Boa leitura!


Capítulo Treze

Meu Vizinho e o Sofá

Eleazar Masen não estava feliz porque o filho iria casar, estava contente da noiva ser neta de pessoas que ele tinha interesse em fazer negócios. Edward e eu estávamos planejando dar um golpe no homem, mas o jornalista nos usava para alcançar seus próprios benefícios.

Em algum momento entre descobrir o noivado e nos encontrar para o jantar no restaurante chique em Palo Alto, Eleazar descobriu quem eram meus avós e por isso ficou feliz pelo filho estar noivo. Aquele homem era uma cobra, assim como meus avós, eu sabia disso, um bando de gente rica que pensava no dinheiro e boa reputação acima de tudo.

— Fantástico — murmurei, bem naquele momento Edward segurou minha mão e quis largar a dele, mas não fiz isso. Estava puta da vida, principalmente com seu pai, claro, mas puta com ele também, que de certa forma tinha me arrastado para aquela situação onde meus avós ficariam sabendo do noivado falso.

— Uma pena que Isabella não nos contou, nem o ingrato do nosso filho — Helen disse com irritação.

— Foi tudo muito rápido — Edward sussurrou, limpou a garganta e estendeu a outra mão para minha avó. — Me desculpe, senhora, sou Edward Masen. — Ela apertou a mão dele, o avaliando da cabeça aos pés.

— Helen Swan.

— Muito rápido, ein? — Geoffrey foi o próximo a apertar a mão de Edward. — Vocês por acaso estão escondendo uma gravidez?

— Não, não! — Edward se apressou em negar.

— Nem fodendo — falei e meus avós me olharam com repreensão pelo palavrão. — Foi mal.

— Mas espero por muitos netos para mimar depois que eles se casarem — Eleazar falou e quis vomitar na cara daquele ser desprezível, a mão de Edward quase soltou a minha, mas segurei a dele com força e puxei nossos braços para trás do meu corpo. Pelo seu olhar não duvidaria se ele acabasse acertando um soco no próprio pai por estar sendo tão canalha.

— Quando será o grande dia? — Helen indagou, olhando diretamente para mim.

— Vamos decidir depois, queremos nos formar primeiro para cuidar de tudo com calma — contei a nossa mentirinha.

— Será um grande dia, assim como quando assinarmos o contrato entre o programa e a Rede de Shoppings Swan — Eleazar falou e tirou três charutos de seu bolso. — Acho que os homens podem tirar uns minutos lá fora enquanto as mulheres falam de cabelos e vestidos, o que me diz, Geoffrey? — Tinha como ser mais ridículo e machista do que aquilo?

— Ótimo. Vamos, Edward, quero ouvir mais de você, já que minha neta não nos disse nada — meu avô falou, me fazendo engolir em seco.

— Claro — o emo disse, se inclinou e sussurrou em meu ouvido. — Foi mal, volto logo.

Soltou minha mão e se foi, com seu pai e meu avô, me deixando para trás com Helen Swan.

— Ele é melhor do que seu último namorado — a mulher falou, ainda sustentando um olhar letal. — Ainda que não o considere o pretendente certo para minha neta, não sendo um aspirante a jogador.

— E quem seria esse cara perfeito, vovó? — não aguentei e perguntei com deboche.

— Alguém que fosse cuidar dos negócios da família, já que seu pai seguiu o caminho idiota do futebol americano e você teima em ser uma professora. Seu avô e eu não temos muito anos de vida pela frente, não sabemos o que seu irmão irá seguir quando for mais velho, nossa família parece desprezar o império que foi construído com a rede de shoppings. Se você ao menos se casasse com um bom garoto interessado em cuidar do que irá herdar quando nós partirmos.

— Em primeiro lugar, não quero herdar nada, tá? — Deixei bem claro, passando minhas mãos suadas por meu vestido. — O dinheiro de vocês é de vocês, não meu. Em segundo lugar, serei uma professora com muito orgulho e espero que meu irmão escolha uma profissão que ame, não algo que se sinta obrigado a fazer. E em terceiro lugar, Edward e meu pai também amam o futebol americano, se vocês odeiam tanto assim, por que vão patrocinar um programa esportivo?

— Porque negócios são negócios, garotinha petulante. — Helen revirou os olhos. — E o programa do seu futuro sogro tem uma boa visibilidade, será benéfico para ele e para a rede de shoppings, você entenderia se tivesse ido para uma faculdade melhor cursar administração como sugerimos que fizesse. — Foi minha vez de revirar os olhos para aquela chatice toda. — Enfim. — Ela alisou seu vestido. — Continue com o Edward, ainda é muito melhor do que aquele músico de quinta que você estava namorando antes dele. Talvez deixemos o comando da empresa para o próprio Eleazar, ele é jornalista, mas leva jeito para os negócios.

Meu estômago embrulhou só de pensar naquilo, Eleazar, o desprezível, ficando ainda mais rico e poderoso no comando da Rede de Shoppings Swan. Felizmente Edward e eu nunca iríamos nos casar, sendo assim meus avós nunca o colocariam o pai dele no testamento para nada.

— Relaxa, vó, você e vovô Geoffrey ainda vão viver muito!

X

A festa foi um inferno, não só pela presença dos meus avós, mas por conta de toda aquela gente chata presente lá. Eleazar me arrastava de um lado para o outro como se eu fosse um troféu, o que pra ele com certeza era, afinal na sua cabecinha seu único filho estava noivo de uma das herdeiras do casal Swan. Edward e eu tivemos que posar para fotos e isso também me deixou em pânico, e se alguma delas chegasse até às pessoas que não queríamos sabendo sobre aquele noivado falso?

Sim, foi uma festa infernal e que só me deixou revoltada. Quando finalmente conseguimos sair dela, no elevador, a caminho do quarto, Edward disse:

— Seus avós tem uns duzentos anos e ainda conseguem ter energia para encher o saco alheio, como é possível? Se eu fosse velho como eles estaria indo dormir às sete da noite.

Isso me fez rir um pouco, mas só um pouquinho. Parecia errado rir de velhinhos ativos, mesmo que aqueles velinhos fossem mesmo intragáveis.

— Eles estão realmente ótimos para a idade deles, meu avô ainda atua ativamente na empresa. Mas aparentemente estão igual ao velho de Succession procurando pelo sucessor para a cadeira presidencial, só que como o Logan fazem isso tocando terror por aí. E querem alguém da família, quando poderiam nomear algum empresário aleatório que já trabalhe com eles.

— Quem é Logan?

— Você não assiste Sucession? É da HBO.

— Não, é uma daquelas séries de gente rica brigando, né? Não tenho saco pra isso, experiência própria. — Suspirou e manteve o elevador aberto quando este parou no nosso andar. Eu saí primeiro, ele deixou o elevador logo em seguida.

— É muito legal, você precisa assistir. Mas, voltando ao papo, quando vocês foram fumar, minha avó disse que talvez seu pai possa herdar a cadeira presidencial da rede.

Edward não pareceu surpreso ao ouvir aquilo, enquanto abria o quarto para a gente com o cartão que tirou de seu bolso.

— Sim, meu pai se afastou um momento e seu avô deu a entender que eu deveria largar o futebol, a arquitetura, continuar na faculdade mais uns anos para ter aulas de administração e me tornar apto para assumir os negócios. Porém, disse que se eu não fizesse isso, talvez Eleazar pudesse cuidar de tudo.

— E seu pai amaria isso, né?

— Provavelmente. — Indicou que eu devia entrar primeiro no quarto. — Só que nada disso vai acontecer, quando seus avós se forem outra pessoa irá assumir esses negócios da família de vocês.

— Óbvio que não vai acontecer, a gente não vai casar e eles irão esquecer seu pai, ponto final. — Tirei meus sapatos e ele fechou a porta. — Vou dormir.

— Espera, mas…

— Não, nem pensar em sexo — neguei. — Primeiro porque você tá com cheiro de charuto, depois porque tô puta de estresse em ter topado com meus avós, não tem clima pra nada disso. Se divirta no sofá, Emo!

X

Meus pais marcaram o almoço de segunda na casa deles, alegando que assim conseguiríamos conversar com mais privacidade. Guiei minha moto até lá, após minhas aulas da manhã, quase tendo um infarto, estava muito nervosa, principalmente porque teria de contar a eles a novidade de que meus avós estavam sabendo sobre o noivado falso.

E se Charlie mudasse de ideia? Ele detestava seus pais e os envolver naquela mentira complicada poderia ser muito para ele. E Aro? Ele tinha tomado uma decisão favorável ao plano Robin Hood?

Parei a moto na frente da casa dos meus pais, atrás do carro de Edward, que ocupava a terceira vaga, já que nas outras duas estavam os carros dos meus pais. Desliguei minha amada Harley-Davidson e tirei o capacete, estava ajeitando meus cabelos quando vi o Emo deixando o carro dele, só naquele instante percebi que ele ainda não estava dentro de casa com meus pais.

— Por que você não entrou logo? — perguntei e desci da moto, ele fez cara feia e respondeu:

— Queria te usar de escudo, vai que eles estão muito putos.

— Folgado.

Segui na frente, em direção a entrada de casa. Era um lugarzinho maravilhoso, uma casa de dois andares, com jardim e quintal, que se tornou meu lar anos atrás e ainda foi pintada de amarela quando meus pais ficaram sabendo que era minha cor favorita.

Na época que fui adotada, papai Aro ainda dava aulas em uma Universidade em São Francisco, mas papai Charlie já era treinador do time de Berkeley, sendo assim eu consegui os convencer a continuar estudando com Rose e Jasper na outra cidade. O caminho de ida e volta era até curto, mas diariamente se tornou cansativo, ainda assim — após o começo mais turbulento —, eu me sentia no paraíso quando entrava em casa e me sentia tão feliz quanto todo dia ao ver meus amigos na escola.

Tirei meu chaveiro da bolsa e abri a porta, indicando que Edward entrasse primeiro, mas antes falei:

— Tem que tirar os sapatos e deixar no armário de entrada.

Regras de papai Aro, ele detestava que pisassem com sapatos sujos no interior de casa, liberava isso apenas quando estávamos dando algum jantar mais formal, ou festa, como aconteceu no aniversário de Charlie ali que Edward participou. Meu noivo de mentira não contestou a regra, parecia nervoso demais para isso, e estava mesmo tenso desde o começo do dia quando saímos de São Francisco.

Deixamos nossos sapatos no armário de entrada e estávamos seguindo pelo corredor quando papai Charlie surgiu, empolgado como se fosse o dia favorito dele: o dia do Superbowl.

— Filha, Edward, finalmente vocês chegaram!

— Oi, pai, bom te ver de bom humor — falei aliviada.

— Estou sim de bom humor, Isabella, não vou deixar seus erros me abalarem ou vou acabar na cadeia. — Toda animação dele se dissipou ao dizer aquilo.

— Ai, o senhor…

— Sua avó ligou, eles nos contaram sobre ontem à noite, vocês deveriam ter me avisado na mesma hora.

— Nos desculpe, treinador — Edward murmurou, também recebendo um olhar ameaçador do meu pai. — Aconteceu tudo muito rápido e…

— E nada, vamos pra cozinha, Aro está terminando o almoço.

Fomos para lá em silêncio, encontrando Aro Volturi cozinhando algo com um cheiro muito bom, mas como Charlie, mantendo uma expressão nada amigável no rosto.

— Minha filha está por aí mentindo para diversas pessoas sobre seu estado civil, parece que nada do que te ensinamos serviu — ele disse em um tom bem dramático, eu fiquei calada, o deixando dissertar sobre meus erros e com certeza acrescentar que não iria nos apoiar naquilo. — E parece que eu também não aprendi nada com meus pais, já que estou prestes a dizer que concordo com esse plano maluco.

— Espera, o que? — gritei em choque por ele estar dizendo aquilo, fiquei tão exaltada que dei um tapa no braço de Edward, que resmungou e se afastou do meu alcance.

Papai Aro suspirou, largou a panela que segurava pelo cabo e falou:

— Vou acobertar vocês, não concordo integralmente com esse plano, mas se é pelo bem de pessoas em situações vulneráveis, posso fazer um esforço.

— Muito obrigado, senhor Volturi — Edward agradeceu, tão aliviado quanto eu estava.

— Vamos nos envolver o mínimo possível — Charlie declarou. — E vocês precisam tomar cuidado para essa história não se espalhar pela universidade.

— Iremos tomar cuidado sim — Edward prometeu.

— É, vamos nos envolver o mínimo, mas seus avós vão dar um almoço de noivado para vocês no dia 29 e todos teremos que estar lá. — Papai Aro voltou a cozinhar.

— Ah não — reclamei.

— Ah sim! — ele rebateu. — Você que se enfiou nessa situação, Isabella. Pode ir se preparando para ser uma noiva boazinha. E você. — Se voltou para Edward. — Já que é parte da família agora, mesmo que de mentira, vá arrumar a mesa na sala de jantar para almoçarmos, Charlie, o ajude.

— Sim, senhor — Edward concordou prontamente e papai Charlie foi ajudá-lo, me deixando sozinha na cozinha com Aro, que sussurrou:

— Você contou alguma coisa disso para Demetri?

— Não, o noivado de mentira já estará encerrado quando ele voltar para cá, vai dar tudo certo.

X

Mais tarde naquela segunda-feira, quando entrei em meu apartamento, vi uma imensa cesta de presente na mesinha da sala de estar, dividindo espaço com Alice que estava estudando ali.

— Isso é pra você — ela falou apontando para a cesta.

— Tem bilhete? — perguntei ao me aproximar e vi que tinha sim um bilhete, das últimas pessoas que queria me mandando um presente.

"Isabella, este é um pequeno presente de noivado para você e Edward. Estamos ansiosos para o almoço no dia 29, não ouse cancelar e convide quem quiser, com consciência, apenas me comunique os nomes antes para a lista de convidados. Com carinho, Helen e Geoffrey Swan."

— Presente dos seus avós, né? — Alice perguntou, enquanto eu espiava tudo que tinha lá dentro. Uma garrafa de champanhe, duas de vinho, taças, queijos e chocolates.

— Uhum, pra mim e meu detestável noivo.

— Seus pais vão mesmo apoiar vocês nessa? — questionou, ela já sabia daquilo uma vez que contei sobre o almoço com meus pais em nosso grupo de mensagens com Rosalie e Jasper.

Meus amigos continuavam muito receosos com toda aquela história, mas confiava neles e sabia que não iriam acabar com nosso plano.

— Eles vão. — Peguei o celular de dentro da minha mochila e tirei uma foto da cesta, em seguida encaminhei a imagem para Edward.

Bella: Ganhamos isso aqui dos meus avós, você tá no seu apartamento?

Emo: Acabei de estacionar. Vamos vender as bebidas? Vai dar um bom valor, podemos doar também.

Bella: CALMA LÁ!

Bella: Estou nesse noivado de mentira para doar uma puta grana e ajudar pessoas que precisam dessas doações, mas não vou dispensar esse álcool todo de graça. Você fica com um vinho e eu com o resto.

Emo: Quero chocolates também.

Bella: Vem buscar.

Emo: Entrando no prédio.

Bella: Precisa dormir cedo?

Emo: Você precisa?

Bella: Não, vamos pro meu quarto um pouquinho…

Emo: Subindo!

— Alice, coloca seus fones de ouvido, Edward tá vindo pra cá.

Minha amiga resmungou e revirou seus olhos.

— Você e Rosalie dão mais detalhes do que eu peço, sabia?

— E mesmo assim você nos ama!

X

Na quinta-feira eu estava fazendo compras com Renée em São Francisco, precisava da minha fantasia para a festa de Halloween do pessoal da Universidade e ela para a que iria com algumas amigas. Minha madrinha já estava sabendo, por meus pais, da história do noivado, mas me fez contar todo o plano minuciosamente, como papai Aro também tinha feito Edward e eu contarmos no começo daquela semana.

— Claro que o plano partiu de você — ela falou, analisando atentamente uma fantasia de enfermeira sexualizada. — Isso é bem ofensivo para minha profissão.

— Meu plano é maravilhoso.

— Claro, se você acha, pode continuar mentindo para si mesma.

— Renée! — Ela riu um pouco e afagou minhas costas.

— Só acho que não é um bom plano e que a qualquer momento alguma merda pode acontecer, mas se você insiste em seguir com isso, vou te ajudar no que for preciso. — Piscou para mim. — E vai contar para Renata?

— Não quero que ela saiba.

— Entendo. — Assentiu. — Já decidiu por alguma fantasia?

— Ainda não, papai Aro escolheu a fantasia para o dia 31 mesmo, a fantasia da família toda, mas não faço ideia do que usar na festa da faculdade esse ano. Talvez pegue um lençol e vá de fantasma.

— Sim, faça isso e compre um lençol para seu noivo também — provocou.

— Ai, você tinha que ser amiga dos meus pais, né? É debochada e irritante como eles.

— Sou e é uma pena que estarei de plantão no dia do almoço na casa dos seus avós, estou com saudades de encontrar aqueles dois idosos queridos e amáveis — debochou, me fazendo rir baixinho. — Bom, vou experimentar essa de pirata mesmo, não se perca, garota.

— Pode deixar — confirmei, enquanto ela seguia para o provador, continuei rodando pela loja, me distraindo das fantasias quando recebi duas mensagens ao mesmo tempo.

Emo: Meus tios convidaram a gente para uma festa de Halloween. Vai ser no dia 30, qual desculpa iremos dar para não ir?

Demetri: Estar tão longe de você é muito chato.

Respondi primeiro Demetri, obviamente.

Bella: MUITO CHATO!

Bella: Queria que estivéssemos comprando fantasias de casal para o Halloween.

Depois, respondi o insuportável do meu vizinho.

Bella: Que festa?

Emo: É uma do hospital que meu tio trabalha, de arrecadação de fundos para a ala pediátrica. Cada convite custa uma nota e lá terá um leilão silencioso.

Bella: E a gente não vai? Vamos ajudar a arrecadar fundos para as criancinhas.

Emo: Não precisamos nos expor tanto por aí.

Bella: Mas é pelas criancinhas, e isso meio que engloba no plano Robin Hood, querido noivo.

Emo: Não vamos.

Bella: Vamos sim!

Emo: Eu não quero.

Bella: Que pena, vou escolher fantasias para nós dois agora mesmo!

X

Rosalie colocou um copo de cerveja na minha mão e disse:

— É sua culpa.

— O quê?

— O time ter perdido o jogo de hoje.

Revirei meus olhos e bebi um pouco da cerveja, certamente não era minha culpa o time ter perdido a partida daquela sexta-feira.

— Vai encher o saco de outro, Rose — resmunguei, enquanto olhava ao redor, estávamos em uma festa pós jogo no apartamento de Emmett, o lugar estava lotado.

— Tô falando sério, semana passada você prometeu sexo e Edward tava com tudo, essa semana ele perdeu por não estar motivado. E eu quero que o time seja campeão no nosso último ano na universidade, então você pode colaborar e motivá-lo pelo resto do campeonato, né?

— Tchau! — exclamei me afastando dela, pude ouvi-la rir da minha cara. Segui entre os corpos de universitários alcoolizados que enchiam o apartamento do McCarty, indo até a outra sala de estar, como se Emmett morando sozinho precisasse de tantas salas.

Ali também estava cheio, algumas pessoas jogavam dardos, outras faziam competição de quem bebia mais rápido e tinham as que dançavam e outras se pegando. Duas pessoas não estavam se pegando, mas pareciam muito perto disso, Edward e uma garota loira que eu não conhecia, ele provavelmente tinha um tipo e eram garotas loiras que seguiam o estereótipo de líderes de torcida.

A menina estava recostada na parede, carregando uma latinha de energético na mão e com Edward diante dela. Ele estava inclinado, falando algo no ouvido dela, enquanto a menina percorria sua mão pelo braço dele e ria do que o jogador estava dizendo.

— Tá com ciúmes? — Rosalie e Jasper eram meus melhores amigos, mas eles também adoravam me tirar do sério, olhei para o lado e vi meu amigo, o interlocutor daquela pergunta tão idiota.

— Quê?

— Do Edward, por ele tá conversando com outra menina. — Pegou o copo da minha mão e bebeu um pouco da cerveja que não era dele.

— Claro que não. — E não estava mesmo com ciúmes, mas preocupada. E se a fofoca dele pegando aquela garota se espalhasse e chegasse aos ouvidos do pai dele ou de quem mais não podia saber? Complicaria nosso plano, poderia até fazer com que precisassemos abandoná-lo. — E me devolve isso. — Peguei minha cerveja de volta.

— Ok, ok, não precisa ficar bravinha. — Jasper riu e tentou apertar minha bochecha, mas afastei a mão dele com um tapa, o que o só fez rir mais.

Ele parou de me irritar e mudou de assunto, acabamos indo participar do jogo de dardos, enquanto Edward e a loira ainda batiam papo — mas sem se pegarem — e depois acabei dançando na sala com meu melhor amigo. Eu estava de olhos fechados, de costas para Jasper, que tinha o corpo colado ao meu, quando ouvi me chamarem.

— Isabella? — Abri os olhos e vi Edward parado na minha frente, bochechas vermelhas e seu olhar verde fixo em mim. — Te mandei uma mensagem, lê, por favor — falou e se afastou rapidamente, saindo da sala.

Completamente confusa, olhei mais uma vez ao redor. A garota com quem ele conversava antes tinha se juntado ao pessoal que competia quem bebia mais antes, estranhei ela não ter saído com o quarterback para terminarem o que estava começando minutos antes.

— Pera aí. — Me afastei um pouco de Jasper, que logo foi dançar com outra menina perto da gente. Peguei o celular do bolso da minha calça e li a mensagem enviada por Edward.

Emo: Meu apartamento ou o seu?

Bom, se ele estava largando a loira para transar comigo, por mim tudo bem.

Bella: O meu.

Emo: Já tô no uber indo pro prédio, me avisa quando estiver no seu apartamento.

Bella: Beleza.

Eu já pedia o meu uber quando ele mandou outra mensagem.

Emo: O sugador tá carregado?

X

Deixei o uber e praticamente corri para dentro do prédio, antes de avisar Edward que eu tinha chego, iria tomar um rápido banho e aí, limpa, poderíamos foder. Entrei no meu apartamento e logo fui fazer isso, quando acabei apenas me enxuguei, passei um perfume e me vesti apenas com um roupão. Sabia que estava sozinha em casa, Alice tinha ido trabalhar como garçonete em um casamento naquele sábado, ela demoraria a voltar e Rosalie dormiria no apartamento de Emmett, então Edward e eu poderíamos aproveitar bastante.

Bella: Tô em casa.

Ele não respondeu, mas logo a campainha do meu apartamento tocou e fui praticamente saltitando até lá para abrir. Edward tinha trocado de roupas, estava usando uma calça moletom preta, não tinha se importado em colocar sapatos e uma camiseta branca que marcava absurdamente seu peito e braços.

— Vem. — Segurei a mão dele e o puxei até meu quarto, no meio do caminho ele já tinha me feito subir em seu colo, com minhas pernas o abraçando, enquanto o jogador me beijava com vontade.

No quarto, ele me jogou na cama, ficando por cima de mim e já abrindo o roupão que eu usava. Gemi alto quando suas mãos se encontraram com meus peitos, gemi ainda mais quando ele perguntou em meu ouvido:

— Cadê seu sugador?

— Na gaveta da mesinha.

Edward assentiu, tirou suas mãos dos meus seios, mas antes de pegar o brinquedinho sexual, colocou sua boca em meus peitos. Agarrei os cabelos dele, sentindo sua língua rodear meu mamilo esquerdo, depois o direito e aquilo me deixou tão molhada que precisei apertar as pernas para ter um pouquinho de alívio.

Então, ele se afastou o suficiente para mexer na mesinha ao lado da minha cama, tirando de lá o sugador clitoriano. Abri a boca para indicar como ele deveria ligar, mas não foi preciso, logo Edward apertou no botão certo e a coisa estava funcionando.

— Espera um pouco — ele disse em tom de ordem, apoiando o objeto na minha barriga e o barulho, junto com a vibração, me deixaram ainda mais necessitada por mais.

Meu vizinho saiu da cama, olhos focados nos meus enquanto tirava suas roupas. Eu quase faleci quando vi que ele não estava usando uma cueca, e que seu pau já estava ficando duro por mim.

Edward voltou para a cama, o sugador continuava ligado sobre meu corpo. O jogador me beijou, mordiscando meu lábio inferior ao final do beijo e depois indo beijar meu pescoço, mordiscando a pele sensível na sequência.

Então, ele voltou a mexer na mesinha e tirou de lá o lubrificante que eu mantinha na gaveta. Eu já estava bem molhada, mas não contestei.

— Abre as pernas para mim, Isabella — mandou e eu desfaleci um pouco, abrindo minhas pernas para ele.

Se posicionou entre elas, seu olhar se voltando para lá, enquanto colocava lubrificante em seus dedos e o espalhava do meu clitóris à entrada da minha boceta. Depois, largou o lubrificante sobre a cama e pegou o sugador, o posicionando no lugar certo, me fazendo gritar de primeira. Edward sorriu e comentou:

— Aparentemente foi mesmo um dinheiro bem gasto.

— Uhum — murmurei, fechando os olhos, inebriada pelas sensações que um aparelinho como aquele conseguia causar por cada pedaço do meu corpo. Tirei um dos travesseiros debaixo da minha cabeça e coloquei embaixo do meu quadril o elevando e tornando tudo melhor, especialmente quando senti a boca de Edward em mim. — Porra! — A língua dele estava dentro de mim, mantinha o sugador contra meu clitóris com a mão esquerda, enquanto a direita agarrava uma das minhas coxas.

Eu estava tão excitada, que fiquei ainda mais molhada e meu corpo era puro arrepios, fora a forma como não conseguia ficar parada, era impossível. Nem mesmo quando Edward tirou a boca de mim me senti menos agitada, meu coração aquela altura parecia que sairia do meu peito a qualquer instante.

— Você nem precisava de lubrificante — ele declarou, seu corpo subindo, até sua testa repousar na minha, o sugador ainda fazendo o trabalho entre nós dois.

— Não — foi tudo que consegui dizer.

— O sugador é mesmo melhor do que eu — admitiu.

— Eu avisei.

— Mas ainda posso trabalhar em parceria com ele. — Edward beijou minha testa, dei um pequeno sorriso, que logo foi substituído por meus lábios se apertando quando rapidamente o quarterback pegou uma camisinha da minha gaveta e…

— Eu vou morrer — sussurrei, era muito prazer e meu corpo parecia que não daria conta.

— Não vai não — Edward rebateu, metendo em mim, segurando o sugador e depois puxando meu corpo mais para si e beijando meus lábios. — Estamos apenas começando.

X

Edward definitivamente era a conchinha menor, foi o que constatei ao acordar na manhã de sábado o abraçando, como tinha acontecido no hotel em Palo Alto. Meu rosto estava em suas costas e eu apertei um pouco mais o nariz contra sua pele, sentindo o cheiro de sabonete que emanava dele.

O meu braço que o contornava estava sobre sua barriga, aproveitei para tocar no tanquinho dele, sentindo sua pele macia e depilada contra meus dedos. Apertei mais minha perna que estava em cima da dele, não estava pronta para transar de novo, mas era gostoso sentir seu corpo quente.

— Você quer que eu faça café pra gente? — ele perguntou, me pegando de surpresa.

— Merda! — O soltei e me afastei dele, como se tivesse sido pega fazendo algo de errado.

— O que foi? — Ele se virou para olhar para mim, olhos verdes preguiçosos e bochechas vermelhas.

— Achei que você tava dormindo ainda.

— Acordei tem um tempo, mas não quis te acordar. — Mexeu em seus cabelos e se sentou na minha cama, nós dois estávamos nus. — Café?

— Sim, pode ser. — Sentei também e puxei o lençol para mim, cobrindo meu corpo, lembrando de todos os maravilhosos momentos da noite anterior.

O sugador tinha sido tão usado que descarregou no meio da coisa toda. Porém, continuamos mesmo sem ele e acabou que Edward ficou no meu apartamento para dormir, ainda que seu apartamento fosse literalmente ali ao lado.

Meu celular, que estava na mesinha, acendeu indicando que tinha recebido uma mensagem. Me inclinei sobre Edward para ver quem estava querendo falar comigo, mas mal consegui processar a mensagem, já que meu vizinho afastou meus cabelos e beijou minha nuca.

— Não, nem começa — falei, reunindo forças para não transar com ele mais uma vez. — Preciso de um descanso.

Edward riu, eu resmunguei, peguei o celular e voltei para meu lado na cama. Voltei a ler a mensagem, que era do meu pai.

Papai Aro: Vou ter que substituir um amigo hoje na boate que costumo me apresentar, você precisa estar lá, vai ser um setlist com Lady Gaga. Leve seus amigos, filha! Pode levar seu falso noivo se quiser também…

Aquilo com certeza me deixou muito animada.

— Ei! — Me virei para Edward. — Você já assistiu a um show de Drag Queen?

X

Emmett estava com uma ressaca tão forte por conta da festa em seu apartamento, que decidiu ser um dos motoristas da noite, uma forma de ficar limpo e não beber nada. Edward, Rosalie e eu fomos no carro com o McCarty, enquanto Alice iria com Jasper no carro dele, minha amiga também não queria beber e dirigiria na volta.

A boate ficava em São Francisco, mas quando fiz os convites todos toparam ir na hora. Meus amigos adoravam as apresentações do meu pai, que já tinha os levado para assistir outras vezes. E Emmett e Edward estavam animados para irem pela primeira vez, claro, o Masen não estava por aí radiante, não era o tipo de pessoa extrovertida assim, mas parecia mesmo animado para assistir Aro se apresentar.

Não precisamos enfrentar nenhum minuto de fila na boate, não quando meus pais tinham colocado nossos nomes na lista VIP. Coloquei todos meus amigos para dentro e seguimos até a mesa já reservada para a gente, a mesma que Papai Charlie esperava sentado com Renée.

— Você está aqui! — ela comemorou quando me viu, saindo da sua cadeira para me abraçar. — Já estava morrendo de saudades. — Me soltou rapidamente e se voltou para Edward. — Então, você é o noivo dela agora, garoto?

— Renée, silêncio! — meu pai exigiu, olhando ao redor.

— Não tem ninguém ouvindo — ela reclamou, e eu duvidava que estivesse mesmo alguém escutando. As apresentações ainda não tinham começado, mas já tocava música alta comandada pelo primeiro DJ da noite.

— Oi, Renée — Edward a cumprimentou com um rápido abraço.

Renée falou com meus amigos, depois todo nosso grande grupo começou a escolher lugares entre as cadeiras e o sofá ao redor da mesa. Acabei entre meu pai, que estava sentado numa cadeira, com Jasper no espaço ao meu lado no sofá.

Papai Aro estava no camarim se arrumando e eu daria uma passada lá depois, primeiro queria beber e comer algo, agradecida que Renée já tinha pedido porções de batatas fritas e onion rings para todos. Emm e Alice pediram Coca-Cola e o resto de nós, cerveja.

Depois que eu já tinha comido e bebido um pouco, fui com Rose ver meu pai no camarim. Ele e Papai Charlie tinham ido cedo para São Francisco, meu pobre irmão menor de idade estava com uma babá pelo sábado inteiro.

— E aí, como foi sua noite com Edward? — Rose perguntou enquanto seguíamos pelos corredores dos bastidores.

— Não é da sua conta. — Ela bufou ao ouvir minha resposta, mas não perguntou mais nada, logo chegamos ao camarim.

Estava cheio, pelo menos cinco drags que se apresentariam naquela noite, mais convidados delas que estavam ali às visitando, ou o pessoal da produção ajudando tudo a andar para que todas ficassem prontas.

— Isabella! — Judy Passione logo estava diante de mim, falando em seu forte sotaque italiano, e eu sorri. — E sua fiel escudeira. — Apontou para Rosalie, que fez uma reverência.

Judy Passione era o nome de Drag Queen de Aro, e quando estava como Judy usava o sotaque italiano e naquela noite uma peruca loira cacheada, vestido dourado, meia calça transparente e botas pretas longas.

— Olá, vai ser mesmo setlist só com canções da Gaga? — indaguei.

— Tudo por você, queridinha. — Judy cutucou minha bochecha com suas longas unhas postiças pintadas de preto. — Mesmo que não mereça agrados desde que bolou o plano Robin Hood.

— Vamos esquecer isso por uma noite?

Judy suspirou, rolou seus olhos e concordou. Já estava toda montada, a maquiagem com batom bem vermelho, longos cílios e muito blush.

— Sim, vamos nos divertir! — exclamou.

— Tequila, meninas? — Outra drag ofereceu as bebidas, Rosalie e eu aceitamos na hora.

Nós duas ficamos um bom tempo ali no camarim, bebendo, conversando e ajudando as garotas a se arrumarem para suas apresentações. Mas, saímos quando a primeira Drag Queen seguiu para o palco, não queríamos perder nada, de volta à mesa, eu já estava bêbada e mais animada do que antes.

Jasper se levantou para ir ao banheiro logo depois que eu sentei, mas o lugar dele foi ocupado por Edward, que antes estava sentado na minha frente e de costas para o palco.

— Daqui dá pra ver melhor — ele disse, colocando um braço no encosto do sofá atrás de mim, dei tudo de mim para não apoiar meu corpo no dele, ou beijá-lo, ou sugerir que fossemos foder no carro de Emmett.

Porém, por segundos rápidos demais, percorri uma mão por sua coxa, aproveitando que a mesa estava escondendo o movimento dos outros. Edward limpou a garganta e bebeu um longo gole de sua cerveja.

X

Judy Passione era foda, começou sua apresentação com um lip sync de Poker Face e seguiu por músicas das várias eras da Gaga, até chegar a última canção escolhida para sua apresentação daquela noite: Applause.

Já tinha se aproximado da nossa mesa, mas naquele momento se concentrou mais perto da gente. Apoiando um pé na coxa de Charlie e dublando olhando diretamente para ele, fazendo meu pai acompanhar com os aplausos, depois se voltou para mim e eu já estava aplaudindo conforme a música. Ela sentou no meu colo e repousou a cabeça no ombro de Edward, ele parecia estar mesmo se divertindo a noite inteira e até aplaudiu quando ela exigiu isso dele também.

Depois, Judy Passione deu um beijo estalado na bochecha dele. Meu vizinho ficou muito vermelho, mas ainda estava se divertindo, ela deixou nossa mesa e voltou para o palco, por fim encerrando sua apresentação e todos na boate estavam aplaudindo.

Nossa mesa, e algumas outras, ficaram de pé para isso. Edward se inclinou e falou em meu ouvido:

— Ela é incrível!

— A melhor!

Judy não era a última apresentação da noite, então se uniu à gente depois de se apresentar. Surgiu em nossa mesa enquanto a outra Drag não subia no palco, se abanando com um leque dourado.

— Espero que tenham gostado, mas caso não tenham, o problema não é meu e sim de vocês.

Nós rimos e começamos a elogiá-la, Judy Passione era muito sincerona, mas fazia parte da performance.

— Eu adorei, Judy — Edward disse e ela fechou o leque quase na cara dele.

— Você colocou um anel no dedo da minha garota, não sei se aceito seu elogio, mas pode me pagar uma bebida.

Edward não pagou a bebida, tudo que Judy consumia era por conta da casa. Mas, ele pagou mais bebidas para mim e isso adorei.

Com exceção de Renée, que teria de trabalhar no dia seguinte, todos ficamos até o final das apresentações e um pouco depois quando a pista de dança foi aberta. Aro tinha se desmontado e estava na pista com Charlie, Rose e Emmett estavam dançando também, Jasper tinha ido pegar mais bebidas com Alice no bar.

Sozinha na mesa com Edward, o escutei falar:

— É legal que seu pai consiga ensinar em uma instituição tradicional como a Universidade e ainda assim performar como Drag Queen.

— Mas não é fácil — ressaltei.

— Sim, imagino, mas ele é foda pra caramba por persistir e resistir.

— Seria melhor se fosse só fácil e ele não precisasse viver lutando — comentei. — Você entende?

— Sim, tô falando como um privilegiadinho que enaltece a luta das minorias, enquanto elas só querem sossego, mas precisam lutar todos os dias, né?

— Exato. — Belisquei sua bochecha, ele sorriu.

— Dorme no meu apartamento hoje? Peter e Benjamin vão ficar fora até segunda.

— Durmo sim — concordei prontamente. — Jasper, eu te amo! — gritei quando meu amigo voltou com as cervejas, Alice carregava sua Coca-Cola.

Bebi mais um montão e arrastei Jasper pra pista de dança, querendo dançar com ele. E dançar era tão bom, assim como beber e bebi mais, mesmo que meu amigo falasse algo sobre eu estar passando do ponto.

Cerca de uma hora depois, demos tchau para meus pais que continuariam lá e fomos embora pegar os carros que deixamos no estacionamento ali perto.

— Direto pro seu apartamento — murmurei para o Emo, sonhando em esticar a noite na cama dele.

Estava quase entrando no carro quando senti, a porra de uma vontade incontrolável de vomitar, virei para trás e vomitei no Masen. Diretamente em seus tênis, sujando também um pouco da sua calça e meus sapatos.

— Ratinha! — ele protestou.

Emmett gritou:

— Jasper, Bella e Edward vão no seu carro!

Minha noite terminou com Rosalie e Alice me dando banho em nosso apartamento, me forçando a tomar remédios e dividindo minha cama com Rose, para que ela cuidasse de mim caso eu passasse mal novamente. Ainda assim, foi uma excelente noite.

Quando acordei na manhã seguinte, deixei Rosalie no meu quarto e fui até a cozinha atrás de um bom café, mas me assustei ao ver Edward dormindo no sofá. Por sorte não gritei, ou acordaria a casa toda, andei até ele e o sacudi pelo ombro, o fazendo acordar.

— Oi, o que foi? — resmungou, coçou seus olhos e sentou. Estava usando uma calça de pijama de gatinhos, minha, que ficava muito apertada nele e sua camiseta da outra noite.

— Por que você tava dormindo aqui? — Sentei ao seu lado, eu não estava mais enjoada, mas com um pouco de dor de cabeça e cansada.

— Você não lembra de nada, né?

— Não?

— Perdi a chave do meu apartamento, vocês me deixaram dormir aqui no sofá, Benjamin vai trazer uma cópia mais tarde.

— Por que não foi pro apartamento do Emmett? — Edward revirou os olhos para minha pergunta.

— Ele tá dormindo no quarto da Rosalie, Bella.

— Ah sim, faz sentido.

— Que seja, como você está? Melhorou? Quer que eu te leve ao médico?

Eu ri e neguei.

— Tô bem, só bebi muito, não vai mais acontecer… Tão cedo. Mas você pode me ajudar fazendo um café pra mim de novo, que tal?

Edward bufou, mas assentiu e se levantou. Então, fiz mais uma pergunta:

— Por que você tá usando meu pijama?

— Porque você vomitou na minha roupa, Ratinha.

— Bem feito! Por que não pegou uma roupa do Emm? Ele deixa várias no armario da Rose.

— É claro que ele deixa, aquele maldito — Edward esbravejou. — Os dois falaram que não tinha nada dele aqui e aí ela me deu esse pijama seu, que tá mega apertado, por sinal.

— Você tem mais bunda do que eu — provoquei.

— Para de olhar pra minha bunda, garota. Vou lá fazer seu café.

E ele foi pra cozinha fazer o que pedi. Eu sorri, deitei no sofá e liguei a TV, colocando Modern Family para assistir, aproveitando o domingo preguiçoso.


Beijão!

Lola Royal.

26.03.23