Aprendizado nas férias e na escola

Nada melhor do que começar as férias em uma praia isolada. Sob o sol quente e a areia branquinha, Morgana e sua irmã mais nova, Daria, se divertiam ao máximo. A areia aquecida pelo sol acolhia seus pés enquanto elas corriam em direção das ondas cintilantes do oceano. O sol forte tornava a água do mar irresistível, e as duas irmãs não resistiram a mergulhar. Elas seguravam as mãos enquanto saltavam as ondas, sentindo a água refrescante envolve-las.

Sentadas na areia, Daria segurava um balde e uma pá, Morgana, sentada ao seu lado, ocupava-se em construir uma réplica do castelo de Durmstrang, deixando sua imaginação fluir livremente. A brisa do oceano bagunçava seus cabelos e trazia o cheiro do sal do mar. À medida que a maré avançava, elas se uniram para cavar valas e construir diques para proteger o castelo das ondas curiosas. Riam alto quando a água espirrava contra suas pernas.

Mais tarde, sob a sombra de um guarda-sol listrado, Morgana e Daria saboreavam sorvetes gelados, rindo e compartilhando histórias engraçadas. Aqueles dias estavam sendo muito especiais, criando memórias e fortalecendo ainda mais o vínculo entre as duas irmãs.

Enquanto brincavam, elas ocasionalmente olhavam para o horizonte, onde seu pai e seu irmão Boris, estavam prestes a começar uma emocionante partida de quadribol. Os olhos das meninas brilhavam de empolgação. A mãe aproveita ao lado das meninas, deitada em uma toalha na areia, sentindo o sol bronzear a sua pele. Após algumas horas de diversão, o elfo doméstico, Pink, colocava uma grande toalha de praia na areia, a sombra do guarda-sol, para todos desfrutarem de um delicioso piquenique com sanduíches, frutas frescas e suco gelado. Observando o pôr do sol sobre o oceano, pintando o céu em tons de laranja e rosa, Morgana distraia sua irmã tentando levitar pequenas conchas, utilizando da magia sem varinha. Algo que começou tentar recentemente e pretendia aperfeiçoar, apesar de ser muito difícil de fazer.

Os Rostoff passaram duas semanas incríveis na praia deserta, aproveitando cada minuto, cada raio de sol e cada banho no mar. No entanto, tudo que é bom acaba. Morgana e seus irmãos estavam relutantes em deixar a praia paradisíaca que haviam descoberto nas primeiras semanas de férias. A areia dourada, águas cristalinas e a tranquilidade do local os haviam cativado. Mas sabiam que uma aventura ainda maior estava por vir. O destino os chamava de volta à mansão do avó na colina com vista para o Mar Egeu. Fazia muitos anos que não visitavam seus parentes na Grécia.

Enquanto observavam o horizonte, dois majestosos abraxas, criaturas mágicas aladas, apareceram diante deles. Com as asas resplandecentes e olhos brilhantes, eram animais magníficos e imponentes. Sem medo, Morgana, Boris e Daria subiram nas costas das criaturas aladas.

Com suave bater das asas, os abraxas os levantaram do chão e começaram a voar em direção da mansão da vó. O vento fresco do mar acariciava seus rostos enquanto sobrevoavam a paisagem deslumbrante das ilhas gregas, passando sobre o Mar Egeu.

Chegando à mansão, os abraxas desceram com suavidade, pousando elegantemente no terraço da mansão. Lá foram recebidos pela avó, uma figura gentil e amorosa, que os abraçou calorosamente. Os tios, com seus sorrisos enigmáticos, estavam ansiosos para compartilhar histórias de magias e tradições familiares. Enquanto as crianças voavam para a mansão, seus pais partiam em busca de um objeto raro e obscuro para um comprador rico inglês.

Ao chegarem à mansão, eles se sentiram envolvidos pela aura mágica do local e pela vista espetacular do Mar. A mansão em si era magistral. Situada no topo de uma colina, a propriedade era uma beleza arquitetônica que misturava o antigo e o mágico de maneira incrível. Com uma fachada de pedra calcária que parecia ter sido esculpida por mãos divinas. As colunas coríntias ao longo da entrada principal eram majestosas, e a porta de madeira maciça exibia intrincados entalhes mágicos.

O terraço da mansão se estendia até uma varanda que oferecia vistas panorâmicas deslumbrantes do mar Egeu, com suas águas azuis brilhantes estendendo-se até o horizonte. Uma escadaria de mármore conduzia à entrada principal, onde estátuas de figuras místicas guardavam a passagem. O jardim que rodeava a mansão estava repleto de árvores antigas, esculturas mágicas e plantas exóticas. A atmosfera era de serenidade e magia, como se a própria terra estivesse imbuída com poderes ancestrais.

Ao entrarem na mansão, as crianças se separaram com um interior igualmente impressionante. As paredes eram adornadas com tapeçarias antigas e tapetes persas cobriam o chão. Era um lugar onde o passado e a magia se entrelaçavam, criando uma sensação de reverência e admiração. O ambiente era repleto de antiguidades mágicas, quadros encantados e livros de magia ancestral.

A convivência com a avó e os tios na mansão era uma experiência que combinava aprendizado, aventura e magia. Os momentos com cada membro da família era únicos, mas todos contribuíam para criar uma atmosfera enriquecedora.

A avó era uma figura gentil e sábia, que compartilhava histórias e lendas antigas e ensinava aos netos os segredos da magia antiga. Ela reunia Morgana, Boris e Daria em torno de um lareira aconchegante, onde contava história de heróis e criaturas mágicas que habitavam o mundo. Ela transmitia valores de respeito pela natureza e pelo equilíbrio da magia. Os tios, por outro lado, eram entusiastas dos duelos mágicos. As partidas de duelos entre eles eram sempre muito emocionantes. Além de serem habilidosos jogadores de xadrez bruxo. Jogo que Morgana não conseguia se sair bem, mas Boris conseguia competir melhor contra os tios.

Durante o dia, a avó contava histórias da deusa Hécate, descrevendo seu papel como uma deusa protetora e conselheira. Ela ensinava aos netos a importância de manter as tradições do culto a deusa e de respeitar os princípios da magia que ela representava. À noite, a família se reunia em um altar dedicado a ela, oferecendo preces em sua homenagem. Morgana sentia seu coração aquecer sentindo a deusa próximo a ela. A ligação que tinha com essa deusa era muito forte e saber que ela estava sempre a acompanhando deixava sua mente em êxtase. Saber que graças a ela que estava tendo a oportunidade de estar aqui nesse tempo, convivendo com sua família e aprendendo coisas que nunca imaginou.

Quando teve que retornar para a escola para cursar seu quinto ano, estava ainda mais consciente da missão que tinha nessa vida. Estar em um ambiente que estava intrinsecamente ligado a Hécate, fortaleceu sua mente para buscar mais conhecimento. Passou todo o ano escolar focada em aperfeiçoar a magia sem varinha e conseguir boas notas nas provas decisivas dos NOMs. Morgana estava determinada em melhorar essa habilidade altamente valorizada na família. Seus tios eram peritos nisso, quase não utilizavam suas varinhas. Tinha aprendido muito com eles e tentava praticar na escola.

Ela escolheu as tardes que tinha horários vagos para sentar-se sob a sombra das antigas árvores que ocupavam o terreno da escola para praticar. Ela se lembrou dos conselhos de seus tios, que diziam da importância de estar em sintonia com a magia ao seu redor. Com as palmas das mãos abertas, Morgana começou a sentir a energia pulsante da natureza ao seu redor. Sua habilidade com os elementos facilitou sua atividade.

Primeiro, Morgana tentou criar pequenas correntes de vento que brincavam com as folhas caídas no chão. Ela sentiu a magia fluir através dela, e o vento correspondeu a seu comando, fazendo as folhas dançarem ao seu redor.

Em seguida, Morgana desafiou-se a conjurar pequenas esferas de luz que flutuação a sua volta, iluminando o jardim com cores cintilantes. Aos poucos as esferas de luz se tornaram casa vez mais brilhantes e estáveis.

Praticou o ano inteiro e cada vez mais se sentiu mais conectada a natureza e a essência da magia, como se estivesse descobrindo uma parte de si mesma que nunca havia explorado. Sabia que essa jornada de auto descoberta e aprimoramento mágico a acompanharia ao longo de sua vida, tornando-a uma bruxa excepcional.

Após um ano dedicado ao aperfeiçoamento de suas habilidades, Morgana estava mais confiante do que nunca ao recomeçar o clube de duelos. Ela havia aprimorado suas técnicas em magia sem varinha, magia negra e Elemental, estava pronta para testar seu domínio em um desafio maior.

O grande dia do duelo havia chegado, e o clube de duelos da escola estava cheio de expectativa. A arena estava eletricamente carregada de magia, e os olhos de todos estavam fixos em Morgana e seu oponente. Ela ergueu a cabeça com determinação, seus cabelos negros brilhando à luz das velas mágicas que cercavam a arena.

O duelo começou, e Morgana agiu com confiança. Ela levantou as mãos e invocou a magia elemental, fazendo com que chamas se erguessem ao seu redor. Ela controlava o fogo com maestria, moldando-o em uma barreira ardente que cercava seu oponente. Ele estava encurralado, mas ainda lutando.

Morgana então lançou sua magia sem varinha. Com um gesto preciso, ela fez com que as sombras envolvessem os pés de seu adversário. Ele estava fixo no chão, incapaz de se mover. Mas Morgana não parou por aí. Com um olhar frio, ela se voltou para a magia negra. Sua voz ecoou na arena enquanto ela recitava um encantamento sombrio, retirando o ar dos pulmões de seu adversário. Ele lutou desesperadamente para respirar, mas a magia negra de Morgana era implacável.

A plateia assistia em silêncio, testemunhando a humilhante derrota de seu oponente. Ele se ajoelhou, sem ar e derrotado, e Morgana finalmente interrompeu o encantamento, permitindo que ele recuperasse o fôlego. Morgana venceu o duelo de forma espetacular, demonstrando seu domínio completo das três formas de magia. Sua combinação habilidosa de magia elemental, magia sem varinha e magia negra a tornou uma bruxa temível e implacável. Foi uma vitória que deixou todos na plateia atônitos e solidificou seu status como uma das bruxas mais poderosas e respeitadas da escola.

Morgana voltou para casa após se tornar bicampeã do clube de duelos com um sentimento de triunfo e realização. Ela caminhou pelos jardins da mansão, a brisa suave acariciando seu rosto enquanto a luz do sol da tarde dourava a paisagem ao seu redor. À medida que Morgana se aproximava da entrada da mansão junto com seu irmao, seus pais saíram para cumprimentá-la. Eles estavam ansiosos para ouvir sobre sua vitória e compartilhar sua alegria. Sorrindo, Morgana compartilhou os detalhes do duelo emocionante que a havia levado à vitória. Seu pai e seu irmão Boris a elogiaram por sua habilidade e determinação, enquanto sua mãe expressava orgulho em sua voz. Daria, a irmã mais nova, a abraçou com entusiasmo, olhando para Morgana como um exemplo a seguir. A família então se reuniu na sala de estar da mansão, onde uma mesa estava posta com um jantar festivo. Velas mágicas iluminavam o ambiente, e todos compartilharam histórias e risadas enquanto celebravam a conquista de Morgana. No final da noite, quando todos foram descansar, Morgana se recostou em sua cama, olhando pela janela para as estrelas no céu noturno. Ela se sentia grata por sua família e por todas as oportunidades que haviam sido proporcionadas a ela. A vitória no clube de duelos não era apenas um marco em sua jornada como bruxa, mas também um lembrete do apoio e amor de sua família. Morgana adormeceu com um sorriso nos lábios, sabendo que estava no lugar certo, cercada por pessoas que a valorizavam e acreditavam em seu potencial mágico. Era uma noite de celebração e gratidão, e o futuro estava cheio de promessas brilhantes para Morgana e sua família de bruxos.