Disclaimer: Saint Seiya não me pertence e, sim, a Masami Kurumada, Toei e cia.

Obs: este capítulo é focado no casal Julia e Shura.

Comecei os capítulos individuais com esse casal por uma razão muito simples.

Mesmo sendo algo que eu já declarei que seria +18, quero que vejam o teor (emoji de foguinho) do que estou planejando escrever para os casais, pq talvez algumas pessoas não se sintam confortáveis com meu estilo de escrita para essas cenas, hehehehe.

Obs.2: a primeira parte são cenas de ALSA, fic da Krika Haruno, que pincei apenas do casal deste capítulo para simbolizar a recuperação das memórias e também, do compartilhamento das memórias do Shura em relação a Julia.

Texto em itálico se refere a flashbacks, quando houver.

Texto normal se refere ao presente.

Música tema do casal Julia x Shura (especialmente para esse capítulo): Die For You - The Weeknd feat. Ariana Grande.

Capítulo 14

Ele a fitou de cima abaixo. Era baixa, bem clara, demonstrando pela vermelhidão da pele. Os olhos eram verdes acastanhados e um pouco puxados. Os cabelos castanho-avermelhados eram ondulados e estavam presos num coque. Percebeu que ela deveria fazer natação devido as costas largas. Nariz pequeno, lábios carnudos e róseos. Seios grandes, assim como o quadril.

- Muito bem senhorita. Atena restringiu lugares a vocês então o que fazia aqui? - sentou numa cadeira de frente para ela.

Ela engoliu a seco. De certo a deusa já estava sabendo.

- Eu sinto muito. Não quis desobedecê-la.

- Qual o seu nome?

- Julia.

O homem abaixou o rosto, abrindo um pedaço de papel.

" Quinze turistas passaram pela barreira e estão no templo à espera do vértice. Atena solicita atenção neles. Ass. Grande Mestre

obs: conhecem Saint Seiya"

A paulista observava o rapaz. Ele não parecia velho, e era alto, bem alto em comparação ao seu tamanho. A pele era clara, olhos pequenos e negros, assim como seus cabelos, que eram curtos e repicados. O corpo todo malhado estava coberto por uma calça preta e regata branca. Por cima do peito uma tira de couro na transversal que prendia a ombreira esquerda.

- Então conhece Saint Seiya. - dobrou o papel.

- Sim...

- Sabem de tudo? - a fitou diretamente.

- Sim... estou enrascada não estou?

- Não totalmente. Eu estava fora do santuário e soube só agora... - mostrou o papel. - que temos visitantes. Atena não sabe que está aqui.

Ela suspirou aliviada.

- Por outro lado desobedeceu às ordens.

- Eu sinto muito.

- Não vou entregá-la. - levantou. - desde que volte imediatamente para o templo.

- Nem precisa pedir de novo. - levantou. - obrigada.

- Passe pelo mesmo caminho.

- Está certo. Obrigada... o seu nome...

- Esdras.

Disse seco, aliás Julia notou que ele era de poucas palavras, bem objetivo.

- Nome diferente.

- Por causa disso me chamam pelo meu sobrenome. - dirigiu-se para a porta. - Shura. - a fitou.

Julia arregalou os olhos.

- Você é o Shura?

- Sim.

Tinha que tirar a prova, não era possível que estava diante do cavaleiro de capricórnio. A passos lentos caminhou até ele, que a olhava com espanto e sem dizer nada tocou no braço dele, sentindo a textura da pele. Shura arqueou a sobrancelha.

- É de verdade... - ergueu o rosto. - e é lindo... - murmurou.

I'm findin' ways to articulate the feeling I'm goin' through

I just can't say I don't love you

'Cause I love you, yeah

- A estátua fica no primeiro andar. Venha.

Fizeram o mesmo trajeto até chegar ao primeiro andar. Pegando o rumo contrário ao da área privativa, Shura abriu outra porta de madeira. Julia arregalou os olhos ao fitar o teto. Ele era todo decorado com pinturas de anjos, cenas de batalha e homens empunhando armas. O piso era em mármore negro. Bem no centro, erguendo sobre um pedestal uma estátua de quatro metros toda feita em mármore. A figura feminina era Atena segurando com as duas mãos uma espada, a outra figura, um homem, estava ajoelhado diante dela.

- Uau... que linda! - Julia aproximou. - muito linda!

- É realmente uma bela estátua.

- Ela está aqui desde quando?

- Nem Shion sabe. A datação da estátua perdeu-se com o tempo, mas seu significado não foi esquecido.

- Atena entregou a Excalibur para seu cavaleiro mais fiel.

- Isso mesmo. - o rosto do espanhol entristeceu. Ficou aliviado por Julia está com a atenção na estátua. - desde então ela permanece em Capricórnio.

- É fascinante. - o fitou. - posso tocar?

Balançou a cabeça afirmando. Colocou a mão no pedestal, que por si só media dois metros de altura.

- Sempre tive a vontade de ver essa estátua e pensar que estou bem diante dela... me deixa muito feliz. - voltou a atenção para ele. - obrigada.

- As ordens.

Julia circulou a estátua para ver de todos os ângulos. Shura a observava.

It's hard for me to communicate the thoughts that I hold

But tonight I'm gon' let you know

Let me tell the truth

Baby, let me tell the truth, yeah

Julia engoliu o choro. Não se lembraria do Shura? O capricorniano a fitou, sabia que isso um dia iria acontecer, mas…

You know what I'm thinkin', see it in your eyes

You hate that you want me, hate it when you cry

You're scared to be lonely, 'specially in the night

I'm scared that I'll miss you, happens every time

Em Capricórnio, Shura estava deitado no sofá. Um pequeno balde com uma garrafa de cerveja estava no chão. Não era de beber, mas talvez o álcool o fizesse pensar em outra coisa. Pegou a garrafa, virando todo o conteúdo de uma vez. Tinha bebido apenas aquela garrafa, que não era suficiente para deixá-lo alterado. Resolveu sentar no pátio de trás de sua casa para respirar ar fresco.

Andava despreocupado, até que ouviu risos. Pelo cosmo identificou Giovanni, mas quem estava com ele? Alguma serva?

O olhar estreitou quando viu que era a Julia. Mask logo notou a presença dele antes da brasileira e propositalmente passou o braço pelo ombro dela.

- Boa noite Esdras. - disse com um sorriso nos lábios.

Julia arregalou os olhos quando viu o espanhol e o olhar que ele lhe dirigia. Viu o braço de Giovanni, soltando um suspiro desanimado. Seu romance mais uma vez estava sendo sabotado.

- Boa noite Giovanni, Julia.

- Oi... - disse num fiapo de voz.

- Está entregue.

Sem se importar com as consequências, Mask deu um selinho em Julia. A paulista ficou vermelha na hora, enquanto o espanhol fechou a cara.

I don't want this feelin', I can't afford love

I try to find a reason to pull us apart

It ain't workin' 'cause you're perfect

And I know that you're worth it

I can't walk away, oh

Ficaria com ele, se ele fosse apenas um homem normal?

- Eu o enxergo muito além da armadura. - o fitou.

- E a mim?

- Vocês são diferentes... ele me trata diferente.

Shura cerrou o punho ao ouvir aquilo. Giovanni a tratava diferente, pois tinha segundas intenções, nem sabia como ainda não tinha a levado para cama. O sangue ferveu ao imaginá-la na cama de Câncer. E ferveu ainda mais por constatar que o italiano era seu cavaleiro "favorito".

- Então ele a trata diferente? - deu um sorriso nervoso.

- Sim...

- De certo que o beijo dele também é diferente. - caminhou até ela.

- Co-mo? - indagou diante da pergunta dele.

Shura parou bem próximo a ela.

- Você me dirá se é diferente. - disse em seu ouvido. - Antes de ir se deliciar com os beijos do Giovanni ou de qualquer outro cavaleiro, por que não experimenta um dos meus? Talvez descubra que posso agradá-la mais do que eles.

Tudo que ela sentiu foi os lábios quentes do espanhol sobre os seus. Ele passou o braço pela cintura dela trazendo-a para mais perto de si. Julia sentia o chão sumir... fechou os olhos para desfrutar aquele momento que certamente seria o único. Shura aprofundou o beijo. A princípio era apenas para dar o "troco" ao Mask beijando a garota "dele", mas percebeu que também era uma vontade sua. Não queria admitir, mas desde que pousara o olhar nela, sentia uma forte atração por ela. A falta de ar os separou.

Julia o fitava assustada, não esperaria aquela atitude dele, mas gostou, gostou muito.

- Shura...

Ele não resistiu a beijando novamente, dessa vez com mais volúpia.

- Não... - no meio do ato ele recuou. - não quero...

As palavras a atingiram em cheio. Era evidente que ele apenas a beijara por beijar. Shura jamais teria qualquer tipo de sentimento para com ela.

- Já entendi Shura. - disse. - me perdoe por qualquer constrangimento.

Ele não disse nada.

- Adeus Esdras.

Achou que o adeus era apenas para aquele momento, até se lembrar que na manhã seguinte ela iria embora. Julia não deu chance de resposta, partindo. O cavaleiro a via afastar, completamente sem ação.

- Julia... - seu lado emocional gritava que era para ir atrás dela, mas o racional dizia que o melhor era deixa-la ir.

A paulista subia as escadas a passos rápidos. Que droga! Pensava, por que tinha que ser tão difícil? Por que ele tinha que trata-la tão friamente?

- " Mask tem razão, gastar minhas lágrimas com aquele idiota."

- Julia.

Quando escutou a voz, Shura estava bem atrás dela. Sorte sua ter apenas pensado, ou não? Deveria ter falado em alto e bom som para ele escutar.

- Julia...

- Adeus Shura. - apertou o pé e sequer olhou para trás.

O cavaleiro a viu afastar, mas dessa vez não foi atrás. Talvez fosse melhor assim. Eles viviam em mundos diferentes.

Even though we're going through it

And it makes you feel alone

Just know that I would die for you

Baby, I would die for you, yeah

Ele tocou-lhe a face, enxugando as lágrimas.

- Tenho medo de te perder... - disse sem tirar o olhar dela. - mas... fique aqui essa noite e... todas as outras enquanto estiver no santuário.

Ela sorriu. O cavaleiro pegou sua mão, dando um beijo suave no dorso.

- Fica comigo? - indagou.

- Sim...

Shura a pegou nos braços, levando-a para dentro...

... Sorriu ao ver as madeixas vermelhas espalhadas no lençol branco. O espanhol a beijou com volúpia, sendo correspondido na mesma proporção.

Rapidamente se livrou de suas roupas. Julia fitou o dorso nu, repleto de cicatrizes.

- São do treinamento? - sentou na cama.

- Algumas... a maioria é do fato de ter usado a Surplice.

Julia as tocou de forma delicada com medo de causar dor, depois depositou um beijo em cada uma delas. Shura fechou os olhos ao receber essa caricia.

- Dói?

- Não...

A paulista ficou de joelhos beijando-o agora na boca. Usando o peso do corpo, Shura a deitou novamente e dessa vez retirou a camisola e as peças intimas.

- Tem certeza que me quer?

- Tenho.

Voltaram a se beijar e os toques se tornaram mais intensos por ambas as partes. O cavaleiro retribuiu os beijos nas cicatrizes em cada pedacinho do corpo da paulista.

Shura não quis perder tempo, ajeitando seu membro na cavidade feminina, contudo antes de prosseguir olhou para Julia. Ela sorriu.

Sorriu de volta, prosseguindo...

... os quadris mexiam em ritmo acelerado, Julia segurava nos ombros do cavaleiro, mas tendo o cuidado para não apertar o ombro ferido. As unhas pintadas de vermelho marcaram de forma vigorosa as costas do moreno, assim como também a marca perto do pescoço, deixado por ele.

Shura deu um sorriso de canto, ao ver aquela parte marcada. Todos saberiam que ela era dele. Só dele. Esdras aumentou o ritmo e os dois gozaram juntos, apoiando o corpo um no outro depois do relaxamento.

- Machuquei seu ombro...? - o rosto estava deitado no peito dele.

- Não... - respirava ofegante. - ele só dói quando ergo o braço... - a fitou.

- Hum..

O espanhol buscou novamente os lábios da paulista, beijando-os com volúpia.

- Você é minha. - fitou os olhos esverdeados. - só minha.

Olhou para o lado deparando com Shura dormindo profundamente. Segurou para não soltar um gritinho. Finalmente o espanhol era dela. Miro tinha que ser beatificado pela ideia. Se não fosse por ele ainda estaria no zero a zero.

Shura acordou.

- Buenos Días...

- Buenos... - sorriu. Não era um sonho.

- O que foi? - apoiou a cabeça no outro braço e com a outra mão brincava com as mechas vermelhas.

- Nada. Só estou feliz. Finalmente você me enxergou.

- Eu já tinha te enxergado desde o dia que vi você na vila, andando perdida. - acariciou o rosto dela.

- E por que foi tão frio comigo...?

- Pensei que iria embora depressa. - sentou na cama. - mas como foi ficando... sabe os motivos.

- Sei.

- Está com fome?

- Sim.

- Vou fazer alguma coisa para gente. - levantou. - não demoro.

Ao se ver sozinha, Julia sentiu uma enorme vontade de pular na cama de felicidade.

The distance and the time between us

It'll never change my mind, 'cause baby

I would die for you

A explosão foi violenta, imediatamente Hell e Mask foram absorvidos pela luz, foi fração de segundos a luz encobrir todos os cavaleiros...

No santuário sentiram um forte tremor de terra, em seguida viram uma torre de luz subir até os céus, atravessando o centro do selo. Ao chegar ao ápice a luz se desfez como estrelas cadentes.

Baby, I would die for you, yeah

Julia sentiu o cosmo de Shura a envolver, trazendo todas as recordações dos momentos em que ela esteve no Santuário há 10 anos. Foi inundada pelas memórias dele, em vívidos detalhes, e sentiu cada sentimento e emoção do capricorniano em todos aqueles dias e acontecimentos.

Pôde sentir o quanto ele se sentiu atraído por ela desde o primeiro momento em que a viu em Rodório e o quanto, no começo, ele reprimia e relutava em admitir o que sentia por seu medo de ser abandonado, por se culpar e não se sentir digno dos sentimentos dela devido aos seus erros do passado.

Pôde sentir o quanto ele tinha ciúmes de vê-la com Máscara da Morte, mesmo que entre eles houvesse apenas amizade da parte dela.

Sentiu o quanto ele desejava aquele primeiro beijo mesmo não admitindo e o quanto o beijo mexera com ele, assim como as suas próprias reações quando correspondeu ao ato - como tocar sua nuca quando ele aprofundou o contato, se entregar aos lábios dele em seus braços e a languidez de seu corpo - quase o fizeram perder o controle de si próprio e ceder ao desejo por ela, ao qual ele resistiu.

Soube que quando ele cortou o beijo e disse que não queria, já tinha começado a se apaixonar por ela, mas se repreendia por isso, não queria se apaixonar e depois, sofrer com uma vida sem ela quando a barreira abrisse. E quando veio atrás de si, logo em seguida, ele quase cedeu a esses sentimentos.

E sentiu o quanto ele a amava quando, enfim, cedeu aos sentimentos que nutria, se entregando a Julia e o quanto queria protegê-la quando deu sua vida por ela.

Uma lágrima escorreu de seus olhos ainda fechados e sentiu um aperto tão grande no peito quando viu as últimas memórias do Cavaleiro. Antes de vir à Grécia, quando ela e as garotas brincavam falando que Shura de Capricórnio era seu, jamais imaginava que aquilo seria verdade.

Quando escrevia ou lia as cenas de romance com ele, escritas pelas amigas para ela, imaginando o Cavaleiro de Ouro se declarando, lhe tocando, lhe beijando… nem em suas maiores loucuras tinha pensado que isso se tornaria real.

E agora, ele estava ali, ao seu lado. Emanando seu cosmo para mostrar o quanto havia se apaixonado perdidamente por ela. Logo Julia, que por tanto tempo acreditou que jamais encontraria um homem que a amasse como ele a amava.

E esse mesmo homem, um Cavaleiro de Athena, um guerreiro, que se redimiu de todos os erros, aceitando carregar o estigma da traição, o maior fardo de todos em sua ordem, para salvar a humanidade em um ato altruísta… Deu a sua própria vida para que Julia vivesse.

Shura, ao seu lado, fechou os olhos quando projetou essa parte em sua mente. Era - como ele mesmo dissera a Giovanni - a maior prova de seu amor.

Julia abriu os olhos devagar. Olhou para o lado, vendo-o sentado na poltrona de olhos fechados. Se esgueirou para fora da cama king size e se aproximou dele.

Tocou a face masculina, com as pontas dos dedos e, passando uma perna por cada lado do quadril dele, sentou-se em seu colo, acariciando e olhando cada detalhe daquele rosto perfeito, beijando-o suavemente.

Sentia, agora, o amor dele em seu próprio coração e isso só fizera com que o amasse ainda mais profundamente. Amava aqueles olhos negros, o nariz reto, os lábios finos e bem desenhados. O queixo pronunciado e a testa alta.

Amava sua voz grave e o sotaque castelhano. Amava a maciez dos fios negros, o perfume amadeirado que sua pele exalava. O calor que seu corpo tinha e os ombros largos, os braços fortes, o peito com as cicatrizes. Amava as suas cicatrizes, cada uma delas.

Se afastou um pouco, sua respiração estava devagar e tocava a face dele. Shura abriu os olhos lentamente e a olhou nos olhos, enquanto suas mãos se dirigiram para as coxas dela.

– Shura… obrigada por me amar e por… - A voz embargou. - Por ter dado sua vida… para me proteger.

– ¡Moriría por ti muchas veces más, mi amor! - ele murmurou.

– Y yo, por ti. - Deslizou os dedos pelos seus cabelos negros.

O espanhol vagarosamente sorriu, observando atentamente as expressões de Julia.

– ¿Verdad?

– Sí… - Murmurou com o rosto bem próximo ao dele, roçando os lábios. - Eu te amo, Shura de Capricórnio…

Julia o olhou intensamente nos olhos, roçando seus lábios nos dele, mas sem aprofundar o contato. Queria provocá-lo, fazer despertar cada sentido de seu corpo…

– Obrigada por me mostrar suas memórias… Não sabia que tinha tanto ciúmes assim do Mask.

– Eu queria você para mim… Mas aquele italiano não saía de perto de você.

A brasileira riu, acariciando seu rosto e tirando alguns fios negros de sua testa, delicadamente.

– Eu sempre quis você, cabrito. - Agora foi a vez do capricorniano rir com o apelido carinhoso.

– Se você continuar me chamando de cabrito, eu vou precisar de um apelido para você também…

Shura levou uma das mãos a seu rosto acariciando-o, e deslizou-a até sua nuca, em seguida tomando sua boca em um beijo apaixonado, ao qual ela correspondeu, colando seu corpo o máximo que podia ao dele, soltando um baixo gemidinho, sentindo sua pele ficar mais sensível ao toque dele e seu corpo responder com languidez.

O espanhol intensificou o beijo, buscando sua boca com mais volúpia. Julia abriu um pouco mais os lábios, e buscou a lingua dele com a sua, puxando de leve os fios negros em sua nuca.

Sentiu a mão dele que estava em sua perna deslizar e apertar-lhe o bumbum, trazendo seu quadril para mais perto do dele sentindo em sua intimidade, a de Shura, que começava a se enrijecer.

Projetou o tronco mais para frente, fazendo-o recostar-se totalmente na poltrona. Com isso, seus seios pressionaram o peito do Cavaleiro, que ficou entregue à sua mercê.

Ainda o beijando intensamente, de forma lasciva ela fez vagarosos movimentos circulares com o quadril sobre a ereção do capricorniano, o que fez o espanhol soltar um grunhido de leve, ao se separar de sua boca.

– ¿Quieres follar ahora? - O olhar que ele lhe dirigiu foi carregado de luxúria, ao mesmo tempo apaixonado e surpreso.

– Sí… - Julia o beijou novamente.

Puxou a camiseta dele, para ter mais contato com a pele quente e a retirou. Correu as mãos pelo corpo musculoso, beijou e lambeu as cicatrizes em seu peito, desceu as mãos para o abdome definido enquanto beijava seu pescoço. As mãos dele buscaram o vestido que ela usava e rapidamente, retirou-o e soltou seu sutiã, tomando os seios grandes em suas mãos.

Apertou-os aplicando apenas o tanto de força suficiente que sabia que a excitava e lambeu-os, olhando-a com desejo nos olhos. Abocanhou um dos seios ao mesmo tempo que os massageava com as mãos. A brasileira soltou um longo suspiro, puxando de leve os fios negros novamente, jogando a cabeça para trás.

O beijou de novo, suas línguas se tocando e então, levantou-se do colo dele, ajoelhando a sua frente, enquanto retirava a calça de treino e o despia.

Shura era um pouco grande se comparado à média espanhola e a alguns outros homens com quem ela havia se relacionado. Seu membro relativamente grosso e ligeiramente curvado para cima, estava bem ereto com veias saltando e a glande rosada, despontando para fora da pele clara, estava úmida. Trazia os pelos muito bem aparados, o que a fez sorrir. Ele se lembrava que ela não gostava de pelos.

Tocou-lhe a base do membro com a mão e o masturbou, em seguida, lambeu a sua extensão e circulou a glande dele com a língua.

– Julia… Me vuelves loco así… - implorou.

Só então, o cobriu com a boca e começou a chupá-lo. O espanhol gemeu alto e jogou a cabeça para trás, agarrando os braços da poltrona.

Desde que se reencontraram, há três dias, ainda não haviam se tocado de maneira tão íntima e intensa. A escorpiana havia passado por tantas emoções que o desejo havia ficado em segundo plano. Mas quando se beijaram de forma mais sensual, com as lembranças da primeira vez que transaram, todo aquele tesão que sentia pelo Cavaleiro de Capricórnio veio à tona.

O sexo oral estava muito bom, vê-lo gemer e dar prazer a seu Cavaleiro de Ouro era ótimo, mas… ainda não era o suficiente.

– Shura… ¡Te necesito en mi! - disse, levantando-se.

Ao comando desesperado dela, que despiu-se da calcinha, não precisou fazer mais nada, pois ao se ver nua, ela imediatamente direcionou o pênis de Shura a sua feminilidade e o fez penetrá-la, com um alto gemido, passando a cavalgá-lo, apoiando em seus ombros no processo.

O espanhol segurava em sua cintura e assistia, excitado, a mulher que amava enquanto ela buscava loucamente se saciar dele, a ponto de fazer os seios dela pularem a sua frente. Abocanhou novamente um deles e Julia arranhou suas costas, jogando a cabeça para trás.

Estava quase gozando, então, ele se retirou de dentro dela.

– No te corras todavía. - Ordenou, ao receber um olhar confuso.

A pegou no colo e deitou-a para a cama, colocando as pernas dela em seus ombros, assumiu o controle, penetrando-a de uma vez. Começou com um ritmo mais devagar, penetrando-a mais fundo, mas aos poucos foi acelerando.

Se movimentava o mais rápido que podia enquanto tentava penetrá-la o mais fundo possível.

– Quiero que vengas conmigo. ¿Sí? - Shura, que segurava sua cintura com as duas mãos, olhou em seus olhos, e levou uma de suas mãos entre as pernas dela.

Julia já não conseguia falar, estava bem perto de um forte orgasmo, ainda mais com Shura tocando seu clitóris e a masturbando. Ele próprio estava quase chegando lá também e em poucos segundos, a sentiu contrair-se e arquear as costas, agarrando seus lençóis.

Sem poder se conter mais ao vê-la gozar e sentir pulsar por dentro, o capricorniano desceu suas pernas e inclinou-se para beijá-la, deixando que seu corpo liberasse todo o prazer represado, enquanto de sua garganta, um gemido gutural escapou, quando seu corpo inteiro se retesou no ápice do momento.

– Te amo, Julia… Te amo mucho… - murmurou ofegante com a testa colada na dela e o corpo musculoso suado lhe cobrindo, sem sair de dentro dela.

– Também te amo, Esdras. - Olhou-o com carinho e acariciou seu rosto, com as pernas entrelaçadas as dele.

Esdras sentia o corpo lânguido e pesado, apoiado nos antebraços, para não soltar seu peso sobre ela. Lentamente, ele se afastou e se retirou. Estavam suados e melados. Olhou para Julia que o observava com carinho e deitou ao seu lado, puxando-a para se acomodar junto dele.

Ambos adormeceram, abraçados enquanto trocavam algumas carícias e beijos, com um sorriso bobo.

Xxxx

É, o capítulo ficou mais curto do que eu previa, mas depois desse final, eu não sabia o que colocar, sem estragar o clima.

Como vocês viram, as minhas cenas de sexo costumam ser mais detalhadas e podem ser muito explícitas para algumas pessoas.

Então, recadinho as meninas que participam da fic: se alguma de vcs se incomoda e não se sente à vontade com cenas assim, podem me avisar que eu faço algo mais light.

Particularmente, eu gostei dessa cena… eu até acho que poderia incluir mais coisas (foguinho), mas aí poderia tbm ficar demais e eu errar a mão na putaria… Hahahahahahahahaha!

Eu espero que ainda assim, tenham gostado.

Às reviews:

Isa - maaaanaaa! Aaah, que bom que vc gostou! Eu escrevi a cena praticamente inteira logo depois de ler a review da Sheila no capítulo anterior. Sobre as memórias da Athena e tudo mais, calma, vamos chegar lá! Eu quero escrever algo bem bonito pra vc e o Camus.

Krika - Hahahahhaha povo vai deixar Saori na pindura, será? Aaah, acho que até tinham outros pontos importantes também, mas se eu colocasse demais, ia acabar ficando muito extenso. Fico feliz que tenha gostado e como te disse no Insta: vai ter uma pitadinha de drama, mas a ideia aqui é que Cris e Saga sejam felizes! Já está mais do que na hora, convenhamos!

Margarida - Hahahahaha, até imagino a cara dos dourados acordando com o grito da Sheila. Hmmm, gosto de provocação também, mas como vc deve ter percebido por esse capítulo, é um tipo diferente de provocação. Kkkkkkkk… Mas tentarei incluir Sheila falando do Sorento pro Aiolos, sim. Aaaah, isso me lembra que adiantei uma cena do fim da fic e preciso concluí-la… Quero deixá-la bem linda!

Notte di Luce - Aaaaaah, eu deveria ter colocado a cena do Saga bêbado! Mas só Kanon e Cris viram. Hahahahahhaha. Então, se eu colocar o Aiolos fazendo isso, mato uma parte da história dele com a Sheila.

Tradução dos diálogos em espanhol que são mais difíceis de entender:

– E eu, por você. (Quando Shura diz que morreria muitas vezes mais)

– Quer transar agora? - O olhar que ele lhe dirigiu foi carregado de luxúria, ao mesmo tempo apaixonado e surpreso.

– Julia… Você está me deixando louco assim… - implorou.

– Não goze ainda. - Ordenou, ao receber um olhar confuso.

– Quero que goze comigo, está bem? - Shura, que segurava sua cintura com as duas mãos, olhou em seus olhos, e levou uma de suas mãos entre as pernas dela.