Estou de volta!
Essa fanfic contará apenas com alguns poucos capítulos, foi algo que me veio à mente. Espero que apreciem!
Já começa como M. Bem, vocês já me conhecem...
Capítulo 1 – Mudança de vida
Aconteceu em algum lugar da quinta temporada...
"Eu estou saindo House. Saindo!".
"Só porque você não transa há anos você acha que pode largar seu emprego assim e se embrenhar na cama com um desconhecido?".
Ela riu nervosa enquanto caminhava para a porta e, quando chegou lá, virou-se para encará-lo com um sorriso sarcástico.
"Você não sabe nada sobre minhas intimidades".
"Oh, eu sei. Pode apostar que eu sei Dra. Cuddy. Ah, e seus dedos não contam, só pra esclarecer".
Ela corou de uma maneira que só ele conseguia fazê-la corar. "E eu não te devo nenhuma satisfação sobre a minha vida".
"Ok... Vou fazer a biopsia então".
"House!".
"O quê? Vá para o seu encontro".
"Eu não disse que tenho um encontro".
"Então por que você se vestiria como uma colegial tcheca carente de amor paterno?".
Ela olhou para a própria roupa por alguns segundos, então se lembrou de que era com House que ela falava.
"Não liberei a biópsia, faça os exames tradicionais. Amanhã nos falamos...".
"Ok, então amanhã você assinará a documentação para autopsia...". Ele ia juntando a papelada e fingindo não se importar.
"House... sem jogo de manipulação".
"Eu não estou jogando nada, Dra. Cuddy. A pressão arterial está caindo rapidamente, provavelmente quando você estiver no terceiro vinho com seu pretendente a amante, eu estarei aqui fazendo os procedimentos de recuperação dos sinais vitais do pobre coitado que não tem culpa nenhuma de sua carência". Ele fingiu confusão. "Espere! Ou todo homem tem culpa? Você generalizou a espécie?".
Ela riu sarcástica. "Tenho certeza de que você só estará olhando para o seu time que fará todo o trabalho".
"Chefe de departamento, já ouviu sobre isso?".
"Faça o que qualquer médico normal faria para manter a vida e ter tempo de diagnosticar. Não uma biopsia que pode mata-lo mais rapidamente".
"Eu não sou um médico normal...".
Ela bufou. "Se sua intenção é me atrasar, saiba que não vai conseguir. Meu encontro é perto então...". Ela se arrependeu imediatamente de ter dito o que acabara de dizer.
"Eu sabia!". Ele falou vitorioso.
"Tchau House!". Ela terminou o caminho até a porta. House havia conseguido irritá-la.
"Se eu tivesse feito sexo com você talvez você estivesse menos carente...".
Ela riu nervosa. "Claro que sim, porque o pênis mágico de House cura todos os males".
"Posso até prescrever uma receita médica...".
"Você é um idiota!". Ela respondeu quando voltou para buscar a bolsa sobre a mesa, toda a confusão e irritação a fez esquecer seus pertences. Sem mais delongas, ela abriu a porta e saiu.
"Use preservativos. Não sei se são do seu tempo... Mas... Se quiser eu te explico como colocar!". Ele gritou fazendo as enfermeiras olharem pra eles e Cuddy corar.
Ela não parou, só abaixou a cabeça e foi.
House não sabia o que mais o irritava, se era o fato de Cuddy não autorizar o procedimento ou se era o fato de que ela teria um encontro. Outro encontro? Ela já não se convenceu de que encontros a cegas não funciona? Mesmo depois daquele idiota dono de oficinas mecânicas?
Ele respirou fundo e tentou mudar o foco, afinal, ele tinha um paciente para salvar e uma biopsia não autorizada. Ele tinha uma vida para cuidar, a sua própria. Pelo menos House tinha planos de se embebedar e assistir televisão até dormir naquela sexta-feira à noite. Isso era uma vida, não era?
Cuddy estava incomodada, mas por quê? Talvez ansiedade pelo encontro as cegas, sua irmã recomendou aquele sujeito como quem prescreve receita médica. 'Ele é alto, forte, tem olhos incríveis, é inteligente, tem senso de humor, solteiro e sem filhos, judeu tradicional, belo emprego, homem de sucesso'. Cuddy só não sabia se a base para a comparação era o pobre cunhado, pois ela e Julia sempre tiveram opiniões e interesses tão distintos. Mas ela estava sozinha há tanto tempo, ela precisava arriscar. Ela precisava se arriscar mais. Então Cuddy se viu a frente de um restaurante italiano às 7 horas da noite. Ela respirou fundo e procurou pela reserva em nome de Sr. Blau. Elijah Blau.
Quando ela o avistou ele estava de costas e parecia ótimo. Cabelos escuros, curtos, lisos, ombros largos. Cuddy se aproximou lentamente, quem sabe sua irmã tenha acertado dessa vez? Aproximou-se... Aproximou-se...
"Olá, eu sou Lisa".
Ela o viu pela primeira vez. Olhos lindos, castanhos esverdeados, nariz perfeito, lábios volumosos, ele parecia bom, muito bom.
"Eu sou Eli". Ele disse estendendo a mão, educado. Mas nesse momento ela viu os dentes dele. NÃO!
"Você fará o que hoje?".
"Bebida. Televisão".
"Sério House, vamos fazer algo melhor".
"Sexo? Não, obrigado! Não gosto que mais ninguém tenha partes balançando. Exceto... seios... Isso eu gosto".
Wilson corou. "Idiota! Que tal ir tomar uma cerveja enquanto conversamos?".
"Pensei que você também teria um encontro quente hoje".
"Quem está tendo um encontro quente?".
"Cuddy".
"Cuddy está em um encontro?".
"Aham, agora... se será quente eu não sei. Cuddy é um pouco frigida".
"Como você sabe que ela está tendo um encontro? Ela te disse?". Wilson perguntou desconfiado. Cuddy jamais falaria isso para House.
"Não precisou. Você não viu a roupa dela hoje?".
"Normal...".
"Normal?". House exagerou no tom de voz. "É normal pra você alguém parecer uma prostituta asiática?".
"O quê? Não! Ela não estava...".
"Ela está desesperada, Wilson. O relógio biológico está batendo e os hormônios dela estão à flor da pele. Também, anos sem sexo...".
"Anos? Como você sabe disso?".
"Você é tão ingênuo...".
"E vocês são íntimos demais pra serem só funcionário e chefa".
"Ok, me encontre as nove no Fritz".
"O que é Fritz?".
"O pub alemão no centro".
"E por que você quer ir a um pub alemão no centro?".
"Eu quero fazer coisas diferentes...".
Wilson estranhou. "Você? O cara que gosta de hábitos, que vai sempre ao mesmo bar e toma sempre a mesma marca de cerveja?".
"Eu mudei!".
Wilson riu alto. "Ok. Isso tem relação com o encontro de Cuddy?".
"Dã!". House zombou dele. "As nove".
"Ok".
Wilson saiu confuso, qual a relação entre House e Cuddy e o encontro? Bom, havia sido uma conversa bizarra dentre muitas conversas bizarras que teve com o amigo... Talvez o melhor fosse esquecer.
"Júlia só me falou boas coisas de você". O homem respondeu simpático.
"Espero que sim!". Cuddy respondeu tentando disfarçar. Ok, não era horrível... Ele só tinha os dentes separados, bem separados. House não deixaria aquilo barato, ela já podia imaginar milhões de piadas.
"Eu trabalho com John, na verdade não diretamente, eu sou diretor financeiro e ele trabalha no departamento comercial".
"Oh sim...". A mente dela estava distante, por que ela se preocupava com o que House pensaria? Era só um dente. Ou dois...
"Eu conheci Julia nas inúmeras festas da empresa, ela é muito gentil e doce, sempre me falou sobre você. Pelo menos nos últimos meses".
"Júlia é mesmo assim". Ela continuava desatenta. Essa ideia de pensar no que House pensaria era esquisita. Por que ela dava tanta atenção ao que ele pensava? Ela não era mais uma adolescente.
"Você é reitora de medicina, certo?".
"Ótimo". Ela respondeu sem pensar.
"O quê?".
"Oh, desculpe. Qual era mesmo a pergunta?".
"Você está bem?".
"Eu só tive um dia agitado. Preciso de uma bebida".
"Oh claro". Ele chamou o garçom.
"E seu paciente?".
"Sendo monitorado. Ainda não sabemos o que ele tem".
"Desculpe por isso".
"Você não tem que ser gentil".
"Ok". Wilson bebeu a cerveja, era mais fácil do que discutir.
"Será que Cuddy vai transar finalmente?".
"Não sei, talvez. Ela é bonita...".
House se incomodou com aquilo. "Ela é gostosa, você quer dizer".
"Bem, isso também... mas ela é amiga".
"Como se você não tivesse pensamentos sexuais com amigas".
"Ei... Vamos mudar de assunto".
"Desconfortável? ... Mas ela nem conhece o sujeito".
"Mas não precisa conhecer pra isso... Você sabe. Até parece que você nunca fez sexo no primeiro encontro".
House bebeu a cerveja irritado.
"Você está com ciúmes?".
House engasgou. "Você está louco?".
"Não sei... me pareceu...".
"Pareceu errado. Você sempre romantiza as coisas".
"Ok". Wilson respondeu desconfiado.
"Eu só não quero que ela transe pra não acabar a graça da piada".
"Muito maduro".
"Esse sou eu!".
A conversa fluiu entre Cuddy e Elijah. Ele era um cara legal. Inteligente, educado, simpático. Até bonito. Ok, ela não podia contar com os dentes, mas isso era algo facilmente corrigível com uma faceta de porcelana, ela pensou a certa altura. Mas ela não conseguia sentir atração por ele. Elijah era muito... legal.
"Quer sobremesa?".
"Não, obrigada. Desculpe-me Elijah, eu tenho...".
"Me chame de Eli".
"Desculpe-me Eli, mas eu estou muito cansada".
"Ok, eu te levo pra casa".
"Eu vim de carro".
"Eu te acompanho, pode ser?".
Ela sorriu. "Você é doce, mas não vamos dormir juntos essa noite".
"Uau! Gosto de mulher direta. Ok, tudo bem. Eu só quero te acompanhar mesmo".
"Tem certeza? Você não precisa".
"Eu faço questão".
Cada um entrou em seu próprio carro, mas ele a seguiu até que ela estacionou. Então por educação ela foi até a janela do carro dele para se despedir.
"Obrigada pela companhia".
"Foi um prazer!".
"Boa noite!".
"Boa noite! Eu vou te ligar!".
"Tudo bem".
Cuddy entrou e sentia um misto de frustração e irritação. Por que ela não conseguia se sentir atraída por alguém legal? O que havia de errado com ela? Há anos ela não sentia nada mais forte por ninguém. Seria ela frigida? Não, porque ela sentia desejo e atração por algumas pessoas: famosos escritores, alguns artistas, um certo médico... Não! Eles todas eram impossíveis. Todos!
Ela tomou um banho e tentou parar de pensar para dormir. Ela só queria apagar e acordar no dia seguinte para trabalhar. Seria sábado e ela tinha muito que fazer no hospital. Essa era a vida aventureira que ela tinha. O que ela sempre imaginou desde a faculdade. Definitivamente precisava mudar.
House chegou em casa bêbado. O que era usual. Seu time não o chamou, o que significava que o paciente estava estável. Então ele dormiu no sofá mesmo sem nem tirar o tênis.
No dia seguinte ele acordou às 8 horas da manhã com o telefone tocando.
"O que foi?".
"House, precisamos de você aqui. Agora!". Cameron disse.
"Você anda muito com o meu time atualmente...".
"House, foco! Precisamos de você! Seu paciente... Ninguém conseguiu falar com você".
"É que eu só atendo as suas chamadas, Cameron. De mais ninguém".
"Você vem?". Ela perguntou com o coração quente, apesar de saber que ele estava mentindo.
"Me dê meia hora".
"Venha rápido!".
House desligou e bufou. A dor de cabeça o estava matando. Ele tomou um banho e esquentou o resto de um café gelado.
"Isso é horrível! Preciso de café". Ele estava pelado então foi se vestir e partir para o hospital.
Quando chegou notou que a sala de Cuddy ainda estava com as luzes apagadas, o seu coração apertou, provavelmente o encontro havia sido bom o suficiente para terminar em sexo. Ela estaria na cama agora com o desconhecido? O estomago de House embrulhou, ele poderia ter sido esse cara se tivesse agido diferente depois do beijo, depois da abertura que ela deu a ele, mas isso não era pra ele, relacionamentos... Enjoado, ele foi pegar um café quente no restaurante antes de subir.
Ela acordou perto das nove horas, apesar da frustração, Cuddy dormira bem aquela noite. Ela chorou um pouco antes de dormir, não por Elijah, mas por ela. Por que era tão difícil encontrar alguém que despertasse algum sentimento? Ela duvida do amor e de que seria mãe em algum momento da vida. A ideia da adoção que vinha postergando batia a porta com força. Mas ela já havia sofrido por Joy, estaria ela disposta a sofrer novamente? A entregar o seu coração assim?
Cuddy se vestiu, tomou café sozinha (sempre era igual, sempre sozinha) e foi para o hospital, apesar do sábado lindo e ensolarado. No caminho ela viu mães com seus filhos nos parques, casais de mãos dadas passeando, mas não ela, ela precisava comandar um hospital inteiro.
"Bom dia, Margareth".
"Bom dia, Dra. Cuddy".
"Você colocou os documentos na minha mesa?".
"Sim, estão todos lá".
"Obrigada!".
"Dr. House está procurando a senhora".
"Ele ligou?".
"Não, ele está aqui".
"House está aqui antes das dez horas?". Ela perguntou surpresa.
"Ele está aqui há um hora, mais ou menos".
"Ok, eu vou falar com ele. Obrigada". E Cuddy voltou para sua sala. O nome 'House' a causou frio na coluna, ele estava lá... Seu encontro havia sido ruim. Não era uma combinação muito boa.
Não demorou uma hora ele invadiu a sala dela.
"Finalmente você chegou!".
"O que você quer?". Ela perguntou impaciente.
House a examinou. Chegou mais perto e começou a cheirar o ambiente.
"Você é um cachorro agora?". Ela perguntou surpresa.
"Sem hormônios pós sexo. Você não transou!".
"E você agora consegue farejar hormônios?". Ela desmereceu.
"Humor péssimo. Sem sexo. Ou... sexo muito ruim. Qual foi?". Ele se sentou.
"Eu não te devo satisfações e não te convidei para sentar-se".
"Oh Cuddy... Sinto muito!".
"Não sei sobre o que você está falando, meu encontro foi ótimo e terminou melhor ainda".
Ele riu alto.
"Idiota!".
"Mas eu estou à disposição para dar um jeito nas suas necessidades... Ai!". Ele gritou quando ela derrubou uma pasta pesadíssima sobre a mão dele. "Você é louca?".
"A falta de sexo é perigosa! Eu nunca mais chegaria perto de mim se eu fosse você".
Ele sorriu. "Então você admite...".
"House, saia!". Ela tentou se controlar.
"Eu tenho uma razão médica para estar aqui".
Ela nada respondeu, só o encarou.
"Não me lembro exatamente qual é...".
"Saia!".
"Oh sim. Meu paciente vai morrer e não há nada que eu possa fazer".
O rosto dela mudou. "O que houve?".
"Neurofibromatose".
"Realmente?".
"Sim. Ele ainda pode viver alguns anos... Mas está avançado".
"Eu sinto muito". Ela mudou. Seu rosto, antes irritado, agora era tenro e suave.
"Ok, fiz o diagnóstico".
"Você pode negar, mas eu sei que você se importa".
"Ok, era isso. Vou deixar meu cartão caso fique carente a noite...".
Ela não disse nada, era típico de House tentar dissimular um momento doloroso ou sentimental com alguma piada.
O fato é que aquele dia ele ficou mal. Ele bebeu e bebeu e bebeu mais. Sozinho.
Cuddy recebeu mensagens e ligações de Elijah, mas ela não queria atender ou responder. Limitou-se a dizer que estava ocupada e passou a noite de sábado assistindo a comédias românticas e chorando.
E os dias seguintes não foram nada fáceis também para ela.
Mas de repente Rachel aconteceu. A coisa toda foi abrupta, tão rápido que Cuddy mal teve tempo para pensar. Ela não era mais sozinha, ela tinha alguém que dependia dela agora, e isso era assustador. Tão assustador quanto estar sozinha? Era diferente, mas terrivelmente assustador.
Elijah continuava tentando falar com ela e Cuddy continuava se afastando. Houve uma ocasião em que Julia o levou para a casa de sua irmã para conhecer Rachel. Ele foi extremamente simpático e atencioso com a menina, Cuddy chegou a pensar se não valia a pena estar com ele apenas para ter um companheiro que a ajudasse a criar a filha, mas logo a ocupação com Rachel e o pouco tempo livre, tirou qualquer pensamento de sua mente.
House não estava ajudando no hospital, parecia um garotinho mimado, e ela estava mais sobrecarregada do que nunca.
Em uma noite em particular Rachel parecia febril, Cuddy não queria levá-la ao hospital, a mãe estava preocupada já que a menina não tinha tomado todas as vacinas, então ela respirou fundo e fez a ligação.
"Você quer que eu vá examinar Rachel?".
"Por favor! Ela está febril e eu...".
"Cuddy, você sabe que eu não sou um pediatra".
"Mas eu confio em você".
House respirou fundo, aquelas palavras mexeram com ele. Não deveria, pois ele estava sendo manipulado, mas era Cuddy...
"Ok, estarei aí em trinta".
"Obrigada!". Ela respondeu aliviada.
Em quarenta minutos House batia a porta.
"Você está atrasado".
"Ótimo, quer que eu vá embora?".
"Não, desculpe. Força do habito. Entre!".
"Onde está a pequena ranhenta?".
"Rachel está no berço, ela finalmente dormiu um pouco".
"Quais os sintomas além de febre?".
"Eu estou com ela há pouco tempo. Um mês só... Mas ela está irritada, algo dói...". Cuddy respondeu com o coração partido. "Percebi um desconforto respiratório, mas nada que baixou significantemente a saturação. Estou monitorando".
"Ok, vamos vê-la".
Cuddy a buscou no berço e a trouxe para House.
"Você tem uma mesa? Um trocador de fraldas?".
"Sim, sim...". Ela respondeu já indo pra lá. House foi atrás. No caminho ele passou pelo quarto dela e notou a cama desarrumada, olhou rapidamente e pensou que seria estranho se encontrasse alguém ali deitado, por sorte não havia ninguém.
Ele começou a examinar Rachel. "Ok, a febre não está tão alta".
"Que bom!". Cuddy respondeu aliviada.
"Mas o peito está com bastante chiado".
"Foi o que pensei. Uma gripe?".
"Não... Uma broncopneumonia".
"O quê?". Cuddy quase desmaiou. Ela era tão incompetente assim que não notou isso?".
"Precisamos de uma radiografia".
"Eu não queria...".
"Ciente disso eu trouxe uma máquina portátil de radiografia". Ele a interrompeu.
Cuddy arregalou os olhos. "Sério?".
"Tão sério quanto uma parada cardíaca".
Cuddy ficou observando House preparando o aparelho e posicionando Rachel. Ela se sentia segura pelo fato de ser ele quem estava cuidando de Rachel.
"É melhor você ir para outro cômodo".
"Ok". Ela saiu e ele fez a imagem.
"Tudo bem?".
"Sim, ela foi cooperativa".
"Onde você arrumou esse aparelho de radiografia portátil?".
"Eu tenho algumas coisas...".
"Você tem uma máquina de radiografia portátil na sua casa?".
"Eu sou surpreendente".
"Realmente...".
"Preciso de seu laptop pra baixar a imagem".
"Ok, eu vou buscar". Cuddy saiu rapidamente.
Logo ela voltou com o laptop e House conectou o aparelho para conseguir baixar a imagem. Mas antes ele reparou na imagem de fundo do Macbook de Cuddy: Rachel. Claro que sim.
"Realmente... Broncopneumonia. Veja!".
"Oh Deus!".
"Vamos tratar".
"Mas ela é tão pequena". Cuddy abraçou a filha no colo.
"Precisamos tirar sangue".
"É realmente preciso?".
"Só um pouco, eu quero fazer alguns exames".
"Você suspeita de algo mais?".
"Não, mas vamos checar algumas coisas. Tudo bem?".
"Tudo bem". Ela concordou e House coletou sangue. Ele havia levado agulhas próprias para recém-nascidos.
"Você tinha tudo isso em casa?".
"Nunca se sabe...".
"Nunca se sabe quando vai precisar tirar sangue de um recém-nascido?".
"A agulha eu comprei no caminho pra cá, por isso me atrasei".
"Oh, desculpe...".
"Depois te mando o recibo para reembolso".
Ela sorriu pela primeira vez. Era confortável tê-lo ali.
"Ok, sangue coletado e a menina é corajosa, nem chorou". House disse.
"É isso baby, mamãe está orgulhosa de você". Cuddy falou para a filha e House estranhou ouvir aquilo. Ele ainda não havia se acostumado a Cuddy maternal.
Quando ela voltou de licença maternidade, antecipada pelas ações dele mesmo, Cuddy não pensou que House se envolveria de alguma forma com sua filha, só de vê-lo falar assim com Rachel e examiná-la com tanto cuidado, Cuddy estava mexida. Aquele bastardo conseguia mexer com ela muito facilmente, ela pensou.
"Agora vamos medicar. Eu trouxe antibióticos e vamos dar via intravenosa".
"Intravenosa?".
"É mais rápido e eficiente. Vamos monitorar a saturação e demais parâmetros, com sorte não precisaremos levá-la ao hospital".
"Oh, eu não sei se posso...".
"Eu ficarei e acompanharei. Isso... Se você aceitar".
"Claro que sim!". Ela respondeu aliviada.
"Eu tenho trabalho e minha chefa é meio exigente...". Ele disse sarcástico.
"Você pode trabalhar por telefone amanhã, assessorar o seu time. Eu também ficarei aqui, não sairei de perto dela".
"Você é quem manda!". Ele respondeu preparando a medicação.
House colocou o cateter e o medicamento intravenoso. Rachel chorou um pouco dessa vez, mas nada demais. A menina era mesmo corajosa.
Cuddy sentiu o coração apertar começou a chorar. House não sabia o que fazer.
"Ela vai ficar bem!".
"Eu sei...".
"Então por que você está chorando?". Ele perguntou sem jeito.
"Porque eu sou mãe". Pela primeira vez ela sentiu aquele impulso materno de proteção de seu filho. Ela podia passar por aquilo mil vezes no lugar da filha.
"Eu vou cuidar dela pra você". House falou e Cuddy teve ímpetos de abraçá-lo e assim o fez. Ela o abraçou muito forte e House, que ainda estava com a seringa não mão, usou a mão livre para dar tapinhas nas costas dela.
"Obrigada! Obrigada!". Ela só conseguia dizer isso.
"Ok". House respondeu tímido. Ele não lidava bem com elogios sinceros.
Cuddy se afastou e tentou se recompor.
"Eu posso ficar com ela enquanto você descansa".
"Não House, você descansa. Eu não vou sair do lado dela".
"Ok, qualquer coisa você me chama?".
"Sim. Você está com fome?".
"Não, eu jantei antes de sair".
"Você pode dormir na minha cama, eu ficarei aqui com Rachel".
House franziu a testa.
"É só uma cama, House. Sua perna não aguentaria o sofá".
"Ok".
E ela o levou até seu quarto. House olhou tudo ao redor. Era ali que ela dormia, era ali que ela... transava. De repente ele percebeu que começou a ficar excitado e tratou de controlar aquele pensamento.
"Aqui o banheiro, você pode usar. Tem toalha no armário se precisar. Minha cama é confortável, acho que vai gostar".
De repente ele se jogou na cama desarrumada dela.
"Desculpe, eu não tive tempo de arrumar a cama...".
"Tudo bem, ficou com o seu cheiro e posso me masturbar...".
"Ok, eu quero imaginar que você não faria isso na minha cama". Ela respondeu corando.
"Você não me conhece...".
"House...".
"Eu estou brincando".
Ela respirou fundo. "Não mexa no meu guarda-roupas, não tem nada ali pra você. Se precisar de uma camiseta eu posso...".
Ele sorriu. "Eu durmo nu. É um problema arrastar minhas partes masculinas no seu lençol?".
"Você pode dormir de cuecas hoje".
Ele sorriu maldoso.
"Estou avisando". Cuddy jogou uma coberta pra ele.
"Estarei com Rachel, qualquer coisa me chame".
"Posso chamá-la pra qualquer coisa mesmo?".
"Você entendeu".
Ele sorriu novamente.
"Obrigada. Novamente".
"De nada, senhora".
Ela sorriu e fechou a porta.
House olhou em volta, como ele não mexeria no guarda-roupas dela? Ela não o conhecia? Mas antes ele foi ao banheiro e tomou um banho. House deixou sua imaginação divagar e pensou se Cuddy já teria feito sexo naquele chuveiro... Logo ele ficou excitado novamente.
"Ok... Eu não posso sonegá-lo, não é amigo? Você não me deixará em paz essa noite". House falou para seu próprio pênis antes de começar a se masturbar. Não demorou nada e ele gozou derramando suas sementes no vidro do box dela.
"Agora eu posso dizer que marquei o seu banheiro, Cuddy". Ele disse limpando a sujeira que havia feito.
Depois terminou o banho e vestiu apenas a boxer. Deixou a roupa pendurada no cabide atrás da porta do banheiro. Quando voltou para o quarto ele deitou-se na cama e sentiu o perfume dela, o lençol era macio e, com certeza, muito caro. A cama era confortável e ele só queria que ela estivesse ali com ele naquele momento. House ficou olhando o guarda-roupas dela por alguns minutos, mas não resistiu e se levantou. Abriu uma porta e haviam roupas, muitas roupas. Sapatos, muitos sapatos. Nada de roupas intimas. Mas havia uma cômoda e lá estavam elas: as lingeries. House pegou algumas e cheirou, estavam lavadas e perfumadas. Haviam lingeries pretas, brancas, vermelhas, rosas e até bege. "Não imagino Cuddy vestindo vocês", ele disse divertido para as lingeries beges. "Mas eu não me importaria". Ele notou um pacote de preservativos e gelou, será que Cuddy teve atividade recente naquele quarto? Ele olhou e os preservativos estavam vencidos, House riu. Em seguida ele encontrou uma caixa de madeira trancada com um cadeado. "O que diabos é isso?".
De repente um barulho de porta abrindo.
"Eu sabia que você olharia minhas coisas".
House se virou apenas vestido com sua boxer.
"Você me conhece... Eu sou curioso".
Cuddy não conseguia disfarçar o olhar que estava na direção da virilha dele.
"O que tem nessa caixa?".
Cuddy corou. "Nada, deixe minhas coisas em paz". Ela tirou da mão dele rapidamente.
"Uh... Aposto em... vibradores. De todos os tamanhos".
Cuddy corou ainda mais.
"Acertei!".
"Por que você não deita e dorme como qualquer adulto comum?".
"Porque eu não sou comum. E você não gosta do comum...".
"Eu sou muito grata por você estar aqui por mim e por Rachel, mas isso não te dá o direito...".
"Eu gozei no vidro do seu box do banheiro. Desculpe. Mas eu limpei!".
"House!". Ela corou.
"Culpe minha libido".
"Você pode simplesmente deitar...". Ela tentou disfarçar o desconforto que sentia em falar de sexo com ele nessa situação tão inusitada.
"Você precisa jogar fora esses preservativos".
"Eu faço sexo... Aceite!".
"Com preservativos vencidos?".
Ela corou ainda mais. "Ele trouxe os preservativos da última vez".
"Sei...", House respondeu sarcástico.
"Durma House!". Ela saiu levando consigo a caixa de madeira.
"Boa noite Cuddy!". Ele respondeu sarcástico e ela saiu trancando a porta.
Perto das quatro horas da manhã...
"Mais forte. Me fode mais forte!".
"Assim baby?". E ele empurrou com força a cada estocada. "Assim que você quer ser fodida?".
"É! Por favor! Oh meu Deus, você é muito grande!".
"Diga isso para meu ego!".
"Você é o melhor homem que já esteve na minha cama".
"House! House!".
Ele acordou assustado e a viu.
"O quê?".
"Rachel...".
House estava com o pênis ereto pelo sonho que acabará de ter. O sonho havia sido tão real que ele demorou alguns minutos para entender o que estava acontecendo.
"Ok".
"Venha!".
"Eu já vou... Dá-me só um segundo".
"Ela piorou! Eu não quero perdê-la! Por favor!".
Cuddy olhou para baixo e viu sua cueca com um grande volume, então ela entendeu e corou. "Ok, estou te esperando quando você estiver pronto".
Ele respirou fundo e pensou em outra coisa nada excitante. Um minuto depois sua dureza havia desaparecido e ele conseguiu vestir a calça jeans e camiseta e ir encontrar Cuddy.
Cuddy esperava junto com Rachel, ela estava preocupada com a saturação da filha que diminuiu, mas nem isso a impedir de guardar aquela imagem em sua mente.
"Cuddy...".
Ela assustou quando ele entrou no quarto da menina. "A saturação dela está caindo".
Ele a examinou. "Ainda está dentro dos padrões".
"Mas caiu dois pontos em poucas horas".
De repente parecia que Rachel estava engasgada. Cuddy se apavorou e começou a chorar, House pegou a menina para examinar.
"Ela está morrendo?". Cuddy estava bastante fora de si e chorosa.
House não respondeu, ele focou em examinar a pequena.
"Responda! Ela está morrendo? Por que eu nunca consigo ter nada?".
Continua...
