Capítulo 1 — O retorno
INUYASHA
Abri meus olhos lentamente esfregando-os, pois notei que minha vista estava embaçada. Tentei mexer meus braços, mas senti algo aninhado em meu peito. Imediatamente aquele cheiro doce e aos mesmo tempo picante, já tão conhecido meu chegou até mim, fazendo me lembrar da pessoa que estava aninhada junto a meu corpo. Pessoa essa que senti tanta saudade todo esse tempo em que fiquei à sua espera, que quase perdi minha lucidez.
Olhei para baixo e fiquei novamente encantado com bela imagem junto a mim. Kagome se encontrava deitada com a cabeça em meu torso num sono profundo e com um leve sorriso.
— Tão linda! — suspirei. Ergui calmamente minha mão que estava livre e acariciei seus longos cabelos negros, fazendo seu delicio perfume chegar até meu nariz. Nunca me senti tão feliz como agora, pensei ainda estar sonhando, um lindo e maravilhoso sonho, que por um longo tempo achava não seria merecedor.
Lembranças da madrugada voltaram à minha mente, me fazendo recordar o quanto havia sido maravilhosa a nossa primeira noite juntos, a primeira noite com a mulher da minha vida, e que fora muito além do que havia imaginado enquanto esperava minha amada nesses três longos anos. "Ah que noite!", me deleitei lembrando. A primeira noite de muitas, pelo resto de nossas vidas, disso não tinha dúvidas.
— INUYASHA! INUYASHA! — ouvi baterem na porta e pela voz reconheci ser Miroku.
"Ahhhhhh! Mas o que esse monge queria há essa hora da manhã, era muito cedo ainda. Não queria sair de perto da minha Kagome!" — pensei frustrado.
Levantei-me com todo cuidado, deixando Kagome ainda adormecida, segui em direção à porta abrindo somente uma fresta.
— O que quer monge? Não vê que ainda é muito cedo! — resmunguei sussurrando para não acordar Kagome.
— Eu sei Inuyasha! — sussurrou o monge também — Você acha que se não fosse importante eu estaria aqui?! Não né! Estaria lá com minha Sangozinha, não tenha dúvidas! — reclamou demonstrando seu desagrado.
— Então fala logo o que quer! E fale baixo, a Kah está dormindo — disse próximo à fresta da porta.
— Hummm dormindo é… E foi boa a noite de vocês ein?! — perguntou Miroku tentando olhar pela fresta.
Neste momento um turbilhão de sentimentos me fizeram agir impulsivamente e acabei dando um empurrão, fazendo Miroku cair sentado próximo à entrada, aproveitei para sair também e fechar a porta.
— Ei! Por que isso? Não consegui ver nada! — reclamou o monge, afagando as partes baixas afetadas enquanto levantava.
— Keh! E nem vai ver nada nunca seu monge pervertido! — disse já com a cara amarrada e cruzando os braços — Fala logo Miroku, o que quer?
— Tá, tá! — começou abanando as mãos em sinal de rendição após levantar-se — Então… alguns aldeões chegaram até mim dizendo terem visto youkais nas vilas próximas, e me parece que esses youkais estão fazendo um grande estrago por onde passam. Também senti uma energia muito sinistra agora pouco, acho melhor irmos verificar antes que, seja lá o que for, chegue perto de nossa aldeia e coloque em risco nossos amigos e família. Você não sentiu nada diferente? — perguntou Miroku estranhando.
"Ah! Mas justo hoje tinha que aparecer um maldito youkai para atormentar minha paz!. Estava tão bom e feliz ao lado de Kagome, ela havia acabado de retornar após todo esse tempo longo." pensei irritado. "Mas analisando o que o monge havia dito, também havia sentido uma energia sinistra não muito longe daqui, e pela segurança 'dela' e dos meus amigos acho melhor ir verificarmos esse situação".
— Ok monge, vou me trocar — falei, adentrando novamente a casa, vestia meu manto de rato de fogo por cima do meu kosode* enquanto observava minha amada ainda dormindo.
Mas antes de sair, me aproximei de Kagome que permanecia dormindo profundamente, ela estava com um sorriso sereno em seu rosto. Seus cabelos espalhados no futon a deixavam parecendo uma ninfa de tão bela, desci o olhar e notei que uma parte de seus seios estavam à mostra. Provavelmente quando me levantei ela havia se mexido. E foi o suficiente para relembrar dos momentos maravilhosos que tivemos horas atrás. Engoli em seco e delicadamente arrumei o lençol no corpo dela, deixei um beijo casto em sua testa, e a ouvi suspirar virando-se para o outro lado, ainda continuando em seus sonhos.
Quase desisti de ir, estava tão feliz olhando-a tão próximo a mim, que imaginei ainda estar num dos tantos sonhos que tive durantes esses dolorosos anos. Mas com Miroku na porta esperando, sabia que não iria me dar sossego sem antes verificar o tal youkai. Mesmo contrariado, resolvi ir logo antes que abandonasse de vez essa ideia de verificar as redondezas.
— Até mais princesa… — falei baixinho saindo.
KAGOME
Acordei e não consegui reconhecer de imediato onde estava, sentei olhando ao redor e as lembranças do dia anterior começaram a voltar. Estava na casa que Inuyasha havia construído para nós! Ahhh tudo isso era realidade ou estava sonhando?
Notei que Inuyasha não estava, o ambiente ainda estava um pouco escuro.
"Onde será que ele havia ido?" Questionei ao me levantar, senti o lençol escorregar e percebi estar nua, e as lembranças do que fizemos na noite anterior surgiram me fazendo enrubescer no mesmo instante.
— Ahh que noite perfeita! — sorri suspirando apaixonada.
Nunca em toda minha vida teria imaginado que minha primeira vez seria assim, com o meu grande amor, um hanyou! Sim um meio-youkai que nem sabia recentemente que existiam! E hoje, com toda a certeza do seu coração, não conseguiria viver mais sem ele!
Parecia até uma ilusão, após todo esse período longe um do outro, vivendo no desespero e na solidão, agora me sentia amada e completa!
Continuei divagando e as sensações e lembranças recentes voltaram mais vivas do que nunca…
...
No mesmo instante que voltei à era feudal, encontrei com Inuyasha me esperando no poço, sua mão me puxou para fora e o senti me abraçando forte, ele encostou seu rosto em meu pescoço e ficamos assim por alguns minutos, saboreando a alegria do momento, não era mais uma utopia em que estávamos nos encontrando, e sim era real!
Quando seus lábios encontraram os meus tentando acalmar nossa angústia, que nos puniu esse tempo todo longe um do outro, foi somente um beijo casto, mas cheio de saudades e também muita felicidade, uma euforia me invadiu e sorri enquanto ainda nos beijávamos, ele sorriu também, a sensação era surreal!
— Inuyasha… — abri meus olhos e vi ouro líquido, o mesmo que me apaixonei no momento que se moveram em minha direção enquanto ele se encontrava preso na árvore centenária, aqueles olhos amarelos que eu tanto amava e que me fizeram vivenciar as mais profundas sensações.
Logo depois chegaram nossos amigos e tivemos que nos separar, todos queriam me abraçar e matar as saudades, olhei para Inuyasha o vi sorrindo e me olhando intensamente, eu perdia meu fôlego só de vê-lo e minhas pernas ficavam bambas, eu o amava demais!
Chegando na vila fomos logo à casa da senhora Kaede, quando a vi não aguentei de emoção, corri para abraçá-la e choramos juntas, pois a saudade era imensa. Depois disso o tempo passou rápido, todos queriam perguntar o que havia acontecido comigo nesses anos que fiquei em minha era. Enquanto Sango e a senhora Kaede preparavam um verdadeiro banquete para — como eles disseram — fazer uma comemoração pelo meu retorno.
Acomodei-me entre as zabutons* e lá relatei como foram os 3 anos que fiquei afastada de todos, contei que havia estudado muito e me formado. Uma maneira de tentar suprimir a minha tristeza, por estar longe de todos esse longo tempo. Lógico que não comentei e nem deixei transparecer toda a dor e sofrimento que passei quando estava longe em meu tempo, o quanto senti falta de Inuyasha, sim, porque ele foi o maior sentimento de perda e de toda a tristeza que se abateu em meu coração, onde quase sucumbi à escuridão.
Se não fosse o apoio de minha família e amigas, sentia que não teria conseguido suportar todo esse tempo. Mas agora era tudo passado, meu coração saltava em alegria por finalmente esse tormento ter se findado.
Todos ouviam em silêncio minha história, choramos e rimos juntos, enquanto isso Inuyasha ficou encostado em pé na porta, os braços cruzados em seu manto, ouvindo tudo sem falar nada, só me observava e sorria o tempo todo.
Ele estava muito diferente da última vez em que nos vimos, parecia mais maduro, mais forte e muito másculo, pensei reparando em seus braços e pernas.
"Que pensamentos pervertidos são esses, até pareço o monge!", pensei.
Olhei para baixo sentindo meu rosto queimar, quando voltei a olhá-lo, percebi ele me fitando e sorrindo ladino, seu rosto estava corado também.
"Ahhh ele percebeu!", constatei. Virei meu rosto, não conseguindo mais encará-lo, a vergonha estampada nele.
Miroku na mesma hora percebeu nossa reação, deu uma risadinha e perguntou:
— Então senhorita Kagome, não arranjou nenhum namoradinho lá na sua era nesses três anos, ein? — perguntou enquanto olhava para mim e Inuyasha simultaneamente.
Olhei e vi Inuyasha fechando a cara e apertava suas garras no manto.
— Claro que não Miroku! Só tive tempo para estudar muito e finalmente me formar, e… e também eu não tinha interesse em ninguém por lá! — confessei, levantando meus olhos até Inuyasha, ele me olhou também e abriu um sorriso enorme e deslumbrante.
— Keh! Monge, o que te interessa essas perguntas íntimas ein!? — ralhou Inuyasha já mostrando a mão fechada em direção ao monge.
— Calma meninos, hoje o dia é de alegria! Vamos festejar a volta de Kagome! — disse Sango, percebendo que se não interferisse logo, os dois sairiam se batendo como faziam sempre, aff, às vezes pareciam ainda crianças…
Logo após chegaram também Shippo, Rin e Kohaku; onde fiquei sabendo que Sesshoumaru havia deixado Rin viver na aldeia por um tempo, para aprender a conviver com os humanos. Também soube que ele vem sempre visitá-la e traz presentes, achei muito fofo, principalmente porque o 'Lorde do Leste' que é sempre tão impessoal e frio, agora estava demonstrando ter afeição por uma humana, realmente as coisas mudaram muito!
Uma alegria imensa cada vez mais se instalava em meu coração, sensação essa que por tanto tempo padecendo de sentimentos tão sombrios, agora estava sendo purificado, somente por sentir que eu estava no lugar certo, no lugar onde sempre deveria estar.
E assim festejamos, comemos, bebemos e após todos estarem exaustos cada um foi se despedindo e indo para suas casas, Shippo estava deitado nas almofadas dormindo há algum tempo, eu me encontrava cansada e sem perceber acabei cochilando também nas almofadas em que estávamos sentados conversando.
Ao tardar da noite senti alguém acariciando meu rosto e me chamando:
— Kagome, Kah… — sussurrou Inuyasha próximo ao meu rosto, acordei e vi aqueles olhos que tanto sonhei esses anos todos me observando.
— Inuyasha… — suspirei me levantando — O que você quer essas horas? — falei baixinho para não acordar ninguém.
— Kagome vêm, preciso te mostrar uma coisa — estendeu sua mão para mim, sorrindo.
Levantei-me e de mãos dadas nos direcionamos para fora da cabana.
— Suba em minhas costas, assim chegaremos mais rápido — disse agachando-se à minha frente. Subi em suas costas, só que desta vez me senti estranha, já havia feito isso tantas vezes enquanto procurávamos a 'joia de quatro almas', mas agora a sensação diferia, pensei enquanto me ajeitava. Suas grandes mãos seguraram em minhas coxas para após levantar-se, notei seu corpo enrijecer e o ouvi suspirar antes de começar a correr.
Aquela sensação do vento em meus cabelos junto à Inuyasha fizeram antigas lembranças retornarem, de todo aquele tempo que passamos assim juntinhos, que saudades senti disso!
Não demorou muito chegamos próximo a um pequeno vale, estava escuro, mas a luz do luar iluminava tudo ao redor e pude perceber o quão bonito era aquele lugar, provavelmente de dia seria deslumbrante. A grama era baixa e tinha grandes árvores mais ao fundo, ouvi também um barulho de água corrente, provavelmente havia um rio bem próximo dali, desci de suas costas e ele pegou em minha mão me guiando próximo de um imenso jardim repleto de flores que estava à frente de uma casa!
Uma casa pequena e linda! Como num conto de fadas!
Toda em madeira, com palha no teto, e um caminho de pedras que se estendia até a entrada da casa. Enquanto caminhávamos olhei ao nosso redor e estava cercado de flores de várias cores, fiquei deslumbrada com tamanha beleza, e que a luz do luar ficava fabulosa! Alcançamos a entrada onde ficava uma varanda que rodeava a casa toda, achei tão delicada… e logo à frente uma porta feita de bambu.
— Inuyasha o… o que isto significa? De quem é esta casa? — perguntei tremendo ansiosa, meu coração disparado em meu peito.
— Kagome… — disse virando-se para mim, segurou minhas mãos, seu semblante ficou sério — Quando nos separamos há três anos, eu me perdi de uma maneira muito errada, fiquei muito mal! Literalmente entrei em desespero, principalmente quando percebi que você havia ficado na sua era logo que saímos de dentro da joia. Tentei por vários dias atravessar o poço, eu cavava até as minhas mãos sangrarem. Não sei quanto tempo se passou, dias, semanas, não podia pensar que não iria mais te ver, e quando a realidade caiu sobre mim e me dei conta do que estava acontecendo, eu me descontrolei — senti suas mãos geladas e tremendo.
— Inuyasha, não precisa falar disso agora se não quiser — apertei suas mãos às minhas e em seguida o abracei.
— Não Kagome, eu preciso… preciso dizer tudo o que está preso aqui dentro, esse turbilhão de sentimentos que ficou por anos me sufocando e me consumindo dia a dia — se afastando um pouco, me olhou fixamente e continuou.
— Eu me descontrolei sem você por perto, sentia tanto a sua falta que tudo a minha frente ficou cinza, tudo ficou sem cor, sem cheiro e sem sentido, e foi aí que meu lado youkai assumiu por um bom tempo, destruindo tudo à frente. Fiquei na parte mais densa da floresta, não sei dizer se foram dias, semanas ou meses, eu não comia, não conseguia dormir, foi um verdadeiro inferno o que passei, dias que entreguei minha alma à escuridão — fechou os olhos respirando profundamente, pude perceber o quanto havia sido difícil para ele.
Não consegui dizer nada, as lágrimas desciam por minha face, pois eu sabia exatamente o que ele sentiu, pois senti o mesmo em meu tempo.
Abracei-o fortemente sem conseguir me conter, e segurando em seu pescoço o beijei, encostei levemente meus lábios nos seus, onde senti seus braços em minha cintura, que em seguida correspondeu ao meu beijo. Mas desta vez não foi um beijo casto, senti-o adentrar em minha boca impaciente, era um beijo há muito tempo esperado, nos beijamos até o fôlego faltar.
— Kah, senti tanto sua falta, de seu cheiro, sua risada, sua voz, e até de você me mandar "sentar" — falou encostando sua testa na minha e sorrindo — Mas preciso continuar — concordei e me afastei um pouco.
— Depois desse tempo todo sem rumo — continuou seu relato — Nossos amigos conseguiram me acalmar. Sango, Miroku e Shippo foram atrás de mim e quando me encontraram eu estava desmaiado no meio da floresta, era noite de lua nova onde eu estava na forma humana, estava todo sujo e muito magro, então eles me resgataram. Acordei dias depois e percebi estar na vila novamente, na casa da velha Kaede. Todos ficaram muito preocupados e tristes. Após isso resolvi melhorar, por eles, pois percebi que tinha amigos queridos aqui e que se preocupavam comigo, amigos esses que você Kagome, me ajudou a conquistá-los. Mas desta vez foram eles que me ajudaram a suportar o meu desespero por estar longe de você todo esse tempo. Eles me fizeram voltar a ter esperanças de que você retornaria, que iria arranjar uma maneira de atravessar o poço até nós, até mim, meu amor! — disse segurando minhas mãos e me olhando intensamente.
"Meu amor! Ele disse meu amor?!" Senti minhas pernas fraquejarem, voltei a abraçá-lo forte e após levantei meu rosto e vi lágrimas descendo de seus olhos, mesmo à luz do luar elas brilhavam e escorriam por sua face, ergui minha mão e as enxuguei.
— Eu também Inuyasha! Sofri tanto, entrei naquele poço, todos os dias, na esperança dele voltar a funcionar, só de lembrar ainda me dói o quanto foi difícil ficar longe de você! — ele me apertou em seus braços e ficamos abraçados um tempo assim, então me puxando pela mão, chegamos à frente da porta.
— Kagome, essa foi a maneira que consegui para me manter vivo, são e sem me desesperar. A semente da esperança que nossos amigos plantaram em meu coração fez-me ter a certeza de que voltaríamos a nos encontrar, não importava se fossem dias, anos ou até séculos, você voltaria para mim! — arfei com essa declaração.
— Comecei a vir aqui todos os dias, achei lindo este local, ficava imaginando sempre nós dois juntos, felizes e formando a nossa família e logo mais a frente tem uma cachoeira belíssima que me lembrava de você — seus lábios tremiam narrando toda a sua história de dor e sofrimento.
— Foi então que tomei a decisão de começar a construir nossa casa. Pensei em cada detalhe que você gostaria de ter, tudo em volta eu quem plantei, lógico com a ajuda da Sango, com quais flores você gostaria de ter envolta da casa, pois eu não tinha muito conhecimento disso — sorriu constrangido — Miroku e Shippo me ajudaram na construção, porque eu nunca tive noção de como era uma casa, pois nunca havia vivido numa, só na minha infância, mas mesmo assim foi por pouco tempo. Desde que minha mãe se fora, eu nunca mais soube o que era ter um lar. Então cortei as árvores ao redor para ter mais espaço e aproveitei a madeira para construir nossa casa.
"Ele disse nossa casa?!"
— Inuyasha, você construiu essa casa para nós? — questionei emocionada.
Ele ergueu seu braço e encostou na porta abrindo-a:
— Entra Kah, venha conhecer nosso lar — me puxou pela mão sorrindo.
...
Ahhhh! Essas lembranças com certeza ficarão para sempre em minha memória, nunca esquecerei esse dia maravilhoso quando retornei a viver ao lado da minha felicidade, do meu hanyou — pensei, ainda divagando Kagome feliz e apaixonada.
* Kosode — O kosode (小袖, lit. 'mangas pequenas') era um tipo de roupa japonesa de manga curta e o predecessor direto do quimono . Embora suas partes componentes sejam diretamente paralelas às do quimono, suas proporções diferiam, geralmente com um corpo mais largo, uma gola mais longa e mangas mais estreitas. As mangas do kosode eram tipicamente costuradas ao corpo inteiramente, e muitas vezes apresentavam bordas externas fortemente arredondadas. O kosode foi usado no Japão como vestimenta comum e cotidiana desde aproximadamente o período Kamakura (1185-1333) até os últimos anos do período Edo (1603-1867), momento em que suas proporções divergiram para se assemelhar às dos dias modernos. Foi também nessa época que o termo quimono , que significa "coisa para vestir nos ombros", começou a ser usado para se referir à roupa anteriormente conhecida como kosode . Originário do período Heian como roupa de baixo para homens e mulheres, o kosode era uma roupa branca lisa, tipicamente feita de seda , usada diretamente ao lado da pele. Tanto os homens quanto as mulheres usavam mantos de mangas largas em camadas, com a frente enrolada em cima do kosode , com o estilo de camadas usado pelas mulheres da corte imperial japonesa. O kosode também seria usado como roupa de dormir ao lado de um par de hakama .
PS: InuYasha veste um kosode (camisa) branca, uma espécie de calça, chamada hakama, um obi envolto da cintura e quimono, tudo na cor vermelha, e nas mangas largas, contém uma pequena abertura no antebraço.
* Zabutons — (do japonês 座布団 zabuton za, "assento" e futon) é uma almofada para sentar tradicional japonesa, usada no cotidiano com diferentes fins, como assento para alimentar-se, assistir TV, leitura, etc. Este é um item usado no cotidiano. Na meditação zen, os praticantes se sentam no zafu, o qual é normalmente colocado em cima de um zabuton. O zabuton amortece os joelhos e tornozelos. Um zabuton é como um pequeno futon, d centímetros de espessura, que oferece cobertura extra sob os joelhos ou tornozelos.
