Esclarecimento: Só reiterando que esta história não me pertence, ela é uma adaptação do livro de mesmo nome, de Helen Bianchin, que foi publicado na série de romances "Paixão", da editora Harlequin Books.
Capítulo 10
Nami acordou cedo e permaneceu quieta na cama para não perturbar Luffy.
Tantas semanas. Tanta ansiedade... emocional, mental e física.
Mas agora tudo tinha terminado.
Ela não sabia se comemoração ou lamento seria a ordem daquele dia.
Estava livre para reassumir sua vida.
Não havia mais necessidade de permanecer sob os cuidados de Luffy, podendo agora retornar ao seu apartamento.
Então, por que hesitava ?
Porque queria ficar... pelas razões certas.
Mas, infelizmente, isso não seria possível. Esperaria até que ele saísse para a cidade, depois subiria para fazer as malas.
Na noite anterior... Nami não queria pensar na noite que passaram e na maneira como fizeram amor. Era sempre... especial, mas a noite anterior tinha sido especial em todos os sentidos, primitiva e altamente erótica.
O café da manhã seria a última refeição que compartilharia com ele. Então lhe daria um beijo de adeus e fingiria que aquele era um dia como outro qualquer.
Poderia fazer isso, não poderia ? Seria difícil demais ?
Na verdade era a decisão mais difícil que já tomara, e seu coração ficou apertado ao vê-lo partir.
"Não pense. Não chore. Simplesmente suba, pegue suas malas e arrume-as. E faça tudo isso rapidamente".
Quanto tempo levaria para arrumar as malas ? Dez minutos, no máximo ?
Nami acabou de arrumar uma delas, e começou a colocar os sapatos na outra quando sentiu a presença de alguém.
- O que você pensa que está fazendo ?
- Luffy ? - ela se virou para a figura alta junto à porta do quarto. Ele tinha realmente o andar silencioso como o de um gato - Pensei que você tivesse ido para a cidade.
Ele dirigira alguns quilômetros antes de pegar um retorno e voltar para casa, surpreendido por uma premonição que não podia descartar.
- Isso não responde à minha pergunta.
Ele observou enquanto ela seguiu arrumando as malas.
- Estou voltando o para o meu apartamento.
A voz de Luffy era rouca:
- Não, você não está.
- A razão para a minha permanência aqui não existe mais.
- Nem pensar, você não vai embora. O que nós compartilhamos juntos... não significa nada ?
- Significa nada mais do que sexo. Sexo muito bom.
- Você acha que foi apenas sexo ? - ele parecia tranqüilo, como a calmaria prévia de uma tempestade.
- O anel está a salvo na gaveta superior da cômoda.
- Fique comigo.
- Eu não posso fazer isso.
- Não pode... ou não quer ?
- Foi maravilhoso enquanto durou - disse ela calmamente.
- Que coisa ! Eu lhe pedi para ser minha esposa.
- Um casamento de conveniência.
- Posso lhe oferecer qualquer coisa que queira.
"Exceto a única coisa que quero. Seu amor".
- Realmente apreciei tudo o que fez por mim. Mais do que você possa imaginar.
- Você acha que a deixarei ir embora ? - ela o olhou fixamente.
- Você não pode me impedir.
- O que é necessário, Nami ? Diga o seu preço.
- Não há preço - "Apenas três palavras... ditas de coração..."
Ela pegou o último item e fechou a mala.
- Nami.
- Estou certa de que nos veremos em algum evento social.
Por um longo momento, ele apenas a olhou, com uma expressão desafiadora, então atravessou o quarto e pegou uma mala em cada mão.
Juntos, eles desceram a escada e se dirigiram para a garagem em silêncio. Nami abriu o porta-malas do BMW, de modo que ele pudesse colocar a bagagem.
O momento que tanto temera havia chegado. Portanto, só lhe restava dizer adeus de alguma maneira, pegar o carro e partir.
- Isto é o que você quer ? - indagou Luffy, e ela inclinou a cabeça, não confiando em si mesma para responder quando abriu a porta e se posicionou ao volante.
"Vá. Ligue a ignição, movimente o câmbio e parta". Depois, sozinha, poderia chorar.
O apartamento parecia terrivelmente calmo, e Nami passava horas no estúdio, recusando-se a atender qualquer ligação particular, exceto de sua mãe.
Não aceitava qualquer convite social e confidenciou apenas a Bell-mère que o noivado tinha sido uma artimanha até que Lucci fosse pego.
Os dias se tornaram semanas, e ela dizia a si mesma o tempo todo que estava bem.
Porém, comia pouco e dormia menos ainda.
Sonhava que estava com Luffy, na cama dele... e acordava molhada de suor, se dando conta de que estava sozinha... esperando. Por ele, somente por ele.
O trabalho, antes prazeroso, tornou-se um fardo.
Bell-mère ligou no meio de um dia exaustivo no fim de semana com um convite.
- Querida, fiz reservas para jantar esta noite. Um restaurante pequeno, mas lindo, onde a comida é divina. Eu a pegarei às sete da noite.
- Mamãe... não. Eu...
- Querida... sete da noite. Não aceitarei um não como resposta - ela não queria ir. Ligou duas vezes para a mãe, querendo cancelar, mas a ligação era cortada antes de conseguir se conectar.
Portanto, Nami sairia do estúdio, tomaria uma ducha, vestiria um traje adequado, e iria passar uma ou duas horas agradáveis, tentando fazer justiça à refeição.
Poucos minutos antes das sete da noite, pegou o elevador para o saguão e encontrou o Lexus da mãe, esperando do lado de fora da entrada.
- Querida, você está encantadora.
Estaria mesmo ? Não era intencional. Ela simplesmente escolhera um terninho na cor esmeralda, calçara sapatos de salto alto e deixara seus cabelos soltos.
- Onde estamos indo ?
- É surpresa.
Tudo bem, então esperaria pela surpresa. Bell-mère contou anedotas ouvidas numa reunião do comitê, fez referências a uma nova grife de bolsas importadas, que acabara de abrir uma loja em Double Bay.
Por acaso o restaurante era na mesma vizinhança, lhe informou a mãe quando estacionou o carro. Elas poderiam ver as vitrines enquanto caminhavam.
Eram quase sete e meia quando Bell-mère conduziu a filha para dentro de um restaurante pequeno e íntimo, onde o maître as cumprimentou com cerimônia antes de lhes indicar uma mesa e se retirar.
Imensos vasos de flores em intervalos regulares junto às paredes eram uma composição harmoniosa. Nami deu uma olhada intrigada pelo salão, porque elas eram as únicas clientes ali presentes. Aquilo era estranho e ela comentou.
- Sente-se, querida, preciso de um momento para consultar o maître.
Cada um dos lugares tinha uma vela decorativa acesa e ela foi conduzida para uma mesa central por um solícito garçom.
- Trarei água gelada e a carta de vinhos.
Nami estava com pouco apetite, mas talvez uma taça de vinho pudesse ser uma ótima combinação com o prato de entrada.
Um aroma delicioso preenchia o ar. Suflê de cogumelos ? Pão de ervas ?
Bell-mère estava demorando. Onde estava o garçom ?
Ela sentiu uma leve movimentação e olhou para cima... então gelou quando viu Luffy caminhando na sua direção, alto e incrivelmente poderoso. Uma conspiração ricamente planejada... mas com que objetivo ?
Por um momento apenas o olhou, admirando as feições atraentes e sentindo o coração disparar.
- O que você está fazendo aqui ? - pergunta tola. Por que ela se sentia como se estivesse à beira de um precipício ? Aquilo era loucura.
- Você concordaria em jantar comigo ?
- Provavelmente não.
Ele puxou uma cadeira e sentou-se à sua frente.
- Por isso o subterfúgio.
- Com que propósito ?
- Para passarmos algum tempo juntos, bebermos um pouco de vinho, degustarmos uma boa comida... e conversarmos.
- Não temos nada para conversar em especial.
- Sim, temos.
- Luffy...
- Seja paciente.
O garçom apareceu para oferecer a carta de vinhos, que Luffy estendeu para Nami.
- Você escolhe.
Ela o olhou com uma expressão intrigada, antes de selecionar um vinho branco.
Música ao fundo ecoava suavemente através de alto-falantes ocultos.
Luffy parecia não ter pressa de pedir os pratos, e Nami procurou algo para dizer.
- Qual foi a participação de Bell-mère nisso ?
- Apenas trazer você aqui. O ambiente é agradável, não concorda ?
Ela olhou em volta do salão vazio.
- Você reservou o restaurante inteiro ?
- Sim.
- Por quê ?
- Perseverança, Nami - ela o fitou desconfiada.
- Que jogo você está fazendo agora ?
- Nenhum jogo.
Naquele momento, o garçom apareceu com o vinho, abriu a garrafa e serviu, depois se retirou, somente para voltar e entregar a Nami uma caixa de floricultura contendo um único botão de rosa vermelha.
Nami olhou para o garçom em indagação silenciosa.
- Para você, do cavalheiro - disse o garçom.
Havia um envelope com um cartão, e ela o retirou com os dedos trêmulos. "Com amor, Luffy".
Por um momento, seu coração deu um louco salto, depois a batida voltou ao ritmo compassado, enquanto inclinava a cabeça. Aquilo só podia ser uma delicadeza para dar um tom elegante à noite, nada mais do que isso.
- Obrigada.
Ela levaria o botão de rosa para casa e o colocaria num vaso até que todas as pétalas caíssem.
O garçom voltou com o menu e Nami escolheu apenas uma entrada, em vez do prato principal, enquanto Luffy pediu ambos.
Ela lhe deu um olhar furtivo por debaixo dos cílios e imaginou se as covinhas em cada face poderiam estar um pouco mais profundas do que se lembrava.
Admirou-lhe a curva sensual da boca e recordou o prazer que ele lhe dera. Pior, o quanto ansiava pelo toque dele, o calor e o êxtase. Com ele... somente ele.
- Você está bem ?
Como ela poderia responder ? Admitir que não comia e não dormia era o suficiente ?
- Bem, obrigada - ele parecia bem. Um pouco cansado, talvez, pois finas rugas nos cantos de seus olhos assim demonstravam - Você esteve viajando ?
- Nova York.
- A negócios ?
- Sim.
O garçom chegou com a entrada, e Nami notou a disposição artística da comida, e imaginou se conseguiria dar mais do que uma ou duas garfadas.
Era óbvio que Luffy tinha um motivo oculto... mas qual ? A partir de então, seus nervos ficaram mais frágeis a cada minuto.
Ela bebeu um gole de vinho na esperança de que pudesse ajudar, então lembrou que tomara apenas um iogurte como almoço, e pegou seu copo de água.
- Você está ocupada organizando outro desfile ?
- Nós trabalhamos sempre com uma estação de antecedência - e ela relatou alguns detalhes apenas para compor e manter a conversa. Esta prática a ocupou através da entrada e durante o prato principal de Luffy.
Quanto tempo antes que a refeição acabasse e pudesse então ir embora ?
Nami abdicou da sobremesa e sentiu seus nervos tensos quando ele pediu uma taça de sorvete, do qual logo lhe ofereceu uma colherada... mas ela negou ao balançar a cabeça numa recusa silenciosa.
- Não ?
Ele ficou em silêncio por algum tempo, depois recolocou a colher e afastou a taça para o lado. Nami sentiu seus olhos presos aos dele.
- A mulher que escolhi para ser minha esposa recusou minha proposta, e... isso foi doloroso - ela não foi capaz de dizer uma palavra - As circunstâncias trouxeram-na para minha casa... para minha cama. Você mudou minha vida, Nami - disse ele gentilmente - Amar você é mais, muito mais do que acreditei um dia ser possível - ela quase não ousava respirar com medo de estar entendendo errado - Mas nenhum argumento meu pôde convencê-la a ficar - ela notou um músculo do queixo de Luffy enrijecer - O momento mais importante da minha vida... e infelizmente falhei - Nami vislumbrou emoção nas profundezas dos olhos dele... era patente. E conteve as lágrimas que ameaçavam irromper - Eu a amo. Tudo o que você é. Fique comigo pelo tempo que eu viver - ele se ajoelhou diante dela e segurou-lhe a mão - Você se casará comigo ? Permitirá que eu a ame por todos os dias da minha vida ? - retirando o anel de diamante do bolso, deslizou-o pelo dedo de Nami. Os dois se entreolharam - O anel está de volta ao lugar ao qual pertence - concluiu.
Uma única lágrima rolou vagarosamente pela face de Nami, e não conseguia dizer uma palavra, ainda que sua vida dependesse disso.
Observou fascinada enquanto ele se levantava, tomando-a nos braços, e abaixava a cabeça ao encontro da sua.
A boca era gentil, um pouco provocadora, saboreando-lhe os lábios antes de beijá-la com ardor, e ela o abraçou e perdeu-se no homem que amava.
Nami não tinha idéia de quanto tempo haviam permanecido assim, até que ele se afastou lentamente.
- Eu te amo - declarou Nami, simplesmente - Tanto... - Luffy quis erguê-la nos braços, levá-la para sua casa e para sua cama, onde provaria o quanto ela significava para ele.
- Há somente mais uma coisa.
- Minha resposta é sim - Luffy riu.
- Você não sabe o que vou pedir.
- Não preciso saber. A resposta será a mesma.
Ele roçou-lhe os lábios, e então relutantemente ergueu a cabeça.
- Quando eu levá-la para casa comigo, quero que seja como minha esposa.
Nami abriu a boca para protestar, mas ele colocou o dedo indicador sobre os seus lábios.
- Tenho a licença, e o padre está esperando por nós, com Bell-mère e Vivi na sala ao lado.
Os olhos dela se iluminaram com um brilho malicioso.
- Você estava tão confiante assim ? - ele acariciou-lhe o rosto.
- Não - ele passara noites em claro, adquirindo coragem para planejar aquele momento... e sentia-se agonizando todas as horas de todos os dias ao pensar em como conseguiria viver sem ela se Nami recusasse - Apenas esperançoso e determinado a fazer isso dar certo - vinha música dos corações ? Ela jurava que o seu estava cantando - Se você quiser um grande casamento, nós...
Nami tapou-lhe a boca com os dedos.
- Está perfeito do jeito que você planejou.
- Você acha mesmo ?
- Absolutamente perfeito - respondeu ela, beijando-o em ambas as faces.
Luffy fez sinal para o maître e, em poucos minutos, velas estavam colocadas sobre uma mesa próxima, junto com orquídeas brancas.
O padre foi chamado, junto com Bell-mère e Vivi, ambas contendo as lágrimas enquanto compartilhavam abraços e beijos, depois ficando devidamente posicionadas quando o padre começou, declarando Nami e Luffy em sagrado matrimônio.
Uma cerimônia sensível e espiritual... e muitíssimo especial.
Os votos deles foram simples, porém profundos... amar, honrar e compartilhar pelo tempo que vivessem. Bell-mère entregou a Luffy o anel com o imenso diamante, que o padre abençoou antes que o noivo o colocasse no dedo de Nami. Então Vivi entregou a Nami uma larga aliança de ouro, de modo que ela seguisse o mesmo ritual com Luffy.
Após o tradicional beijo dos noivos, houve champanhe e risadas. Um violinista apareceu e começou a entoar melodias românticas enquanto o garçom trazia mais comida.
Fotografias foram registradas pela câmera digital de Bell-mère, e já passava das onze da noite quando eles terminaram a comemoração íntima.
- Estou tão feliz por você - as palavras da amiga ecoaram as da mãe quando desejaram boa noite - Nami, ele é maravilhoso.
Nami deu ao seu novo marido um olhar provocante.
- Concordo com você, amiga, mas não diga isso a ele com tanta freqüência.
- Minha esposa planeja me manter acorrentado aos pés dela.
O riso de Vivi continha um leve toque de diversão.
- Duvido que você vá se importar muito.
Luffy sorriu e pegou a mão de Nami enquanto caminhavam até onde o Bentley estava estacionado.
O carro partiu em direção a Vaucluse, e Nami ficou em silêncio enquanto a chuva acomodava respingos sobre o pára-brisa.
- Não tem nada a dizer ? - ela se voltou para olhá-lo.
- Eu te amo muito.
- É recíproco, minha querida esposa.
Os eventos da noite ainda povoavam-lhe as lembranças, e ela saboreou cada detalhe, cada nuance. E sabia, dentro do coração, que não teria desejado o casamento de outra maneira.
Riu quando Luffy a olhou de soslaio.
- Roupas - disse ela - Não tenho nenhuma comigo.
- Não acho que vá precisar.
- É uma promessa ?
- Pode acreditar nisso.
O tráfego era tranqüilo naquela hora da noite, e logo chegaram à mansão em Vaucluse.
- Bem-vinda ao lar - disse Luffy gentilmente quando desligou o motor, fazendo-a tremer diante da paixão evidente nos olhos dele.
Nami ergueu uma mão e acariciou-lhe o rosto.
- Obrigada. Por tudo. Por ficar ao meu lado, por acreditar em mim.
Sorrindo, eles entraram na mansão, e ele parou ao pé da escada para puxá-la para si, então, lhe deu um beijo devastador.
Ela perdeu a noção de onde estava, enquanto as mãos másculas e hábeis lhe seguraram os ombros, depois desciam para os seios, provocando os mamilos tenros, até que enrijeceram sob os toques.
Imediatamente, Nami sentiu-lhe o membro também enrijecer.
Luffy a ergueu nos braços e subiu a escada, parando somente para beijá-la com tanto ardor que fez ambos tremerem de desejo.
- O quarto - anunciou ele, com voz rouca - será infinitamente mais confortável do que a escada.
Ela deu uma leve risada enquanto lhe mordiscava a ore lha e o ouvia ofegar em resposta.
Eles entraram na suíte, Luffy fechou a porta e passou ao centro do quarto, onde deslizou o corpo esbelto contra o seu até que os pés de Nami tocassem o solo.
Ela lhe tirou o paletó, então começou a desabotoar a camisa e afrouxou a gravata. Suas mãos tocaram o cinto da calça, e ele as cobriu com uma das suas, levando a mão esquerda de Nami aos lábios.
- Minha vez, eu acho.
Com movimentos vagarosos, eles despiram um ao outro até a última peça cair sobre o assoalho acarpetado.
Ele parecia magnificamente másculo, sua excitação, uma força potente e convidativa.
Foi Luffy quem gemeu quando sentiu o centro úmido da feminilidade contra seu membro rígido, e ofegou quando ela se balançou com suavidade contra ele, causando uma fricção provocante que testava o controle de ambos.
- Cuidado, agape mou - ele avisou com voz rouca de desejo - Mesmo eu tenho limites.
- Verdade ?
Ele ajustou os quadris de Nami e os segurou enquanto posicionava-se sobre ela; então, a preencheu.
Oh, Deus. Ela se sentia incrível. Ele se sentia incrível quando Nami o envolveu completamente e a sensação começou a crescer cada vez mais intensamente quando os músculos internos dela se contraíram e pulsaram ao seu redor.
No momento em que Luffy começou os seus movimentos, ela não pôde evitar um grito de prazer, e logo estava voando tão alto que não sabia se poderia sobreviver a tamanha excitação.
Então a boca máscula e sensual cobriu a sua, fazendo-a gritar quando atingiu o clímax e ela tremeu nos braços fortes, completamente cativa de uma emoção que jamais conhecera.
Luffy segurou-a contra si e a confortou gentilmente, deslizando uma das mãos por sua coluna, enquanto esperava que a respiração de Nami voltasse ao ritmo normal.
Era mais, muito mais do que ela acreditava ser possível, pensou aconchegando a cabeça na curva do pescoço dele.
Por um momento, ele apenas a abraçou, depois mudou de posição na cama, e carinhosamente puxou as cobertas, se enfiando entre os lençóis com Nami aninhada em seus braços.
Antes dela, não houve ninguém que se comparasse com a mulher independente e algumas vezes teimosa, e tão bonita na mente. Corpo, mente, espírito. Tão infinitamente preciosa.
Todo o seu futuro. Tudo.
Seu coração fundiu quando uma mão delicada envolveu seu pescoço e parou na nuca. Os lábios doces entreabriram-se contra a pele dele e saborearam um pouco, depois se aquietaram.
Luffy descansou o rosto gentilmente contra o dela e ambos dormiram em merecido repouso.
Eles acordaram tarde, tomaram banho juntos, e então tomaram o café da manhã no terraço envidraçado.
Era um lindo dia de início de verão, o Sol brilhava num céu azul-anil e uma leve brisa soprava do porto, arrepiando a superfície da água e balançando as folhas das árvores.
As feições de Nami se suavizaram quando ela refletiu sobre a diferença que um dia podia ter em relação ao outro.
No dia anterior, havia se resignado a uma vida sem Luffy. Ficar com ele sabendo que era uma esposa conveniente e uma mãe adequada para seus filhos não era o suficiente.
Porque quisera tudo... ou nada.
Conseqüentemente, assumira o maior risco de sua vida. E se tivesse perdido ?
Luffy a olhou, capturou sua expressão severa e então disse:
- Sem chance.
- Leitura de mente, hein ? - disse ela, e ele deu um leve sorriso.
- Estou me especializando em desvendar a maneira como você pensa.
- Sou assim tão transparente ?
- Somente para os que gostam de você.
Nami estudou-lhe as feições numa tentativa de adivinhar seus pensamentos, porém sem sucesso.
- Você disfarça os seus muito bem.
- Questão de prática, desde muito cedo - a voz dele continha uma ponta de cinismo - Meu pai teve extremo sucesso no mundo dos negócios, mas fracassou diversas vezes no casamento.
Poucas palavras explicavam tanto... Nami olhava para um menino cuja vida fora marcada por madrastas que não tinham afeição verdadeira ou tempo para ele, e um pai que raramente estava presente.
Ela quis dizer que sentia muito por ele... mas Luffy não iria querer sua compaixão.
- Por esse exemplo, me pareceu sensato encarar como uma sociedade conveniente para ambos, baseada em confiança e fidelidade.
- E negar a si mesmo qualquer envolvimento emocional.
- Imaginei que isso funcionaria.
- Pena que eu não tenha atendido às suas expectativas - Nami sorriu - De qualquer forma, você escolheu me proteger, e por isso eu lhe devo a minha vida.
- Mesmo assim você partiu - havia algo na voz dele que mostrava que sofrera tanto quanto ela.
- É tão errado querer amar e ser amada pelas razões certas ?
- É o maior presente. Inestimável.
Luffy a abraçou por trás, e ela se inclinou contra o corpo forte quando as mãos másculas deslizavam de seus ombros para acariciarem seus seios.
Ele beijou-lhe a testa, e Nami lhe cobriu as mãos com as suas.
- Eu amo você - Tanto. Ela queria dar-lhe a família que ele nunca tivera. Filhos... meninos de cabelos escuros à imagem do pai, e meninas de cabelos alaranjados que ele adoraria e protegeria.
- Precisamos arrumar as malas.
- Precisamos ?
- Vou levá-la para uma pequena ilha na costa grega.
- Diga-me se Bell-mère e Vivi têm algo a ver com isso.
- Bem... têm.
- Tudo bem.
A risada rouca de Luffy provocou seu coração.
- Nenhuma pergunta a fazer ? - ela inclinou a cabeça e o fitou.
- Tudo o que preciso saber é se você estará lá comigo - virando-a, ele a beijou, levemente a princípio, depois aprofundou o beijo, demorando-se numa exploração sensual que a fez desejar muito mais.
Luffy se distanciou um pouco, e ela tremeu diante da paixão evidente que viu nos olhos dele.
- Pode contar com isso.
- Sempre.
Com um movimento ágil, ele a ergueu nos braços e caminhou em direção à escada.
- Onde você está me levando ?
- Para a cama.
Nami deu uma risada aberta quando uniu as mãos em volta do pescoço dele.
- Você disse algo sobre precisar arrumar as malas - ele começou a subir a escada.
- Mais tarde.
- O vôo...
- Ele irá esperar.
- Nem mesmo você pode atrasar um vôo comercial - Luffy chegou ao segundo andar e seguiu para a suíte deles.
- É um jato fretado.
- Oh...
Foi a última coisa que ela disse por algum tempo, e foi somente depois do almoço que eles seguiram para o apartamento de Nami, para pegar suas roupas.
Em pouco tempo, estavam acomodados a bordo do jato, enquanto uma comissária alojava suas malas.
Quando o avião estava prestes a aterrissar, Luffy disse:
- Lá está.
Nami inclinou-se até a janela quando ele indicou uma pequena ilha cercada pelo mar azul. Pequena demais para um avião aterrissar.
- Precisaremos tomar um barco de uma das ilhas maiores.
- Aquela pequena lá embaixo ?
- Ela pertence à família do meu pai há alguns séculos. Dragon amava visitá-la sempre que podia. Duas de suas esposas detestavam o isolamento, e outra exigiu que ele construísse uma edificação moderna para tornar a permanência mais suportável.
Logo eles entraram a bordo de um pequeno iate que os levou através do esplendoroso Mar Egeu. Nami avistou um píer extenso, areia e uma casa branca de alvenaria branca, parcialmente escondida pela folhagem.
- Os chalés originais ficam nos fundos da propriedade. Um casal de meia-idade vive lá como caseiros. Eles tirarão uma folga enquanto estivermos aqui.
A casa era magnífica, em estilo mediterrâneo, bem diferente da expectativa dela. Porém, parecia bem situada nos terrenos imaculados.
O interior tinha assoalho em lajotas de mármore, quartos espaçosos, e os móveis eram elegantes e refinados.
Luffy apresentou-a aos caseiros; quando o casal partiu, ele conduziu-a por uma escada em espiral que levava para o andar superior.
- Você vem aqui com frequência ?
O quarto principal era enorme, com vidraças que iam do chão ao teto, piso de cerâmica, uma cama imensa, dois banheiros privativos e um amplo closet.
- É um lugar idílico para relaxar.
Teria ele levado outras mulheres para aquela ilha remota ?
- Não.
- Você não sabe o que eu estava pensando - ele se aproximou e a puxou para si.
- Sei - seus lábios roçaram a pele sensível do pescoço delicado, antes de tomar-lhe a boca num beijo ardoroso, pleno de paixão e desejo, que a fez querer puxá-lo consigo para aquela cama imensa.
- Vamos explorar o paraíso - disse ela.
- A única exploração que pretendo fazer é a do seu corpo.
- Induza-me a isso, então - os olhos castanhos brilharam enquanto Nami pressionava os dedos sobre a boca dele - Prometo que você não irá lamentar.
- Atrevida.
Nami riu, adorando sua habilidade em provocá-lo quando o empurrou.
- Nenhuma depravação de natureza sexual será permitida.
Juntos, eles pegaram um caminho que conduzia a um pequeno abrigo arenoso, ladeado por grandes pedras arredondadas em perfeita composição, como se tivessem sido dispostas ali pela mão do homem.
O ar estava fresco e limpo e ela se livrou das sandálias, depois enrolou a borda da calça até os joelhos.
Seus olhos brilharam quando lhe deu um olhar travesso.
- Onde está o seu senso de aventura ?
- O que quer dizer com isso, criança levada ?
- Tire os sapatos, as meias e a calça.
As sobrancelhas de Luffy ergueram-se em descrença.
- Calça ?
- A menos que você queira estragar esta Armani com água salgada.
Era um belo jogo, no qual ele entrou sem reservas.
- Sem calça não se enquadra na categoria de nenhuma depravação de natureza sexual, acredito eu.
Nami deu-lhe um olhar debochado.
- E arriscar chocar os nativos ?
- Devo recordá-la de que não há nativos. Esqueceu que estamos no paraíso ? Somente você e eu, Adão e Eva.
Luffy tirou os sapatos, as meias e a calça... e escondeu um sorriso quando notou a pulsação acelerada na base do pescoço dela.
Nami circundou-o pela cintura quando atravessaram a água por sobre as pedras, e ela não fez nenhum protesto quando ele voltou para o caminho que levaria ambos de volta à casa.
- Você gostaria de um drinque gelado ? - ela meneou a cabeça.
- A única coisa que quero é você - ela segurou-o pela mão e começou a conduzi-lo para a escada.
A gargalhada de Luffy alegrou o coração dela. Quando chegaram ao quarto, foi Nami quem assumiu o comando, provocando-o sem o menor vestígio de timidez, até que ele estava gemendo sob seus toques, o coração disparado no peito, enquanto lutava por controle.
Ela tomou todas as liberdades com um leve toque com as mãos que o deixou em estado selvagem, somente para aumentar a tortura sensual com os seus lábios e a ponta de sua língua.
Quando ele estava a ponto de explodir, ela o aceitou profundamente dentro de si... e foi Luffy que retomou as rédeas do comando, levando-a à beira do êxtase e fazendo-a gritar no momento de um clímax simultâneo e tão intenso que formulou a experiência mais forte e significativa que ambos já haviam compartilhado.
Depois eles permaneceram deitados e aninhados com serenidade, e Nami suspirou quando Luffy lhe acariciou as costas, apalpou-lhe o traseiro, depois subiu as mãos para sua nuca e buscou sua boca num beijo erótico.
Eles passaram dias maravilhosamente românticos, nadando um pouco, navegando no pequeno iate ancorado no píer.
Sem protocolos sociais, sem necessidade de vestimenta completa.
Juntos, comiam quando estavam com fome e faziam amor quando o Sol se punha no horizonte.
Nami perdeu a conta dos dias, cada vez mais certa de que podia estar carregando o filho de Luffy.
Era sensata o bastante para esperar uma confirmação médica, mas queria que Luffy compartilhasse com ela a excitação e a possível alegria do milagre pessoal deles.
Reprimiu isso até a última noite na ilha, e então lhe contou quando caminhavam de braços dados sob o luar ao longo da praia arenosa.
A reação dele foi tudo o que ela podia esperar, mais do que acreditava ser possível quando a puxou para si.
- Você é o meu Sol e a minha Lua - disse Luffy gentilmente - O próprio ar que eu respiro. O amor da minha vida. Nunca duvide disso.
- Sou sua - disse ela simplesmente - Por toda a eternidade.
P. S.: E aqui chegamos ao final de "Escolha Perfeita", que é a minha vigésima terceira adaptação. Também é a minha primeira adaptação com o fandom de One Piece e, obviamente, a primeira adaptação com o ship Luffy/Nami. E eu espero que vocês tenham gostado dela.
E, se tiverem gostado... reviews, pode ser ?
