Disclaimer 1: Naruto e seus personagens não me pertencem, mas sim a Masashi Kishimoto.
Obs: A ideia original da história não é de minha autoria, ela é tirada da série coreana My Mister, recomendo assistir vale muito apena.
Meu senhor
-Itachi Pov-
Itachi Uchiha já estava acordado bem antes do despertador tocar, havia acordado depois de mais um dos seus sonhos onde ele está preso em uma sala sozinho, enquanto ele mais tenta sair mais a sala ia se encolhendo, de repente aparecia algumas pessoas, mas quando ele tentava olhar para seus rostos estavam borrados. Já havia mais de um ano que tinha esse sonho, se é que podia ser chamado de sonho, e todas as vezes ele acordava perto de acordar para ir trabalhar.
Ele olhou para sua esposa que dormia tranquilamente ao seu lado e suspirou tentando se levantar sem mexer muito a cama. Apertou o despertador para que ele não acordasse a mulher deitada, clamou e foi pegar suas roupas de trabalho para trabalhar. Já na sala trocada ele passa um café em sua cafeteira, enquanto o cheiro do café vai invadindo o ar da mais um suspiro de cansaço. Estava com 39 anos e logo completaria 40 em dois meses, trabalho com que gostava, a arquitetura já havia projetado dois prédios que tinham sido construídos, porém devido à entrada de um novo diretor as coisas mudaram. Foi transferido do setor de planejamento para o setor de inspeção, não que ele não gostasse, mas não era a mesma satisfação de criar o projeto e vê-lo ser construído.
Com o café em mãos ele da um gole e dá outro suspiro pensando no dia que teria, teria que visitar alguns projetos com sua equipe e fazer algumas observações para outro departamento verificar. Enquanto terminava seu café a porta do quarto se abria e sua esposa, Konan apareceu, ela o olhou ainda com a cara de sono.
Pensei que já havia saído – falou ela indo direto para o banheiro entrando e fechando a porta.
Já estou de saída – respondeu terminando seu café e colocando a caneca na pia. – Até a noite.
Tá... -foi a resposta dela de dentro do banheiro, ele pegou sua pasta e saiu do apartamento para o frio da rua.
Konan e Itachi eram casados há 20 anos, mas ele sentiu que parecia ter mais tempo, ele não sabia dizer quando o casamento deles se tornou algo estranho e monótono. Eles tinham um filho, Souta que estava nos Estados Unidos na casa de uma tia, irmã de Konan, foi para lá já fez uns três anos para estudar e ter um futuro melhor. Apesar da falta que sentiu do seu menino, perdeu que era melhor ele estar lá do que ali junto com eles quando nem ele mesmo sabia o que estava acontecendo.
Itachi saiu do seu prédio e caminhou em direção à estação de metrô, ficou uns vinte minutos dali, enquanto andava pelo bairro onde morava desde sua infância ele ia cumprimentando as pessoas que passavam por ele. Como ele morava ali desde pequeno era normal conhecer metade do bairro Kohona, seus passos eram lentos, sem pressa em chegar no trabalho, quando finalmente chegou na estação de metrô deu outro suspiro cansado.
A empresa ficou no outro lado de onde ele morava, apesar de ele ter carro e poder ir e chegar rapidamente, ele iria de metrô assim dava tempo para pensar, o carro ficou com sua esposa já que ela trabalhava também no centro como advogada sempre Tinha que estar saindo para alguma coisa.
Bom dia, Sr. Uchiha – cumpriu um de seus subordinados da equipe, assim que ele desceu na estação onde ficou a empresa.
Bom dia, Deidara. – respondeu Itachi dando um sorriso aos dois então caminharam juntos em direção a empresa.
Acha que hoje conseguiremos verificar aquele projeto B3? – Perguntei ao rapaz sobre o trabalho.
Espero que sim, o Sr. Danzou esteja cada dia mais em cima de nós – respondeu Itachi – acredito que hoje só tenha dois ou três projetos para inspeção.
Vou falar com o Kisame para agilizar o relatório – disse Deidara dando um suspiro também cansado.
Itachi e Deidara chegaram no prédio onde construíram a empresa passaram pela portaria cumprimentaram a segurança, o elevador estava fechando quando eles correram, assim que chegaram em frente pode ver que havia uma pessoa dentro, uma garota, ela era uma diversão temporária temporária no setor onde Itachi Era responsável, ela cuidava dos recibos, das cartas e de tudo que tinha com administração.
Segura a porta – falou Deidara um pouco antes de chegar até o elevador, porém a garota apenas olhou para eles sem nenhuma expressão e a porta se fechou na cara deles – orra, mais que mal-educada!
Ah...tudo bem – falou Itachi também um pouco confuso com a atitude da garota.
Ainda não entendemos por que o senhor a contratou – falou Deidara enquanto eles esperavam o outro elevador.
Itachi ficou em silêncio sem querer deixar aquela pequena cena tirada a paz que tinha por enquanto. No elevador Deidara continua a reclamar e falar sobre a garota de como ela estava sempre mal-encarada, sempre que alguém pedia algo para ela, ela simplesmente ignorava ou respondia com poucas palavras. Quando o elevador chegou no andar onde eles desciam a porta se abriu e eles saíram.
Deixa isso para lá, né? Vai estragar o dia por isso? – falou Itachi seguindo para dentro da sala.
A garota estava sentada já em sua mesa, com um casaco de frio verde maior que ela, ela matinha seus olhos abaixados para o que quer que estivesse fazendo. Deidara passou por ela olhando-a, porém foi ignorada assim como ele próprio, na verdade ela não entendeu aquela garota.
Bom dia, Sr. Uchiha – cumprimentou os outros funcionários felizes, Kisame já em seu lugar já passou algumas coisas para ele, assim como Hidan e Sasori.
Conseguiu finalizar os dois relatórios de ontem? – disse Itachi sentando-se em sua mesa e ligando seu computador, enquanto esperava a máquina ligar ele tirou seus sapatos e colocou seus velhos chinelos, o que na empresa todos fizeram.
Sim, só falta imprimir para o senhor repórter – falou Hidan se levantando e indo até a impressora para realizar a impressão do documento.
Itachi então começou a ler seus e-mails e algumas outras coisas que tinha que ter sua atenção, quando Hidan se esbravejou e bateu na impressora.
Hei – contém Hidan em direção a garota que cuidava das papeladas. – Será que dá para dar uma mão aqui?
A garota declarou a cabeça e o encarou sem nenhuma expressão, Itachi havia parado de fazer o que estava fazendo para observar a cena, ela se declarou como se estivesse em câmera lenta, caminhou até onde Hidan estava e olhou para máquina, abriu o compartimento de folhas e olhei para Hidan.
Está sem papel – respondeu ela com uma voz baixa que para Itachi parecia mais uma voz cansada e rouca.
Certo, então coloque papel – falou o outro então ela foi aberta um pequeno armário no chão com o pé e nomeado.
Sem dizer mais nada ela voltou para sua mesa e voltou sua atenção para os papéis que estava trabalhando, Hidan ficou indignado e começou uma reclamação, quando terminou de fazer a impressão ele voltou para onde Itachi estava.
Aqui está. – falou ele ainda bravo – será que não tinha alguém mais simpático para trabalhar aqui?
Deixa para lá.. – falou Itachi pegando os papeis e lançando um ultimo olhar em direção a garota que ainda estava de cabeça baixa cuidado dos papeis.
- POV geral –
Jiraya Sato fundou a BlueGreen Arquitetura Sato quando ainda era um recém-formado, com alguns amigos ele conseguiu transformar a empresa em uma grande Multinacional realizando até projetos para o governo. A empresa como era dos seis amigos, ele quem escolhiam seus representantes os donos eram, Sr. Kento Tanaka, Sr. Daisuke Matsumoto, Sr. Yoshito Yamazaki, Baki Nakamura e Sr. Jiraya Sato.
Entre todos Baki depois de Jiraya era o que mais se preocupava com a empresa, agora que o pais estava passando por uma crise as coisa pareciam não está indo muito bem, assim ele queria colocar pessoas confiáveis e talentosa na empresa. Já Daisuke queria apenas saber do lucro dele e dos outros, assim tentando colocar pessoas de sua confiança, assim ele colocou seu ex genro no cargo de Diretor Nagato Kato.
Nagato era a pessoa mais nova em um cargo alto e com tanto poder, ele então tinha seus subordinados, Danzou que era diretor do setor, Asuma gerente de projeto e Gai gerente do setor de inspeção. Shisui Uchiha era outro diretor colocado por Baki, ele comandava Kakashi Hatake que era gerente também e Hiro Tashiba.
Logo seria feito a mudança de cargos e o cargo que todos cobiçava era o de CEO que mandaria em todo o setor, aconteceria uma reunião para escolher quem concorreria para o cargo, depois seria feito o processo de entrevistas com os candidatos, teria uma inspeção para saber se o candidato tinha alguma coisa que o desclassificaria. E no final teria a grande votação dos sócios.
O candidato que Baki iria indicar seria Shisui Uchiha, ele sempre estava pensando na empresa e nos funcionários, seus subordinados o respeitavam e o adorava, já Daisuke indicaria Nagato formando assim a grande briga pelo maior cargo do momento.
Em uma sala dos andares superiores do prédio estava Baki sentado em frente sua mesa assinado uns papeis, quando Kakashi e Shisui entraram na sala, ele fez sinal para eles se sentarem e logo depois de terminar o que estava fazendo se junto há eles no sofá.
Então, o que temos? – perguntou Baki referente a "missão" que ele tinha passado para os dois.
Confirmado que Nagato já começou mexer suas peças, ele convidou o gerente Ito para um almoço. – contou Shisui fazendo Baki se irritar, Ito era muito influente com os outros gerentes, se ele votasse em Nagato os outros poderiam seguir seu voto.
Nagato aquele moleque – falou ele pensando em alguma solução.
Talvez o senhor falasse com ele, ou mudasse de área, assim mostraria para Nagato que ele está na mira – sugeriu Kakashi.
O escritório em Nova York está precisando de um gerente. – comentou Shisui fazendo o velho concordar.
Assim o gerente Ito foi chamado para a sala de Baki depois da conversa com o homem ficou acordado que Ito iria para Nova York, assim ele não poderia votar. Shisui ficou encarregado em fala com Nagato.
Vim informar sobre uma pequena mudança – falou ele quando entrou na sala de Nagato, Danzou estava junto como sempre. – O senhor Ito foi transferido para o escritório em Nova York, Jiraya-sama concordou e já assinou os papeis.
Como? – falou Danzou mostrando irritação, já Nagato continuou sem nenhuma expressão.
Muito bem, acho que assim terá mais utilidade – falou Nagato fazendo Shisui sorrir.
Sim, bem vou indo, talvez um dia você passe me convidar para um almoço não? -falou ele fazendo Danzou fazer uma cara de quem tinha sido pego no fraga, Nagato porém não disse ou demostrou qualquer reação.
- Nagato POV-
Quando a porta fechou depois que Shisui tinha saído ele finalmente demostrou uma reação, olhou para Danzou que estava ali de pé olhando-o com um olhar de culpa, afinal, fora ideia de Danzou convidar Ito para um almoço para assim tentar ganhar sua confiança.
Não se preocupe senhor – falou Danzou rapidamente – iremos conseguir a maioria dos votos,
Isso não me preocupa, aquele Shisui – falou ele irritado.
Talvez se conseguíssemos tirar ele da jogada. – falou Danzou pensativo – pode deixar eu cuidado disso.
Espero que cuide disso sem problemas – falou Nagato sério deixando Danzou confiante para realizar o plano.
Na hora do almoço todos saíram juntos, os primeiros a sair foram as mulheres que cuidavam dos assuntos administrativos, Itachi, Kisame, Hidan e Sasori saíram juntos e foram para o elevador, passaram pela mesa da garota onde ela ainda estava trabalhando, Hidan ainda se queixava do ocorrido mais cedo.
Não posso contratar outra pessoa? – disse Hidan enquanto esperavam o elevador.
O contrato dela já vai acabar, pare de ser rancoroso – falou Itachi dando um sorriso, nesse momento o direito e o vice direito apareceram.
Sejam educados – falou o vice-diretor Danzou fazendo todos se virarem e cumprimentar os eles.
Bom dia, Sr. Nagato – todos cumprimentaram educadamente fazendo uma pequena reverencia.
Nagato cumpriu com um sorriso fraco a todos quando seus olhos pararam em Itachi o sorriso se tornou um pouco mais solicitado, Itachi não suportava aquele homem. Danzou então entrou no elevador e já abriu o botão para descer apenas ele e Nagato deixando os outros esperandoem o outro elevador.
Ainda não entendo como um cara esses pode ser vice-diretor! – exclamou Hidan depois das portas se fecharem.
Porque o Sr. Nagato não fala com você? Não fizemos faculdade juntos? – Perguntou Kisame fazendo Itachi dar um suspiro.
Sim você como veterano, ele deve ter respeito. – falou Sasori fazendo Itachi dar um sorriso e dar de ombros.
As coisas são diferentes fora da faculdade – disse Itachi apertando o botão para chamar o elevador de novo.
Na verdade, era que Itachi nunca foi amigo de Nagato pelo simples fato de não apoiá-lo, na faculdade como ele era dois anos mais velho que Nagato ficou responsável por ajudá-lo como veterano. Desde o início Itachi parecia não ter ido com aquele homem, seu sorriso falso e sua falsa modéstia o deixava enjoado. Agora depois de formado, passado um tempo Itachi teve o desprazer de ter ele como chefe.
O almoço foi tranquilo a conversa acabou sendo coisas rotineiras, como o resultado do último jogo, tempo e algumas coisas do trabalho. Na volta para o escritório eles eram mais animados, quando chegaram e já começaram a trabalhar, aquele dia descobriu que não precisava sair para uma inspeção.
Ficaram sabendo? – falou Kisame depois de um tempo de trabalho.
O que? Ganhou na loteria? – Disse Sasori fazendo os outros rirem.
Não idiota – falou o homem irritado – sabe que logo vai começar a escolha do novo diretor. – falou Kisame mostrando o e-mail que recebeu – acho que tem chances de Nagato sair.
Bem, isso seria um problema para você não Itachi? – falaram Hidan e Itachi suspirou.
Tanto faz, ele fica na dele e eu na minha está ótimo – comentou comunicando sua atenção para o trabalho.
Seria legal se fosse o senhor – disse Kisame sorrir e os outros dois concordaram.
Acho que deveria prestar atenção no seu serviço e deixar de sonhar – falou Itachi jogando um elástico em Kisame e todos voltaram a trabalhar.
Itachi então se concentrou no trabalho, tinha que revisar um dos projetos onde o prédio parecia estar com problemas de infiltração, já tinha feito a inspeção e parecia que o custo para arrumar sairia muito alto, passou para Danzou e ele ficou falando para tentar diminuir. Todos os comentários estão concentrados no trabalho, o único que foi ouvido foi os cliques dos teclados dos computadores, até que um comentário foi ouvido.
AHHH! – Itachi se assustou e olhou para onde vinha o grito, era Anko a moça que cuidava da parte financeira, ela estava abaixada tapando a cabeça.
O que foi?! – contém Sasori indo até ela.
Um bicho horrível! – falei ela novamente apontando para uma pequena joaninha balançando pela sala.
Ah fala sério – falou Sasori rindo.
Mata ela! Ahh que horror – falou se levantando de sua mesa e saindo para longe dali seguida por outras duas mulheres que trabalharam com ela.
Itachi então se gritou calmamente e foi até onde Sasori estava, ele estava preparando para bater no pequeno inseto com uma pasta, Itachi o impediu e tentou pegar uma pequena joaninha, desde pequena sempre gostei de joaninha, as perdidas tão bonitas. Foi em passos lentos fazendo pequeno movimento, o inseto voou fazendo as mulheres gritarem novamente, então o pequeno inseto pousou no braço da garota do recibo. Lá foi Itachi tentar pegar o pequeno inseto, quando estava se aproximando dele a garota pegou sua agenda que estava sobre a mesa e bateu no pequeno inseto em seu braço matando-o, depois o jogou no sexto de lixo que estava perto. Itachi ficou ali parado próximo dela sem ação, ela então voltou para suas afazeres deixando-o envergonhado.
Só você mesmo para tentar salvar o inseto – falou Kisame rindo quando Itachi voltou para sua mesa.
Ah, ele é incapaz de matar qualquer coisa, não é? – falou Sasori também voltando para seu lugar.
O inseto as vezes é para o bem do meio ambiente. – disse Itachi ainda sem acreditar que aquela garota simplesmente matou o inseto vendo o seu cuidado de pegá-lo.
Aposto que não mata nem a barata que vem do lixo – falou Hidan rindo então Itachi suspirou.
Já atirei em um veado – disse Sasori orgulho – fui caçar com meu pai e meu tio, acertei em cheio.
Já matou um coelho? – disse Hidan orgulhoso de seu feito.
Já viram porco morrer? – comentou Itachi lembrando de sua infância. – Meu avô tinha um sitio onde todo final de ano fazíamos porco, foi a coisa maior que matei, desde aquele dia nunca mais quis reviver isso.
Todos então fizeram um 'Ohhh' Itachi falou e se declarou indo até a copa pegar um pouco de café, encheu sua caneca de café e foi até a porta onde a garota estava.
Você não se importa de matar um pequeno inseto não né? – falou Itachi puxando conversa, a garota não olhou para ele, pegou os jornais que ali tinha e jogou no lixo - qual foi a maior coisa que você já matou ? – ela parou por um segundo de fazer o que estava fazendo e respondeu.
Uma pessoa – respondeu friamente fazendo Itachi arregalar os olhos.
Desculpa, por tentar puxar conversa – falou ele saindo de perto da garota que não mostrou nenhum fato.
Itachi realmente não conseguia entender aquela garota, em sua mesa ele abriu os documentos dos funcionários que ali trabalharam para ele, lá estava o currículo dela. Hinata Hyuuga, 20 anos. Ele suspirou havia escolhido o currículo dela devido a um pequeno detalhe que na época ele achou engraçado, no Hobby estava "correr".
Então ele viu que as cartas já tinham sido entregues, pegas como suas e foi olhando, notou que a carta do Sr. Shisui Uchiha estava em sua mesa, embora eles tivessem o mesmo sobrenome, eles não eram parentes. Então ele pegou a carta e se virou para falar com Hinata, quem era responsável de entregar as cartas, ela não estava em sua mesa e sim na copa, ele fez menção de se levantar mais notou que ela já estava de saída, viu que ela Pegou uns pacotes de café solúvel que ficaram na copa para os funcionários, ela colocou em seus bolsos e saiu de lá. Itachi voltou a se sentar olhando para a câmera que tinha ali na direção da copa, será que ela não notou que tinha sido filmada 'roubando' os cafés?
Como sete Itachi estava no metrô em direção a sua casa, iria passar em sua mãe para verificar se ela era privilegiada de alguma. Naquela hora o metrô estava cheio, mas para sua felicidade ele conseguiu um lugar para se sentar, sentado olhando para qualquer lugar que ele pensou no dia de hoje. Houve um tanto estranho, primeiro o encontro com Nagato, depois a cena da joaninha, depois a conversa fria e por último o café, será que ele teria que se preocupar com isso?
Perdido em seu pensamento ele olhou para um lado e notou uma pessoa com um tênis surrado demais, onde era possível ver os tornozelos pois parecia que usava aquelas meias curtas, a calça não cobria aquela parte do pé, ele achou estranho, afinal eles estavam no inverno o frio era demais para andar assim. Curioso ele gritou o olhar para ver o rosto da pessoa e se surpreendeu em notar que se tratava de Hinata. Ela estava na próxima porta olhando para fora, com aquele caso enorme verde, os ombros caídos pareciam estar carregando um grande fardo, Itachi ficou distraído e quase perdeu a estação.
Na casa de sua mãe ele encontrou seus irmãos lá, seu irmão mais velho Madara e seu irmão caçula Sasuke. Embora Madara já fosse casado ele estava sempre na mãe, o casamento dele não ia bem, os dois estavam sempre brigando. Madara também vivia fugindo de sua esposa fazendo com que ela pedisse o divórcio que ele recusava sempre. Sasuke ainda com seus 28 anos perdeu que ainda era jovem demais para se casar, aspirante a diretor de cinema, ele sempre estava tentando conseguir um trabalho que faria seu nome.
Itachi! – falou Madara assim que Itachi entrou pela porta.
Ah agora o trio está completo – falou sua mãe dando um sorriso e cumprimentando seu filho. – como você está? E Konan?
Estou bem, Konan ficou trabalhando, ela vai ter que fazer uma viagem de trabalho nesse fim de semana. – falou ele já informando que não poderia comparecer no casamento da filha de Madara.
Isso é muito triste – falou Makoto suspirando – espero que ela consiga descansar.
Itachi foi enviado e se sentou ao lado de seu irmão mais velho que estava rabiscando algumas coisas em um caderno velho, quando Itachi viu eram números, contas.
O que é isso? – Disse ele pegando um copo de água que sua mãe sempre saía na mesa da sala.
Estou fazendo umas contas, preciso saber se vou conseguir ajudar minha filha a se casar. – falou ele rabiscando uma conta errada.
Só se ele vender algum órgão para isso – falou Sasuke fazendo Itachi rir e sua mãe bater em sua cabeça.
Não fale isso nem por brincadeira – falou Makoto seria. – Sabe que tudo vai se resolver não é?
Ficaram mais um pouco ali na companhia da mãe e depois decidiram sair. Itachi adorava morar ali por causa disso, estavam sempre perto de sua mãe e de seus irmãos, sempre eles se encontravam e iam no bar ficar bebendo e jogando conversa fora. Aquele dia eles foram a primeira loja de roupas, como o casamento seria nesse final de semana eles continham que arranjar a roupa completa.
Por que sempre precisamos usar ternos nessas graças? – questionou Madara olhando os preços do terno. – Veja isso? Um roubo.
Para de reclamação e escolhe logo um - falou Sasuke já irritado.
Cala a boca, você não sabe como eu sinto isso... – falou Madara com uma cara triste.
Tá, tá, só escolhe um logo – falou Sasuke dando de ombro, Madara era sempre tão emotivo.
Itachi riu das reações de seus irmãos, os três tinham personalidades de destino, Madara apesar de ser o mais velho dos três, era sempre o que estava chorando por qualquer motivo, Itachi descobriu que era pela idade, mas pensando no passado Madara sempre foi a manteiga dos três. Sasuke por outro lado era o oposto, sempre se irritava facilmente, estava sempre pronto para brigar. Itachi então era o mais calmo, nunca se mostrava como sentido, nem para sua própria mãe, sempre guardava para si o que sentia.
Acho que esse está bem. – falou Madara pegando um terno depois de umas horas escolhidas.
Aleluia – falou Sasuke se levantando e indo para a caixa.
Depois de pagar o terno os três na rua iam em direção ao bar que sempre iam, Sasuke foi ao banheiro assim que chegou, Itachi e Madara foram fazer o pedido.
Aqui – disse Itachi tirando um envelope do bolso, tinha um pouco de dinheiro. - Para ajudar no casamento.
O que? – falou Madara emocionado. – Eu não posso aceitar.
E, aceita, Konan está mal por não poder ir. - falou Itachi pegou seu copo de cerveja e bebendo.
Obrigada meu irmão, eu...um dia vou te pagar – falou ele e Sasuke chegou.
De novo chorando? O que foi agora? – disse o caçula vendo o mais velho com lágrimas nos olhos.
Eu tenho o melhor irmão do mundo – falou Madara pegando seu copo também e o levantando – um brinde ao meu irmão Itachi!
Um brinde – falou Sasuke também.
Itachi eu conto com você para cuidar do funeral de nossa mãe – falou Madara depois que já tinha bebido cinco copos de cervejas. – Sinto vergonha ao falar disso, mas o único que tem condições de realizar um bom funeral é você.
É meu irmão, pois esse velho não tem um centavo no bolso. – falou Sasuke – e eu ainda não consegui um trabalho decente.
Entendo, mas acho que ainda temos tempo para pensar nisso – falou Itachi rindo, era sempre a mesma conversa, quando Madara começava a beber ele sempre falava sobre como queria dar um funeral decente para sua mãe, e o decente para ele era ter várias coroas de flores, várias pessoas prestando homenagem.
Seria triste não ter uma só pessoa no funeral – falou ele triste – quando eu trabalhei na empresa um dos diretores perdeu um dos pais dele, no funeral havia tantas coroas de flores que não dava para contar, e quantas pessoas foram, todas prestando homenagem.
Pode ficar sossegado que isso aconteça – falou Itachi já um pouco bêbado.
Depois de mais algumas cervejas eles finalmente foram embora, conversando e rindo como se não tivesse tido mais nada na vida para pensar. Itachi andou pelas ruas sozinho já deixando seus irmãos em casa, com os passos cansados ele chegou em casa.
A casa estava silenciosa Konan ainda não havia chegado do trabalho, ele foi direito para o banho, o frio estava tanto que doía todo o corpo. De banho tomado ele foi procurar algo para comer enquanto assistia TV. Konan então chegou e o encontro na sala.
Boa noite. - Cumprimentou ele enquanto ela entrou.
Já está em casa? Achei que estava com seus irmãos – falou ela tirando o cachecol e indo para o quarto.
E eu estava, cheguei já um tempo – respondeu ele olhou na TV.
Avisou que não poderia ir ao casamento? – Disse ela ainda no quarto.
Sim – ele respondeu sem dar muito detalhe.
Itachi continuou a assistir TV e Konan foi tomar banho. Enquanto a mulher estava no banho ele ficou pensando no que estava acontecendo ali, como havia chegado aquele ponto. Do banho tomado Konan saiu do banheiro e foi direto para a cama, Itachi ficou mais alguns minutos na sala, depois foi se deitar. Konan já estava dormindo o que restou ele dormiu também.
-Hinata Hyuuga Pov-
Foi uma e meia da manhã quando finalmente ela chegará em sua casa, uma pequena construção com dois cômodos e um banheiro, ali Hinata Vivia. Tirou o seu casaco verde e pendurou em um canto, foi até onde tinha a garrava elétrica e colocou água para ferver, enquanto a água fervia ela tirou o resto da roupa, a camisa social grande demais para ela, ficando apenas com uma fina camiseta, foi para o banheiro e lavou o rosto quando voltou para o outro cômodo a água já estava fervida, ela pegou um copo e tirou os sacos de café que havia pego lá na empresa, despejou o conteúdo no copo e depois a água, aquilo seria sua janta naquele dia. O restaurante onde ela estava fazendo bico de vez em quando não tinha sobrado nada, então não teria janta naquele dia.
Depois do copo quente do café soluvel ela foi tomar seu banho quente e dormir para amanhã voltar a trabalhar. Essa era a vida de Hinata, trabalhar e pagar as dívidas, não lembrava mais como era conseguir dormir sem pensar no que desviar. Olhou para seu celular e notou a mensagem do asilo onde sua avó estava.
"Senhorita Hinata,
Se não houver pagamento até o próximo dia 10, infelizmente teremos que despejar a Senhora Chiyo"
Hinata suspirou ao ler a mensagem, o que ela iria fazer, mesmo com o trabalho na empresa e os bicos ela ainda não tinha o dinheiro para pagar o asilo e o Kiba, o agiota que desvia devido a dívida de sua mãe.
No dia seguinte como sempre ela acordou bem antes do sol nascer, seu estomago doía de fome, foi até onde tinha os sacos de café e fez um antes de sair para o trabalho. Iria tentar outro bico, tinha visto que outro restaurante estava precisando gente para limpar as grades durante dois dias da semana, isso já ajudou um pouco. Andando pelo bairro, apesar de nunca ter morado ali ela havia gostado, o metrô era perto e havia vários restaurantes e bares pelo redor, assim tinha mais oportunidades de trabalho meio período.
Chegou na empresa cedo aproveitou para arrumar algumas coisas em sua mesa, tirar xerox de algumas coisas antes que aquele idiota de cabelos negros cheguesse e começasse a encher seu saco por causa da impressora. Foi fazendo suas tarefas enquanto os outros iam chegando e claro ignorando-a como sempre.
Iria para o quarto mês que trabalhou naquela empresa, foi o único trabalho que ela conseguiu em uma grande empresa, os outros sempre foram em pequenos estabelecimentos. Achou que seria diferente mais como em todos os lugares, as pessoas só te notam se você servir para alguma coisa.
Depois que terminou seu trabalho na empresa ela foi para seu segundo emprego, um restaurante a caminho de casa, ela era responsável por lavar os pratos. Enquanto lavava ela escutava música e mantinha a cabeça baixa, hora ou outra os garçons traziam os pratos para lavar, muitas vezes com resto de comida quase intocada, Hinata pegava um saco e embalava para levar para casa, na situação dela qualquer coisa era bem vinda . No final do expediente recebi o dinheiro e foi para casa.
O frio estava intenso apesar do seu casaco ser grande e grosso ainda deixava passar a friagem, porém parecia que seu corpo todo já estava anestesiado. Andou pelas ruas com os passos rápidos e decididos, passando por alguns bares ela podia ouvir as pessoas riem e conversarem felizes, há quanto tempo ela não sabia o que era isso? Será que um dia ela soube como era viver sem preocupação? Balançar a cabeça para afastar tais pensamentos, não poderia se dar ao luxo de se lamentar.
Chegando na rua onde morava cortado para esquerda em um beco que tinha uma ladeira, sua casa era no topo, pelo beco algumas luzes estavam apagadas, mas Hinata não tinha medo, chegou em frente a sua casa, um portão azul enferrujado abriu e entrou, Havia essa casa encontrada por acaso, de todos onde morou aquela era a que ela gostava mais. Já dentro de casa ela não acendeu a luz, foi direito para a jarra elétrica colocando água para ferver, tirou o enorme casaco e o deixou no chão, apesar de estar dentro de casa ainda sentindo frio, mas o casaco estava úmido demais para ficar com ele . Sentou-se em frente a cômoda onde tinha uma TV velha e abriu dois saquinhos de café solúvel, tirou a sacola que trazia as comidas que havia conseguido no restaurante. Preparou seu café e começou a comer tranquilamente.
Então a luz do pequeno abajur que ficava no outro lado da sala se acendeu revelando um homem, ele estava sentado encostado na parede, usava um casaco de couro marrom por cima de uma blusa de lã preta de gola alta, a calça também preta. Ele tinha um olhar frio e um sorriso sarcástico.
Não acenda nem a luz, não quer saber que está em casa? – falou ele observando as costas da garota, Hinata continuou a comer. – Pelo menos você está conseguindo chegar.
Já não falei para você que odeio quando invadi meu espaço pessoal? – falou ela com a voz fria ainda sem se virar para ele.
Ah é? E o que você odeia mais? – Disse dando um sorriso sádico.
Odeio quando eu fizer falar enquanto estou comendo. – respondeu ela colocando mais um pouco de comida na boca.
Então farei essas duas coisas – falou ele dando outro sorriso, Hinata então se mexeu pegando as notas que acabará de receber do trabalho e optou na direção do homem, que pegou e começou a contar – continua me dando pequenas detalhes, desse jeito vou acreditar que gosta de mim ver.
Agora saia – falou ela ainda sem se virar voltando a comer.
Hinata continuou a comer tranquilamente e o homem que era o agiota Kiba continuou a observar com um pequeno sorriso nos lábios, então o celular de Hinata começou a tocar, no visor apareceu aliso, a garota ignorou mais o homem não.
Não vai atender? – Disse ele dando um sorriso vendo como a garota tentava a todo custo esconder as coisas dele.
Não vai embora? – devolvi a pergunta sem realmente querer falar qualquer coisa.
Kiba então se declarou fazendo Hinata sentir seu corpo todo ficar tenso, ele apagou a luz do abajur e caminhou até onde a garota estava agachando ficando próximo da garota.
Espero que esteja tudo bem com sua vovozinha – falou ele em uma sussurrada em seu ouvido.
Então se falou e foi embora deixando Hinata sozinha, terminou de comer e foi se arrumar para dormir, odiava aquela situação, mas infelizmente essa era sua vida.
No dia seguinte como era sábado não tinha trabalho na empresa então Hinata foi até o Asilo onde sua avó estava. Não deu o seu nome na recepção ficou sentado nos bancos do corredor, no quarto onde estava sua avó podia ouvir uma enfermeira falar.
Sua rede mudou de número?! – gritou a mulher, mas Chiyo era surda então não entendia o que aquela mulher estava falando – nos precisamos falar com ela, o pagamento está atrasado. – Continuou a mulher falando – droga, o que vamos fazer?!
A mulher saiu do quarto e Hinata se escondeu depois de que a mulher sumiu de vista ela entrou no quarto, sua vó quando a viu arregalou os olhos e falou em sinal de libras.
"Eles estão te procurando, vá embora" - Hinata deu um leve sorriso e respondeu também em sinais.
"Não se preocupe, vou dar um jeito" – deu um outro leve sorriso e saiu do quarto indo para fora do asilo.
Lá fora ela atendeu o telefone e discou um número, o telefone apenas chamou e caiu na caixa postal, Hinata ligou novamente até que foi atendida.
Preciso de sua ajuda. -falou Hinata sem cumprimentos – Hoje as dez pegue um táxi e me encontre no local que vou enviar o endereço.
Ei, sabe que não posso, tenho que jogar para ganhar dinheiro – falou o garoto do outro lado.
Apareça. – então desligou o telefone e voltou para o asilo.
Neji era seu primo, embora os dois fossem parentes eles ainda não tinham uma relação próxima, quando Hinata precisou de alguma coisa que ela não conseguiusse, ela pediu ajuda ao primo. Ele era um garoto que tentava ganhar a vida jogando videogame, perito em tecnologia ele sempre ajudava Hinata quando tinha alguma coisa "ilegal" para fazer.
Quando o relógio marcou dez hora em ponto Hinata entrou no asilo e foi direito ao quarto de sua vó, ela dormia tranquilamente sendo acordada pela rede. Hinata pegou sua bolsa e começou a colocar as coisas que havia de pertencer, então deixou a cama que tinha rodinhas e começou a levá-la embora. Nos corredores ela ia empurrar até chegar na saída, lá fora o correio o mais rápido que conseguia. Estava fazendo frio e era lua cheia, Hinata parou em um mercado pegando um carrinho para sua avó ali, comprou umas garrafas de chá quente e deu para seu vó segurar para esquentar.
No ponto marcado com Neji ela ficou esperando, seu vó no carrinho do mercado a olhou sorridente, passando ônibus Hinata esperava que seu primo fosse até ela. Quando um táxi parou do outro lado e Neji desceu Hinata suspirou aliviada.
Acha que é fácil pausar o jogo online? – disse ele se aproximando então notou a senhora no carrinho – olá... – fez uma pequena reverência.
Uma hora da manhã Neji estava subindo a ladeira com Chiyo nas costas até a casa de Hinata, assim que entrou colocou a senhora no chão com a ajuda de Hinata. Ela arrumou uma pequena cama no chão para deitar sua avó, Neji jogou no chão para aliviar as costas.
Preciso que venha ver ela duas vezes ao dia – falou Hinata enquanto arrumava a senhora.
Eu falei que não consigo – falei ele já de pé – posso vir uma vez ao dia.
Ok – falou ela então Neji se despediu e foi embora deixando Hinata e Chiyo sozinhas.
"Ele vai vir durante o dia, você aproveita para ir no banheiro" – falou Hinata para seu vó em sinais.
"Obrigada minha filha" – falou a velha senhora.
Hinata então se ajeitou para dormir também, deitou-se no pequeno coberto e apagou a luz, sua avó já estava dormindo, porém, seu sono não viria tão cedo.
- Itachi Uchiha POV –
Era sábado e Itachi concordaram sozinhos em seu apartamento, ficaram deitados na cama encarando o teto tentando criar coragem para se levantar. Todos os sábados tinham jogo de futebol, mas como naquele sábado seria o casamento da filha de Madara o jogo havia sido suspenso. O casamento aconteceria na parte da tarde começando uma da tarde, Itachi ficaria responsável por vender os lugares do buffer.
Depois que se declarou ele resolveu dar uma organizada na casa, tirou as roupas de cama e as colocou para lavar, passou o aspirador na casa e um pano nos movimentos para tirar o pó. Prepare um lanche antes de começar a se arrumar para ir para o salão de festa. Em seu quarto se trocando ele se arruma sem pressa seus olhos caíram sobre o porta retrato que havia em seu quarto, nele era uma foto dele e Konan quando namoravam, os dois sorriram para a câmera e no fundo um lindo pôr do sol, lembrava daquele dia, foi o dia em que ele havia dito que a amava. Lembrou de no momento agora, quando foi a última vez que havia dito "eu te amo", quando foi a última vez que ela havia dito? Com esses pensamentos ele termina de se arrumar e sai para seu destino.
O salão de festa não é muito longe dali logo ele já estava junto de seus irmãos, Madara estava ao lado de sua esposa Sayuri recebendo os convidados. Sasuke estava onde ficou para receber os envelopes de dinheiro dos pedidos, Itachi ficaria ali do outro lado para vender os lugares do buffer.
Sejam bem-vindos – Escolha Madara cumprimentar algumas pessoas que já chegaram a chegar.
Já tinha passado algumas horas que estavam ali nessa função, de repente Itachi descobriu que algumas pessoas que davam dinheiro para Sasuke colocavam em uma bolsa mais no fundo da gaveta. Itachi então ficou observando os dois irmãos, quando alguém conhecido de Madara chegou, ele tocou o nariz e fez um gesto para Sasuke, daí ele pegou o envelope e guardou na bolsa.
O que é isso? O que está fazendo? – questionou Itachi para Sasuke que se fez de desentendido.
Não é nada, apenas um favor que Madara pediu – falou Sasuke fazendo novamente o esquema.
Itachi então tentou argumentar novamente mais o irmão o ignorou, então Sayuri olhou para onde eles estavam e desconfiou, foi caminhando até onde Sasuke e Itachi estavam.
O que está acontecendo aqui? – disse ela olhando para os dois, Itachi nunca foi de mentir, na verdade ele não conseguiu seu cara e suas ações já o denunciavam, por isso seus irmãos nunca contavam dos esquemas deles, para caso a mãe deles perguntasse para Itachi ele não iria dedurar .
Nada...- falou Sasuke tentando esconder a bolsa cheia, Sayuri olhou para Itachi que desviou o olhar.
Itachi?! – Disse a mulher então ela foi até Sasuke e retiraram a gaveta vendendo a bolsa cheia de envelopes de dinheiro, ela olha para Sasuke que disfarça, depois olha para Madara que tenta fugir.
Itachi viu Sayuri puxa Madara em direção a escada, sua mãe que estava saindo de onde era reservada para tirar foto com a noiva, viu a cena. Uma conversa entre Sayuri e Madara foi ouvida pelo salão, sua mãe que estava sentada em um dos bancos ficou com cara triste. Quando Madara apareceu ela olhou com profunda tristeza.
Mamãe... – ela então tirou o sapato e atacou nele, Sasuke foi o próximo alvo e saiu correndo.
Você – ela ligou para Itachi – é melhor ficar longe deles, eles ainda vão acabar com você.
No final do dia lá estavam eles no bar, Madara com cabeça baixa de vergonha, Sasuke ainda rindo do ocorrido e Itachi dividido entre vergonha e riso. O bar era de um conhecido deles então quase todos ali se conheciam, conversa preenchia o local assim como cheiro de comida e cerveja.
Eu sou uma vergonha da família – falou Madara por fim, Sasuke riu.
Isso já sabíamos – falou Sasuke agora fazendo Itachi rir.
Por isso meu irmão – continua ele ignorando Sasuke – Itachi você é o orgulho da família.
Os três riram e voltaram a beber embora estivessem rindo no fundo Itachi sentiu um aperto no coração. Desde pequeno ele sempre foi o mais pé no chão, preocupado em não desapontar os pais, preocupado em não deixar seus amigos na mão, preocupado com o que os outros iriam pensar dele. Ali naquele momento em sua vida já não sabia mais como não fazer isso.
-Ponto de vista de Nagato –
Era sábado de manhã e estava um vento gelado, ele já estava de pé olhando pela janela admirando o mar, usava o roupão do hotel, com um sorriso ele se virou para a cama onde dormia tranquilamente a mulher que ele amava, sorrindo-o se movido e abraçou acordando-a.
Vai ficar deitada o dia todo? – Disse em seu ouvido fazendo-a acordar e rir.
Pelo menos no sábado pretendia ficar na cama por mais tempo – falou a mulher com a voz manhosa, ele enviou e o beijou com carinho.
Pensei que o plano era passeamos o dia todo – falou ele sorrindo, a mulher então pediu.
Muito bem então, vamos passear – disse ela o puxando para um novo beijo e depois levantando-se para se trocar.
Trocados Nagato e sua amante foram passear pela praia, não tinha muitas pessoas que pensavam hora, então eles caminharam uma boa parte de mãos dadas, depois pararam e se sentaram para admirar o mar.
Quando poderemos fazer isso sem precisar nos esconder? – falou a mulher fazendo o homem sorrir e encará-la.
Isso depende de você Konan, não sou eu que ainda está casado – falou Nagato e Konan deu um suspiro.
Sabe que não sei como contar para ele – falou ela pensando em Itachi, nunca foi uma mulher corajosa, ali tendo um caso era o mais perto de coragem que tinha conseguido.
Entendo, mas quanto mais tempo levar, mais difícil será – falou Nagato dando um beijo na mulher.
Apesar de já não termos um casamento de verdade, não quero vê-lo mal, afinal, ele é pai do meu filho – falou ela pensativa – se ele pelo menos fosse fácil de lidar...
Pode deixar, eu cuidarei disso – falou Nagato fazendo a mulher ficar preocupada.
Por favor, não faça nada que o preconceito – disse ela fazendo-o sorrir, afinal, prejudicado mais que o que eles estavam fazendo seria impossível.
Konan e Nagato eram amantes já feitos há mais de 2 anos, depois que ele se formou e entrou na NS Arquitetura eles se recuperaram novamente, eles já tinham se encontrado antes durante os anos de faculdade, claro que ninguém descobriu sobre eles. Mas no novo encontro eles decidiram que iriam aproveitar, Konan parecia estar precisando de atenção assim como ele também, então os dois descobriram o caso, primeiro era apenas um dia da semana, depois dois, assim a necessidade acabou aumentando passando as vezes um final de semana, uma semana dependia de qual mentira iria contar para Itachi.
Nagato gostou de ver Itachi dia após dia sendo enganado, apensar dele não fazer ideia disso, Nagato gostou da ideia de enganar o homem que tanto conhecia de princípios e moral. Na faculdade ele se ofereceu para ser amigo de Itachi, mas o homem já não ia com sua cara, assim sentiu que quando Itachi era gentil com ele era apenas porque era de sua natureza. Não que tivesse se interessado proposta pela sua mulher, mas Konan era uma mulher de chamar atenção, coisa que Itachi parecia há muito tempo ter esquecido.
Achas que um dia poderemos ter um final feliz? – questionou Konan para ele assim que voltou para o quarto de hotel.
Por que um final? – falou ele a puxando para um beijo e levando-a para cama.
- Itachi Uchiha POV -
No domingo Itachi sozinho ainda preparou algo para comer e ficou deitado no sofá o dia todo assistindo TV, não queria sair ou fazer outra coisa que não fosse ficar apenas ali. Já a noite quando Konan chegou os dois conversaram coisas banais, de como foi o casamento, como tinha sido o trabalho e depois o silêncio caiu novamente entre eles, assim chegando a hora de dormir para no dia seguinte começar tudo de novo.
Na empresa como segunda-feira as coisas começaram agitadas, todos estavam atarefados demais para poder conversar, Itachi já tinha feito duas visitas de inspeção e quando voltou encontrou Danzou esperando por ele.
Será que vocês não trabalharão não? – Disse ele assim que viram eles chegarem.
Acabamos de chegar de uma inspeção... – falou Itachi colocando suas coisas na mesa.
Acha que o tempo de vocês parados não é dinheiro que uma empresa perde? – contínuo ele, então falou mais algumas coisas e saiu deixando todos ali desconfortáveis.
No final do dia finalmente voltando para casa Itachi consegue um assento vazio, sentado ele tenta tirar toda a tensão que está em seu pescoço, então ele lembra que tem que comprar algumas coisas antes de ir para casa, assim que desceu na estação ele passou no pequeno mercado ali perto. Pegou uma cesta e pegou as coisas que eu passei, passei na geladeira e peguei umas cervejas para deixar em casa, quando estava indo para a caixa ele viu a garota, Hinata, ela já estava passando na outra caixa, ele então notou que ela tinha pegado um pacote de fraldas geriátricas. Então ela cuidava de alguma pessoa idosa? Notou que ela teve que deixar umas das coisas que comprou, pagou para a caixa e saiu, Itachi então pegou a bandeja de tomate que ela havia deixado e passou em sua compra, pagou rapidamente e saiu do mercado a procura da garota, mas não a encontrei, olhou em volta e nem sinal dela, será que ela morava por ali? Como ele não tinha percebido antes?
Yo Itachi – cumpriu Sasuke quando o viu. – Alguém procurando?
Não...eu, o que faz aqui? Tudo bem com a mãe? – Ele falou sobre sua atenção para o irmão.
Sim, vim comprar umas coisas – falou Sasuke os dois se despediram e Itachi voltou para casa.
Cheguei – falou ele pensando que Konan estava em casa, mas a casa estava vazia e escura, ele guardou as compras na geladeira e pegou uma das cervejas e foi assistir TV.
No dia seguinte durante o trabalho ele recebeu a visita de sua mãe, ele estava trabalhando quando informaram que havia uma senhora chamada por Itachi. Encontrou sua mãe em uma cafeteria próximo ao trabalho.
Mamãe, o que traz aqui? Está tudo bem? -perguntou ele preocupado ao se sentar na frente da senhora.
Estou bem meu filho, é que, fiquei pensando muito no ocorrido de sábado -falou ela com a cabeça baixa. – Sentir tanta vergonha de seu irmão, pois ele pode pegar o dinheiro da própria filha...
Não pense nisso mamãe, ele só está um pouco perdido, vou conversar com ele, não se preocupe – falou Itachi tentando enganar sua mãe, embora amasse seus irmãos, as vezes ficou com raiva eles por preocupar tanto a mãe deles.
Eu estava pensando, se colocarmos a minha casa para hipoteca, pegar o dinheiro e abrir um negócio para ele, assim ele teria algo para se preocupar – falou ela seria – como a casa foi você que comprou queria saber sua opinião.
Mamãe, acho que mesmo fazendo isso não daria certo, hoje em dia o valor mal da para cobrir os juros, e não sabemos como Madara também vai reagir – falou Itachi triste em ver como sua mãe estava desesperada para ajudar o filho.
Claro...você está certo – falou ela então os dois conversaram mais um pouco e ela acabou indo embora.
O resto do trabalho Itachi ficou pensando no que sua mãe havia aqui, seu irmão tinha que arranjar um emprego logo, antes que acabasse de matar a mãe deles de preocupação. Na volta para casa ele passou na caixa eletrônica e jogou um pouco de dinheiro, iria tentar ajudar o irmão de alguma forma.
- Hinata Hyuuga POV –
Hinata tinha acabado de sair da empresa, hoje não teria bico, então não teria comida para noite, pelo menos para ela. Tinha comprado algumas coisas para que seu vó comesse, mas sabia que não era o suficiente. Andando pelas ruas do bairro ela passa despercebida, enfiando seu rosto no casaco para se proteger do frio, chegou até a ladeira de sua casa, subindo tranquilamente ela se depara com Kiba em frente ao seu portão, ele estava usando seus truques sujos para abrir o portão e entrar, quando ele conseguiu e foi entrando ela o retirada de volta.
Já não falei que odeio quando invadi meu espaço pessoal? – falou ela irritada, ele a empurrou fazendo bater suas costas no ferro que servia de muro e cair sentado.
E eu falei que só iria fazer as coisas que você não gosta – falou ele dando um sorriso sarcástico se aproximando dela.
Você realmente deveria me amar, não? – falou ela dando uma risada sem achar graça, isso fez com que Kiba ficasse pálido e mais irritado.
Você ficou maluca? – falou ele se aproximando mais dela – eu só quero ver seu sofrimento...
Sim claro – falou ela provocando-o mais – agarra-se a isso e continue acreditando nisso.
Sua vagabunda – ele então a estapeou com tanta força que a cabeça dela bateu na nota assim com suas costas. – Você irá sofrer até seu último suspiro.
Por que não me mata logo?! – Disse já cansada e tonta da batida – Ah sim, a sua vingança...ou realmente sente algo por mim.
Sua maluca – falou ele se afastou mais irritado então começou a chutá-la com ódio fazendo Hinata sentir como seus ossos estavam sendo quebrados.
Kiba cansado e irritado foi embora depois de deixar Hinata quase inconsciente no chão, quando conseguiu se levantar ela entrou em sua casa e não acendeu a luz, não queria que sua vó visse como estava, ela mesmo estava com medo de se olhar no espelho. Acordou a senhora e a levou para o banheiro ajudando-a em suas necessidades, depois a levou novamente para cama, quando a senhora voltou a dormir Hinata foi cuidar de si.
No banheiro tirou a roupa com cuidado, livre da blusa e apenas com o sutiã viu os hematomas pelo corpo, suspirou devagar pois tudo doía, seu rosto estava pior, seu olho esquerdo estava inchado e roxo, os lábios estavam cortados. Retirei o restante das roupas e foi tomar um banho quente para tentar aliviar a dor.
Tomada de banho ela voltou para o quarto e preparou seu café solúvel de sempre, o nariz ainda sangrava e parecia que não iria parar tão cedo, só torcia para que não tivesse quebrado. Quando tomou o primeiro gole acabou se engasgando, gosto de sangue na boca a fez desistir de beber, foi então para sua cama improvisada e se deitou com cuidado, só esperava que amanhã conseguisse esconder aquelas marcas.
Acordou antes do despertador com uma dor sufocante no lado esquerdo do corpo, se clamou e correu para o banheiro vomitando, quase perderá a consciência de dor, lavou o rosto e escovou os dentes para tirar o gosto de vômito e sangue da boca. Se trocou e antes de sair cuidou de seu vó, como estava frio o casaco grosso verde cobria o corpo, já o rosto a única solução era colocar um óculo escuro que quase cobria o rosto todo.
Chegou na empresa e já notou que todos estavam olhando e achando-a louca, ela não liga, afinal, nunca ninguém mesmo deu atenção á ela. Tirou o casaco com cuidado e começou a trabalhar esperando que aquele dia acabasse logo.
- Itachi Uchiha POV –
Itachi chegou junto com alguns colegas de equipe, cumprimentou e foi em direção a sua mesa, notou que todos os funcionários ali estavam olhando para algo, ele então ouviu os olhares e viu Hinata, ela estava em sua mesa com o casaco de sempre e com o óculo escuro que cobria quase todo o rosto, por que será que ela estava usando isso já que ali não estava sol?
Vamos começar? – falou Itachi mudando o foco de todos, afinal, cada um tinha o direito de se vestir como queria.
O dia a seguir como todos os outros, trabalho atrás de trabalho, Danzou passava a cada meia hora cobrar produtividade da equipe o que deixava todos ainda mais estressados. Notou que a garota naquele dia não estava circulando muito pelo escritório como sempre, estava sentada quase imóvel, Deidara disse que ela estava cochilando, Itachi tentou se depois do trabalho.
Era quase na hora de ir embora quando um entregador entrou no escritório e chegou por ele, Itachi assinou o recibo, era um envelope pardo com o escrito Uchiha. Ele então olhou para ver se conseguia falar com o entregador, mas esse já tinha ido embora, então ele abriu o pacote e para a sua surpresa dentro havia 50 mil vales presentes com um bilhete "Para que seja compensado pela ajuda recebida". Assustado ele voltou a guardar os vales e olhou em volta, olhou para a câmera de segurança que estava bem no meio da sala, ele então guardou o pacote na última gaveta de sua mesa, e olhou novamente para ver se alguém tinha visto, foi quando notou que Hinata estava olhando em sua direção, ou ele descobriu, pois com o óculo escuro não dava para saber, ele se sentiu pego no fraga,
Itachi não conseguiu fazer mais nada do que pensar no pacote que estava guardado em sua gaveta, o que aquilo fez? Quem foi enviado? Será que tinha sido enganoso? Uchiha, tem Shisui seria para aquele pacote? O que ele faria? Se alguém descobrisse seria seu fim, ele seria mandado embora para receber suborno. Mas ele nem sabia quem tinha enviado, e ele tinha consciência que não tinha feito nada de ilegal para ganhar suborno. O pessoal já começou a ir embora, ele ainda não sabia o que fazer, na verdade pela primeira vez em sua vida ele estava considerando em fazer algo que seria contra seus princípios.
"Talvez se eu aceitar poder ajudar Madara, mamãe não precisaria ficar preocupada..." pensou Itachi tentando resolver aquele impasse.
Uchiha? – chamou Kisame fazendo Itachi sair dos pensamentos.
Ei?! – Disse ele desconsertado.
Tudo bem? Vai ficar mais? – Eu perguntei mostrando o relógio, já era hora de ir embora.
Claro, pode ir, já estou indo – falou ele fingindo arrumar suas coisas na mesa, eles se despediram e saíram deixando-o.
Itachi suspirou então se virou e esticou a mão para abrir a última gaveta, tinha decidido, iria pegar aquele dinheiro e usaria para ajudar sua família. Antes que ele conseguisse abrir a gaveta de Hinata o impediu de se colocar em seu caminho fazendo com que Itachi se assustasse.
Paga um jantar para mim? – falou ela com a voz firme e cansada – estou com fome.
Em um restaurante não muito longe da empresa em uma das mesas estava Itachi e Hinata compartilhando uma refeição. Nem ele mesmo sabia como suas pernas o levaram até ali, no momento que a garota o bordou a única coisa que passou em sua cabeça foi "Sim", assim agora ele estava ali comendo com aquela garota.
Hinata ainda estava de óculos escuros, sua atenção era total na comida, parecia que não comia à tempos, Itachi ficou observando-a, ela continuou comendo em silêncio e de cabeça baixa. Ele não sabia o que estava fazendo, olhou em volta para ver se encontrava alguém conhecido, se sentiu incomodado por isso. Ele tentou vir também, mas parecia que a comida não descia, ele pensou no envelope de vale, será que conseguiria voltar lá para pegar? Notou que a garota finalmente acabou de comer ele abriu a boca para falar ela o interrompeu.
Paga bebida também? – falou ela antes dele, Itachi a encarou sem mesmo olhar em seus olhos por causa do óculo, será que isso era suborno?
Preciso ir... – mas ela já tinha se levantado e saído do restaurante, Itachi não teve outra opção a não ser seguida.
O bar era quase próximo à estação de metrô, eles entraram e Itachi já olharam em volta para ver se havia alguém conhecido, se sentaram no próximo ao balcão, Itachi pediu duas cervejas. A garota continuava em silêncio, ele estava se sentindo desconfortável, como isso poderia estar acontecendo?
Aqui está a cerveja, algo mais? – Itachi agradeceu e ajudou os copos então deu mais uma olhada em volta e notou que as pessoas que estavam ali dentro estavam olhando para eles, mais precisamente para a garota de óculos escuros.
Está escuro aqui – falou ele quando ela pegou o copo e deu um gole, então ela se virou para ele e baixou o óculo escuro mostrando o estado de seu olho esquerdo, deixando Itachi chocado e desconfortável, quem em sã consciência iria bater em uma mulher ? Ainda mais uma jovem tão pequena como ela? – Melhor terminar com ele. – falou ele pegando o copo e apertando-o para conter a raiva que sentiu devido ao que tinha visto.
O que? – Disse ela já com o óculo no lugar.
Seu namorado, melhor terminar com ele antes que isso piore – falou ele com a voz firme, ela então o encarou novamente.
Já bateu em uma mulher? – a pergunta o pegou desprevenido, ele que estava com o copo a caminho da boca parou no caminho, olhando-a incrédulo.
Não, nunca – a resposta a fez assentir.
Ah, queria saber qual é a sensação – falou ela fazendo Itachi se segurar para não fazer algo que se arrependeu depois, ficou em silêncio e deu um gole em sua bebida, então olhou para a garota novamente que agora olhou para frente enquanto bebê, ele Aproveitou e analisou ela, notou que havia algumas marcas no pescoço dela, pelo menos na parte visível, quem quer que tivesse feito isso era um animal. Seus olhos caíram até os pés da garota e viu que ela usava um tênis velho que deixou seu tornozelo à mostra, será que ela não sentiu frio?
Não sente frio? – Disse sem perceber ela o encarou e ele indicou a cabeça com o pé, ela não respondeu – Pergunta pessoal demais? Desculpa.
Ele suspirou tentando manter a calma, o que aquela garota queria dele? Será que ela estava fazendo aquilo porque sabia que ele tinha recebido aqueles vales? Será que ela iria falar sobre eles e pedir uma parte? Seu telefone tocou anunciando uma nova mensagem, olhou e ficou sem fato.
Sasuke:
"Quem é essa do seu lado?"
Itachi então olhou novamente em volta procurando o irmão e o encontrou do lado de fora olhando pelo vidro, ele fez uma cara de aborrecido questionou com o olhar. Que Deus o ajudasse, agora teria que aguentar Sasuke encher o saco. A cerveja acabou e a garota se chamou, Itachi a gostosa saída do bar, Sasuke havia sumido, para seu rompimento.
Vai direito para casa – falou ela antes que ele falou qualquer coisa, então se virou e foi embora deixando-o sem acontecimento.
Quem era aquela garota? – a voz de Sasuke o fez se virar e notou que Madara estava com ele.
Uma das minhas funcionárias – falou Itachi fazendo os dois irmãos olharem desconfiados.
Você costuma se encontrar sozinho à noite em um bar com suas funcionárias? – Disse Madara com um sorriso nos lábios fazendo Itachi respirar fundo, aquele não era o momento.
Preciso ir – falou Itachi passando pelos seus irmãos.
Você vai se encontrar com ela novamente? – perguntou Sasuke quando Itachi estava indo.
Vão para casa – ele se vira.
Vou te dedurar a bainha! – comentou Madara dando uma risada, achado graça naquela situação.
Itachi quase correu de volta para o escritório chegando na portaria cumprimentou a segurança noturna e entrou o elevador estava em manutenção, então ele olhou e viu a escada de incêndio silenciosa para aquele lado, por lá passando pela sala da segurança quando estava passando por lá viu os homens da auditoria olhando as câmeras, ele parou e se escondeu, será que eles já sabiam? Será que eles estavam apenas aguardando ele voltar e pegar o envelope? Como se sua decisão teve encontros ele deu meia volta e foi embora direto para casa.
- Hinata Hyuuga POV –
Hinata voltou para empresa em vez de seguir pela porta da frente ela deu a volta e entrou pelos fundos onde ficaram as docas para saída e entrada de caminhão, passou pelo portão sem problemas e entrou onde escondidos os lixos reciclados, um senhor estava ali sentado separando os lixos, quando a viu planejada e cumprimentada.
Senhorita Hyuuga – falou ele gentil.
Sr. Takashi – cumpriu ela, ele a encarou esperando, sabia que Hinata não iria até ele sem que precisasse de algo.
Então o dinheiro não é dele? – Disse ele depois que Hinata contou o que havia acontecido.
Não, ele não tem ideia de quem é aquele dinheiro ou quem tem inveja – falou Hinata e o velho senhor suspirou se levantando.
Tem vinte minutos – falou ele colocando a luva e indo até o quadro de força.
Não preciso disso tudo – falou ela se aproximando da porta das escadas.
Então o velho abriu a caixa de força e abriu um botão desligando toda a energia do prédio, com isso as câmeras de segurança também. Hinata abriu a porta e começou a correr escada acima, eles trabalharam no sexto andar, subiram tão rápido que mal cansará, entrou no setor e foi direito para a gaveta onde Itachi havia colocado o envelope.
Era claro que ela tinha visto ele receber o pacote, geralmente é ela quem recebe as cartas e os pacotes para assim serem distribuídos aos donos, mas aquele parecia que tinha sido especialmente para ele. Notou como o homem ficou tenso quando abriu o pacote, notou que ele ficou claro e depois olhou em volta para saber se alguém mais tinha visto. Viu quando ele cuidadosamente colocou na última gaveta e olhou novamente em volta, notou a cara de espanto quando ele a encarou, ela quase deu um sorriso, mas se segurou, a cara de culpa era quase visível.
Apesar de nunca ter contato direto com o Uchiha, sabia que ele não conseguia fingir, ela era uma observadora nata, então sabia muito bem como o Uchiha se comportava, pelo menos ali no escritório. Notou a luta que ele travou com ele mesmo durante o resto do dia, notou que ele também iria aceitar, não que ela fosse uma pessoa boa, ela sabia que ali tinha algo que ela também precisava, então quando ele se virou para pegar o envelope ela agiu rápido.
Pegou o envelope e fechou a gaveta saindo correndo antes que as luzes se acenderam, assim que colocou os pés no último degrau as luzes se alcançaram, ela saiu se despediu do velho e foi para casa com o envelope dentro do casaco.
Em casa ela notou que a avó dormia, antes de cuidar da senhora ela foi até o pequeno abajur e acendeu tirando o envelope do casaco abrindo-o, então viu a quantidade de 50 mil de vales presentes. Ela esperou talvez ela finalmente pudesse respirar aliviada e se libertar finalmente de Kiba.
No dia seguinte Hinata estava decidida, cuidou da sua avó levando ao banheiro e dando comida e saiu. Não iria trabalhar, agora com aquele dinheiro ela não precisava mais voltar para a empresa, era óbvio que Itachi daria falta do envelope, e quem quer que tivesse enviado para o Uchiha já teria agido para que fosse denunciado o tal suborno.
Parou em frente a um velho prédio não muito longe de onde ela morava, era um prédio de três andares, onde funcionavam algumas pequenas empresas, como lavanderia na parte de baixo, alguns apartamentos tinham gente morando, a última era de Kiba, empréstimos pessoais.
Chegando no local ela abriu a porta e entrou, encontrou Shino um dos funcionários e pau mandado de Kiba, ela olhou de volta e viu que ele estava sozinho.
Ora, ora quem está aqui, o que devo a honra? – disse Shino com um sorriso irônico.
Vim pagar minha dívida – falou ela indo até o sofá e se sentando.
Quanto dessa vez? – Disse ele pegando uma caderneta.
O total – falou ela fazendo Shino parar de sorrir, ela tirou do bolso o envelope e tirou os vales.
Shino a encarou e foi até ela pegando o dinheiro que ela tinha jogado na mesa, ele contornou e tinha o tanto que ela estava devendo, até com os juros que Kiba tinha colocado.
Você está roubando é? – falou ele, ela o ignorou.
Anda, faz logo meu recibo para eu poder voltar a trabalhar – falou ela sem paciência.
Shino pegou o telefone e discou para Kiba informando que Hinata estava ali com o dinheiro para pagar o total da dívida, Kiba disse para segura ela até ele chegar.
Muito bem – ele falou se virando notou que Hinata já estava de pé – quer algo para beber...
Quero o recibo logo – falou ela nervosa, ele riu e se mudou dela, ela tentou se esquivar mais Shino foi mais rápido e independente ela pelo casaco, sem delicadeza ele conseguiu tirar o envelope do bolso dela e leu o que estava escrito – Sr. Uchiha? Sabia que havia conseguido o dinheiro de forma ilícita.
Se não vai aceitar me devolva... – ele riu e foi para cima dela.
Vai ficar até Kiba chegar, vamos ver o que a polícia tem a falar sobre isso – falou ele, Hinata então o chutou acertando a perna dele, saiu correndo e fugiu dali o mais rápido que conseguiu.
Havia ido para outro lado e decidido as escadas chegando no estacionamento, notou que Kiba tinha chegado e estava subindo pelo outro lado, e agora o que ela iria fazer? Tinha pegado o dinheiro pensando que iria pagar a dívida, mas aqueles infelizes não iriam facilitar para ela. Precisa pegar de volta antes que eles entrem em contato com o Uchiha, ou com a empresa, agora que deu errado o plano, ela teria que voltar a trabalhar.
Viu o carro de Kiba estacionado perto de um caminhão que estava entregando bebidas no prédio, então deixou uma das caixas para cima do carro fazendo cair sobre o veículo e assim o alarme disparar, correu para se esconder e notou quando Shino e Kiba chegaram no estacionamento . Correu escadas acima e voltou para o escritório de Kiba, encontrou o envelope com dinheiro sobre a mesa, pegou e saiu correndo o mais rápido possível, quando finalmente parou de correr estava já dentro da estação do metrô seguindo para o trabalho.
-Itachi Uchiha POV-
Ele não conseguiu dormir aquele dia por dois motivos, o primeiro era pelo fato de ter recebido o envelope cheio de dinheiro, o segundo foi pelo estado que a garota estava, ainda não consegui acreditar que havia homens covardes que batiam em mulheres. Deitado ele se mexia inquieto com a situação.
"Já bateu em mulher?" a pergunta dela o surpreendeu "queria saber qual era a sensação" o que aquela garota estava passando? Será que alguém não notaria?
Quando finalmente deu o horário de se levantar ele se arrumou o mais rápido possível, iria resolver aquele assunto, pegaria o envelope e informaria o senhor Uchiha, talvez o fato de ontem eles já estivessem checando as câmeras indicavam que algo iria mal iria acontecer se ele aceitou aquilo.
Não esperou Konan levantar já saiu antes mesmo de ver-la, não que fez alguma diferença, pegou o metrô e parecia que naquele dia tudo estava tão devagar. Quando chegou na empresa quase no horário normal, ele encontrou seus funcionários, cumprimentou e batidas para sua mesa, seu olhar caiu na mesa de Hinata que para sua surpresa estava vazia.
Colocou seu celular na mesa e se virou abrindo a última gaveta, para seu desespero o envelope não estava mais lá, ele se chamou e se abaixou mais para procurar melhor, será que tinha caído por trás da gaveta? Começou a tirar as coisas da gaveta e nada do envelope, aonde tinha ido?
Procurando alguma coisa chefe? – perguntou Kisame vendo Itachi tirar as coisas da gaveta.
Não, apenas – ele parou e virou o corpo olhando para a mesa de Hinata que ainda estava vazia, será? – uma Senhorita Hyuuga? Ela está onde?
Ah...ela ainda não chegou – falou Deidara.
Ligue para ela – falou ele se levantou, todos o encararam, ninguém estava entendendo – alguém tem o telefone dela?
Ah...deixa eu ver – falou Anko quando Itachi disse, parecia que ninguém tinha, ele foi até a mesa dela e começou a procurar o telefone. – Aqui. – Itachi pegou e discou o número, para seu desespero caiu na caixa postal.
Nesse momento entra no escritório um dos homens de terno, eles eram da auditoria, eles traziam umas caixas de papelão azul foram em direção à mesa de Itachi, logo o chefe dos auditores se dirigiu de Itachi.
Sr. Uchiha queria nos acompanhar – falou ele com cara séria, todos do escritório ficaram em choque.
O..o que? O que é isso, o que eu fiz? – disse Itachi tentando manter a calma, o homem então chamou mais dois outros colegas que se aproximaram de Itachi.
Por favor Sr. Uchiha, vamos – Itachi olhou em volta e viu que os outros auditores estavam recolhendo suas coisas colocando nas caixas azuis.
Continue tentando – falou Itachi para Anko que havia parado o que estava fazendo para ver a cena, sem ter o que fazer Itachi agrediu os homens.
O que estava acontecendo? Será que tinham descoberto os vales? E agora como ele iria explicar que não estava com ele? No corredor eles pararam em frente ao elevador, enquanto ele esperava seu coração parecia que iria sair pela boca, o que iria fazer? No momento em que a porta do elevador se abriu, no outro elevador saia Hinata, ela continuou com o óculo escuro, caminhou lentamente em direção ao escritório Itachi a viu.
Espere...senhorita Hyuuga! – chamou ele tentando ir até ela, mas os homens o seguraram. – Esperem preciso falar com ela, senhorita Hyuuga!
Ele a olhou e chamou desesperadamente tentando ir até ela, quando ela passou por ele nem o olhou e abalou o caminho como se não tivesse ouvido ele chamar. Itachi se sentiu com se tivesse levado um soco no estomago, tentou se soltar mais os homens o seguraram e o colocaram elevador no, apertaram o andar dos auditórios, se opção Itachi viu a porta fechar o elevador.
Olá pessoal, não sei se ainda tem gente que lê fanfic, mas já tem um tempo que pensei em postar algo novo e ainda mais depois que assistir essa série eu fiquei obcecada para saber mais, para ter fanfic dela e só consegui em inglês, e consegui que essa história casar com esse casal. Espero que gostem
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