Havia se passado mais ou menos uma semana desde que tive aquela visão, não tive mais nenhuma desde então, mas eu não conseguia dormir direito, na minha cabeça sempre aparecia a imagem de um dos garotos do labirinto, ele tinha cabelo escuro, despenteado e olhos verdes esmeraldas, eu não sabia o por que, mas sentia que tinha que o ajudar, só não sei em que.

Agora estou aqui na floresta, que é onde minha casa realmente fica. Vou falar um pouco sobre isso, eu moro em uma casa que fica em uma clareira na floresta, aqui era um pouco assustador, mas não era tanto durante o dia. Eu vivia como quando era antigamente, na minha casa a única forma de iluminação era com velas e fogueira, e o pior de tudo é que eu não tinha varinha, então ficava um pouco difícil de me proteger, não que eu precise, mas vai que eu possa precisar qualquer dia. Minha casa era simples, a sala e a cozinha eram juntas, meu quarto era bem pequeno e também havia um banheiro, que também era pequeno, mas mesmo sendo tudo desse tamanho, é muito aconchegante, mesmo sendo escuro e sombrio.

Estou indo para o riacho pegar um pouco de água, a que tinha em casa acabou. Cheguei perto e peguei a água, depois, fui em direção à minha casa. Quando eu estava no meio do caminho, algo chamou minha atenção, eu vi um cachorro preto e enorme próximo a outro rio que havia ali, parecia que ele queria tomar água, mas aquele rio não era uma h oa opção, então para evitar que ele beba aquela água poluída, eu peguei uma pequena pedra e joguei nele, ele se virou para minha direção e me olhou meio bravo, mas ao mesmo tempo me olhava como se me conhecesse, então fui me aproximando, ele parecia desconfiado, mas não me atacou nem nada.

- Se eu fosse você não beberia água desse rio. - falei parada na frente dele. - Esse rio é poluído, se quizer água é só ir em um riacho que tem por ali. - apontei em direção ao caminho do riacho, ele me olhou curioso, me virei e continuei andando em direção a minha casa. (E sim, eu falei com um cachorro.)

Depois de um tempo, eu ouvi um barulho atrás de mim e virei, vi que era o cachorro, ele me olhava para mim com curiosidade, talvez por que não seja normal uma garota de mais ou menos 14 anos estar sozinha numa floresta. Me virei novamente e continuei andando, percebi que ele não parou de me seguir, então me virei e perhuntei:

- Vai continuar me seguindo?

Ele somente sentou no chão e ficou me encarando, acho que isso era a minha resposta, então voltei a caminhar e ele também. Não sabia por que ele estava me seguindo, mas não estava preocuoada, era só um cachorro, não poderia fazer nada de ruim, não é? Finalmente cheguei em casa, abri a porta, entrei e virei para o cachorro.

- Vai entrar?

Como na floresta, ele só sentou e me encarou, era estranho o jeito que ele me olhava, ele era só um cachorro, mas seu olhar era quase um olhar humano. Ele não se moveu e eu desisti de esperar, mas não fechei a porta, olhei para ele e falei:

- Caso queira entrar...

E saí deixando a porta aberta. A cozinha era junto da sala, então eu poderia ver se ele entrasse, mas como ele só ficava me encarando, eu virei para ficar de costas para a porta. Despejei a água na pia e virei novamente, quando olhei para a porta não vi o cachorro, mas então olhei em direção ao pequeno sofá e o vi lá perto, dei um pequeno sorriso em direção a ele, fui até o armário e peguei um pão, parti na metade e fui em direção ao sofá e sentei, o cachorro conrinuava me olhando como se me conhecesse.

- Aceita? - perguntei oferecendo uma metade do pão, ele me olhou, cheirou o alimento e mordeu, então comecou a comer.

Depois que terminou, voltou a me encarar, a cada minuto que passava que passava eu ficava mais curiosa sobre ele, principalmente por que ele não parecia um cachorro normal.

- Queria que você falasse. - falei olhando para ele. - Assim poderia dizer por que me seguiu.

Ele não fez nada, só ficou me encarando, então, num ato de coragem surpreendente, ele se aproximou e me cheirou, eu fiquei parada o observando. Ele parou e me olhou, então comecou a sair, só fiquei o olhando, na porta ele parou e me olhou por alguns segundos, dei um sorriso sem mostrar os dentes e ele saiu, fui até a porta e a fechei, esse cachorro com certeza não é normal.


Já era noite quando resolvi tomar banho, peguei minha toalha, uma roupa e fui para o banheiro, terminei e fui para o quarto arrumar o cabelo, mas quando cheguei vi uma caixa em cima da cama, ela não estava ali antes. Me aproximei e percebi que habia um bilhete, o peguei e li, estranhei muito por que ninguém sabia que eu vivia aqui, exceto por uma pessoa, mas essa pessoa só veio aqui quando eu era bem pequena, ele que fez essa casa usando magia, porém, desde os meus 11 anos ele nunca mais apareceu.

Abri a caixa meio exitante, tive uma surpresa enorme quando abri, dentro da caixa havia nada mais, nada menos que uma varinha, fiquei completamente sem reação, então a peguei e logo a varinha se acendeu, senti uma sensação incrivel, mas pelo que eu sabia o ministério "rastreia" magia, então achei melhor guardar a varinha, se me acharem eu já era.

Coloquei a caixa numa gaveta e decidi dirmir, esse dia foi bem anormal.