Geeeente, muito obrigada pelos comentários, não respondo tão rápido por aqui porque esse site e eu somos tão inimigos quanto Bella e Edward hahaha mas vou responder em breve. Boa leitura!
Capítulo Dez (parte II)
Meu Vizinho e o Hotel
Para minha sorte, antes de Edward largar seus princípios de lado e me matar, meu pai ligou no celular dele. O Masen atendeu, mais uma vez colocando no viva-voz.
— Oi, Charlie. Tudo bem? — falou, controlando a raiva que estava sentindo de mim.
— Oi, tudo. Estou tentando falar com a Bella, mas ela não atende minhas ligações, nem responde as mensagens. Vocês já chegaram a Palo Alto?
— No caminho, o celular dela descarregou, você está no viva-voz.
— Oi, papai! — exclamei.
— Oi, você está bem?
— Tudo ótimo, só um trânsito infernal, aviso quando chegar lá, tá? Só preciso colocar meu celular para carregar antes.
— Tá ok, qualquer coisa pede pro Edward me ligar. Até depois!
— Tchau — Edward e eu falamos juntos e meu vizinho desligou a chamada. — Você não pode me matar — declarei apontando para seu celular, o olhar dele sob mim era de puro ódio. — Meus pais vão te procurar até o inferno pra te mandar para a cadeia.
— Tô topando já que é o único preço a pagar pra te tirar do meu caminho — resmungou. — Por que você inventou isso de noivado, ficou maluca?
— Estou salvando o final de semana — falei em minha defesa. — Ou prefere perder a reserva, o dinheiro e ter passado todo esse tempo na estrada a troco de nada?
— Agora precisamos fingir ser um casal, Isabella! — voltou a gritar.
— Abaixa seu tom de voz pra falar comigo, Masen — ordenei e ele revirou seus olhos verdes. — E não é como se a gente fosse realmente casar, tá? Só vamos chegar lá e dizer que estamos noivos, será simples. Ninguém naquele lugar nos conhece e não precisamos contar para ninguém que conhecemos sobre a mentira.
— Você marcou encontro com uma cerimonialista, esqueceu?
— Só alguns minutos com ela, não vamos fechar contrato e nunca mais iremos ver essa mulher.
— Ela vai fazer perguntas, será caótico! — Sua voz se elevou novamente, lhe lancei um olhar feio, Edward limpou a garganta e falou mais baixo a seguir. — Vamos deixar esse hotel de lado e voltar para Berkeley, vou pegar o próximo retorno.
— Nem fodendo, Masen. Você prometeu um final de semana com tudo pago, estou sonhando com aquelas piscinas, o SPA, comida gostosa e cama king size, iremos fingir estar noivos para essa cerimonialista e ponto final — anunciei e abri o porta luvas mais uma vez, tirando de lá a caixinha do anel. — E terei que usar isso.
— Ah não!
— O quê? Não posso aparecer lá sem um anel. — Enfiei o anel no dedo e joguei a caixa no porta luvas.
— Isso tudo é loucura.
— Não se preocupa, eu não vou perder o anel.
— Essa é a menor das minhas preocupações, só não quero passar o final de semana fingindo ser seu noivo, isso aqui não é A Proposta. — O que ele falou me fez ficar bem surpresa.
— Você gosta de A Proposta? — indaguei citando o filme da Sandra Bullock e Ryan Reynolds.
— Não, mas minha prima ama e me forçou a assistir algumas vezes. Podemos focar no que importa agora?
— Tive uma ideia! — gritei, ainda pensando no filme.
— Você tem péssimas ideias, Ratinha.
— Sou sua noiva a partir de agora, não deveria me chamar assim, meu bem — debochei.
— Ratinha, Ratinha, Ratinha…
— Chega! — gritei de novo, ele bufou.
— Você pode gritar e eu não?
— Sim, bem que entendeu. Quanto a minha ideia. Vamos montar questionários um sobre o outro, e uma linha do tempo sobre nosso relacionamento falso, assim teremos a mentira na ponta da língua quando formos nos encontrar com a organizadora de casamentos amanhã. Igual eles fizeram no filme, com o questionário, mas diferente deles que não sabiam de tudo um do outro, vamos pensar nas perguntas mais…
— Eu estou pronto pra ficar viúvo — ele me interrompeu.
— Calado, estou pensando no melhor para nós dois. Assim que chegarmos ao hotel coloco meu celular para carregar e crio um arquivo de PowerPoint detalhado.
— Você tá falando sério? — perguntou perplexo.
— Tô.
— Não serei seu noivo, Isabella.
— Tarde demais, meu bem. — Estiquei minha mão com o anel. — Já disse sim!
X
O hotel era mesmo lindo, no momento que Edward parou o carro na frente do lugar eu abri um sorriso enorme. Tínhamos ficado duas horas e meia no trânsito, mas sabia que valia a pena, o Paradise Palo Alto era realmente um paraíso e sabia disso só pela sua fachada.
— Pronto? — perguntei para Edward.
— Estou cogitando seriamente te largar aqui e fugir, é esse tipo de pronto?
— Nem pensar, vamos entrar e fingir. Mas nada de me beijar. — Afinal, no fundo ainda estava com raiva dele por conta do beijo na frente de Mike.
— Ótimo, agora virou Uma Linda Mulher… — Ele fez uma careta e se apressou para falar. — Tanya também me fez assistir esse algumas vezes.
— Tô achando que você é um fã de comédias românticas e não sua prima, isso sim. E o que estamos prestes a fazer se chama fake dating, um enredo bem comum, que personagens fingem ter um relacionamento por alguma motivação, que vai desde conseguir uma promoção no trabalho a agradar avós doentes.
— Que legal, estou tão ansioso por isso — debochou, forçando um sorriso que durou meio segundo. — Não estamos em um dos seus livrinhos. — Apontou para meu Kindle.
— Com certeza não estamos, Masen, os caras dos livros que leio são muito mais interessantes do que você. E melhores de cama. — Pisquei para ele.
— Até parece, você teria continuado transando comigo se aquele beijo não tivesse rolado.
— Não era tão bom assim. — Dei de ombros, era uma mentira, mas ele não precisava saber.
— Retire o q… — Ele se calou quando ouvimos alguém bater na janela ao meu lado do carro.
Olhamos para lá e vimos o manobrista do hotel e outro funcionário que deveria ser o carregador de malas. Sorri para os homens, mas logo me voltei para Edward e beijei sua bochecha demoradamente, depois sussurrei em seu ouvido:
— Se comporta.
Edward afagou meus cabelos e até os beijou, eu me arrepiei um pouco com isso, mas não fiquei pensando sobre. Era apenas meu corpo sendo um traidor, não significaria nada, não iria transar com meu vizinho nunca mais.
— Vou descer e abrir a porta para você — murmurou para mim, concordei com um okay bem baixo.
Nos afastamos, peguei meu celular e Kindle, ele pegou o celular dele do suporte. Edward desceu primeiro e contornou o carro, cumprimentou os homens e abriu a porta, esticando uma mão pra mim.
Segurei e saí do carro, nossos dedos se entrelaçaram. O Masen me puxou um pouco para perto, até soltar nossas mãos e contornar meu corpo, me segurando junto de si pela cintura.
— Boa noite, podem levar o carro. Tem uma mochila no banco de trás e duas bagagens no porta malas — comunicou aos homens, eu também disse boa noite e segui com Edward para o interior do hotel quando os funcionários prometeram cuidar de tudo.
O hotel era todo horizontal, pelo o que eu tinha visto no site algumas das construções abrigavam os quartos mais simples, depois tinham os mais luxuosos que ficavam em cabanas que não tocavam nos outros prédios de um único andar. Edward tinha reservado um quarto simples — que ainda assim era o máximo —, mas com nosso noivado de mentirinha iríamos para alguma das cabanas reservadas.
Ainda com ele me segurando, fomos até o balcão da recepção e paramos diante a uma mulher alta, com traços chineses e com um crachá que a identificava como Ashley.
— Olá, Ashley! — a cumprimentei sorridente.
— Edward Masen e Isabella Volturi? — perguntou animada.
— Isso mesmo, em breve senhor e senhora Masen — falei, suspirei e me movi para beijar a bochecha dele de novo, seus dedos em minha cintura apertaram e foi difícil não imaginar Edward e eu transando na cama da suíte do hotel de luxo.
— Reconheci sua voz, senhorita Volturi — Ashley se pronunciou, fazendo com que voltássemos a olhar para ela. — Meus parabéns pelo noivado, espero que seja só o começo de uma longa vida juntos.
— Não sei se será tão longa — Edward disse e pisei no pé dele, primeiro ele fez uma cara de dor, mas a transformou em um sorriso forçado. — As vezes acho que Isabella não é real e tudo isso é um sonho, que vou acordar a qualquer momento — corrigiu sua fala de merda.
Ashley sorriu e fez um sinal de positivo para mim, eu tive de rir para o gesto dela.
— Eu sei, ganhei na loteria com ele. — Mexi nos cabelos de Edward. — Pode ver a chave do nosso quarto agora, Ashley? Estou louca para comemorar com meu noivinho em particular. — Ele corou e me soltou, tirando sua carteira do bolso, entregando a documentação para Ashley.
Tirei a capa do meu celular e meu documento guardado lá, também entregando para a recepcionista.
— Vocês ficarão numa suíte maravilhosa, em uma das cabanas. Tem jacuzzi, piscina particular e até uma mini cozinha — contou animada enquanto fazia nossos registro. — E um quarto extra, mas não precisarão disso.
— E não teremos mesmo que pagar a mais por isso? — Edward checou.
— Não, queremos que aproveitem o hotel e considerem fazer o casamento de vocês aqui. — Devolveu nossos documentos. — A reunião com a cerimonialista será amanhã às 10, tudo bem?
— Tudo — respondi prontamente, antes de Edward estragar as coisas.
— As chaves de vocês — Ashley praticamente cantarolou ao nos entregar os cartões de entrada. — Giuseppe irá os levar até lá. — Indicou o funcionário que empurrava o carrinho com nossas malas.
— Obrigado — Edward agradeceu e esticou a mão para mim, eu me vi unindo nossos dedos mindinhos, como na primeira noite que transamos.
— Até mais, Ashley — me despedi.
Seguimos Giuseppe, o caminho até a cabine só me animou para curtir mais o hotel. Lá, Edward abriu a porta e deixou o funcionário do lugar colocar nossas malas para dentro, depois lhe deu gorjeta e Giuseppe nos deixou sozinhos.
— É imenso! — exclamei olhando ao redor da sala, tinha um sofá cinza e duas poltronas da mesma cor, voltados para uma TV grande, com aparelho de som ao lado. Da sala também conseguíamos ver uma pequena cozinha, com geladeira, microondas, cafeteira e até Airfryer.
Também dava para ver a piscina na área externa, não era gigantesca, mas era perfeita e ali perto tinham duas espreguiçadeiras, uma mesa para quatro lugares e dois pufes. E o lugar era cercado por árvores, então ninguém conseguiria ver a piscina de qualquer outro canto do hotel, como a gente não conseguia ver nada além de vegetação.
— Ótimo, álcool. — Edward andou até a mesinha de centro e pegou o champanhe que estava sobre a mesa. Também tinham duas taças, um buquê de rosas, chocolates e um cartão.
Enquanto ele abria a bebida, peguei o cartão e li em voz alta.
— A equipe do Paradise Palo Alto os parabeniza pelo noivado. Que seu tempo no hotel seja tão especial quanto o amor que lhes une.
O som do champanhe sendo aberto me assustou um pouco, olhei para Edward e ele virou a bebida direto na boca sem se importar em pegar uma taça.
— Tem taças bem aqui, custava pegar uma?
Ele resmungou, se aproximou mais de mim. E sua mão se infiltrou entre meus cabelos, me segurando pela parte de trás da cabeça, gentilmente ele me fez inclinar para trás e disse:
— Abre a boca.
Aquela frase era muito sexual, mas abri e ele despejou um pouco do champanhe. Eu bebi, voltei a cabeça para o ângulo correto e lambi os lábios, a bebida era deliciosa, Edward me soltou.
— Vou ver o quarto principal! — exclamei e fui até o que ficava no mesmo lado que levava a piscina, imaginando que era aquela porta.
E estava certa, era a porra de uma suíte fantástica. Cama king size com lençóis brancos e aparentemente macios, sofá, TV tão grande quanto a da sala, sistema de som embutido no teto, duas portas que deviam levar até o closet e banheiro, mas a melhor parte…
— Caramba, a jacuzzi! — exclamei e andei até lá, estava vazia, só que já conseguia me imaginar ali dentro. Era do tamanho da piscina, mas no interior e não na varanda do quarto.
Lá na varanda, um balanço, e uma mesa com duas cadeiras. O local também era todo cercado por árvores, então era mais um cantinho reservado que não poderíamos ver nada além, assim como ninguém poderia espiar ali.
— Vou ver meu quarto — Edward, que tinha aparecido na suíte, saiu, deixei ele ir e fui olhar o closet, nem tinha tanta roupa para colocar lá e o banheiro era gigante como tudo naquele lugar, coberto por mármore branco.
Depois de babar no banheiro de rico, fui bisbilhotar o quarto de Edward. O Masen já tinha levado sua mala e guardava suas coisas no armário, o quarto tinha duas camas de solteiro e uma TV menor, sem varandas.
— Vai pro seu quarto, isso aqui é meu — mandou quando entrei no banheiro, que não era revestido de mármore, nem muito grande.
— Sim, eu tenho a jacuzzi.
— Seria justo eu poder usá-la ao menos uma vez.
— Não vai acontecer, é só minha. E irei usá-la ainda hoje, mas estou com fome, vamos comer algo?
— Não quero jantar, só quero deitar e dormir.
— Precisamos comer e depois cuidar do questionário, e da linha do tempo.
— Não precisaríamos se você tivesse ficado de boca calada.
— Okay, te deixo usar a jacuzzi se cooperar com o questionário, que tal?
Ele sorriu.
— Podemos jantar no restaurante italiano?
— Claro.
— Okay, combinado.
X
Liguei meu celular para o carregar, avisei meus pais e amigos que estava bem, e saí com Edward para jantarmos. Daquela vez não nos demos ao trabalho de unir mãos, mas ele puxou a cadeira para que eu sentasse no restaurante e me deixou pedir primeiro.
Durante o jantar tentei conversar sobre o plano, quais perguntas colocar no questionário e como seria nossa linha do tempo. No entanto, o Masen pediu para jantarmos em silêncio e assim fizemos.
O que me permitiu observar o ambiente e os outros hóspedes do hotel, eram pessoas como as do restaurante que fui com Collin. E tudo naquele cardápio era tão caro quanto, mas de alguma forma me senti menos desconfortável ali, talvez por Edward não estar falando merda como dizer que gostava do Trump.
De volta para a suíte, ele colocou a jacuzzi para encher e foi trocar de roupas. Eu estava louca para entrar, então também me troquei e coloquei um biquíni.
— Não, quero entrar sozinho — reclamou quando voltou para o quarto principal e me viu.
— É uma jacuzzi grande, tem espaço para nós dois. — Tirei meu celular do carregador. — E precisamos organizar tudo.
— Que inferno, vou pegar o resto do champanhe e fazemos o que você quer. — Saiu do quarto, eu entrei na jacuzzi já cheia e me senti nos céus, a água quentinha era um afago.
Me posicionei em uma extremidade, com um jato de água na lombar e tomei cuidado para não deixar o celular cair. Abri o aplicativo do PowerPoint e comecei a preparar tudo, Edward voltou com o champanhe e os chocolates, ficando o mais afastado de mim que conseguiu.
— Ok, pensei em mantermos a linha do tempo o mais próxima da realidade possível — falei enquanto ainda digitava em meu celular. — Nos conhecemos na faculdade, no primeiro ano, tivemos alguns desentendimentos, mas temos amigos que namoram. Tudo começou a mudar em Julho, quando você e eu terminamos os namoros, aqui pensei em…
— Não me avisar que Kate tava chupando seu namorado?
— Shiu, me deixa falar e não vamos dizer que fomos traídos, é vergonhoso. Pensei na gente ter feito a viagem de carro de Malibu para Berkeley juntos, mas diferente de como rolou, foi divertida, conversamos bastante e ficamos batendo papo depois por mensagens, enquanto eu estava no Havaí e você no Brasil.
— Que linda história, e como acabei te pedindo em casamento com tão pouco tempo? — resmungou.
— Deixa eu pensar… Ficamos na noite do meu aniversário! — Olhei para ele, satisfeita com minha ideia, Edward não estava nada feliz. — Um beijo, depois de você jantar comigo e minha família, no carro, na nova carona. Ficamos pensando nisso até o final de semana, quando voltamos a ficar e desde então estamos juntos.
— Menos de um mês e te dei um anel, ainda é irreal.
— Não é irreal, você está apaixonado, me ama e viu que sou sua garota certa, sabia que queria casar comigo e não viu motivos para perder tempo. — Ele riu e bebeu um pouco do champanhe.
— E se a cerimonialista souber que tenho a reserva feita há meses e que tentei cancelar?
— Merda, não sei… Espera, a gente diz que você fez a reserva para amigos nossos, mas eles não conseguiriam mais vir e você manteve a reserva para si, depois tentou cancelar e aí ficamos e acabou ficando com ela para nós dois e pensou como poderia me pedir em casamento neste final de semana para aproveitarmos aqui e comemorarmos, mas duvido que ela tenha o registro do seu agendamento e tentativas de cancelamento, só torcer para não ter fofocado com Ashley. Pronto, vamos com essa desculpa. Como foi o pedido?
— Te acordei com o anel em mãos.
— Você é muito sem criatividade.
— Tá, qual sua ideia de pedido perfeito? — Seus olhos focaram nos meus.
Eu tinha várias ideias, mas falei a primeira que passou pela minha cabeça.
— Você escondeu o anel na minha primeira edição de Percy Jackson e o Ladrão de Raios, o primeiro livro que li na vida. — Desviei o olhar. — Marcou com o anel a página que a Annabeth diz que lutaria ao lado de Percy, mesmo que os pais deles ficassem em lados opostos, porque eles eram amigos, meu trecho favorito desse começo da jornada deles. Se ajoelhou, porque sim, eu gosto dessa tradição e sabe disso, e falou que se sentia em casa comigo. — Engoli em seco ao falar aquela parte, com medo de nunca ser amada por alguém daquela forma, ao ponto da outra pessoa achar que estar comigo era estar em casa, talvez nem Demetri gostasse tanto assim de mim. — E disse que estávamos juntos a pouco tempo, mas que já se imaginava ao meu lado para sempre. Eu comecei a chorar, você beijou minhas mãos e falei sim, completei dizendo que era meu melhor amigo e que sempre seríamos isso, mas agora dividindo um lar. E aí nos beijamos, você colocou o anel em mim e dançamos ao som de alguma música emo que você gosta, depois Lady Gaga.
— Eu adoro Percy Jackson. — Encarei Edward, foi a fala dele que mais me chocou em todos aquele anos que nos conhecíamos, definitivamente não sabia daquela informação. — Dos livros, detesto os filmes, mas estou ansioso pela série da Disney. — Sorriu largamente.
— Você gosta de Percy Jackson!?
— Também foi o primeiro livro que li. Mas não tenho mais os livros físicos, meio que perdi. — Fez uma careta.
— O primeiro livro meio que roubei da biblioteca da escola — confessei baixinho, ele riu e se aproximou um pouco, me entregando o resto do champanhe, que bebi rapidamente e coloquei a garrafa do lado de fora da banheira.
— Sério? Como assim?
— Peguei na escola, eu tinha dez anos e amei a história, sabia que a família que me abrigava não conseguiria comprar um exemplar para mim, então eu disse para a bibliotecária que tinha perdido o livro, ela reclamou, mas não me fez pagar um novo para o acervo. Assim consegui meu primeiro livro, sei que foi errado, mas… Bom, que se foda, a vida até ali tinha sido bem dura comigo, fiz algo para me sentir um pouquinho feliz e não me arrependo.
— Eu não julgo, pode ficar tranquila que não irei espalhar por Berkeley que você tem a mão leve. Até hoje não falei da minha camiseta. — Ri um pouco ao escutar aquilo e ele me acompanhou, mas parou quando perguntei:
— O que aconteceu com seus livros?
— Não fiquei com eles depois que minha mãe morreu. — Voltou para onde estava antes na jacuzzi e pegou os chocolates para comer.
— Posso perguntar mais sobre ela?
Edward suspirou, porém assentiu.
— Ela trabalhava com o que?
— Era arquiteta.
— Jura!? — Ele sorriu um pouco.
— É, ela amava a profissão.
— Quando… — comecei a próxima pergunta, mas não tive coragem de terminar, só que Edward respondeu, prevendo o que iria lhe perguntar.
— Eu tinha 15 anos, não quero falar mais sobre isso.
— Okay, claro — concordei prontamente, sabendo que aquele deveria ser um assunto muito delicado para ele, não digitei a informação nova no questionário, mas coloquei outra pergunta ali e a fiz em voz alta. — Onde você nasceu?
— São Francisco.
— Sempre morou lá? — Era uma cidade grande, nunca tinha cruzado com Edward, mas imaginei se tivesse acontecido algum dia. Talvez ele e eu não nos odiassemos se não tivesse rolado o acidente na faculdade, ou ele teria jogado uma bola em mim na educação física na escola e o ódio surgiria daí.
— Não, me mudei para Jacksonville, na Flórida, aos 11. Só voltei para São Francisco quando fui morar com meus tios.
— E o seu pai? — Me arrependi no instante que a pergunta saiu pela minha boca, tinha feito por total impulso. — Desculpa, não precisa responder caso não queira.
— Morto — disse com olhos irritadiços, senti uma pontada no estômago, triste por ele ter perdido ambos os pais. — E a cerimonialista não deve perguntar sobre isso. Aliás, não acho esse questionário necessário, tá? Já basta a linha do tempo do nosso relacionamento falso e muito apressado.
Ele se levantou e saiu da jacuzzi, pegando uma toalha ali perto e se secando.
— Vou dormir.
— Ainda está cedo, podemos…
— Tchau, Bella!
X
Acordei com algo mexendo perto da minha orelha, resmunguei e me movi na cama, mas voltei a sentir aquilo e despertei de vez. Abri os olhos, encarando um travesseiro e logo depois escutando uma risada.
— Hora de acordar. — Era o maldito Edward.
Sentei na cama e o vi já pronto para o dia, vestia uma camiseta azul clara e uma bermuda preta, óculos escuros e tinha uma garrafinha de água na mão esquerda.
— Vamos, precisamos ir tomar café da manhã. — Voltou a enfiar o dedo na minha orelha, eu afastei dando um tapa na sua mão, Edward riu alto. — O quê? Eu poderia te jogar na piscina para lhe acordar, estou sendo gentil. Agora é sério, vai se arrumar pro café da manhã, já são 9 horas e às 10 temos o encontro com a cerimonialista, noivinha.
— Eu dormi muito tarde — choraminguei.
Depois que Edward caiu fora, passei mais um tempinho na jacuzzi, mas acabei tomando um banho e indo pra cama ler. Só parei às 4 da manhã, depois de terminar o livro que comecei no carro.
— Problema seu e se temos hora marcada com uma cerimonialista a culpa é sua.
— Que inferno! — exclamei e saí da cama, Edward limpou a garganta e rapidamente saiu do quarto, fiquei confusa, mas ao passar pelo grande espelho no banheiro me toquei de que estava usando apenas uma calcinha e a parte de cima de um pijama. Eu deveria ter dormido com o pijama de vó julgado por Rosalie, mas não achei que Edward fosse me acordar.
Tomei banho rapidamente e comecei a me arrumar, só naquele momento percebendo que todos os outros biquínis que levei eram difíceis para colocar sozinha.
— Ah não, que merda — reclamei, olhando para o que usei na jacuzzi, o único fácil, mas que ainda estava encharcado.
Segurei a parte de cima do biquíni limpo junto aos meus seios, e saí do quarto, precisaria de ajuda com aquilo. Ao entrar na sala vi Edward sentado no sofá, com a TV ligada em um programa de auditório aleatório apresentado por uma mulher de meia idade que falava sobre menopausa.
Me aproximei do Masen e vi que ele estava sem os óculos e sorrindo de orelha a orelha para a TV. Segurei uma risada, ele curtia tanto assim aquele programa e o tema menopausa? Estranho!
— Edward? — Ele me olhou, seus olhos desceram do meu rosto para meus seios e o sorriso desapareceu.
— O quê?
— Pode amarrar o biquíni pra mim?
— Você não está tornando isso fácil.
— Como?
— Nada. — Levantou. — Vira.
Fiquei de costas para ele e indiquei como deveria fazer a amarração, tentando não pensar em como seria bom se ele estivesse tirando o biquíni de mim e não colocando. Poderíamos ir para minha cama king size, Edward iria beijar cada centímetro do meu corpo e…
— Pronto.
— Valeu — agradeci e praticamente corri para o quarto, querendo tirar aquelas imagens da cabeça.
Terminei de me arrumar colocando um short jeans, uma saída de praia branca, o biquíni era azul, e sandálias nos pés.
Na minha bolsa, filtro solar, óculos escuro, um batom para retocar depois do café, celular e meu Kindle devidamente carregado.
— Vamos! — Peguei minha chave na mesinha de centro na sala, Edward suspirou, desligou a TV e pegou a sua.
Saímos da cabana e fomos até o restaurante que servia café da manhã. De dia o hotel era tão lindo quanto a noite, e prometi a mim mesma que iria aproveitá-lo, não ficar trancada no quarto porque meu noivo de mentirinha queria ficar dormindo.
— Tá estocando comida pro inverno? — provoquei Edward quando vi o tanto de comida que ele colocou em seu prato.
— Você é tão chata, Bella.
— Olha quem fala. — Comi um pedaço de bolo e me senti abençoada, era delicioso. — O que pretende fazer hoje? Fora nossa reunião com a cerimonialista.
— Ficar queimando debaixo do Sol. Aliás, acho que não pensamos em algo sobre a cerimonialista ontem.
— Não pensamos ou você caiu fora antes de termos tudo acertado?
— Que seja, como vamos terminar não assinando um contrato?
— Vamos dizer que queremos olhar outras opções antes de dar qualquer certeza, simples.
Ele concordou e ficamos em silêncio por um tempo, até eu falar:
— Nunca me casaria num hotel.
— Quê?
— É um lugar bonito, mas quero mesmo me casar no quintal da casa dos meus pais. Parece mais romântico assim, poucos convidados, bem íntimo. E você? — Ele fez uma careta.
— Falei que não vou casar.
— Mas iria pedir Kate em casamento, como imaginou o grande dia entre vocês?
— Sei lá, iria deixar ela decidir tudo. — Tomou um longo gole de seu café.
— Quer passar um trote nela de presente de aniversário? — sugeri. — Podemos falar que ela tá sendo procurada pela polícia. — Edward desmontou, rindo alto.
— Sim, seria ótimo, mas o pai dela é da polícia, então melhor não.
— Uma pena. — Tirei meu celular da bolsa, coloquei na câmera e estendi para Edward. — Tira uma foto minha.
Ele pegou o aparelho e tirou umas dez fotos minha fazendo pose com o café da manhã, mas quando acabou, alertou:
— Não manda pra ninguém, nem posta, o anel tá aparecendo.
— Ai que saco, tá bom.
Continuamos comendo, mas com o celular em mãos olhei as mensagens.
Papai Aro: Ainda dá tempo de você vir pra vinícola!
Papai Charlie: Se divertindo em Palo Alto?
Rose: Já deu pro Edward?
Alice: Minha mãe trouxe presentes para você e Rose.
Jasper: A mãe do Emmett ficaria com um cara novo? Sei lá, eu pegaria a coroa.
Demetri: E aí? Como está sua viagem?
Respondi todo mundo, deixando Demetri por último.
Bella: Estaria bem melhor se estivesse aqui comigo.
Obviamente enfiei vários emojis de coração na mensagem.
Quando olhei de novo para Edward, o sorriso que vi na sala estava novamente estampado em seu rosto. Porém, daquela vez, ele sorria para um pedaço de bacon.
X
Como ainda tínhamos um tempinho até nos encontramos com a cerimonialista, fiz Edward passear pelo hotel comigo e tirar mais fotos minhas. Mas, guardei o anel, para poder postar e enviar as fotos depois e se algum funcionário do hotel, que sabia sobre o noivado, perguntasse algo, diria que as fotos eram para nossos amigos que ainda não sabiam do pedido.
Eu era um gênio!
— Tá bom, parou com isso de fotos. — Edward devolveu meu celular, fazendo cara feia.
— Não quer que eu tire nenhuma sua? — Guardei meu celular e recoloquei o anel.
— Não.
— Tá bom, já é quase hora de encontrar a cerimonialista, vamos atrás dela.
Antes que ele pudesse pensar muito sobre, uni nossas mãos. Edward bufou, mas fomos até a recepção, Ashley não estava trabalhando, mas a nova recepcionista nos indicou para onde deveríamos ir e acabamos voltando para o restaurante, encontrando lá a cerimonialista.
— Olá, vocês devem ser Edward e Isabella. Sou Ester. — Era baixinha, pele escura e cabelos alisados, vestia roupa social bege e tinha uma pasta em mãos. E a mesa estava cheia com mais comida. — Já tomaram café? Pedi algumas coisinhas para vocês.
— Ah já tomamos sim, mas podemos comer mais um pouquinho. — Peguei um morango e levei à boca, Ester indicou que sentássemos e fizemos isso, ficando de frente para ela, Edward aproveitou a deixa para soltar minha mão.
— Fiquei sabendo que noivaram ontem, meus parabéns.
— Sim, não é lindo? — Exibi o anel para a mulher.
— Você tem um excelente gosto, senhor Masen. Como foi o pedido?
— Hum. — Edward me olhou. — Bella ama ler, usei um dos livros favoritos dela, que também é o meu, no pedido, o anel estava marcando o trecho preferido da minha linda noiva. — Ele se inclinou e beijou minha bochecha, o que me pegou de surpresa. — Foi algo bem íntimo, no meu apartamento, somos vizinhos. — Nossos olhares ainda estavam fixos e Edward mexeu em meus cabelos.
— Ele é o vizinho barulhento — acusei, forçando uma risada e olhando para Ester, enquanto Edward colocava um braço sobre meus ombros.
Ele era todo quente e forte, novamente nos imaginei rolando pela cama juntos.
— Há quanto tempo estão juntos?
— Sinceramente? Menos de um mês, mas Edward e eu nos conhecemos desde o comecinho da faculdade, temos amigos em comum que namoram e meio que não nos dávamos muito bem antes, mas acabamos ficando no meu aniversário no mês passado.
— Fui o melhor presente de aniversário dela.
Eu corei, pensando no sugador que de certa forma foi o presente que ele me deu.
— Vocês ainda estão na faculdade? — Ester não pareceu muito contente com aquilo, mas manteve a pose.
— Sim, mas não se preocupe, temos como bancar o casamento — respondi. — Meus pais e a família de Edward estão ansiosos para nos ajudar com tudo, eles querem que tenhamos um casamento maravilhoso, digno de cinema. Nós nos amamos tanto. — Afaguei a mão de Edward. — Sabemos que mesmo cedo assim, estamos fazendo a escolha certa.
— Fale sobre os preços, Ester — Edward pediu, a mulher sorriu largamente e abriu sua pasta, começando a nos apresentar todas as opções de pacotes.
Era muito dinheiro envolvido, agradeci por ser mesmo um noivado falso, não teria mesmo como bancar um casamento daqueles. Não que fosse querer, queria mesmo o casamento na casa dos meus pais.
— Vocês tem alguma estação preferida?
— Verão — Edward e eu respondemos juntos, percebi que aquilo não tinha sido combinado, então era uma coincidência. — Ambos somos da Califórnia, amamos a estação — ele acrescentou, olhando para um dos panfletos em mãos. — Olha. — Me mostrou o panfleto. — Eles têm o dia da noiva e tudo.
E eu olhei atentamente, como se fosse mesmo casar.
X
Conseguimos enrolar Ester e falar que iríamos conversar, sobre os pacotes oferecidos, com nossas famílias antes de assinar qualquer coisa. Ainda fizemos um tour com ela pelos ambientes usados para casamentos no hotel e quando finalmente nos liberou, eu me despedi de Edward e fui curtir meu tão merecido SPA.
Quando deixei o SPA, foi me sentindo a mulher mais hidratada, esfoliada e de bem com a vida do mundo. Tinha comido umas coisinhas lá entre um procedimento e outro, então decidi voltar para o quarto só para trocar de roupas e depois ir para uma das piscinas na área compartilhada do hotel.
Edward estava na piscina do nosso quarto, eu andei até lá e perguntei:
— E aí, o que você fez no seu dia? — Já era cinco da tarde e tínhamos nos separado por volta das onze.
— Fiquei numa piscina, compartilhada, depois vim pro quarto almoçar, usei a jacuzzi e agora aqui estou. Como foi seu dia no SPA? — Ele usava óculos escuros, mas senti seus olhos percorrendo meu corpo.
— Maravilhoso. — Sentei em uma das espreguiçadeiras. — Estou tão relaxada que você poderia colocar suas músicas chatas para tocar no último volume que eu nao reclamaria.
Edward riu, se aproximou mais da borda da piscina, ficando mais perto de onde eu estava. Esticou uma mão em minha direção e perguntou:
— Entra aqui comigo, então?
Eu me arrepiei por completo, mas consegui falar com a voz controlada:
— Edward, ainda estou muito chateada com o que rolou.
Ele recolheu a mão estendida para mim.
— Desculpa, esquece, só achei que a gente podia voltar ao acordo anterior de sexo sem compromisso.
Mordi o interior da bochecha com força, pensando naquilo. Eu também queria transar, caramba, queria muito transar com ele. Mas o beijo por vingança…
— Tchau! — exclamei e saí da varanda antes que fosse traída por meu próprio corpo.
Entrei no meu quarto e fui logo jogando a bolsa na cama, indo ao banheiro, tirando a saída de praia e os shorts, jogando a sandália de lado.
Parei diante da bancada da pia, segurando ali e encarando meu reflexo no espelho. Minha cabeça estava pegando fogo em dúvida, deveria voltar a transar com Edward? Ou continuar brava pelo lance do beijo?
Tentei tirar a parte de cima do biquíni, mas na hora lembrei do Masen o colocando para mim. Também lembrei dele me colocando contra o corpo dele ao chegarmos no hotel e quando estávamos com Ester.
Lembrei de Edward bebendo tequila da minha barriga, depois me chupando no dia seguinte. Eu montada no colo dele em seu carro, o sexo no meu quarto.
Deixei o banheiro e me joguei na cama, peguei meu celular na bolsa e mandei mensagem para Rosalie.
Bella: Ele me beijou por vingança.
E ela respondeu rapidamente, sem precisar saber mais do que estava rolando para ter ideia do caos em minha cabeça.
Rose: Mas ainda assim você quer transar com ele. Qual lado dessa balança tá pesando mais agora?
Soltei o celular e coloquei um travesseiro no rosto, refletindo sobre tudo aquilo. Até que tomei minha decisão, levantei da cama e fui até Edward.
Meu vizinho tinha saído da piscina e estava deitado numa das espreguiçadeiras, o corpo só um pouco molhado indicava que tinha se enxugado. Toquei em seu braço e ele tirou os óculos os deixando cair no chão, piscando um pouco para se acostumar com a claridade.
Não falei nada, subi no colo dele, meus joelhos apoiados no restinho da espreguiçadeira que o corpo dele deixava e minha bunda repousando sobre o pau dele coberto pelo short de banho. Edward suspirou e ergueu um pouco o corpo, segurando em minhas costas e nuca.
— Você quer? — perguntou, seus olhos verdes brilhavam.
— Quero.
— Preciso ir atrás de camisinha, deve vender aqui em…
— Eu trouxe.
Então, ele me beijou.
A mão dele que estava em minhas costas começou a abrir meu biquíni, enquanto eu me apoiava em seu tanquinho, que precisava admitir ter sentido saudades. Por fim, a peça de cima da minha roupa de banho estava fora e eu tinha levado minhas mãos até o pescoço de Edward, lhe beijando com mais urgência.
Ele tocou meus seios, suas mãos me fizeram estremecer, frio e tesão. O pau dele, sob o short, ficava duro. Deslizei uma mão do seu tanquinho glorioso até ali, ultrapassando a roupa para tocá-lo onde mais queria no momento.
Nos movemos de forma que continuei masturbando Edward, mas que ele também conseguisse levar sua boca aos meus seios. E estávamos nisso a um tempinho, quando me dei conta de algo e perguntei entre gemidos:
— Ninguém consegue ver a gente daqui mesmo, né? — Olhei ao redor, com medo das árvores que cercavam a cabana não serem suficientes para manter nossa privacidade.
— Não, mas você quer entrar? — Voltei a olhar para ele, rosto vermelho e lábios levemente inchados por conta dos nossos beijos.
Não resisti e o beijei um pouco mais, no fundinho, ainda estava amargando o beijo por vingança, mas ele beijava tão bem. É, eu era bem fraca e iria mesmo dar continuidade a aquilo tudo, como faria ali fora.
Meio insano, ainda não confiava 100% nas árvores, nunca fui fã de sexo em locais abertos, só que naquele instante o que mais queria era Edward me fodendo ali ao ar livre. Afastei um pouco nossas bocas e falei:
— Vamos ficar aqui, só vou pegar a camisinha logo.
— Ok — concordou, mas não me soltou e sua boca voltou a minha, depois seguiu para meu pescoço. Um dos meus maiores pontos fracos, desmanchei no colo dele, soltando até seu pau de tão desnorteada que fiquei. No entanto, infelizmente, ele parou e sussurrou contra minha pele ansiosa pelos beijos dele. — Vai lá buscar.
Suspirei alto e foi extremamente difícil confiar nas minhas pernas bambas, mas fiquei de pé e segui para dentro da cabana, só com a parte debaixo do biquíni mesmo. Encontrei facilmente a caixa de camisinhas na mala, peguei uma e voltei para a varanda, Edward já tinha tirado seu short e estava de pé.
O jogador me puxou para si, mãos grandes agarrando minha cintura, colando nossos corpos de forma que podia sentir seu pau duro contra mim. Atirei a camisinha sobre a espreguiçadeira antes de Edward atacar mais uma vez meu pescoço, arranhei um pouco as costas dele quando aquilo aconteceu, porém ele não pareceu se importar.
Ainda me beijando, ele nos fez andar até que meu corpo estivesse pressionado entre o seu e a grade da varanda. E caramba, percebi como gostava de ficar presa entre ele e qualquer outra coisa, principalmente quando estava praticamente nua e com a boca gostosa dele no meu pescoço sensível.
Em seguida, Edward enfiou uma mão no interior da parte debaixo do meu biquíni. Quando ele tocou em meu clitóris, gemi alto e apertei os olhos, enquanto meu corpo tremia mais uma vez, prazer e um tanto de frio pela noite que chegaria em breve naquele começo de outubro.
A boca dele deixou meu pescoço, seus lábios beijaram minha bochecha, meu queixo, o canto dos meus olhos e por fim minha testa, enquanto sua mão continuava me tocando e eu seguia com as unhas cravadas em suas costas.
— Olha pra mim — ordenou e olhei, olhos verdes cheios de desejo, rosto ainda mais vermelho. — Quer mesmo continuar, né?
— Sim — respondi, foi tudo que consegui dizer de tão envolvida que estava com o que ele fazia sob meu biquíni. Edward sorriu, apoiando sua testa na minha.
Eu me vi sorrindo também, mas puxando seu rosto de volta para meu pescoço e ele acatou minha ordem muda. Quando eu já estava muito molhada na mão dele, quando seu pau duro entre nós dois clamava mais por atenção, me vi falando:
— Para um pouquinho.
E parou na hora, tirando a mão de mim. Fiz com que ele trocasse de lugar comigo, sendo a pessoa contra a grade da varanda.
Caminhei até onde o short dele estava, o peguei e coloquei no novo lugar que queria. Então, me ajoelhei sobre a roupa para não machucar meus joelhos no chão da varanda, ficando de frente para o quarterback.
— Porra, Bella! — Edward exclamou quando comecei a chupá-lo, uma mão acompanhando os movimentos da minha boca em seu pênis, outra em suas bolas.
Segurou meu cabelo com uma mão, os enrolando ao redor do seu punho. E estava bom, muito bom, mas não fiquei quase nada o chupando, porque o Masen alegou:
— Preciso foder sua boceta agora, ou vou morrer.
Levantei meu olhar para ele e vi como parecia realmente torturado. Chupei mais um pouco, só para torturar mais, acariciei suas bolas uma última vez e tirei minha boca e mãos dele.
Edward soltou meus cabelos e me ajudou a ficar de pé, logo desamarrando o biquíni, o deixando ir para o chão junto com seu short. Naquele instante, paralisei.
Ainda estava claro, a varanda iluminada pelo Sol e percebi como nunca tínhamos transado com tanta luz assim.
— Hum, talvez a gente devesse entrar mesmo — sussurrei. — Tá muito claro aqui.
Edward segurou meu rosto entre suas mãos e disse:
— Se quiser a gente entra, mas fica sabendo que você é muito gostosa e não precisa se esconder em um quarto escuro.
Primeiro, sorri. Depois, resmunguei:
— Você só tá falando isso porque quer transar.
— E eu não sairia ganhando mesmo em um quarto escuro? O que estou dizendo é que tá tudo bem com seu corpo, não precisa ficar paranóica, é gostosa com ou sem luz. Lá dentro ou aqui fora?
Olhei para dentro por um instante, mas não quis entrar mais. Já estava sendo excitante fazer o que já tínhamos feito ali fora, seria ainda mais com o que estava por vir.
— Aqui fora.
Edward estava me beijando meio segundo depois de eu dizer aquilo, novamente nossas posições foram invertidas e fiquei contra a grade. Entretanto, daquela vez, ele parou de me beijar e me colocou de costas para si.
Me segurou por trás, seu pau roçando na minha bunda, uma mão afastando meus cabelos para que beijasse minha nuca e a outra em minha boceta. Agarrei a grade, gemendo alto e rebolando contra o pau do jogador.
Infelizmente ele se afastou para ir pegar a camisinha, mas ao menos eu não estava transando com um irresponsável quanto a isso.
— Quão flexível você é? — perguntou, voltando a esfregar seu pau, agora coberto pelo preservativo, na minha bunda.
— Como? — Olhei um pouco para trás, podendo ver seu rosto.
— Acha que consegue colocar um pé em cima da grade?
Eu ri, porque nem fodendo conseguiria fazer aquilo.
— Não consigo, não mesmo.
— Tá, tá bom — foi a vez dele de resmungar.
— Vamos logo. — Voltei meu rosto para a frente, olhando para as árvores e soltei a grade, me apoiando nela pelos braços. Edward se encaixou melhor contra meu corpo, por ser mais alto tendo que se abaixar um pouco, eu me empinei para ele e seu pau entrou em mim facilmente de tão molhada que estava.
Eu gemi o nome dele e me culpei por não ter fodido com Edward desde o momento que chegamos aquele hotel na noite anterior, o maldito era bom. Uma mão ficou em meu quadril, a outra segurou em meus cabelos e quando questionou se podia puxar, dei o aval na hora, sentindo ele formar um rabo de cavalo com os fios e puxar, não forte o suficiente para machucar, mas com a força necessária para me fazer gritar.
Novamente, não de dor. Era tesão, puro prazer.
Puxou novamente, e se aproveitou para beijar meus lábios. Os seus eram macios contra os meus, mas também dominadores.
Ainda me beijando, sua mão em meu quadril encontrou lugar sobre meu clítoris. Edward riu quando minhas pernas falharam pelo o que estava fazendo comigo, elevando meu estado de tesão.
Era tudo tão bom, o pau dele, suas mãos, os beijos. O cheiro, caralho, o cheiro. Protetor solar, suor, sexo e cloro da piscina. Mexia mais comigo do que achava ser possível.
Quando me dei conta, estava falando para ele:
— Me ajuda.
— Com o que?
Bati uma mão contra a grade.
— Quero colocar a porra da minha perna aqui.
Na hora Edward deixou meu corpo, na hora senti falta dele. Mas, o Masen me ajudou a erguer minha perna e colocar o pé na parte superior da grade.
Sentia os músculos protestando contra o exercício, talvez eu tivesse de me exercitar melhor quando voltasse para casa. Não que fosse continuar dando para Edward, não fazia ideia se aquilo iria acontecer mais vezes.
Ele se reposicionou contra meu corpo, meio na diagonal contra mim. Uma mão sobre meu seio esquerdo, a outra sustentando minha perna direita erguida, o pau me fodendo novamente. Sua boca estava entre meu pescoço, orelha e lábios, me deixando até zonza com todos seus beijos.
Só que, desastabilizei por completo quando ele tirou a mão do meu seio e voltou a dar atenção para meu clitóris. Foi o suficiente para mim, gozei, ao ar livre, em um hotel luxuoso em Palo Alto, com meu maior inimigo.
Gemi o nome dele, o beijei, mordisquei seu lábio inferior e tive certeza de que aquele final de semana estava valendo a pena pra caralho. Eu ainda estava inebriada pelo orgasmo alcançado quando Edward me ajudou de novo, descendo minha perna, agarrei a grade, minhas mãos até doendo um pouco pelo esforço, mas rebolei para ele, o senti puxar meus cabelos e gemi ainda mais, pedindo que não parasse de me foder, sendo totalmente baixa no meu vocabulário.
E ele gozou, preenchendo a camisinha, beijando minhas costas e dando um tapa de leve em minha bunda. Gemendo meu nome, como eu tinha gemido o dele, depois sussurrando em meu ouvido:
— Ainda vou te foder mais.
— Eu trouxe uma caixa de camisinha cheia.
X
Tomei banho no meu quarto e Edward no dele, demorei mais para me arrumar, e quando saí de lá — vestindo um short jeans e um moletom branco —, encontrei o Masen novamente na varanda, perto da piscina. Deitado na espreguiçadeira de mais cedo, usando uma calça de moletom cinza e camiseta branca, para minha surpresa com um Kindle em mãos.
— Estou surpresa, você sabe ler! — provoquei, ele forçou uma risada e vi como o rosto dele ainda estava corado sob a luz da varanda que tinha acendido e os últimos raios de Sol iluminando o céu. — O que tá lendo? — Sentei na espreguiçadeira ao lado.
Edward me entregou seu Kindle e vi que era o primeiro livro de Percy Jackson, aquilo me fez sorrir largamente.
— Comecei a reler ontem — falou quando lhe devolvi o aparelho, ele fechou a capa. — E aí, pronta para mais?
Gargalhei e neguei com um aceno de cabeça. Nós tínhamos concordado em transar mais, porém eu precisava de um tempinho para voltar a dar e de comida primeiro.
— Me deixa descansar um pouco. E quero comer. Vamos pedir?
— Não quer ir até algum restaurante? — Voltou a abrir seu Kindle para ler.
— Não, você me cansou. — Ele deu um sorrisinho maldito. — Para, não começa a se gabar.
— Não falei nada, você que começou. Mas como está de pé, mesmo? Mal conseguia andar depois de eu te foder.
— Ai, que insuportável! — exclamei e levantei. — O que quer comer? Vou pedir do telefone do quarto.
— Topa uma pizza?
— Nossa, topo muito, vou pedir. — Segui para dentro, fiz o pedido para a recepção, com direito a vinho que Edward daria o jeito dele de pagar e depois peguei o livro físico que levei na viagem. — Você me deixou na vontade. — Voltei para a varanda e mostrei para o Masen meu exemplar de Percy Jackson e o Ladrão de Raios, ele riu e perguntou:
— É o roubado da biblioteca?
— Não, essa cópia tá guardada na casa dos meus pais, não tenho coragem de viajar com ela, é muito especial para mim.
Sentei na espreguiçadeira novamente, mas fiquei de costas para o Masen, querendo me concentrar melhor na leitura. E ficamos ali, lendo, até nossa comida chegar.
Decidimos comer na sala, mas enquanto eu queria assistir a algum filme de comédia romântica, ele veio com uma ideia terrível.
— Não assisto filmes de terror — pontuei de boca cheia.
— É outubro, mês do Halloween, vamos assistir algo bom, não essas suas comédias românticas chatas.
Revirei meus olhos.
— Nem pensar, Emo.
— Ratinha…
— Não me chama assim!
— Você acabou de me chamar de Emo.
— É tão diferente, não tô te comparando ao animal mais nojento do mundo, apenas ao segundo pior.
— Muito engraçada, vamos assistir um filme de terror!
— Não, não, eu morro de medo. Ok, pensei num meio termo para te agradar e me agradar.
— Qual? — perguntou desconfiado, pegando um pedaço da pizza.
— Algum documentário sobre crimes reais.
— Espera, você tá me dizendo que não gosta de filme de terror, mas gosta de consumir conteúdo sobre crimes reais?
— Gosto. — Dei de ombros. — Vai me dizer que desses filmes que você assiste nenhum é baseado em fatos reais?
— Sim, muitos são, mas eu não fico pesquisando sobre e nos filmes algumas coisas diferem da realidade. Assisto como filme, ponto, não como um caso que poderia ter ocorrido na esquina.
— Que se dane, pode me julgar quanto quiser, só sei que gosto. Vamos assistir algum! — implorei.
— Sério, como você foi de comédia romântica para isso?
— Se você quiser a gente assiste De Repente 30, é meu filme favorito.
— Tenho uma ideia melhor, que tal nada de terror, nem sobre crimes, nem comédia romântica, mas colocamos Modern Family?
Foi um golpe baixo, era minha série favorita.
— Tá bom, vou fazer esse esforço.
— Como se não fosse sua série favorita — ele rebateu.
— É, tá bom, eu amo. Também é sua série preferida?
— É claro que sim, a melhor série já feita — respondeu de boca cheia, largou sua fatia de pizza de volta na caixa e pegou o vinho para abrir. — Coloca no episódio que a Lily acha que é gay.
X
Depois da pizza, Edward surgiu com um pacote de M&M's e ficamos comendo, tomando o resto do vinho e assistindo aos melhores episódios de Modern Family. Até o doce acabar, até eu ficar completamente excitada só de olhar para o cara ao meu lado que acabei subindo no colo dele.
Nós transamos no sofá, pausando a série. Depois transamos na minha cama. Após isso, Edward foi pro quarto dele e fui tomar um banho, de volta a cama, sozinha, peguei meu Kindle pra ler outro livro de CEO, que comecei no SPA, para ver se pegava no sono e ia dormir logo.
Só que, eu não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar no Masen. Alcancei meu celular na mesinha ao lado da cama e mandei uma mensagem para ele.
Bella: Ainda acordado?
Emo: Sim.
Bella: Quer mais?
Em menos de um minuto ele já estava comigo de novo, e era tão bom. Quando acabou, eu resmunguei pra sair de cima dele, mas o deixei ir descartar a camisinha no banheiro.
Edward voltou dando beijos em minhas costas, aproveitando que eu estava deitada de bruços com a cara enfiada em um travesseiro. Talvez eu ainda desse conta de mais, porém estava com fome de novo.
— Quero comer — comuniquei.
Ele riu e parou de me beijar, se jogando ao meu lado.
— O que você quer pedir?
— Aí, acho que um hambúrguer, pede pra gente. Vou tomar um banho rápido.
Acabamos comendo na minha cama, com mais episódios de Modern Family rolando na TV. E eu estava quase adormecendo quando Edward disse:
— Vou dormir aqui, essa cama é mais confortável do que a do meu quarto.
Não protestei, o deixando ficar lá comigo.
X
Eu acordei agarrada em Edward, uma perna sobre a dele, um braço o segurando pela cintura, a cara enfiada em suas costas. Ri um pouquinho ao me dar conta de que ele era a conchinha menor, mas logo senti que ele estava duro e comecei a acordá-lo para mais sexo, lhe dando beijos nas costas, pescoço e rosto.
Ele acordou, levemente desnorteado, mas quando se deu conta do próprio estado e do meu, logo entrou no clima, aproveitando que tínhamos dormido nus. Foi rápido para ambos, mais silencioso e menos ousado em posições.
Ao acabar, eu queria dormir mais um pouco, mas ele disse as palavras mágicas.
— Precisamos correr para não perder o café da manhã.
Cada um foi se arrumar e depois seguimos para o restaurante, comemos comigo falando sem parar sobre todos os casos de crimes reais que mais tinham me abalado e Edward mais enjoado a cada relato. Depois do café, ele foi pra cabana e eu gastei alguns dólares na lojinha do hotel, comprei um maiô branco, brincos para minhas amigas e papai Aro, um boné para Jasper e outro para Charlie.
— Edward? — chamei quando entrei na cabana, deixando minhas compras sobre o sofá.
— Na sua suíte.
— Maldito!
Fui até lá e vi que ele estava na jacuzzi.
— Quem te deu permissão? — Ele apenas revirou os olhos em resposta. — Como tá água?
— Maravilhosa, entra aqui.
E eu não resisti, tirei minhas roupas e entrei na jacuzzi com ele, completamente pelada.
— Oi. — Ele foi logo me puxando para um beijo e ao acabar, ordenou. — Senta aqui do lado de fora.
— Por quê?
— Vou te chupar.
Obedeci prontamente e pensei que depois daquela viagem teria de dar um descanso para certas áreas do meu corpo.
Edward decidiu pelo óbvio, que meu quarto era o melhor e antes do almoço, após eu tomar banho, ele decidiu usar meu banheiro. Fui boazinha com o jogador, o deixando usar o chuveiro de lá, enquanto me arrumava diante ao espelho.
Tinha colocado o maiô que comprei e usava todas minhas maquiagens a prova dágua, iríamos almoçar no restaurante e depois ir para as piscinas compartilhadas. Sendo assim, não poderia ir completamente desarrumada e assustar os ricos no hotel.
Eu não conseguia ver Edward, já que o vidro do chuveiro era projetado justamente para dar privacidade a quem estivesse lá, mas o escutei abrir a porta enquanto terminava de aplicar meu rímel. Instantes depois ele estava parado atrás de mim, afastando meus cabelos da nuca e beijando ali.
— Você tá ainda mais gostosa nesse maiô.
— Não tô muito pálida? — perguntei com a voz baixinha.
— Nao, só tá gostosa. — Levou uma mão ao meio das minhas pernas, mas o freei antes que me tocasse por dentro da roupa.
— Preciso de um descanso.
Ele riu, beijou minha nuca de novo e se afastou.
— Eu te cansei mesmo, Ratinha.
— Morra! — reclamei. — Vai logo se arrumar.
— Vou sim, você precisa comer e recarregar as energias que te fiz perder.
Bom, ele estava certo, eu estava faminta por conta de todo sexo.
Entre ouvir Edward falar um pouco do estágio dele no escritório de arquitetura e reclamar do meu próprio estágio, eu respondia as mensagens ansiosas de Rosalie.
Rose: Transaram?
Rose: Ou ele te matou?
Rose: Transaram, né?
Rose: ME RESPONDE SUA VACAAAA!
Bella: Transamos.
Apenas isso e um emoji piscando no final, ela mandou mais trocentas mensagens, mas deixei o celular de lado pra terminar minha sobremesa. Brownie com sorvete, Edward tinha pedido o mesmo para si.
— Como foi o almoço? — o garçom nos perguntou minutos depois ao devolver o cartão de Edward, após o pagamento.
— Foi excelente. Tudo aqui está ótimo, Edward escolheu um lugar fantástico para comemorar nosso noivado — respondi usando todo meu novo dom de encenação, talvez o garçom surgisse com algum mimo extra ao saber que estávamos noivos.
— Edward? — Alguém chamou pelo meu vizinho, olhamos para a mesa atrás de Edward e vi como o Masen empalideceu ao olhar para um dos homens que estava chegando para se sentar ali. Ao todo, eram quatro, dois que pareciam ter por volta de trinta anos, um que deveria estar saindo da adolescência e o que falou com o Emo, que provavelmente estava na casa dos cinquenta.
Era alto, dono de cabelos pretos, olhos azuis, pele bem branca e barriga avantajada. Usava roupas sociais, tinha um relógio visivelmente caro no pulso e um celular de última geração na mão.
— Oi — Edward murmurou e não entendi porque ele parecia tão nervoso.
— Você está noivo? — o homem questionou, surpreso, me lançando um olhar avaliativo na sequência. — Olá, sou Eleazar Masen, pai do Edward.
Pai? Como assim? O pai dele não estava morto?
Beijos!
Lola Royal.
13.01.23
