Olho Azul 20 Anos Apresenta:

Cada Vez que nos Encontramos,
Cada Vez que nos Separamos


Capítulo 18

Os dois haviam parado em uma loja de conveniência e comprado bolinhas de polvo para comer no parque próximo à estação. Enquanto Usagi saboreava uma das últimas de seu pacote, ainda quente do micro-ondas da loja, Mamoru deu um suspiro e, não aguentando mais consigo mesmo, deixou sua cabeça cair no ombro da moça.

Ela cheirava bem. Não devia ter mentido que ficara de molho no banho por horas, porque sua pele cheirava muito bem mesmo não parecendo haver passado qualquer perfume. As cerejeiras estavam floridas acima deles, começando a perder suas pétalas para o vento de primavera e o parque vazio tinha a música da noite. Ele queria dormir bem ali, daquela forma. Conversar com Usagi o fazia se sentir bem, apesar de deixá-lo nervoso algumas vezes. Como agora, que ele queria beijar seus lábios, mas a jovem não parava de comer as bolinhas fedidas de polvo.

— O que foi? — ela perguntou após se dar conta de seu gesto.

— Estou cansado, só isso.

— Seu emprego continua ruim, é? Não tem outro?

Mamoru sorriu fraco.

— Não. Não é tão simples.

— Já procurou?

— Acho que é só adaptação. Estava tudo bem em Nagasaki.

— Nagasaki deve ser legal, né? Sou doida pra conhecer Okinawa!

— Mas Nagasaki é em Kyuushu, Usagi.

— Então!

Mamoru agora gargalhou sinceramente.

— Não dá pra nadar até lá ou algo assim? — continuou ela, lambendo os dedos sujos apesar do guardanapo. — Parece pertinho no mapa.

— Não tão perto. — Ele se ajustou melhor em seu ombro, aproveitando que não houve qualquer resistência.

— Mas deve ser perto, em algum ponto. — Ela agora usava os guardanapos para limpar os dedos sujos de molho. — Mas a gente tava falando da sua escravidão. Por que não vem trabalhar pro Motoki?

— Acho que prefiro meu emprego — respondeu virando os olhos, apesar de ela não dever ter conseguindo enxergar. No fundo, perguntava-se se o namorado dela costumava deitar a cabeça também assim em seu ombro para ela não parecer nem um pouco incomodada.

— E o que acontece lá afinal?

— As pessoas não gostam muito de mim.

— Isso não é opinião geral?

Ele não se sentia ofendido, já sabia bem o que ela pensava dele.

— Mas elas realmente deixam-no claro, — tentou explicar. — Normalmente, é mais profissional deixar opiniões assim para a vida privada. No trabalho, todos somos partes da mesma equipe.

— Ah, mas, por exemplo, tem uma menina no Motoki que é superchata e eu não a suporto. Ela também não me suporta, aliás, vive implicando comigo. Aí, se tô de mau humor também nem ligo pra ela.

— Talvez eu me acostume com o tempo, né?

Usagi assentiu enfaticamente, mas acabou por acrescentar:

— Até lá, é só me chamar que três horas depois eu chego!

Mamoru sorriu e perguntou se podia contar para ela o que havia acontecido naquele dia para ele precisar tanto dela de última hora. Usagi concordou, sem esconder a curiosidade. Ele inspirou fundo, sabendo que era bobagem desabafar assim, mas ultimamente vinha lhe fazendo bem ver um pouco o mundo com as lentes cor-de-rosa daquela moça que lhe cedia o ombro no momento.

— Hoje eu recebi uma proposta de um chefe que me ajudou a voltar para a capital, e eu preciso aceitar se quiser continuar bem na empresa, — tentou explicar por alto o conteúdo do documento enterrado em sua pasta.

— Uma proposta? E isso não é bom?

Mamoru mexeu-se um pouco, querendo sentir melhor o ombro em que se deitava.

— É uma proposta de casamento arranjado com a filha dele.

Continuará...

Anita

Notas da Autora:

Ih, será que vai virar traição pros dois lados, é? Mas nossa, este capítulo simplesmente se escreveu sozinho em vários pontos. Agora tô com o dedo tão cansado e a mente tão vazia que não consigo nem pensar em notas para escrever.

Gente já é o sexto capítulo, quando planejei a fic inicialmente ela não teria mais que seis, sabiam? Agora tenho minhas dúvidas se ela terá oito ou se ela se tornará a minha fic de Sailor Moon mais longa, título atualmente de Um Coração que Ressurge Por Você, se não me engano. Em matéria de fic mesmo, o título é de Em Sono Aparente, de Cavaleiros do Zodíaco, mas essa não será passada facilmente, no décimo oitavo e ainda com muito gás.

Só uma nota, Nagasaki realmente fica perto de Okinawa, mas não o bastante para se chegar a nado, tá? xD Se bobear a Coreia é mais perto, mas posso tá falando besteira. E esses bolinhos de polvo que apareceram algumas vezes são os takoyaki, não sabia se devia pôr o nome em japonês ou não. E o Mamoru não se sujou porque ele usou palitinhos para comê-los, rs.

Ai, ai. Eu realmente babei da cena do Mamoru de cueca. Aliás, nos últimos capítulos eu venho babando em pelo menos alguma cena do Mamoru. Não é nem mais fanservice, já ficou um authorservice isso.

Comentários a fazer? Podem deixar um comentário aqui ou enviá-los por e-mail que eu adoooro ler comentários de qualquer natureza. Pode até comentar a temperatura comigo que eu tô respondendo, rs.

Espero vê-los da próxima vez!