! E seu pai disse querer fazer um discurso lindo para mim no casamento... diz que é surpresa!

- Ele vai pensar em algo bem bonito, não vai, mamãe?

- Espero que não seja algo muito pornográfico!

Moriel virou os olhos pra cima em desgosto. Tanto Curumo quanto Mairen levaram as mãos à boca em gesto de espanto.

- Ele faria isso, mamãe? Em público? - disse Mairen, o rosto vermelho.

Moriel interveio:

- Já fez coisa muito mais explícita em público...

Curumo perguntou, curioso como era:

- Fez mesmo? É verdade que Melkor e Mairon fizeram "aquilo" na frente de toda a corte de Númenor, nos rituais que havia no templo?

Moriel respondeu:

- Sim, é verdade. Mas eu não vi. Não me apetece ver a meus pais dessa forma. Sempre que percebo estarem eles a... ern... a se fechar nos quartos a fim de fazer "aquilo", até saio da casa. Pois eles são muito barulhentos, escandalosos e...

Mairen ainda ruborizada lhe disse:

- Não fale assim, meu irmão! Ah que horror, eu prefiro pensar no lado romântico deles!

O irmão de cabelos negros retorquiu:

- E eu prefiro não pensar em nenhum. Até acho bonito o amor de nossos pais, porém já vi coisas deles o suficiente para não querer ver mais. Como por exemplo Mairon se sacrificando por Melkor de uma forma tão extrema, que nunca vi antes um Ainu a fazer o mesmo... me dava nervoso!

- Mas essa parte é bonita! - exclamou Mairen, a rodopiar com Mairon ainda pelo salão - Poxa, no final das contas está tudo bem, eles estão aqui mesmo... veja, são lindos! Um casal exemplar!

Moriel rolava mais uma vez os olhos pra cima, cansado de toda aquela melação e achando aquele casamento uma tremenda perda de tempo, pois já haviam se casado outras vezes em Angband e em Númenor, quando... ouviu a porta da frente da residência ser aberta. Era seu pai.

Assim que o viram, Mairon e Mairen foram correndo até Melkor. O consorte maia o beijou, o tomou nos braços e mostrou a ele o tecido com o qual faria seu vestido.

- Ah, meu amor! Eu estava escolhendo como fazer meu vestido! Ah, finalmente vamos casar em Valinor, na frente de todos esses Ainur que nunca acreditaram na gente! Que felicidade!

- Também não sei pra que fazer festa pra esse bando de infeliz. Tudo um monte de filho da puta!

Mairen mais uma vez cobriu a boca em espanto. Curumo logo adivinhou que o Vala havia arrumado confusão por aí e Mairon o abraçou, consolando-o como sempre fazia.

- Mas o que foi, meu amor? Me conte, vamos!

- São esses Eldar aborrecidos! Só fazem besteira! É só besteira, Mairon! A gente tenta se redimir, agir diferente, tenta até ser amigo... e olha aí! Batem a porta na nossa cara como sempre!

- Ah, esses Eldar! Até hoje te dando dor de cabeça, pois não? Conte tudo pra mim, estou aqui pra você!

- Acredita que eu fui lá no jardim da Lúthien convidar a mesma pra cantar em nosso casamento e ela não quis? Pois não quis! Agora quem não quer sou eu! Ora até parece que vou ficar me rebaixando pra esses Eldar ridículos-

Muitas coisas ocorreram logo em seguida. Moriel finalmente esboçou alguma emoção ao ouvir o nome de Lúthien. Sabia que Mairon a odiava, e por séculos até mesmo proibira seus asseclas de sequer pronunciar o nome dela. Mas nada poderia prepará-lo para a reação que sua mãe teria em seguida.

- O QUEEEEEEEEEEE? Você foi ao encontro daquela vagabunda?

- Mas peraí, Mairon, foi só pra chamar ela pra cantar no nosso casame-

- E você ousa chamar justamente a ela? Ela, que me desalojou de forma tão cruel de Tol in Gaurhoth junto com aquele vira-lata pulguento! Ela, que ousou dançar pra você ver! E você no mínimo gostou, né?

- Mairon, eu não sabia que seu rancor contra ela era tão grande-

- Eu vou embora! Não tem mais nenhum casamento!

Com toda a raiva, Mairon jogou o tecido dourado no chão e saiu pisando duro pela porta da frente. Mairen, exasperada, saiu atrás dela. Curumo, por alguma intuição que despertou dentro de si, também foi. Moriel, por saber bem como o pai era, decidiu ficar para acalmar os ânimos.

Melkor piscou algumas vezes e depois de algum tempo reagiu enfim:

- Peraí. O Mairon foi embora?

- Sim, meu pai. Mas logo ele volta.

- Moriel, por anos ele até ameaçou ir embora. Mas nunca foi de fato! Sempre pensei que o despeito dele jamais seria maior que seu amor e lealdade a mim!

- Foi só um rompante de raiva, logo ele volta.

- Ele disse que não tem mais casamento! Como se não bastasse todo esse bando de imbecil me tratar como se eu não prestasse, o Mairon ainda vai embora!

- Meu pai, fique calmo. Fique calmo, por favor.

Moriel lembrava do que o próprio Ilúvatar dissera: que Mairon e Melkor deviam seguir juntos, pois Melkor era o caos em si próprio; e sem o controle de Mairon, o qual adorava ordenar o grande manancial de poder do Vala, toda aquela entropia poderia se tornar algo muito perigoso.

- Eu não vou ficar calmo enquanto não trouxer Mairon de volta para casa! Vamos, filho! Vamos em busca da sua mãe!

Sem escolha, Moriel foi atrás do pai a fim de ao menos tentar acalmar os ânimos dele caso as coisas ficassem muito exacerbadas. Não podia deixá-lo sozinho por aí afinal de contas.

To be continued

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E agora? Será que a Catitah vai separar do bofe por causa dessa bobagem? E o Melkor, vai ter que pagar pensão pro nenê que ainda nem nasceu? E o Curumo, vai de novo virar confidente do Mairon após tanto tempo? E a Mairen, vai chorar as pitangas porque a mãe saiu de casa? E a Lúthien, vai exigir reparação de seus Niphredil destruídos?

Isso e muito mais no capítulo 2 de toda essa loucura!