Capítulo 2.

Em um lugar longe da sede da Ordem, uma linda garota ruiva descobria a história de seu passado, de sua família e, principalmente, de seu irmão.

Mia Garcia. Esse era o seu nome, ou pelo menos ela achava que era, pois recentemente, descobriu muitas coisas sobre si mesma. Alvo Dumbledore, era assim que o homem a sua frente se chamava, uma pessoa calma e cuidadosa, porém, misteriosa, quase nunca contava o que estava acontecendo com ele mesmo, sempre havia um mistério por trás de tudo.

- ... agora ele está no Largo Grimmald. - concluiu o diretor de Hogwarts.

Ela não sabia o que pensar, tinha um parente, um irmão, e já ouviu falar dele, já havia visto ele muitas vezes e nunca suspeitou que ele era um parente seu, alguém que poderia chamar de família. Os olhos da garota estavam cheios de lágrimas, mas ela iria aguentar mais um pouco, tinha perguntas a fazer.

- Por que nunca me contou? - perguntou com a voz baixa e chorosa.

- Ainda não tinha certeza absoluta de tal fato, você sempre se manteve afastada de todos e os dois não trocavam nem um "oi". - ele respondeu a olhando calmamente.

Ela não respondeu nada, apenas deixou que as lágrimas caissem e ficou ali chorando, ainda não conseguia acreditar. Nem percebeu quando o diretor foi em direção a cozinha e lhe trouxe um copo d'água, ela agradeceu e bebeu um pouco, ficou 1% calma.

- Srta - ele chamou calmamente -, preciso ir, tenho que resolver umas coisas, e acho que você precisa pensar sobre o assunto.

Ela afirmou com a cabeça, ele levantou, se despediu e saiu. Ela ficou ali charando. Foi para seu quarto e deitou, chorou até não aguentar mais, nem percebeu quando adormeceu.


No dia seguinte, acordou com o canto dos pássaros e a luz do sol batendo em seu rosto, abriu os olhos devagar e os esfregou com as mãos, sabia que estavam inchados. Sentou-se na cama e olhou ao redor, seu quarto estava um pouco bagunçado, teria de arrumar aquela bagunça antes das férias. Espera um pouco... quando as férias acabarem, ela irá voltar para Hogwarts, ou seja, seu irmão também estará lá, será que ele queria falar com ela? Ela queria, mas não sabia se ele queria.

Levantou e foi até o banheiro, escovou os dentes e foi para a cozinha, chegando no local, viu uma... carta? Não poderia ser a carta de Hogwarts, ainda não era o dia. Se aproximou da linda coruja branca e lhe fez um carinho, pegou o envolope e, quando viu, quase caiu para trás. De quem era a carta? Dele mesmo, Harry Potter. Pelo visto, ele já sabe que ela está maravilhosamente viva e bem. Ok...

Respirou fundo e abriu a carta, leu e sorriu pequeno. Na carta, Harry conta que mesmo sem conhecê-la pessoalmente, estava com saudades, talvez poderia encontra-la no trem, ou na escola mesmo. Também estava escrito que ele amaria conversar com ela, saber como ela é, recuperar o tempo perdido. Ok, Harry é um fofo. Correu para seu quarto, pegou pergaminho, tinta e uma pena, então começou a escrever. Escreveu que também amaria conversar com ele, saber de como ele se metia em tanta confusão e mesmo assim saia ganhando, saber mais sobre sua família.

Desceu para a cozinha e a coruja branca como neve estava olhando para fora, parecia ipnotizada com tudo. A coruja virou para ela e esticou a patinha para que Mia pudesse amarrar a carta, ela assim fez. Viu a coruja levantar voo e ir para o lugar onde seu irmão estava, ficou observando até que sentiu seu estômago roncar, nem percebeu que estava faminta. Foi até o armário e pegou umas bolachas de chocolate, pegou café e levou tudo para a mesa, pegou uma xícara e sentou, então começou a comer.

Quando já estava acabando, ouviu o barulho de um bater de asas, olhou em direção à janela e viu que era sua coruja, Steven. Ele vinha voando meio rápido, ela sabia o motivo, achou melhor se preparar para a coruja brava. Steven parou na mesa e a observou... bom, bravo.

- Eu ia deixar pra você também, ok? - Steven não mudou sua expressão. - Não mandei você passar a noite fora.

A coruja cinzenta a sua frente pegou um biscoito e foi para a árvore em frente a janela, Mia ficou o observando se perguntando como uma coruja poderia ser tão brava. Terminou seu café e foi arrumar seu quarto, aquela seria uma manhã beeem longa. Pegou tudo que precisava paea fazer uma faxina, então... rumo ao trabalho! (0% de alegria.)

Enquanto ela arruma a casa, vamos falar um pouquinho sobre ela. Mia mora num pequeno chalé dentro de uma linda floresta, próximo à enormes cachoeiras. O chalé era bem pequeno mesmo, só havia um quarto com uma cama de casal, uma sala com dois sofás para duas pessoas e um pequeno tapete. A cozinha era praticamente junto da sala, só eram separadas por um balcão (que no momento havia alguns livros em cima), a cozinha só tinha uma mesa pequena e redonda de duas cadeiras, também havia alguns bancos espalhados por ali, tinha tudo (ou quase tudo) que uma casa normal tinha, porém, era tudo estilo trouxa, tudo mesmo.

- Ufa! - exclamou com um suspiro. - Terminei.

Agora sua casa estava simplesmente impecável, estava arrumda e cheirosa, dava uma sensação boa ficar ali.

- Acho que só falta terminar de arrumar meu malâo. - falou pensativa, Steven piou concordando. - Voltou a "falar" comigo? - ergueu uma sobrancelha e a coruja olhou para ela entediada. - Ok. Vou ver o que eu faço para comer, daqui a pouco o pessoal chega.

Desceu para a cozinha com Steven ao seu alcance, quando chegaram, Mia foi preparar algo, Steven ficou observando da janela, vendo quando iriam chegar. Então, quando estava bem perto de meio dia, ouviram passos correndo seguidos de risos alegres, Steven bateu as asas alegremente e, depois, a porta se abriu revelando algumas pessoas.

A primeira que entrou, era uma mulher um pouco alta, tinha cabelos castanhos escuros e olhos azuis-marinho, um pouco pálida. Viollet Garcia.

O homem ao seu lado era loiro e tinha os olhos um pouco cinzentos, pele bronzeada e barba feita, era uns dois dedos mais alto que a primeira. Erick Garcia.

Outro homem apareceu, tinha cabelos castanhos indo um pouco o para o tom ruivo, olhos castanhos escuros e pele negra, era mais baixo que os outros. Jacob Garcia.

Uma mulher entrou em seguida, tinha cabelos ruivos escuros, pele parda e olhos castanhos brilhantes, era da mesma altura que o anterior. Eliza Garcia.

Última mas não menos importante, esta era negra, cabelos negros e olhos azuis oceanos, era um pouco mais alta que Jacob. Luana Garcia.

- Eai, ruivinha? - Luana lhe cumprimentou animada e foi lhe dar um abraço.

- Que bom que vieram. - Mia abraçou Luana com força.

- Como foi sua semana? - Viollet perguntou a abraçando.

- Ótima. Mas um pouco... conturbada. - respondeu.

Todos a abraçaram forte, ela retribuia na mesma intensidade, sentiu falta deles, e muita. Logo todos se acomodaram em um lugar e Mia foi para o fogão terminar de fazer a comida, eles começaram uma conversa, a garota aproveitou para contar as últimas novidades, isso incluía ser irmã de Harry. Todos ali ficaram chocados, eles não sabiam que ela era uma Potter, tudo bem que quase nunca conversaram com Dumbledore sobre o assunto e o mesmo nunca aparecia, nunca que iriam conseguir suspeitar. Eles a confortaram sobre o assunto, ela mencionou a carta e eles sorriram com isso.

Quando o almoço ficou pronto, cada um se serviu e começaram a almoçar, conversavam sobre muitas coisas, principalmente como foi o 3 ano de Mia em Hogwarts. Terminaram e resolveram passear pela floresta, os meninos foram nadar nos rios perto das cachoeiras e as meninas só foram andar pela floresta, para passar um tempo a sós de meninas.

- Então Mia? - Eliza se aproximou dela e deu um sorriso provocativo, coisa boa não era. - Algum chush em Hogwarts?

- Não. - respondeu simplismente.

- Hum... - entortou a boca como se estivesse em dúvida.

- Por que a pergunta? - franziu a testa.

- Ah, sei lá, vai que Harry ficasse com ciúmes? - sugeriu dando de ombros.

- Por que ele ficaria?

- Bom, grande maioria dos irmãos mais velhos são ciumentos. - respondeu simplismente.

- E daí? - não via razão para que ele ficasse com ciúmes.

- Daí que... talvez, vocês... brigassem por conta disso. - a olhou cuidadosa.

Ela ficou pensativa, será que ela e Harry brigariam algum dia? Ela não gostaria que isso acontecesse, não queria brigar com o irmão, principalmente se eativesse com raiva.

Foram andando mais um pouco até que chegram nas cachoeiras, os meninos estavam prontos para pularem de uma rocha para o rio, elas ficaram observando. Erick pulou primeiro, ele sempre gostava de ir primeiro. Jack pulou depois que Erick subiu para a margem, pegou impluso e pulou, foi bem... legal.

As meninas resolveram nadar também, porém, não se arriscariam em pular, não são tão loucas a esse ponto.

Mia ria e se divertia com eles ali, os amava e agradecia por eles estarem ali com ela, sempre a apoiavam em muitas coisas. Eles sempre a apoiavam mais ainda quando se tratava do segredo deles, sempre a ajudaram com isso e continuariam ajudando.

Ela iria contar ao irmão sobre isso, mas não tão cedo, o conheceria primeiro. Falando nele... nossa! Mia mal pode esperar para encontra-lo.


Mal feito, feito.