Na mansão Rostoff, a tarde após o enterro de Daria, foi marcada por uma atmosfera sombria e silenciosa. A família estava reunida, tentando encontrar conforto uns nos outros após a perda devastadora de sua querida filha e irmã. A tristeza pairava sobre todos, tornando o ambiente ainda mais sombrio.
Foi então que um grupo de funcionários do Ministério da Magia apareceu na mansão. Sua presença enviando um arrepio de tensão pelo local. Entre eles, estava um bruxo que Valentin reconheceu imediatamente como um amigo de longa data. No entanto, agora esse amigo estava ali como parte da equipe encarregada de prender Valentin.
Valentin, com uma expressão impassível no rosto, olhou para o amigo com resignação. Ele sabia que este momento estava por vir, dado o caminho sombrio que sua busca por vingança havia trilhado. Embora não demonstrasse arrependimento, Valentin estava ciente das consequências de suas ações.
Os funcionários do Ministério explicaram as acusações contra Valentin, apresentando evidências do seu envolvimento nas circunstâncias após à morte de Daria. Valentin ouviu as palavras com uma calma fria, sem negar as ações que o levaram a essa situação.
A família, incluindo Morgana, assistia em silêncio, absorvendo o choque do momento. A prisão de Valentin era uma reviravolta dolorosa na tragédia que já haviam vivido. Enquanto Valentin era algemado magicamente e levado sob custódia, o amigo olhou para ele com uma mistura de tristeza e pesar, ciente de que essa era uma triste consequência das escolhas de Valentin.
Aquela tarde continuaria a ecoar na memória da família Rostoff como um momento de profunda tristeza e complexidade. Valentin, mesmo sem demonstrar arrependimento, estava agora enfrentando as consequências de suas ações, enquanto a família tentava encontrar uma maneira de lidar com a perda de Daria e o impacto de tudo o que havia acontecido em suas vidas.
Aquela tarde foi marcada por uma sensação de desolação e confusão. O que antes era uma família unida agora estava dividida pelo luto e pela tragédia, e a prisão de Valentin adicionou uma camada adicional de sofrimento e complexidade à situação. Era um momento de profunda dor e incerteza para a família Rostoff, enquanto eles tentavam entender e lidar com as consequências dos eventos que mudaram suas vidas para sempre.
A chegada de Valentin à prisão de Nurmengard marcou o início de um período sombrio de sua vida. Ele foi encaminhado para sua cela, que coincidentemente ficava em frente à cela onde seu pai estava preso. O destino parecia ter uma ironia amarga na maneira como colocou pai e filho tão próximos, mas ao mesmo tempo tão distantes, nas celas que os confinavam.
A prisão de Nurmengard era notória por abrigar bruxos que haviam cometido crimes terríveis, incluindo seguidores fanáticos de Gellert Grindelwald. Valentin agora estava entre esses indivíduos, encarcerado pelas ações que havia tomado em busca de vingança pela morte de sua filha, Daria.
Enquanto ele olhava através das grades de sua cela, podia ver seu pai do outro lado do corredor, também detido, por crimes graves relacionados à sua associação com Grindelwald e seu envolvimento em atos de violência. Era uma situação dolorosa para ambos, uma triste ironia do destino que os colocou tão próximos, mas tão separados por suas escolhas e ações.
A relação entre Valentin e seu pai sempre fora complicada, mas agora, nas profundezas da prisão, enfrentavam uma realidade sombria juntos. Eles compartilhavam a mesma vista desoladora, separados apenas pelas grades que os mantinham distantes. A cela de Valentin era um lembrete constante das escolhas que o haviam levado a esse lugar. Havia uma profunda complexidade nas emoções que passavam por seu rosto, um turbilhão de ressentimento, dor e, paradoxalmente, uma faísca de compreensão.
Enquanto a prisão de Nurmengard guardava seus segredos e histórias de vidas despedaçadas, Valentin e seu pai agora compartilhavam um destino compartilhado, enfrentando as consequências de seus atos. Era um momento sombrio e introspectivo, onde ambos teriam tempo para refletir sobre as escolhas que haviam feito e os caminhos que os haviam levado a esse lugar de isolamento e penitência.
Dentro das celas escuras e sombrias da prisão de Nurmengard, pai e filho finalmente tiveram uma conversa que há muito tempo estava pendente. Valentin estava na cela que ficava em frente à do seu pai, separados apenas pelas grades, mas o abismo entre eles era muito maior do que aquela distância física. Valentin olhou através das grades e viu seu pai, cujo rosto estava marcado pelo tempo e pelas escolhas difíceis da vida. A tristeza pairava no ar enquanto os dois homens se enfrentavam, cada um carregando o peso das suas próprias ações. Seu pai começou a compartilhar suas memórias do período em que ele era um devoto seguidor de Gellert Grindelwald. Ele falou sobre suas crenças, suas escolhas e como ele tinha sido arrastado para um caminho sombrio em busca do que ele considerava certo. Valentin ouviu atentamente, lembrando das histórias que ouvira quando era mais jovem, sobre a participação de seu pai em atividades perigosas e o envolvimento na causa de Grindelwald. Conforme as palavras do seu pai preenchiam o corredor silencioso entre as celas, Valentin não conseguia evitar sentir um misto de emoções.
Dias após a prisão de Valentin, Morgana tomou uma decisão difícil: ela iria visitar seu pai na prisão de Nurmengard. Conseguiu convencer a sua mãe à arrumar um jeito de deixarem ela entrar. Alguns milhares de galeões foram gastos para que Morgana tivesse passe livre para visitar seu pai quando quisesse.
Com um coração pesado, mas determinada, Morgana dirigiu-se à prisão. O local estava envolta em uma atmosfera sombria, e Morgana caminhou pelos corredores frios e silenciosos, acompanhada por um auror. Seu coração estava pesado enquanto ela se aproximava da cela de seu pai, e o som das grades sendo abertas ecoou em seus ouvidos como um eco de suas próprias incertezas.
O encontro entre eles foi carregado de emoção. Valentin, com uma expressão cansada e sombria, viu sua filha e uma mistura de tristeza e alívio cruzou seu rosto. Morgana, por sua vez, olhou para seu pai com uma mistura de emoções conflitantes. Ela sentia raiva e mágoa, mas também uma profunda tristeza pela situação em que se encontravam.
Enquanto pai e filha conversavam através das grades da cela, um terceiro membro da família Rostoff entrou na cena: o avô de Morgana. Ele era um homem idoso, com cabelos brancos e uma expressão séria, carregando a sabedoria e a tristeza de décadas de vida. Morgana sabia que seu avô tinha uma história sombria, tendo sido um seguidor de Grindelwald em sua juventude.
Morgana e seu avô trocaram um olhar silencioso, um reconhecimento mútuo de suas ligações familiares e das complexidades que cercavam a história de sua família. Apesar das escolhas sombrias que ele havia feito, Morgana ficou feliz em finalmente conhecer seu avô. Ela compreendia que o passado da família era repleto de ações questionáveis, mas também via seu avô como uma parte importante de sua história e de sua linhagem. Enquanto pai e filha conversavam, e seu avô observava, Morgana estava cercada pela complexidade de suas raízes familiares e pelas consequências inevitáveis das escolhas que todos haviam feito.
Valentin estava sentado em sua cela na prisão de Nurmengard, imerso em pensamentos sombrios. Ele lembrava das escolhas que tinha feito em busca de vingança pela morte de Daria, as mesmas escolhas que seu próprio pai havia feito no passado como devoto seguidor de Grindelwald. Ele começou a enxergar paralelos perturbadores entre suas ações e as ações de seu pai. Ele viu em si mesmo a mesma sede de vingança que havia levado seu pai a cometer atos condenáveis no passado.
Nesse momento, Valentin também pensou em Morgana. Ele viu que sua filha estava seguindo um caminho semelhante ao dele, incentivando-o a buscar justiça pela morte de Daria. Valentin se preocupou profundamente com o fato de que Morgana estava trilhando um caminho sombrio, e ele queria que ela entendesse as consequências de suas ações.
Valentin se preocupava profundamente com o fato de que Morgana estava seguindo os passos dele, mesmo que ele desejasse protegê-la dos perigos desse caminho. Enquanto Valentin explorava esses pensamentos, ele olhou para Morgana e viu nela uma imagem refletida de si mesmo. Ela o havia apoiado em sua busca por vingança, compreendendo seus sentimentos e compartilhando de sua sede de justiça. Esse apoio de Morgana revelava que ela estava seguindo o mesmo caminho, disposta a sacrificar tudo em nome da vingança.
Foi um momento de profunda preocupação para Valentin. Ele não queria que sua filha repetisse os mesmos erros e fosse arrastada para a mesma escuridão que ele havia enfrentado. Ele entendia as consequências devastadoras que suas escolhas haviam trazido e não queria que Morgana trilhasse um caminho semelhante.
Foi nesse momento que seu pai dirigiu-se a ele. Valentin olhou para seu pai, e os dois compartilharam um olhar intenso e cheio de significado. Seu pai pronunciou palavras que ecoaram profundamente: "É meu filho, o sangue é forte. Você percebeu o olhar dela não foi? Você se reconheceu nele?"
Ele estava dizendo que Morgana, sua própria filha, estava seguindo seus passos, assim como Valentin havia seguido os passos de seu pai. Era uma revelação dolorosa da influência do passado sobre o presente. Valentin se deu conta de que, de fato, Morgana tinha compartilhado de sua busca por vingança, e ele via nela a mesma determinação e atração pelas artes das trevas que o haviam dominado.
Seu pai continuou, observando que Morgana havia sentido prazer pelo que ele havia feito. Essa revelação perturbou Valentin, pois ele percebeu que Morgana estava compartilhando não apenas seu desejo de vingança, mas também o prazer resultante de seus atos. Ele continuou insinuando que ela também desejaria ter realizado esses atos.
Valentin viu em Morgana um olhar determinado, uma chama de desejo de vingança nos olhos dela, semelhante à que ele próprio havia sentido. Ele percebeu que ela estava disposta a ir até o limite para buscar justiça por Daria, mesmo que isso significasse se envolver em atos sombrios e perigosos.
Não era porque ele deixou se levar pela vingança e ter cometido crimes horríveis que Morgana teria que ir pelo mesmo caminho.
Após sua visita à prisão de Nurmengard, Morgana retornou à mansão Rostoff, carregando consigo um turbilhão de emoções. Ela sabia que sua decisão de visitar seu pai tinha consequências e que isso não era algo que seu irmão Boris entendia completamente. Ao chegar à mansão, Morgana encontrou Boris sentado no balanço do jardim, o rosto sério e uma expressão de irritação clara em seus olhos. Ela se aproximou dele, sabendo que tinha que enfrentar o desconforto que pairava entre eles.
Os olhos de Boris refletiam ressentimento, não apenas em relação ao pai, que tinha sido enviado para a prisão, mas também em relação à situação geral da família. Morgana se aproximou de Boris com cautela, ciente do turbilhão de emoções que ele estava passando. Boris, balançando lentamente no balanço, finalmente quebrou o silêncio e expressou sua raiva e frustração. Ele se sentia abandonado e magoado pelas escolhas de seu pai, que levaram à tragédia que abalou a família Rostoff. Além disso, ele culpava Morgana por ter incentivado o pai a buscar vingança, o que, na visão dele, havia piorado toda a situação.
Ela ouviu atentamente enquanto Boris expressava sua raiva e ressentimento, suas palavras carregadas de acusações e dor. Era evidente que ele estava passando por um período de luto profundo pela perda de Daria e, ao mesmo tempo, questionava as escolhas de seu pai.
Em resposta, Morgana tomou uma postura firme. Ela defendeu seu pai, dizendo que acreditava que ele tinha feito a coisa certa ao buscar justiça pela morte de Daria. Ela explicou que, se ele não tivesse agido, ela mesma teria tomado medidas para garantir que a tragédia não ficasse impune.
A conversa entre Morgana e Boris foi intensa e emocional. Ambos estavam lutando para lidar com a dor da perda de sua irmã e com as complexas dinâmicas familiares que envolviam seu pai. Morgana tentou transmitir a Boris que suas intenções eram motivadas pelo desejo de justiça e vingança, embora entendesse que isso tinha consequências.
Enquanto as palavras voavam entre os irmãos, ficou claro que havia uma profunda ligação entre eles, apesar das discordâncias e das emoções conflitantes. Eles compartilhavam a tristeza da perda de Daria e estavam enfrentando juntos as ramificações das escolhas que haviam sido feitas. Era uma cena que refletia a complexidade das relações familiares e a luta para encontrar o equilíbrio entre a busca por justiça e o desejo de paz e reconciliação. Enquanto as emoções transbordavam, Morgana e Boris perceberam que, no final das contas, o amor fraternal que compartilhavam era mais forte do que qualquer discordância, e eles teriam que encontrar uma maneira de seguir em frente, juntos.
