Mais um capítulo e espero que me deixem saber se estão gostando. Sugestões?
Cap. 5
24 de Dezembro de 2010
"Se você quiser passar a noite conosco...".
O convite veio de Cuddy para Wilson, afinal, ela, House e Rachel passariam aquela noite juntos. Ela e Rachel haviam comparecido as celebrações de Hanukkah que aconteceram na casa de Julia, House, por razões óbvias, não foi. Cuddy até preferia assim, ela queria evitar apresentá-lo para Arlene pelo máximo de tempo possível. Não era vergonha dele ou algo assim, ela simplesmente queria mantê-lo longe da mãe porque sabia da personalidade de ambos. Mas agora o natal eles passariam juntos. Ok, ela era judia e não celebrava o natal, mas não custava nada ter uma noite especial com a filha e com o namorado, certo?
"House vai celebrar o natal?". Wilson perguntou surpreso.
"Haverá comida e poucas pessoas então ele não reclamou".
Wilson riu.
"Vocês estarão em uma celebração familiar... Eu não quero atrapalhar".
"Wilson, você é nosso amigo".
"Então ok, estarei lá!".
Rachel estava empolgada, ela ouviu falar de árvores, enfeites e tudo mais. Arlene sempre criticava Cuddy, a menina devia conviver mais com judeus para aprender sobre a religião e costumes.
No final do dia House apareceu na casa de Cuddy com uma árvore.
"House!".
"O que foi?".
"O que é esse pinheiro de natal?".
"Rachel queria uma árvore".
"Mas somos judias".
"Eu não sou".
"Você não é nada!".
"Por isso mesmo, eu fico livre para fazer o que eu quiser. Ah, trouxe enfeites também". Ele mostrou a caixa com enfeites natalinos que segurava em sua outra mão.
"Cadê sua bengala?".
"Hoje estou bem". Ele pulava pra dentro da casa.
"Você vai se machucar!".
Ele a ignorou e colocou o pinheiro no chão e a caixa também. "Você pode pegar minha bengala que ficou no carro?".
De repente Rachel chegou. "Uau! Uma árvore! Que linda!".
"Vamos enfeitá-la?". House a convidou.
"SIM!". A menina gritou.
"Filha, quantas vezes mamãe terá que pedir pra você não gritar?".
"Desculpe mamãe".
"Se minha mãe souber disso...". Cuddy falou para ele.
"Sua mãe não tem que saber de nada".
"Se ela aparecer aqui em casa onde esconderei uma árvore de natal enfeitada?".
"Simples, não a deixe entrar".
"Oh, claro que sim".
Ele e Rachel se divertiram enfeitando a árvore, não é como se House gostasse de comemorar o natal, ou algo assim. Desde pequeno o natal era sinônimo de confusão familiar. Seu tio bebia e acabava gerando uma enorme briga familiar à mesa. Sua mãe sempre nervosa com os preparativos, ela passava o dia cozinhando e cuidando da casa. Seu pai passava a data entre ir à igreja e ligar para os antigos companheiros de exercito e, quando House era pequeno, o obrigava a ir à igreja junto com ele. House odiava isso. Mas havia uma árvore de natal e era a única coisa que parecia iluminada na casa.
"Mamãe, olha que linda nossa árvore!". Rachel anunciou quando terminaram.
"Linda! Você fez um ótimo trabalho, mas sabe Rachel... Judeus não comemoram o natal e nem montam árvores, lembra que mamãe explicou?".
"Mas é tão legal!".
"Eu sei, querida, mas temos nossa tradição".
House evitou qualquer comentário, só ouvia.
"Mas House trouxe pra mim...".
"House não é judeu, filha".
"Então eu também não quero ser". Ela respondeu.
House previu o pior.
"Não fale isso, filha. Ser judia é parte da história de nossa família".
"É chato!".
"Esse ano montamos a árvore por diversão, só isso! Ela não significa mais do que isso porque somos judias". Cuddy insistia.
"Eu quero ser normal, igual as meninas normais".
Cuddy sentiu-se ruborizar e House tentava passar despercebido.
"Filha.. nós somos normais! Ser judeu é algo muito legal e histórico. Lembra da festa na casa de tia Julia? Você não se divertiu?".
"Sim, mas também quero uma árvore!".
"Seus primos são judeus também e eles não têm árvores, mas tem tantas outras coisas". Cuddy tentava convencer a filha, mas Rachel não conseguia enxergar muitas vantagens, então mudaram o foco da conversa e ela se aproximou de House.
"Obrigada por isso!".
"Eu fiz sua filha ficar feliz. A religião é que estraga tudo".
"A religião é parte de quem somos".
"É parte do que estraga quem vocês são!".
Cuddy bufou. "Vá se trocar! Logo Wilson deve chegar".
"Eu estou pronto vestido assim como estou".
"Não... Você esteve vestindo isso o dia todo. Coloque algo diferente".
"Uma fantasia de Papai Noel, por exemplo?".
"Não House, nem pense nisso!".
"Ok, eu vou pra casa me vestir".
"Ok".
Ele saiu frustrado, não importa o que ele fizesse por Rachel ou mesmo por Cuddy, ela sempre reclamaria. Era frustrante.
House tomou banho, vestiu-se com uma calça jeans preta, uma camisa social e um blazer. Também olhou o embrulho que mandou fazer aquele dia pela manhã. Ele balançou a cabeça, ele era um idiota? Provavelmente. Depois entrou no carro e foi até a casa dela, já que nevava bastante e seria perigoso usar a moto.
Poucos minutos antes de House chegar foi a vez de Wilson bater à porta.
"Oi Wilson, entre!".
"House está aqui?".
"Ele foi se vestir e volta logo".
"Ok. Ei Rachel!". Ele Falou pra menina quando entrou.
"Cadê House?". Ela perguntou.
"Ele já vem filha".
"Ela está apegada a ele, não é?".
"Muito". Cuddy respondeu preocupada.
"Uau! O que é isso?".
"Árvore de natal!". Rachel explicou.
Wilson ficou olhando sem entender.
"House a trouxe hoje, e a enfeitou junto com Rachel".
A menina parecia empolgada sobre isso e começou a falar sobre o processo de enfeitar a árvore com House. Wilson tentava ouvir atentamente, mas olhava para Cuddy em duvida.
"Eu sei, House não me consultou antes". Ela respondeu sem mesmo ser questionada com palavras.
"Ok, eu tenho certeza de que ele quis agradar".
"Ou me provocar!".
"Não, não isso...".
De repente House bateu à porta.
"How How How". Ele imitou Papai Noel, mas sem uma touca ou qualquer outra coisa caracteristica.
"House!". Rachel correu até ele.
"Ei". Ele respondeu para a menina que abraçou sua perna feliz.
"Ok". Ele respondeu sem jeito.
"Estava reparando na sua arte". Wilson disse referindo-se a árvore.
"Minha e de Rachel".
"SIM!".
"Rachel, sem gritar".
"Desculpa mamãe".
"Vamos jantar?". Cuddy os convidou. Ela comprou a maior parte da ceia, pois ela havia trabalhado naquele dia, mas ela fez questão de fazer a sobremesa, uma receita que ela anotou e queria testar, ficou bom. Era um flan de chocolate amargo com caramelo.
House deixou sua mochila de lado e sentou-se a mesa. A comida estava deliciosa, Cuddy encomendou em um restaurante tradicional e caríssimo, não podia ser diferente.
"Isso está uma delicia!". Wilson disse.
"Vou ligar a música". House foi até a sala para ligar um som ambiente, jazz.
"Sua mãe não passa o natal com você?". Wilson perguntou para Cuddy.
"Elas não celebram o natal, eu também não, apenas um jantar para amigos".
"Não sei por que de repente você virou judia ferrenha". House comentou e Cuddy soltou o garfo irritada.
"Eu não virei uma judia ferrenha, eu só sou uma judia, desculpe se isso é um inconveniente".
"Não é pra mim, mas talvez eu seja pra você".
"Ei... vamos comer e aproveitar a noite?". Wilson tentou apaziguar.
"Eu preciso de vinho". House disse e encheu o copo.
"Eu também". Cuddy concordou.
"Eu ia passar a noite de hoje em um hotel em Atlantic City com Sam". Wilson se lamentou pelo fim de seu relacionamento.
"Oh não!".
"O quê?".
"Sam novamente?". House reclamou.
"Desculpe se isso é um inconveniente".
"Ok, dois é demais". House encheu a taça novamente.
"Não exagere!". Cuddy reclamou.
"Ok mãe!". Ele respondeu e Rachel riu.
"Vocês estão juntos há quanto tempo? Sete meses? Eu estive mais tempo com Sam". Wilson comparou.
"Wilson, eu entendo. Pode falar o quanto quiser". Cuddy pegou na mão dele.
"Engraçado que não foi isso o que você me disse ontem". House a entregou e ela corou.
"Eu não disse nada". Ela o chutou por debaixo da mesa.
"Ai!". Ele reclamou.
"Desculpe se eu estou sendo inconveniente". Wilson respondeu.
"Não Wilson, ele é um idiota". Cuddy justificou.
"Idiota!". Rachel repetiu.
"Filha, essa é uma palavra feia".
"Por quê?".
"Porque é uma palavra bem feia e crianças não podem dizer".
"Você disse...".
"Bom ponto, Rachel". House respondeu e Cuddy olhou feio pra ele.
"Ok, desculpe. Sinto um clima aqui e eu não estou ajudando". Wilson disse levantando-se.
"Não Wilson, por favor!". Cuddy insistiu para que ele ficasse.
"Se alguém deve sair, sou eu". House levantou-se.
Cuddy não o deteve e ele saiu sem casaco e nada na neve fria.
"Cuddy, faça alguma coisa!".
"Ele está provocando".
"Ele pode cair na neve".
Ela nada respondeu.
"Vocês têm algo que é difícil encontrar, não deixe isso se abalar por bobagem. Uma árvore? Religião?".
"Não se trata disso, mas do comportamento dele. Ele faz as coisas sem me consultar. Ele me fere com palavras".
"Ele está tentando agradar sua filha. Não é fácil pra ele, entenda! Não é fácil um relacionamento, uma criança".
...
O que Cuddy não sabia era que House estava se esforçando muito atualmente para ser uma figura paterna para Rachel, mas ela não conseguia perceber o esforço dele. House não era idiota e tão pouco alienado, ele sabia que Cuddy esperava que seu parceiro fosse um pai para a filha, mesmo que ela negasse. Na noite anterior raios e trovões se faziam ouvir, House acordou com a impressão de que alguém entrara no quarto e de fato era Rachel apavorada segurando sua girafa de pelúcia em um aperto forte e olhando para ele com olhos de desespero.
House estudou Cuddy que dormia agarrada a cintura dele e respirava tranquilamente, obviamente dormindo. Mas os olhos de Rachel o fitavam com terror. O que ele faria? Acordaria sua namorada? Mas então pareceria que ele não conseguia se virar sozinho com algo tão simples. Então ele se colocou no lugar da menina e lembrou-se de tantas vezes que teve medo na infância e faltou o aconchego e segurança de seus pais.
"Suba aqui pequena". Ele disse e a menina rapidamente se jogou na cama junto com sua girafa de pelúcia.
"Ok, agora durma! Você está segura!".
...
Depois de ouvir as palavras de Wilson, Cuddy respirou fundo.
"Ele comprando uma árvore e enfeitando junto com uma criança, isso deve ser o ápice da coisa mais fofa que Gregory House já fez".
"Pensando por esse lado...".
"Você sempre vê o lado mais negro dele, você precisa mudar o foco. O que vocês têm não se encontra todos os dias. É raro sentir-nos tão apaixonados e envovlvidos com alguém. Você bem sabe... Quantos anos passou experimentando encontros fracassados? Amores rasos?".
Wilson estava certo, ela exigia demais dele, ela sabia disso. Mas aceitar tudo, se acomodar seria perigoso, não? Mas ela não faria isso, não essa noite.
"Cuide de Rachel!". Ela pediu. Colocou o casaco e saiu atrás dele.
House estava encostado na parede e tremia de frio.
"House, venha pra dentro!".
"Pra quê? Pra te irritar?".
Ela se aproximou. "Desculpe, eu posso ser difícil as vezes".
Ele olhou pra ela surpreso. A vontade era dizer 'as vezes não, muitas vezes', mas ele se conteve.
"Eu não estou mais acostumada a ter alguém comigo, eu sempre fui muito sozinha em tudo, e...".
"Lucas ficou um ano com você".
Ela respirou fundo. "Era diferente".
"Ele era mais maduro?".
"Eu não o amava como eu te amo".
Ele olhou nos olhos dela.
"E sim, ele era menos desafiador também".
"Isso é ruim?".
"Não, é isso o que me faz te amar tanto".
"Então você precisa de terapia".
Ela riu. "Com certeza!". Então ela o puxou para um beijo, mas os lábios dele estavam tão gelados que logo ela interrompeu. "Vamos entrar, você está congelando e eu também".
"Sabe...". Ele começou a dizer sem se importar com o frio congelante. "Meus natais na infância não eram fáceis".
Cuddy, que tremia muito, não ousaria interromper aquele momento de confissão tão raro de seu namorado.
"Minha avó era fantástica. Ela cozinhava como ninguém. Ela e minha mãe passavam horas cozinhando para todos e a comida era maravilhosa. Mas John... Ele me fazia ir caçar e eu odiava. Depois queria se exibir dos amigos militares e de seus filhos esnobes e grosseiros, e eu nunca o ajudava com isso. Eu era delicado demais, não servia nem para caçar um cervo".
"House...". Ela pegou na mão gelada dele.
"Eu gostava de música, e de leitura e de arte. Isso não era coisa de filho de militar".
"Ele era ignorante...". Cuddy tentou dizer já sentindo lágrimas caírem de seus olhos.
"Outra coisa feliz era a árvore de natal iluminada. Tão linda!".
Nessa hora ela sentiu-se péssima. House estava tentando compartilhar com Rachel uma de suas únicas lembranças felizes do natal e ela foi tão insensível. Cuddy sentiu-se como John House por alguns segundos.
"Me desculpe!".
"Você não tem que se desculpar". House se virou e surpreendeu-se com ela chorando.
"Eu sou uma idiota!".
"Eu sou essa pessoa!". House disse divertido.
"Você é maravilhoso! Eu amo sua interação com Rachel, e ela também".
Ele não sabia o que dizer, então Cuddy o abraçou forte.
"Acho que devemos entrar...".
"Sim, está congelante aqui!".
Eles entraram juntos. Wilson estava ouvindo Rachel contar novamente como ela e House decoraram a árvore.
"Ela amou a surpresa que você fez". Cuddy disse.
"A mãe dela que não amou".
"Eu sei que você queria agradar, eu vejo isso agora". Ela disse o abraçando. "Sei que isso er especial pra você".
"Oh, você voltou da geleira. Que bom!". Wilson disse sorridente quando viu o casal abraçado. "É típico de House, se puna colocando-se em perigo".
"Não comemos a sobremesa que eu fiz". Cuddy falou e soltou House para ir buscar.
"É seguro?". Wilson perguntou em tom de voz baixo para House.
"Não sei, espero que sim".
Eles sabiam que Cuddy não tinha os melhores dotes culinários.
Eles provaram a sobremesa e não era das piores, até que era boa.
"Eu usei chocolate amargo".
"Nota-se!". House disse.
"Ficou ruim?".
"Não, o chocolate amargo contrasta com o doce do caramelo e está ótimo". Wilson respondeu.
"Você gostou, baby?". Ela perguntou pra filha, mas House respondeu.
"Sim, baby. Uma delicia!".
Wilson riu.
Depois eles foram para o sofá e conversaram sobre fofocas do hospital, claro que House e Wilson sabiam de todas elas e Cuddy nunca sabia de nenhuma. "Não é justo eu não estar a par das fofocas".
"Você é chefe, você nunca saberá de nada. Conforme-se!". House disse.
"Não acredito que Dr. Phillips está em processo de retirada peniana, vocês estão mentindo".
"Logo ele será Dr. Phillipa". House disse.
"House, você sabe que pode ter problemas se continuar espalhando essas coisas...".
"É engraçado". Wilson disse rindo. "Esses dias uma residente o chamou de Phillipa".
House riu alto.
"Não... Teremos sérios problemas!". Cuddy falou tentando conter a risada. "Qual foi a reação dele?".
"Ele não entendeu nada, mas então Brenna do laboratório o chamou de 'ela'".
"Brenda". Wilson o corrigiu.
"Sério?". Cuddy parecia chocada.
"Sim, então ele percebeu que havia algo errado". Wilson explicou.
"E então?".
House e Wilson riram alto.
"O que aconteceu?". Cuddy perguntou preocupada.
"Ele mostrou o pênis para seus funcionários como prova de que ele ainda é um homem".
Ela arregalou os olhos. "O quê?".
"Mas disseram que não era grande coisa. Uma pinça resolveria a extração do membro". House explicou.
Wilson riu alto, mas olhou pra Rachel, ela estava ligada na televisão e não os ouvia.
"Como eu não soube disso?". Cuddy estava indignada.
"Expliquei: você é a chefa. Mas, por sorte, namora a mim e tem o melhor amigo fofoqueiro".
"Eu não sou fofoqueiro!". Wilson reclamou.
"Ninguém foi reclamar para o RH?". Cuddy perguntou indignada.
"Acho que ficaram com medo de represália". Wilson explicou.
"Sim, porque medo daquele pênis... ninguém teria". House comentou.
"Eu preciso falar com Adam". Ele era o diretor de RH.
"Cuddy, por isso ninguém te conta nada. Deixa de ser chata!". House reclamou.
"Isso não tem a ver com chatice, mas com tantas outras coisas. Código de conduta, assédio sexual, e posso continuar dizendo...".
House fez cara de sono.
"Ok, acho que preciso ir! Eu agradeço muito o jantar e a conversa, estava tudo muito bom".
"Mas já vai Wilson?".
"É tarde!".
Cuddy olhou no relógio e se surpreendeu, já era meia noite e Rachel assistindo a televisão.
"Wow, eu perdi a noção do tempo".
Ele se despediu e se foi. House pegou a mochila. "Antes de você colocar a menina pra dormir, se importa se eu entregar um presente? Prometo que não direi que é do Papai Noel, até porque eu quero que ela saiba que fui eu quem comprei".
Cuddy se derreteu. "Claro que não me importo. Mas obrigada por me consultar".
Ele foi até a menina.
"Ei Rachel, eu tenho um presente pra você".
"Presente?".
"Sim".
"OBA!".
Cuddy riu dessa vez.
Ele entregou. A menina abriu em um segundo. Era um livro com figuras que formavam cenários 3D. Lindo!
"Wow! Mamãe, lê pra mim?".
"Claro querida, amanhã nós lemos, tudo bem?".
"Hoje!".
"Amanhã, você dorme e quando acordar eu leio pra você".
A menina concordou.
"Agora agradeça House pelo presente".
Ela correu e o abraçou, ele ficou sem graça.
Depois Cuddy a colocou pra dormir e voltou.
"Ela amou o presente, queria dormir abraçada com o livro, mas eu disse que podia amassar".
"Que bom! Espero que você também ame o seu". Ele a entregou um pacote.
"House... não precisava. Eu não comprei nada pra você".
"Você é judia, eu não. Nem cristão eu sou, então pra mim é um presente aleatório".
Ela deu um selinho nele e já abriu o presente. Era um lindo colar de prata com uma bonequinha menina simbolizando Rachel.
"Eu sei que vocês mulheres gostam dessas coisas".
Cuddy se emocionou. A maneira como ela o havia tratado...
"Obrigada! É lindo!".
"Que bom que gostou, a vendedora me falou que...".
De repente ela o interrompeu com um beijo apaixonado. "Eu não comprei um presente, mas hoje eu serei o seu presente".
House sorriu, ela pegou a mão dele e o puxou em direção ao quarto.
"Eu sempre acreditei em Papai Noel!".
Ela riu e trancou a porta do quarto.
Continua...
