Nota da autora: Estamos quase acabando a história. Este é o último capítulo desta fase e os próximos já entram na reta final. No original, são mais 5 capítulos, mas vou acrescentar algumas coisas. Como estou de férias, vou conseguir adiantar algumas coisas :D
Espero que gostem das fanarts da Gaby para este capítulo ;)
Obrigada a quem está acompanhando e comentando: JamiliRibeiro11, Hellobraga, Isabelle36, Li'LuH, ShivaAurora e Jo-Anga. Obrigada!
UM CAMINHO PARA DOIS
CAPÍTULO 35
Caminhos que fecham
Cerca de quatro semanas depois – Domingo
Cedo naquela manhã, feriado nacional por ser aniversário do Imperador, Rin acordou com o claridade atravessando as cortinas. Ela não lembrava de ser tão claro daquela maneira, porque certamente teria trocado por uma mais escura.
Ainda muito sonolenta, sentou-se lentamente na confortável cama. Esfregou os olhos, alongou os braços para o alto e fez menção de levantar-se.
Antes que pudesse fazer isso, no entanto, foi puxada de súbito e depressa para baixo de um edredom tão pesado que abafou o grito de susto que deu.
Estava no quarto de Sesshoumaru, onde havia passado a noite para acordar cedo ao Templo Higurashi por conta do feriado nacional de aniversário do Imperador. Ele, acordado há algum tempo, decidiu atacar assim que percebeu que ela estava despertando.
— Não faça barulho, Rin. – ele falou em tom de aviso.
Os braços de Rin escaparam para tentar agarrar a madeira da cabeceira como se fosse um salva-vidas, mas foi arrastada novamente para baixo das cobertas.
— Vai acordar todo mundo. – a voz dele também saiu abafada.
A risada feminina soou e o braço dele ficou visível ao abrir uma das gavetas da mesinha de cabeceira e tirar de lá um preservativo, voltando para dentro das cobertas.
— Não acredito que você não consegue dormir no meu apartamento. Eu durmo como um bebê. – ela falou enquanto descia as escadas segurando a mão de Sesshoumaru – Agora entendi por que você não gosta de lá.
— Agora você entende por que eu não quero mudar para um bairro central.
— Bem, então boa sorte procurando o apartamento em um lugar mais tranquilo. – ela encostou-se ainda mais nele, dando uma risada ao receber um olhar estreitado por parte dele.
Trajando quimonos elegantes para a recepção oficial do aniversário do Imperador, os dois alcançaram a sala onde geralmente tomavam café da manhã, onde Bokuseno lia o jornal. Ela assustou-se por vê-lo ainda ali quando deveria estar no Templo com Inuyasha e Kaede.
— Ora, ora... Bom dia, Rin-chan. – ele ainda estava com um yukata de usar em casa, o que indicava que ainda levaria um tempo para arrumar-se e sair – Achei que vocês já estavam na festa.
— Ahh... Bom dia. – ela sentiu o rosto quente e disfarçou curvando-se em uma reverência.
— Eu não vou esperar ninguém terminar de se arrumar. – Sesshoumaru avisou e puxou uma cadeira para Rin sentar-se, acomodando-se depois ao lado dela.
— Hunf. – Bokuseno resmungou num tom que parecia típico da família, abrindo de forma exagerada o jornal para esconder o rosto e ignorar o neto.
Riu tentou esconder o sorriso. Ela sabia que no fundo Bokuseno era apenas um idoso extremamente burocrático e que seguia vários protocolos por conta da origem da família e que queria protegê-la. Sesshoumaru era daquele meio e supostamente deveria seguir aquelas regras e protocolos.
Os dois começaram a servir-se e a comer enquanto Bokuseno lia as manchetes, dobrando o jornal aqui e ali. Kaede sempre preparava uma refeição boa, mas quando Rin passava a noite ali havia sempre um banquete para a convidada, sempre com refeições sem carne incluídas, como nori, tsukemono, natto, sopa e arroz.
— Tem bastante coisa com cebola. – Rin murmurou discretamente com o hashi na boca apenas para que Sesshoumaru ouvisse.
— Quando Inuyasha não está aqui, Kaede se descontrola. – ele avisou enquanto servia-se de mais uma porção de nori seco e arroz. O irmão havia passado a noite na casa de Kagome para ajudar nos preparativos no Templo.
— Hunf. – mais uma vez Bokuseno murmurou como se concordasse, virando mais uma vez outra página.
Rin não conseguiu evitar um sorriso enquanto ainda servia-se à mesa. Os dois eram mesmo muito parecidos até na hora de resmungar sobre qualquer coisa.
De repente, o sorriso morreu e o hashi quase caiu da mão.
A capa do jornal estava voltada para o casal e ela leu uma manchete que a fez sentir o sangue correr frio.
Havia uma foto do antigo orientador do estágio e de Asano Sara com a chamada em letras discretas, sem maior destaque por conta das manchetes sobre o aniversário do Imperador: "Caso entre professor e aluna vira escândalo na Universidade de Tokyo".
A mão de Rin agarrou a perna de Sesshoumaru com insistência, apertando o músculo com o máximo de força que conseguia com os dedos que havia quebrado há mais de um ano. Ele, sem perceber o que acontecia, ergueu uma sobrancelha, apenas naquela hora notando o rosto assustado e os olhos fixos no jornal.
Os olhos dourados então seguiram para onde estavam os dela e entendeu na hora o que havia deixado a namorada daquele jeito.
— Termine de comer. – Sesshoumaru aconselhou.
A garota parecia ainda extremamente assustada e confusa.
— Vamos sair antes dele. – ele avisou. Por baixo da mesa, tirou discretamente o celular de um dos bolsos para ver as notificações de um certo canal de fofocas.
Havia milhares de mensagens que ele não conseguiria certamente não conseguiria ler nem se tivesse interesse: quase seis mil comentários e reações sobre a revelação exclusiva dos jornais. As pessoas comentaram sobre Sara, perguntavam quem tinha visto, quem já sabia, como ninguém havia desconfiado, se outras pessoas também haviam passado por aquilo nas mãos do professor.
E certamente que viu o nome de Rin circulando em alguns pontos, com pessoas escrevendo que ela também havia sido estagiária por alguns meses sob supervisão de Hosokawa. A vista era treinada para captar qualquer coisa relacionada a ela. Outros nomes não interessavam. Não queria que as pessoas fizessem comentários maldosos sobre a namorada, principalmente porque ela nada tinha a ver com o assunto.
O único som na mesa era o das páginas do jornal local que Bokuseno virava uma, duas, três vezes. Na quarta, algo chamou tanto a atenção que ele precisou mudar de posição na cadeira, revelando o rosto também assustado por trás das páginas impressas.
— Sess... – a mão dela o tocou na perna de novo, ficando cada vez mais nervosa.
— Vamos. Estamos atrasados. – ele levantou-se e estendeu a mão para que ela a aceitasse como uma forma de confiança e para transmitir que tudo daria certo.
Rin olhou para o rosto dele, depois para a mão. A dela hesitou um pouco por conta do nervosismo, mas a aceitou e levantou-se, sentindo-se protegida quando tocada às costas enquanto se afastavam da mesa onde o avô ainda lia estupefato algumas notícias, apenas depois dando-se conta de que estava já sozinho.
O Templo Higurashi estava preparado para as celebrações do aniversário do Imperador naquele fim de semana. Havia comida, balões, filas organizadas para fazer os pedidos na árvore sagrada.
Sentados lado a lado em silêncio no teto do hokora, Sesshoumaru e Rin olhavam do alto os convidados indo e vindo, as crianças correndo, as mulheres conversando e andando de braços dados com os homens.
— Estou preocupada. – ela finalmente falou.
Sesshoumaru a olhou de soslaio. Naturalmente que ele havia percebido aquilo. Estava silenciosa demais desde que viu a notícia, uma coisa tão estranha quando já a conhecia tão bem.
— Eu não quero ser envolvida nessa confusão.
— Você não pode ser. – ele apontou calmamente – E não vai.
Rin olhou para o rosto dele, sempre tão seguro de toda e qualquer situação e baixou o rosto, a mão direita pousando de leve por cima do lado esquerdo do peito como se pudesse acalmar algum tipo de inquietação. Normalmente ela concordaria, mas estava com um sentimento muito ruim sobre toda aquela situação.
Sentiu os dedos de Sesshoumaru tocarem o queixo e o rosto ser virado para aproximarem os lábios. O dia havia começado bem para os dois apenas para ter, momentos depois, aquela estranha sensação de que tudo poderia ir ladeira abaixo.
Mas Sess sempre me deixa...
Sesshoumaru mudou o ângulo do rosto e ela começou a sentir-se mais relaxada.
— Sess... – ela murmurou por um segundo apenas para ele impedi-la de falar de novo.
... Tão melhor...
— Eu... – ela começou a falar – Eu só não quero me envolver em problemas nesse início de carreira.
— E eu já disse que não vai. – ele insistiu em tom mais severo por ter que repetir aquelas coisas. Rin tinha extrema desconfiança com alguns sistemas, principalmente se fossem relacionadas à qualquer coisa da universidade na capital. Duvidava muito que ela tivesse a mesma atitude se fosse com algo da cidade natal.
Rin baixou o rosto diante do tom um pouco mais duro, depois sentiu o cabelo da lateral ser colocado para trás da orelha para deixar o lado mais visível para ele.
— Eu só estou com um pressentimento ruim. – ela murmurou.
— "Pressentimento ruim"... – ele repetiu apenas como se testasse aquelas duas palavras juntas – Não deve ser nada. Pode ser que seja chamada apenas para falar sobre o relacionamento deles enquanto estavam trabalhando juntos. Você sabe o que responder, não?
Percebendo naquele momento o quanto as projeções eram exageradas, ela deu um sorriso. Era claro que ele tinha razão. O problema era apenas entre aquele professor e aquela garota. Não havia feito nada de errado.
— Sim. – ela continuou sorrindo – Eu sei sim.
— Quer passar a noite de novo em casa? Eu a levo para a cidade amanhã cedo.
Rin encostou a cabeça no braço dele. Pedir para passar mais uma noite no quarto dele era extremamente convidativo, ainda mais que ele, agora trabalhando, e ela, estudando muito há quase um mês e ainda procurando emprego, viam-se apenas algumas vezes na semana.
— Claro que sim. Seu avô vai adorar saber que vamos passar de novo a noite jogando.
Sesshoumaru ergueu uma sobrancelha e ela riu, mudando de posição para ficar entre as pernas dele e encostar a cabeça na base de Sesshoumaru. Naquele posição, seria possível acompanharem melhor os fogos e o final das festividades.
Dali, ela queria ter certeza de que absolutamente nada poderia dar errado nos próximos dias.
Segunda-feira
Aquele era um dia que Rin queria, mais do que nunca, não chamar atenção depois de passar pelas portas automáticas do departamento onde agora passava as tardes em aula ou pesquisando. Sabia que não seria possível, mas havia se preparado. De blusa amarela e saia longa preta, sentia que a combinação das cores a deixava mais forte. Era algo que Jakotsu a havia ensinado – roupas bonitas podem funcionar como armaduras quando necessário. E ela era sempre alvo de olhares de admiração com tudo o que o primo produzia.
A cada passo, notava os rostos virando para ela e cochichos altos. Ninguém mais disfarçava os comentários. Muitos também não importavam-se mais com os avisos dos celulares de recebimento de mensagens.
Ao passar por um monitor que geralmente exibia propagandas e mensagens da Universidade, viu um trecho do telejornal nacional e congelou, ficando extremamente assustada:
— Mas o quê...?
Olhos e ouvidos concentraram no noticiário e teve a impressão de que a única no ambiente, ignorando os demais transeuntes. Aparentemente a universidade abriria uma investigação para averiguar se outras alunas que tiveram contato com o professor Hosokawa, sem ainda citar os nomes.
Não, não, não.
Não queria imaginar a família vendo aquelas notícias e chegando a conclusões erradas. Aquilo só faria Hakudoushi querer ter mais razão para que ela voltasse para Nagoya.
Fingindo não sentir-se incomodada com os demais olhares, andou com passos apressados ao auditório onde teria as aulas daquela tarde – justamente com o professor que perdia os trabalhos. Colocou a bolsa em cima da bancada e tirou o material necessário – lápis, caneta, caderno de anotações. O celular pesava na bolsa, fazendo-a lembrar-se do pedido de Sesshoumaru. Ele pediu para que ela levasse e que não fosse teimosa porque muito provavelmente precisaria ligar na hora combinada de ir busca-la.
Deu um suspiro pesado ao finalmente sentar-se na cadeira de uma das fileiras no alto da plateia. Fechou os olhos e fingiu não ouvir mais nenhum som como se pudesse bloquear os sentidos.
O silêncio durou pouco tempo porque as portas abriram de uma vez faltando apenas um minuto para a aula começar e a turba irrompeu falando alto, puxando cadeiras, derrubando coisas no chão. No instante seguinte, o professor apareceu no palco e começou a falar alguma coisa que Rin não conseguia entender, por mais que tentasse concentrar-se.
Respirou fundo uma vez, depois outra vez.
Os olhos fecharam e, ao abri-los novamente, concentraram-se sem piscar no professor andando e falando de um lado a outro no palco, sem realmente importar-se com o que estava sendo explicado.
Fechou-os novamente e, ao reabri-los, notou as pessoas guardando o material e levantando-se para ir embora. Foi quando deu-se conta de que não havia prestado atenção em nada e que nem de quanto tempo havia passado.
Deu um suspiro pesado e aguardou até o último sair e voltar a ter o silêncio como aliado, o que não durou muito. O celular começou a vibrar na bolsa e assustou-se mais ainda. Abriu-a e começou a procurar no interior pelo aparelho, apenas para perceber que as mãos estavam trêmulas e que não estavam sendo muito eficientes na tarefa.
Finalmente, depois de muitos segundos, encontrou-o ainda tocando e viu o nome de Sesshoumaru. O dedo trêmulo tentou deslizar pela tela e falhou em atender, dando como chamada perdida.
Deu um suspiro pesado e deslizou o dedo de novo, apenas naquele instante notando o quanto a mão estava trêmula. Desistiu depois da segunda vez, curvando ombros e baixando o rosto em desistência. Ele com certeza ligaria de novo, concluiu ao praticamente jogar o celular em cima da mesa.
Não esperou muito. Cerca de dois minutos depois, voltou a ouvir a melodia do recebimento de ligação, arregalando os olhos de leve enquanto via o número da casa de Nagoya aparecer na tela.
A respiração ficou presa na garganta e as mãos tremeram mais ainda. Se o pai estava ligando naquele horário era porque já havia visto as notícias e devia estar bastante preocupado.
O aparelho parou de tocar e soltou o ar preso na garganta pela boca, sentindo a respiração pesada. A perna começou a ficar mais agitada, batendo o calcanhar com nervosismo no chão.
Quando voltou a tocar, fechou os olhos e respirou várias vezes até sentir a perna parar de mover lentamente, reabrindo-os para atender a ligação.
— Rin-chan falando.
Houve um silêncio atípico de alguns segundos na linha até ouvir o pai limpando a garganta:
— Rin, minha filha... Finalmente atendeu. – a voz dele soou calma, mas ela sentiu um tom de repreensão na fala por trás das palavras – Está ocupada?
— Hmmm... Um pouco. A aula acabou agora há pouco. Estou na faculdade ainda.
— Oh... – ele murmurou apenas para voltar a ficar em silêncio.
Rin sabia por que ele estava ligando naquele horário quando geralmente fazia à noite, quando normalmente já estava em casa. O pai era uma pessoa extremamente informada – ele já tinha lido tudo quanto era fonte sobre o assunto.
A perna voltou a ficar agitada.
— Está uma confusão por aqui. – ela falou suavemente.
— Eu vi nos jornais. – ele falou num tom completamente sério.
Mais silêncio fez com que Rin apertasse com força o joelho como se achasse que aquilo faria com que a perna acalmasse.
O pai novamente limpou a garganta.
— Eu vi a foto desse professor e o reconheci. Ele é daqui, não?
— Hmm... Sim. Ele foi ao... à festa de noivado. – ela mordeu o lábio – Eles eram primos.
— Então vocês já se conheciam. – ele atestou com naturalidade.
Rin ficou em silêncio.
— Por isso quis o contato do advogado.
Fechou de novo os olhos.
— Porque eles podem investigar todas as alunas que já estiveram com ele. – ele continuou.
— Eu acho que era só essa moça, mas eles não faziam nada na minha frente. Era apenas fora da Universidade. – ela falou numa voz tão baixa como se estivesse com medo de ter feito algo errado.
— Você "acha", minha filha? Formou como advogada em uma das melhoras faculdades do Japão para "achar" as coisas? Já pelo menos entrou em contato com o nome que passei para você?
Rin não soube como replicar e optou por tentar acalmar a respiração.
— Eu não quero ver o seu nome nessas notícias, Rin. – ele falou num tom calmo e compreensivo que disfarçava o quanto era sério sobre o assunto – Se tiver alguma menção ao nome da nossa família, você vai ter que largar essa faculdade e voltar para cá.
Cada palavra fez com que ela arregalasse mais e mais os olhos até ficarem completamente sem brilho.
— Você entendeu, Rin?
— Isso não é justo. – ela murmurou – Eu não tenho nada a ver com isso.
— Você já o conhecia antes de entrar no curso e ele foi o seu professor. As pessoas vão investigar e espalhar histórias antes de saberem a verdade. Você sabe que eu não quero o nome da nossa família associado a isso e eu não vou querer que passe por esse constrangimento.
Rin balançou a cabeça para tentar organizar as ideias. Ela tinha alguém que poderia ajudá-la a passar por toda aquela situação sem precisar voltar para a casa dos pais.
— Eu... Sess... Sesshoumaru... Ele está me ajudando a... – ela tentou falar, mas o nervosismo a impedia de concluir qualquer pensamento.
— Eu tenho certeza que o seu namorado vai entender a minha preocupação em preservar o nome da família. – ele a interrompeu – Ele sabe o que significa.
Mais uma vez houve silêncio na linha.
— Ligue-me assim que tiver alguma notícia sobre essa situação. Vou providenciar sua vinda, se for o caso.
— Tá bom... – ela concordou quase automaticamente e deixando transparecer a tristeza no rosto que ele não via.
— Cuide-se por aí. Eu quero vê-la bem.
A ligação foi encerrada e ela viu-se observando a tela até ficar automaticamente bloqueada e conseguir observar o próprio reflexo, sem perceber a mão tremer quase violentamente a ponto de deixar o aparelho cair no chão.
A respiração parecia não querer sair e abriu a boca para o ar sair e entrar várias vezes em uma tentativa de acalmar-se.
Sentiu alguém tocá-la no ombro e virou o rosto assustado para olhar por cima do ombro, encontrando Sesshoumaru em pé atrás dela.
Pela expressão, ele nem precisava perguntar o que havia acontecido.
— Eu liguei para avisar que estava na frente do prédio. – os dedos delicadamente tocaram um lado do rosto, única sensação agradável que ela teve.
A mão virou com a palma para cima:
— Vamos para minha casa.
Não era um convite. Aquele era o jeito que ele tinha de cuidar dela. Levar para algum lugar e isolá-la por algumas horas até que as coisas ficassem bem.
E ele sabia que ela precisava daquele tempo.
Ao chegarem na casa dele, ele a levou pela mão direto para o quarto sem passar em outras partes da casa para verificar se Kaede e o avô estavam na biblioteca, como geralmente fazia. Lá, fez-a sentar-se na cama, o que ela fez mecanicamente e sem contestar.
Os olhos assustados, a perna agitada e a mudez indicavam que estava assustada demais com toda situação. Depois de algum tempo juntos, ele sabia como tirá-la daquele estado.
Abaixou-se para ficarem da mesma altura sentada na beirada da cama, suportando o próprio peso sob um joelho no chão e outro dobrado para apoiar o braço. Ela tremia ainda e ele tocou a perna para chamar a atenção, instantaneamente acalmando-a.
Frente a frente, ela encontrou o olhar dele e a boca começou a mover como num treinamento da fala até começar a ouvir a própria voz em sentenças inteiras:
— Meu pai... – a voz saía depressa e ela tremia como se estivesse com frio – E-E-Ele me ligou! E-Ele disse pra eu voltar pra ca-casa!
Aparentemente aquilo não parecia tê-lo afetado, pois continuou na mesma posição e olhando-a impassivelmente, sem alterar um único músculo do rosto.
— Sess... – ela começou num tom angustiado – Eu não quero ir embora. Ele nem falou sobre eu só deixar a faculdade e continuar morando aqui só trabalhando, ele mandou voltar de vez pra casa!
Ainda tranquilo, ele ergueu-se e, novamente, estendeu a mão convidativamente:
— Vamos tomar um banho antes do jantar?
Levou alguns segundos para ela aceitar e levantar-se, caminhando lentamente à frente. Naquela posição ela não via os olhos sérios dele seguindo-a até o banheiro, com uma sombra cobrindo parcialmente o rosto.
Minutos depois, estavam ambos na banheira, nos braços um do outro, em um incômodo silêncio interrompido por ele:
— Você ouviu os outros comentando sobre o assunto?
Viu-a balançar a cabeça suavemente para os lados e ele franziu o cenho.
— Não? Nada?
— Eu não prestei atenção, na verdade. Nem na aula. Também não quis perder tempo ouvindo o que falavam.
— Ele não perdeu mais os trabalhos? – ele perguntou pingando algumas gotas de água quente nos ombros dela.
Novamente ela balançou a cabeça.
— Já disse, não prestei atenção em nada. Mal vi quando acabou e todo mundo saiu. Estou preocupada porque amanhã tenho que apresentar um seminário pra ele. Espero que ele não mude o assunto da manhã pra tarde.
Então ela teria que voltar mais cedo para casa, foi o que pensou enquanto a observava umedecer os braços.
— Preciso voltar cedo pra terminar meu trabalho e ir pro seminário. – ela completou o pensamento dele como se estivessem em sintonia.
Um brilho mais intenso apareceu no olho dele e as mãos deslizaram discretamente para baixo d'água, sem necessariamente tocá-la.
— Seu pai falou o motivo para retornar? – ele perguntou suavemente.
Rin remexeu-se nos braços dele como se quisesse ainda mais proteção e começou:
— Ele disse que é para proteger o nome da nossa família, só isso.
Naturalmente que o senhor Nozomu tentaria proteger o nome da família, assim como qualquer outro patriarca. Mas sabia também que, por trás daquela ação, havia uma preocupação com o bem-estar de Rin, mesmo sendo adulta e capaz de tomar as próprias decisões. Depois de tudo o que ela passou, fosse outra história, ele simplesmente não se importaria se ela decidisse continuar a viver na capital.
— Eu não quero ir embora. – ela repetiu num tom quase infantil – Eu não ligo pros comentários das pessoas.
— Ele está preocupado com você depois de tudo que passou. – ele tentou soar o mais compreensível possível – Ele sabe que você pode se cuidar aqui estando aqui comigo, mas ele é o seu pai, Rin.
Ergueu a mão molhada e ensaboada e os dedos deslizaram pelo maxilar dela, acariciando a região enquanto a outra tocou a cintura.
— Talvez ele esteja desse jeito também por não tê-lo visitado mais. Por que não faz o que o seu pai pede e vai passar o fim de semana com eles?
Rin franziu a testa diante do conselho:
— Espero que Hashi não esteja lá. Ele vai querer dizer que tinha razão o tempo todo.
Hakudoushi deveria ser a menor das preocupações da namorada no momento. Sesshoumaru sequer se incomodava com qualquer opinião que ele poderia ter sobre aquele escândalo.
As mãos começaram a tocar as coxas e sentiu-a estremecer de leve. Era aquela a reação natural do corpo dela aos toques dele, mesmo em uma situação como aquela.
— Certamente que vão chamá-la para perguntar se houve algum comportamento impróprio entre você e o professor durante o tempo que esteve sob supervisão dele.
— É claro que não houve! – ela virou o rosto para mostrar a testa franzida de irritação – Nós dois já estávamos juntos!
— É claro que estávamos. – ele baixou a boca para falar ao ouvido dela – Extremamente juntos. Mas também podem perguntar se viu algo que não era permitido na Universidade e não reportou.
Nisso, ela calou-se e abaixou a cabeça para fitar intrigada um ponto na água. Tinha realmente feito aquilo, mas tinha os próprios motivos.
— Ela parou de me irritar e de dizer que vocês ficariam juntos. – virou o rosto para tentar encontrar os olhos dele – Não é errado eu querer que ela continuasse tendo um relacionamento com outra pessoa.
O cenho irritado continuava lá e ele resolveu usar outros recursos para que aquilo desaparecesse e Rin voltasse a ter o semblante mais tranquilo. A mão deslizou com mais insistência, levantando o joelho para que ficasse dobrado.
— Depois do jantar, podemos treinar algumas perguntas e respostas. Naturalmente que não poderá mencionar que viu alguma coisa entre eles. Omitir algumas coisas.
— Hunf. Isso é tão desagradável e absurdo. Nem sei se vou mesmo ser chamada pra esclarecimentos. Nem deveria, na verdade. Isso tinha que ficar só entre aqueles dois. Eles são adultos. Por que eles não continuaram escondidos? Devem ter se agarrado por aí pra todo mundo ver e quem paga são os outros que não têm nada a ver com a história e...
Cansado de ver aquele semblante num misto de irritação e preocupação e de ouvir as reclamações que vinham em sequência, Sesshoumaru começou a massagear com dois dedos, ouvindo uma exclamação de surpresa.
— Você precisa relaxar. – ele avisou – Está muito nervosa de novo. Não tem muito segredo: você já era minha namorada e estava comigo o tempo todo. Basta que saibam isso.
Rin virou o rosto de forma a poder alcançar os lábios dele, mudando de posição no colo. Uma pena ficou entre as dele e a outra encostando na parte externa da coxa, ficando de joelhos na banheira.
— Você entendeu, minha Rin? – ele insistiu entre os beijos da boca, passando pelo queixo e maxilar, descendo até a base do pescoço quando ela confirmou com a cabeça. O colar com o pingente de crisântemo estava ali para lembrá-lo que ela recebeu aquele presente um pouco antes de começar a trabalhar para o professor.
Um braço contornou a cintura e a trouxe para mais perto dele, permitindo que os seios ficassem na altura do rosto, onde enterrou o nariz para inalar profundamente o local.
— Sess... – ela segurou o rosto dele ali contra o corpo dela como se temesse que ele desaparecesse – Eu não quero largar meus estudos... Eu não quero sair prejudicada dessa história...
— Você não vai. – ele beijou o vale entre os seios – Agora esqueça isso e relaxe.
Rin concordou mais uma vez e sentiu o rosto ficar corado com as carícias que ele fazia na parte inferior das costas, guiando-a para sentar-se no membro duro, começando a mover-se.
— Assim mesmo, minha Rin. Você vai gostar.
E ela realmente gostou, assim como ele. Só daquela maneira sentiu-se mais calma e relaxada, conseguindo jantar e dormir com tranquilidade depois de analisar o caso mais uma vez ao lado dele e definir o que responder adequadamente quando fosse o momento.
Terça-feira
Rin correu para não chegar atrasada ao seminário. O psicopata, como ela geralmente o chamava, era pontual e detestava atrasos. Sabe-se lá o que ele poderia fazer se chegasse um minuto depois do início.
Antes que entrasse no auditório, porém, foi interceptada por um grupo de professores engravatados e de meia-idade que parecia formar uma comissão que estava à espera dela.
— Bom dia, Nozomu-san. – um que parecia ser o porta-voz do grupo falou – Gostaríamos de conversar com a senhorita.
Rin controlou a respiração da forma como Sesshoumaru havia explicado que deveria fazer, erguendo o rosto. Sabia exatamente o que eles queriam conversar, que haveria um momento que isso aconteceria, mas não acreditava que fosse justo naquela hora.
— Eu tenho um seminário agora.
— Por favor. – o outro insistiu sem parecer dar ouvidos ao que ela havia dito – Acompanhe-nos até a sala da coordenação geral.
Rin olhou para a porta do auditório, imaginando o professor já ali, e olhou para a comissão. O que será que aconteceria se não pudesse apresentar mais? Será que ele pediria um trabalho diferente no dia seguinte, deixando-a mais uma noite na vida sem dormir?
— Tenho que falar primeiro com o professor. – ela também foi insistente. Iria resolver primeiro os interesses dela, não o dos outros e nem prestar esclarecimentos sobre o que supostamente faziam às escondidas.
Naquele instante, o professor apareceu no corredor pronto para entrar em sala, franzindo a testa ao vê-la parada ali.
— Nozomu. – ele começou, olhando ora para a garota, ora para o grupo – Achei que já estivesse em sala.
— Ela levará alguns minutos conosco primeiro. – outro professor que parecia estar há décadas na universidade interveio.
O professor de Rin franziu o cenho e novamente lançou olhares desconfiados para Rin.
— Vou esperar quinze minutos. – falou antes de entrar em sala.
Rin soltou o ar suavemente, um pouco mais tranquila com a forma como contornou a situação. Definitivamente havia sido de uma maneira muito melhor que no dia anterior.
O grupo seguiu por um corredor, distanciando-se cada vez mais de onde Rin deveria estar apresentando um trabalho. Depois entrou em uma sala imponente, com cadeiras ainda mais confortáveis que as das salas de professores. Sentou-se e aguardou os outros se prepararem para o que viria agora, levando alguns segundos para observar as pinturas e fotos dos diretores anteriores.
Aquele que parecia ser o presidente daquele comitê apoiou o queixo nas mãos cruzadas, começando:
— Senhorita Nozomu, creio que sabe o motivo de estar aqui.
Rin nada respondeu, o que indicava um "sim" para eles.
— Estamos investigando todas as orientações que o professor Hosokawa teve nos últimos anos. Infelizmente o seu nome apareceu na lista que encontramos no sistema.
— Sim, estive como aluna dele durante o estágio jurídico obrigatório. – ela manteve a expressão séria ao responder prontamente e com toda a segurança possível.
— As políticas internas são bem claras sobre as relações entre professores e alunos. A história toda não foi revelada ainda e já virou uma mancha na imagem da Universidade no país todo.
Novamente ela optou pelo silêncio, permitindo assim que eles continuassem. Sesshoumaru havia dito que era melhor esperar que eles falassem e não adiantar-se nas explicações.
— Estamos primeiro investigando o caso principal e verificando quem já esteve sob supervisão dele. Em algum momento Asano-san pareceu estar desconfortável na presença dele ou eles deram sinal de estarem em um relacionamento mais íntimo?
— Não na minha presença enquanto trabalhávamos juntos. – ela respondeu com segurança. Havia repassado na cabeça todas as vezes que viu os dois conversando e não houve absolutamente nada de estranho, apenas uma relação professor e aluna como tantas outras, com troca de olhares que ela ignorava. Mas olhares eram apenas olhares.
E ela só descobriu porque os encontrou juntos fora da Universidade. E não mencione isso, Sesshoumaru dissera.
— E com você? – outro engravatado perguntou.
Rin franziu o cenho. Estava tão concentrada tentando lembrar as orientações que não entendeu a pergunta.
— E ele teve algum comportamento inapropriado em algum momento durante o tempo que trabalhou sob supervisão dele?
— De forma alguma. Em nenhum momento. Ele sempre foi muito profissional comigo. – o que também era verdade. Nunca houve algo entre os dois considerado inapropriado por aquele conselho e pelas leis da universidade.
— Tem certeza?
Confusa, ela continuou franzindo a testa.
— Como assim? Claro que tenho certeza.
— Como conseguiu a vaga no estágio, então?
Oh-Oh. Sesshoumaru havia mencionado o quanto tinha sido estranho que ela tivesse sido chamada diretamente por ele para trabalhar sem passar por uma seleção, como normalmente acontecia.
— Só queremos saber se ele tentou se aproveitar de você nesse momento. Pode ser que ele tenha tido planos de fazer algo.
— Mas fazer exatamente o quê? – ela perguntou diante da questão absurda que estava sendo levantada. Como eles queriam prever o que iria acontecer?
Nessa hora, a porta deslizou para o lado tão repentinamente que Rin quase pulou da cadeira. Era o professor que aparentemente havia cansado de esperar por ela em sala pronto para levá-la onde deveria estar.
— Nozomu. Já passou do horário. Estamos esperando.
Rin olhou boquiaberta para ele, depois para o grupo à mesa, sem saber o que fazer.
— Eu... Eu ainda estou...
— Nós ainda não terminamos os questionamentos à Nozomu-san. – outro professor interveio.
— O que vocês querem saber que possa ser mais importante que ela apresentar o seminário na minha disciplina?
— Nozomu-san passou pela orientação de Hosokawa. Estamos averiguando o que aconteceu naquele período e se teve algum envolvimento com ele.
— Envolvimento com Hosokawa? – o homem franziu a testa e voz incrédula diante do absurdo que era dito – Com o Hosokawa? Em que planeta vocês vivem?
A sala toda ficou em silêncio.
— Vamos, Nozomu. Todo mundo está esperando. Você sabe o que acontece se não apresentar hoje. – o outro insistiu.
Confusa e trêmula, ela continuou virando o rosto de um lado a outro, ainda sem saber o que fazer.
— Mas...
— Você não entende a gravidade dessa situação para a nossa universidade?
— E vocês precisam tirar a aluna do meu seminário para responder perguntas desnecessárias? – ele tirou o celular do bolso, destravou-o e procurou alguma coisa – Por que não olham o canal de notícias mais eficiente que temos, o Gossip Cop?
Rin arregalou enormemente os olhos.
Mais alguns segundos depois, ele mostrou a tela do celular – era uma foto de Rin andando de mãos dadas com Sesshoumaru pelos corredores da Universidade.
— Não acompanham o Gossip Cop? Não sabem que ela está envolvida com aquele jovem da família Taisho?
— Ohhhh... – os professores do comitê pareciam extremamente surpresos.
Os olhos dela aumentaram ainda mais.
— Olha essa aqui deles na formatura.
— Ohhhhhhh... – eles continuavam espantados.
— E essa aqui foi enviada no fim de semana lá do templo Higurashi.
— Ohhhhhhhhhhhhhh...
Mostrou fotos e mais fotos. Rin no jardim das magnólias com Sesshoumaru. Ela esperando por ele na frente da sala quando ele estava trabalhando no Centro. Ele pacientemente ensinando a usar uma máquina automática que vendia água engarrafada dentro da antiga faculdade. Ela coçando a cabeça sem jeito na frente de uma máquina com o painel danificado e Sesshoumaru tentando reverter a situação. Várias e várias imagens que provavam que ela não tinha um relacionamento com um professor.
— Eles ganhavam o prêmio de melhor casal em todas as votações do Gossip Cop. – ele impacientou-se e guardou o aparelho no bolso interno do blazer – Entendidos agora? Vamos, Nozomu.
Sem resposta, ele virou-se e percebeu que ela estava petrificada e com dois riscos verticais no lugar dos olhos.
Quando o professor abriu a porta e saiu da sala, ela voltou ao normal e correu atrás dele o mais rápido que conseguia.
— Sinto muito, professor, eu...
Impaciente, ele virou-se para ela:
— Nozomu, você atrasou mais de quinze minutos só para dizer a essas múmias que não teve um caso com Hosokawa? Já não basta o atraso quando tentar ligar o seu computador para a apresentação? Depois ficam por aí falando que é implicância minha e fazem denúncias na ouvidoria. Ainda bem que com o Gossip Cop a gente fica sabendo de tudo.
E saiu pisando duro, deixando-a novamente com paralisada em horror no lugar. Apenas segundos depois que conseguiu recompor-se e precisou correr para alcançá-lo.
No final do dia, ela encontrou Sesshoumaru na frente do prédio no aguardo para voltarem juntos para a casa dele. Ao vê-lo, ela correu e abraçou-o pela cintura.
Quando ela ergueu o rosto, ele notou um sorriso de alívio.
— Deu tudo certo hoje, pelo visto.
— Eu acho que é a primeira vez que simpatizo com esse povo do Gossip Cop e de não sentir privacidade com o que eles fazem. – ela continuava com aquela expressão de alívio como se tivesse sido salva de um grande perigo – Foi de muita ajuda hoje.
Um dedo deslizou pelo rosto dela, deixando-a corada.
— Ajudaram, foi? – ele perguntou tranquilamente. Então tinha sido esse o plano de Miroku ao exigir o celular de volta.
— Eu preciso agradecer a Miroku-sama depois. – mesmo sorrindo, ela sentiu os olhos ficarem úmidos – E pedir as fotos que mostraram. Vi uma linda nossa no Jardim das Magnólias.
— Tenho todas elas. E muitas suas também.
Rin sentiu o rosto aquecer e o sorriso ficar mais largo.
— Quer passar a noite em casa?
— Seu avô vai pensar que eu mudei pra lá. Estou dormindo desde sábado lá.
— Tchi. – ele zombou, conduzindo-a da entrada até o estacionando com uma mão tocando a parte inferior da coluna.
— Também vou ligar pro papai pra avisar que vou passar o fim de semana com ele.
— Entendo.
Ficaram em silêncio apenas se encarando. Não precisava dizer nada. Ele simplesmente a conduziu até o estacionamento e abriu a porta para que ela entrasse primeiro, como sempre fazia.
No quarto dele, mal tiveram tempo para as preliminares: tiraram as roupas com uma urgência desconhecida, querendo finalmente deixar para trás o que havia acontecido nos últimos três dias, com Sesshoumaru pressionou-a contra a parede e posicionando-se entre as pernas dela para atacar primeiro os lábios, depois pescoço e seios. Rin fazia o possível para segurar-se com os braços enrolados no pescoço dele, já sem preocupar-se mais com uma possível separação ou mudanças de planos.
