Bella Cullen PDV

— Eu sinto muito, Tanya, sinto muito — falei abraçando minha amiga, tentando consolá-la.

— Ele se foi Bella, ele se foi — ela fungou chorando.

— Ele está descansando agora, Tan— Tentei confortá-la com minhas palavras, mas sabia que nada tiraria a dor que ela estava sentindo.

Sabia que era uma dor que nunca esqueceria, mesmo depois de tantos anos sentia muita falta de minha mãe.

Nosso chá de revelação foi interrompido com a notícia. Edward ligou para James para saber mais. Ele disse que estranhou o pai demorar para sair do quarto e quando foi lá, encontrou-o passando mal. Ligou para a ambulância, mas não chegou a tempo, Jeremy teve um infarto fulminante e ele já estava cuidando de tudo para o translado do corpo do pai para Los Angeles, onde seria enterrado.

Tinha se passado um dia que recebemos a notícia e estávamos no enterro dele. Estava cheio com alguns políticos e alguns repórteres, pois era um senador importante.

— Obrigada Bella, por tá aqui comigo.

— Eu não sairei do seu lado, você quer dormir lá em casa de novo?

— Não, vou ficar com a mamãe — fungou.

— É claro, mas saiba que estou aqui para o que precisar.

— Sim, Tanya é só nos ligar — Edward falou ao meu lado.

Eu sabia que ele estava preocupado comigo.

Eu fiquei nervosa com a notícia, minha pressão subiu um pouco e estava sendo monitorada para que não se agravasse.

Naquele momento, me sentia um pouco mais calma. Mas os enterros eram sempre difíceis, aquele clima de luto e dor, não tinha como alguém ficar totalmente calmo, ainda mais vendo Tanya sofrendo daquele jeito.

Eu esperava não precisar ir tão cedo em um enterro de novo.

— Vem amor, você está bem? Tá sentindo algo? — Edward perguntou passando a mão em minha cintura.

— Não, estou bem.

— Vamos medir sua pressão assim que chegar em casa.

Eu só assenti e passei a mão em minha barriga.

Nos despedimos de mais algumas pessoas e saímos andando entre alguns túmulos.

Li alguns nomes e percebi o local perto que estávamos, parei procurando.

— Bella?

Eu dei um passo em direção a lápide.

Anthony Cullen estava escrito ali.

— Você veio aqui alguma vez?

— Para fazer o que? — respondeu sério e eu sabia o que ele deveria estar pensando.

— Mas alguém veio, quem será que colocou essas flores aqui? — franzi meu cenho encarando o buquê de um tipo de flor amarela que estava ali.

Alguém tinha ido ali recentemente. Mas quem poderia ser e porque?

— Não tenho ideia, deve ser alguma das ficantes dele. Sabe como ele tinha muitas — deu de ombros indiferente.

— É — respondi apenas, mas estranhei aquele fato.

— Vem amor, isso não importa.

Ele me puxou para longe dali.

— Está bom o ar? Está com calor ou com frio? — perguntou ao se deitar ao meu lado na cama.

Tínhamos chegado do cemitério e tomamos um banho juntos, sem segundas intenções.

Eu só queria sentir a presença dele comigo.

Edward mediu minha pressão que estava normal e comi uma sopa que nossa cozinheira tinha preparado.

Eu estava exausta e só queria dormir. Não havia dormido quase nada na noite anterior.

— Está sim, só vem para pertinho de mim — ele veio colocando a coberta sobre nós dois.— Estou preocupada com Tanya.

— Não fique amor, ela é forte e vai conseguir superar isso.

Suspirei.

— Como as coisas vão ser agora? James vai assumir o lugar do pai no Conselho?

— Sim, decretei um período de duas semanas de luto, antes de ter a primeira reunião para apresentar tudo para ele e como as coisas funcionam.

— Jeremy sempre foi legal comigo e era amigo do seu pai e do meu. Nem consigo imaginar a dor que seria perder Charlie ou Carlisle.

— Eles não vão partir agora amor, não se preocupe com nada disso. Vai ficar tudo bem.

Beijou minha bochecha.

— Com isso tudo nós nem falamos de algo direito — mudou de assunto.

— O que? — franzi meu cenho.

— Nossa princesinha, será que amanhã posso ir comprar aquele vestido? — sua mão foi para minha barriga.

Eu sorri sabendo que ele queria distrair meus pensamentos.

— Acho que pode sim, mas não vá exagerar demais, Edward.

— Como não? É nossa primeira filha, nossa herdeira, quero mimá-la e dar tudo que ela quiser. Na verdade, vou mimar qualquer filho nosso.

— Nós temos que mantê-la humilde e ensinar a ser uma grand líder.

— Ela vai ser que nem a mamãe dela, né princesa? — se abaixou falando com minha barriga.

Eu sorri.

— Papai vai comprar tudo que quiser, vou te ensinar a atirar e a lutar que nem ensinei sua mãe.

— Acha que ela vai conseguir? Você sabe como ainda tem muitos membros machistas na Grand C e ela é a primeira primogênita.

— Ela é nossa filha Bella, certeza que vai saber se impor no nosso mundo ou onde quer que ela queira ir. É só olhar para você, todos te respeitam e acatam suas ordens, muitos têm mais medo de você do que de mim.

— E se ela não quiser saber nada disso?

— Nós vamos apoiá-la onde quer que ela queira ir, mas é bom me dar muitos filhos para garantir que a Grand C não saía da nossa linhagem.

Eu ri e bocejei. Ele fez carinho no meu cabelo.

— Durma amor, você está cansada. Precisa descansar.

Eu assenti fechando os olhos.

— Vou tá aqui protegendo você duas.

Apertei sua mão na minha e me deixei ser levado para o mundo dos sonhos.

Edward Cullen PDV

Duas semanas depois...

— James, está bem? — perguntei, estávamos no carro a caminho do local das reuniões do Conselho. Seria a primeira vez dele.

— Sim, sim. Só estou um pouco nervoso. Vou fazer parte do Conselho agora e não sei se estou preparado. Pensei que ainda teria mais tempo, antes de meu pai me passar o cargo. — respondeu com uma expressão triste.

— Eu sei que está recente, acho que deveríamos ter esperado mais tempo — apertei seu ombro, tentando passar algum conforto.

Ele suspirou.

— Não, não. Não podemos deixar a Grand C assim, ao mesmo tempo que estou triste, estou feliz de assumir esse legado.

— Você vai se sair bem, tenho certeza.

— Esperamos que sim — puxou o celular do seu bolso e olhou as horas. — Estamos chegando? Já tem um tempo que saímos.

— Estamos sim — falei apenas.

Só nós membros do Conselho sabiam o local que era realizada as reuniões, naquele momento ele também passaria a saber.

De repente o carro freou bruscamente e buzinou, eu me segurei no banco.

— Desculpe, senhor. Um barbeiro, apenas — Peter falou.

— Tudo bem, continue.

O celular de James tinha caído no chão e me abaixei para pegar.

Notei que a capinha de seu celular era branco, com flores amarelas.

Flores que já tinha visto em um lugar, mas onde?

— Capinha interessante — Coloquei o celular em sua mão.

— Presente da mulher, tive que usar — respondeu dando um sorriso.

— É, claro — sorri também.

Fazíamos muitas coisas por amor. Muitas coisas.

O carro parou.

— Chegamos, senhor.

O segurança abriu a porta para mim e sai com James.

Entramos no edifício onde tínhamos as reuniões do Conselho. James olhava atento tudo.

Todos já estavam na sala de reuniões quando chegamos e se levantaram.

Laurent, Eleazar, Rosalie era a herdeira direta da Grand C, mas quem exercia o cargo mesmo era Emmet. Nós tínhamos autorizado ele a estar presente, como membro do alto escalão, podia dar sua opinião como Anthony fazia antes, porém só Rosalie votava.

— Estamos aqui hoje para a primeira sessão de James, ele irá assumir o lugar de Jeremy agora no Conselho. Podem se sentar.

James Soppy PDV

Eu sentei na minha cadeira rindo por dentro.

Eles eram tão tolos.

Não sabiam que tinham colocado o inimigo para sentar no meio deles.

Eu queria rir, pular e comemorar com gritos de alegria.

Ninguém estava desconfiando de nada e tinha passado ileso da morte de papai.

Os milhões de dólares que desembolsei para o médico valeu a pena.

Ele tinha colocado na certidão de óbito que papai sofreu um infarto fulminante, o que não deixava de ser verdade, mas não toda.

Eu tinha dado veneno para ele e por isso ele morreu.

Enquanto eu via o homem que tinha me criado agonizando no chão eu só conseguia sorrir, pois sabia que finalmente meu plano de vingança iria começar.

Iria destruir Edward, iria tomar seu lugar no Conselho e me tornaria o Grand Chefão. Teria todo o poder em Los Angeles na palma da minha mão, todos teriam que me respeitar e se curvar a minha vontade.

Faria tudo que Anthony não foi capaz de fazer, por ele me vingaria de todos.

Edward sentou na ponta da mesa, uma expressão séria.

Contive um suspiro.

Ele era tão lindo. Ai se ele me quisesse, poderíamos ser grandiosos juntos.

Lembrei dele tocando meu ombro, eu tinha feito seu irmão gêmeo se apaixonar por mim, eu poderia ter ele também.

Sorri com isso e o observei falar.

Esperaria só a poeira da morte de papai abaixar e observaria como eles trabalhavam. Mas daqui um pouco tudo aquilo seria meu, inclusive o Grand Chefão Edward Cullen.


Nota da Autora:

Geeente! Alguém prende esse homeeeeem!

E ninguém percebeu que tão colocando o leãonacova dos lobos

E agora? O que será que vai acontecer?

Os capitulos não vão ser muito grandes, então vou tentar postar mais rápido

Continuem comentando, que logo volto com mais

Beeeijos