Olho Azul 20 Anos Apresenta:

Cada Vez que nos Encontramos,
Cada Vez que nos Separamos


Capítulo 21

Usagi havia acabado de pôr a bandeja em uma das mesas do restaurante de sua faculdade quando seu celular começou a vibrar em sua bolsa, colocada na cadeira ao lado. Minako a olhou com uma expressão cheia de malícia, insinuando que fosse Seiya. A moça pegou o celular da bolsa pensando em dois dias antes, quando o namorado tão somente a acompanhara até a estação, onde Naru dissera que a encontraria. Depois, ela os levara a um café muito mais caro que o que já estavam antes para o encontro duplo, dizendo que pagaria por eles. Usagi dissera enfática que Seiya nem se sentaria com elas, mas Naru insistira. Seu rosto estava bastante abatido e não era por menos.

Usagi enfim conseguir pescar o aparelho da bolsa e percebeu que havia uma ligação perdida de Mamoru.

O nome agora parecia vindo de outra dimensão, tanto havia acontecido desde o beijo que trocaram no parque. Principalmente agora que ele havia revelado os planos de se casar. A descoberta havia posto um futuro ponto final na relação, sem dúvidas, só não tinha como saber a partir de quando. Mas ver como Naru estava talvez houvesse trazido esse ponto para um tempo mais próximo, o qual Usagi desejava que pudesse ser naquela segunda.

Naru havia visto Masato quando saíra naquele mesmo dia para fazer compras com a mãe. Ele estava almoçando com uma jovem, a mesma que ela já vira antes, mas também lhe segurava a mão e parecia bastante entretido com o assunto. Segundo Naru, nem mesmo no início do namoro ela já havia conseguido prender sua atenção por tanto tempo. Depois que o viu, Naru não sabia como havia escapado da mãe, nem sequer se lembrava de haver entrado no restaurante, mas sua mente ainda era capaz de repetir as palavras que os garçons de lá haviam usado para saber o que ela desejava, se a senhorita ia se encontrar com alguém. Naru os tinha ignorado e apenas andou até Masato e lhe puxou a mão possessivamente. "Por favor, devolva-o para mim," gritara para a mulher de cabelos bem curtos e roupas brancas, que a encarava espantada. Ela não sabia de Naru? Quando esse pensamento lhe ocorreu, em como talvez Masato também estivesse traindo aquela mulher, Naru largou a mão do noivo e disse: "Então, fique com ele" antes de sair da cena sem chorar uma gota na frente dos dois.

Enquanto pensava no relato da amiga, ainda com o celular na mão, Usagi recebeu uma mensagem e nem precisava ver o remetente. "Celulares são para ser atendidos, cabeça de vento. Vamos nos ver agora."

— Tá tudo bem, Usagi? Era aquela sua amiga?

Minako havia ligado segunda pela noite para saber o que tinha feito Usagi sair do encontro duplo daquele jeito, bem como para contar como seu encontro com Yaten havia transcorrido bem. Na verdade, Usagi já sabia dessa última parte. Seiya havia ligado para Yaten antes de se despedirem após a conversa com Naru e com isso soube que Minako fora a única a falar o tempo todo e também que Yaten preferia que mais gente houvesse sido chamada se era para ser abandonado no meio do café. Ou seja, apenas Minako havia tratado tudo como um encontro, mas ela não precisava saber. Agora, ela a olhava, tentando ler o celular, apesar de estar longe demais para isso.

— Era — mentiu Usagi. Por alguma razão, não conseguira até hoje contar a Minako qualquer coisa sobre Mamoru. Minako só tinha as informações desatualizadas, de como os dois se davam mal e Usagi nem havia repetido essa história para Minako tantas vezes como para Seiya.

— E? Ela voltou com o cara mesmo?

Naru chegara à conclusão durante o café com Usagi que procuraria Masato e faria as pazes, apesar do que tinha dito à mulher de cabelos curtos. Estava arrependida de não ter ignorado a traição e não conseguia ver sua vida sem o noivo, não quando todos os detalhes do casamento estavam quase certos para aquele junho.

— Eu não sei.

— Então, por que ela mandou mensagem?

Usagi sabia que aquela era a deixa perfeita para assumir a mentira e explicar tudo. Minako sabia de seus problemas com Seiya e nunca fora uma santa em questões de relacionamentos, ela compreenderia. Agora mesmo em que decidira estar apaixonada por Yaten. Minako até deixara claro que aceitaria o outro amigo intercambista de Seiya, um que havia ficado no Japão mais tempo para viajar pelo país e aproveitar o que não pudera tão envolvido estivera em sua tese. Mas não conseguia se imaginar revelando-o à sua nem à sua melhor amiga e não tinha a ver com ela haver chamado Masato de canalha e Naru de trouxa ao ouvir sobre a história — mesmo porque havia claramente dois pesos e duas medidas para homens e mulheres —, Usagi apenas não queria. Por mais que estivesse precisando de um conselho, sentia que a existência dessa filha do acionista já era gente demais naquele caso de Usagi com Mamoru, não queria ter ninguém mais entre os dois, mesmo que fosse apenas sua amiga.

Até porque tudo terminaria eventualmente. Hoje ou quando o casamento se concretizasse. Hoje, se ela pudesse escolher.

— Ela quer me ver agora.

— Agora? Ué, a gente tem aula no terceiro tempo.

Usagi começou a digitar uma resposta, ignorando a amiga: "Não estou livre sempre como parece pensar. Tenho aula e trabalho mais tarde. Depois a gente conversa." Enviou, desejando haver sido enfática no fato de que ela queria que conversassem mesmo. Mas tendo o número do celular de Mamoru era sempre possível apenas ligar para ele. Com certeza, rejeitar uma oferta seria mais simples assim. Logo a resposta chegou, "Eu te levo onde quiser e trago a tempo do bar." Ao final, ele havia digitado um rostinho feliz que não apenas surpreendera Usagi, mas a fizera entortar a cabeça, sorrindo também ela mesma em como não era muito característico de um sisudo como Mamoru.

— Por que esse sorriso? — Minako a olhava de volta com a boca semiaberta.

— Ah...

— Agora a mensagem foi do Seiya, é? Deixa eu ver! — Em um segundo, a amiga correu até o celular e quase o arrancou.

Usagi encolheu o corpo para proteger o aparelho e fechou os olhos.

— Nossa, não me diga que com a distância pra casa dele decidiram fazer por telefone! — Minako sentou-se novamente em seu lugar e tomava o resto do chá.

Uma imagem de Mamoru e ela fazendo sexo pelo telefone lhe veio à mente. Usagi sentiu o rosto ficar quente.

— NÃO! — disse bruscamente, não conseguindo nem olhar para Minako, quem agora sorria furtiva.

Usagi suspirou e decidiu almoçar.

— E sua amiga? Não vai responder? — perguntou Minako, agora olhando o próprio celular já entediada com o fim prematuro do assunto anterior.

— Depois de comer.

— Nossa, que amiga fria, nem parece aquela preocupada de segunda-feira...

— Você só tá querendo saber o fim da novela.

Minako mostrou a língua, levando a mão para trás da cabeça, e gargalhou.


Usagi desceu com pressa do ônibus que os havia trazido desde a estação até o litoral. Não era apenas por ser uma região sem casas que a praia naquele ponto estava vazia. Era abril e, apesar de as pétalas de cerejeira estarem todas espalhadas pelo chão, o frio ainda era um fato de desânimo para se aproximar de um local onde o vento fosse tão forte como ali.

Usagi não via o mar fazia algum tempo, talvez desde o meio do outono, e vinha pensando nele desde que ouvira um cliente do bar naquele final de semana mencionar uma viagem a um país do hemisfério sul, onde o verão parecia não haver acabado apesar de já ser outono naquela região.

Quando Mamoru lhe propusera escolher onde se encontrariam, ele com certeza tivera um restaurante ou café de alta classe na cabeça, qualquer coisa igualmente absurda, mas dentro do centro da cidade, ao menos do loop do trem. Sua voz não escondeu a surpresa ao ouvir que Usagi só aceitaria se fossem à praia, nem a insatisfação, até porque eles passariam mais tempo indo e voltando que qualquer outra coisa. Ainda assim, ele apenas reclamara após marcar uma estação para que se encontrassem. Desde então, os dois vieram sentados juntos, com as mãos dadas em algumas ocasiões por reflexo de Usagi ao estar com um homem íntimo, mas noutras, por iniciativa de Mamoru.

— Tá bem frio aqui. Só uma cabecinha de vento pra me arrastar até este canto. — Mamoru caminhou até a areia sem olhar para ela.

Usagi não podia dar o braço a torcer, apesar de estar realmente decepcionada com a água cinzenta à sua frente. Aquele local nem lhe servia para refletir sobre a conversa que precisava ter com aquele homem. Ao menos, também não era nem um pouco romântico excetuando a vontade que estava de ser abraçada, mas servia sê-lo por qualquer um de toda forma. Era apenas uma necessidade, já que ela não pusera nada que lembrasse roupa de inverno para protegê-la daquele vento.

Pisou a areia, agradecendo estar usando botas, apesar de a saia rodada e a blusa solta haverem sido péssimas escolhas para aquela praia. Seguiu até o ponto onde Mamoru havia parado e agora se agachava. Ele havia saído cedo da empresa graças a um alarme de incêndio, que obrigara todos a evacuarem o prédio. Não havia acontecido nada de ruim desta vez e por isso ele não parecia precisar de um travesseiro especial para chorar. Era uma pena. Já que estavam tão perto, Usagi preferia que pudessem ao menos se despedir um do outro.

Ela aspirou ar até que suas bochechas inflaram, depois o soltou para falar:

— Acho que precisamos terminar. — O que o "acho" estava fazendo ali. Eles precisavam muito terminar.

Mamoru voltou a cabeça em sua direção desde a areia, onde ele parecia escrever algo com um graveto. O vento soprou com mais força e a saia longa de Usagi bateu bem no seu rosto, deixando-o confuso por um momento. Ela precisava não rir, enquanto segurava a própria roupa.

— Precisamos terminar — achou melhor repetir.

— Por que isso agora? O casamento ainda não está certo; não consegui nem falar com o meu superior pessoalmente sobre isso.

Usagi virou os olhos e se ajoelhou com cuidado para não o fazer sobre a própria saia, ou a sujaria com a areia úmida.

— Sou eu quem estou pondo o fim aqui. Eu vou acertar as coisas com o Seiya.

— Acertar? Não sabia que vocês estavam com problemas.

— É, estamos, né? Por exemplo, eu estou num encontro com outro cara. — Ela percebeu a expressão de Mamoru se alterar e optou por acrescentar logo: — E não me venha com isto não ser um encontro porque é sim. Se achar que não, conserte sua definição de encontro antes de me chamar de cabeça de vento ou similares. — Precisou até recuperar o fôlego ao terminar.

— Eu sei que é um encontro, cabecinha de vento. — Ele gargalhou por um instante e voltou ao graveto no momento fincado na areia.

Usagi baixou a cabeça brevemente.

— Eu não gosto de dormir com ele. — A confissão saiu tão repentina que ela mesma ficara sem graça de ouvi-lo. Talvez Mamoru não compreendesse, torceu internamente após falar aquilo.

— E esse é o problema? — Ele ouvira e não parecera se importar. — Além do mais óbvio que me inclui.

— Eu gosto dele, tá? É esse que é o problema. Apenas isso. Mas é um problema grande, porque não posso esperar que ele nunca queira dormir comigo. Mas eu já tentei e não adianta: é nojento.

Mamoru havia voltado a cabeça de novo para a moça e franzia a sobrancelha.

— Se você não gosta de sexo, precisa ser mais clara. — Suspirou antes de prosseguir, com um tom mais interno. — Eu nunca teria imaginado.

— Isto não tem a ver com eu te dizer nada, Mamoru. É um assunto entre o Seiya e eu.

— Então, você não gosta de fazer sexo com ele. E terminar comigo irá solucioná-lo como? Assim como você me procurou, vai acabar procurando outros. É, no mínimo, antiprático.

Usagi apontou para si mesma.

Eu não te procurei! — E apontou para o meio do nariz de Mamoru.

— Eu ter te procurado não anula que você tenha me procurado de volta.

— É um convencido, traste inútil mesmo! Em que fui me meter!? — Ela se levantou e começou a pisar pesado na areia, o barulho de esguicho a seguindo a cada passo, deixando a saída dramática mais ridícula.

Justo quando começava a calcular quanto tempo até o próximo ônibus, o calor de Mamoru a envolveu pelas costas. Em seguida, ele a virou e a beijou com força e urgência. Eles estavam perto da estrada, qualquer um poderia vê-los e, mesmo assim, ela o queria bem ali naquele momento.

Com a mesma intensidade que o desejava, Usagi o empurrou quase o fazendo se desequilibrar e cair na areia.

— Não! O Seiya não merece isto. Ele é um grande cara, sabia? Eu o amava com toda a força até a primeira noite. — Agachou-se com medo de perder a força nas pernas. — É injusto que eu durma mais vezes contigo do que com alguém tão importante que gosta tanto de mim.

Mamoru aproximou-se e sentou-se direito na areia a seu lado. Estavam perto o bastante para ela sentir o calor reconfortante, mas não se tocavam nem por um esbarrão acidental.

— Eu só dormi duas vezes com ele. Não o teria feito nem uma se pudesse escolher tanto hoje quanto antes. Seiya nunca me forçou, mas... chegamos a um ponto em que só podíamos avançar nessa direção, né? — Usagi resistiu ao impulso de também se sentar por medo se sua saia bege ficar transparente com a umidade Devia ter considerado que ficaria com as pernas fracas antes de escolher ali para uma conversa intensa assim. — E minha amiga... Ela está noiva e ama o cara, sabe? Mas ele a traiu. Mesmo ela tendo constatado com os próprios olhos, minha amiga quer continuar com o noivo e se casar com ele. Que espécie de amor é esse? Eu não aguento a ideia de você ter uma possível noiva que nem conhece, mas ela é capaz de aceitar uma amante. E sabe o que é pior?

Mamoru apenas murmurou "hum".

— O Seiya diz que consegue entender. Mas eu nunca gostaria que ele entendesse algo assim de mim. Trair é terrível. — Usagi baixou a cabeça até o próprio colo, chorando. — É a pior coisa. É inaceitável. Imperdoável. É horrível! — Fungou alto.

— Por que não o deixa?

Usagi fungou mais uma vez e voltou-se para Mamoru.

— Eu não posso... Eu realmente não posso. — Voltou a chorar, com ainda mais intensidade.


Usagi continuava a se sentir envergonhada após chorar tanto que não tinha mais lágrimas, só os olhos irritados. Era para ter sido um encontro de despedida e não um festival de choro por outro homem. Até parecia que ela fora a traída da história, pensava enquanto Mamoru a guiava para fora da estação. Já estavam quase no bar e seus olhos ainda ardiam. No fim, eles não haviam terminado nada, ela tinha certeza. Na verdade, pareciam ainda mais namorados, andando daquela forma. Mamoru vinha agindo de forma protetora, agora segurando sua mão enquanto esperavam o sinal da rua principal, paralela à em que o Drunk Crown se situava. E ela não queria confirmar se aquele era mesmo o fim.

Mamoru reduziu o passo até pararem em frente ao prédio de seu destino, onde ele a deixaria. E ela não queria que isso acontecesse.

— A gente conversa melhor outro dia — disse ele.

Usagi invejava como ele podia ser tão calmo e distante assim. Era quase um adulto cuidando de uma criança que precisava tomar qualquer decisão boba.

— É seu namorado?

Usagi olhou assustada em direção à dona da voz. Rei se aproximava, seguida de uma jovem de cabelo bastante curto e roupa branca quem Usagi nunca vira.

— Não! — disse com alguma agressividade. Só então notou que precisaria explicar muito melhor o que fazia sozinha às oito da noite toda íntima com um desconhecido que não era seu namorado. — É amigo do Motoki! — apressou-se para acrescentar, arrependendo-se em seguida: bastava dizer que era seu amigo que viera acompanhá-la até o bar. Isto não era tão estranho, podiam até estar andando na mesma direção, Rei nunca saberia de nada.

— Amigo do Motoki? — Rei ergueu as sobrancelhas com ceticismo. Então, curvou-se voltada para Mamoru, como se fosse outra pessoa e não o demônio encarnado: — Chamo-me Rei Hino. — Fez um gesto de mão para outra pessoa que Usagi só percebia agora. Era uma moça de cabelos curtos e ombros baixos, como se tentasse ser invisível (e quase havia conseguido) — Esta é uma amiga de muitos anos, Ami Mizuno — disse Rei.

Ami também fez gesto similar de curvar-se para eles, porém muito menos expansivo.

— Por que não entramos, Mamoru? Tenho certeza de que Motoki já está lá. — Rei sorria calmamente, direcionando-o à escada para o subsolo, andando para lá como se até tivesse esquecido a pobre amiga.

Usagi fez um gesto de desculpas, mas Mamoru não pareceu percebê-lo, olhando espantado para Rei, que o guiava quase como uma gueixa em um café de Quioto.

Ela não podia acreditar no que estava vendo. Como que Mamoru podia se deixar levar por aquela multifacetada temperamental! Rei podia ser muito bonita, mas precisava ficar boquiaberto? Vamos, Mamoru podia muito melhor com aquele corpo! O pânico lhe tomou conta: agora que ela estava para encerrar o caso deles, Mamoru precisaria de outro conforto, outro literal ombro para deitar num parque deserto à noite enquanto não tivesse sua esposa. Ele não podia estar considerando Rei, né? Era verdade que em aparência aquilo seria um progresso, mas ele não via o quão terrível era sua personalidade pelo tom desagradável que a mesma usara contra Usagi havia pouco?

— Hã... — A voz da amiga de Rei a chamou de volta. — É aqui o bar onde a Rei trabalha?

— Ah, sim. Sim! — Usagi sorriu para Ami e fez sinal que a seguisse escada abaixo. Quando percebeu sua hesitação, acrescentou: — Fique à vontade, tá? Que legal, então é sua primeira vez, né?

Entraram pela porta para serem recepcionadas por um Motoki animado em oposição à saudação mecânica usual. Ele estava eufórico com a visita surpresa de Mamoru, Usagi tinha certeza.

Ela seguiu a rotina de deixar suas coisas e caminhou até Mamoru no balcão, que já havia sido servido um copo de cerveja por Rei. Para a irritação de Usagi, Motoki listava as qualidades dela depois de ser perguntado sobre a empregada, enquanto Rei conversava com a amiga em uma das mesas.

Motoki saiu para a cozinha pouco depois e Usagi se debruçou no balcão em frente ao amante.

— O que ela tem de tão especial? — disse, sem se preocupar com o volume. Apesar de não haver sido alto o bastante para ser ouvido por outra pessoa que não o próprio Mamoru, Usagi não se importava.

Ele olhou para baixo e abriu a própria pasta para tirar de lá documentos do trabalho, ou coisa assim. Usagi acompanhou o movimento com irritação que Mamoru tivesse ignorado sua pergunta. Mas os papeis que ele havia posto sobre o balcão do bar estavam presos por um clipe atrás de uma enorme foto de alguém.

— São os documentos do meu casamento arranjado — ele explicou, gesticulando que ela os olhasse.

Usagi baixou os olhos com atenção para a jovem de quimono da foto. Era ninguém menos do que Rei Hino.

Continuará...

Anita

Notas da Autora:

O capítulo ficou muito mais longo que de costume e meus dedos doem demais agora! Mas eu terminei. o.O Este capítulo se estendeu por mais tempo que eu gostaria. :( Ainda assim, pela primeira vez um planejamento de capítulo deu certo! A última cena até devia ter sido mais longa e por isso eu ia arrastá-la pro oitavo, mas eu precisava terminar bem aqui! Nossa, demorei a dar uma finalidade pra Rei nesta fic, né? Mas tô conseguindo! Se eu fosse dar um segundo nome ao capítulo seria algo como "aquele em que as meninas encontram sua razão de existir na história", rs. Até a Ami apareceu por fim! Estou muito feliz mesmo com o rumo delas todas. Tirando a Usagi. Ai, ai. Ando perdendo o sono com os rumos da Usagi futuramente. Espero que eu consiga dar um jeito!

Enviem comentários, por favor! Qualquer coisa vale, é sério. Só não deixem de enviá-los!

E até a próxima!