Arco um - Despertar
Capítulo três - Partida
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Emilia levou Kazuma pela densa floresta da Floresta Congelada. Era uma manhã fria, mas o calor da curiosidade aquecia Kazuma.
Enquanto caminhavam, Kazuma observava a paisagem deslumbrante. As árvores estavam cobertas de neve, criando um cenário de inverno mágico. Os raios de sol quebravam através dos galhos, lançando brilhos dourados sobre a neve, criando uma cena digna de um conto de fadas.
Emilia liderava o caminho com Puck flutuando ao seu lado. Kazuma seguiu-os, seu fôlego formando nuvens de vapor no ar gelado. Ele se perguntava para onde estavam indo e qual segredo Emilia estava prestes a revelar.
Conforme avançam, a neve se torna mais profunda, e a vila antiga emerge à vista, quase enterrada sob uma camada espessa de neve. Enquanto caminham pela vila, Kazuma observa várias estátuas de gelo meticulosamente esculpidas e se aproxima para examiná-las.
"Essas estátuas são incrivelmente detalhadas. Foi você quem as fez?" Sua voz carrega surpresa e admiração.
Emilia congela por um momento, seus olhos se fixam em uma das estátuas, e ela lentamente se aproxima dela e a toca levemente.
"Isso não é uma estátua, é o meu povo. Todos eles."
Kazuma arregala os olhos diante da revelação chocante. Ele varre o olhar pela vila e percebe centenas de estátuas semelhantes, cada uma representando um morador congelado no tempo. Sua mente está cheia de perguntas, e a única que ele consegue formular é um simples.
"Como?"
Emilia olha profundamente nos olhos de Kazuma, e sua expressão é uma mistura de tristeza e determinação. "Esta floresta já foi exuberante, cheia de vida. Mas algo aconteceu, e toda a floresta foi congelada, incluindo seus moradores, e eu."
Kazuma ouve atentamente a história de Emilia, um nó se formando em sua garganta. Ela fala sobre seu longo período de congelamento e como Puck, seu companheiro espiritual, a salvou. "Desde então, estou procurando uma cura para eles, mas até hoje não encontrei nada."
As palavras de Emilia tocam profundamente o coração de Kazuma. Ele não pode ignorar o sofrimento dela e seu desejo de salvar seu povo. Coloca a mão gentilmente em seu ombro e oferece palavras de conforto. "Durante minha jornada em busca de um caminho de volta para casa, vou procurar também uma cura para eles. Eu prometo."
Emilia, emocionada, deixa as lágrimas escorrerem pelo rosto. Por muito tempo, ela suportou o peso da impotência, mas as palavras de Kazuma reavivaram sua esperança quase perdida.
Após algum tempo chorando, Emilia recupera a compostura e pede a Kazuma para segui-la. Eles se dirigem a um edifício maior na vila e entram nele, encontrando uma grande coleção de armas, incluindo espadas, lanças, escudos e arcos em suportes bem organizados.
"Este é o depósito da vila, Kazuma. Pegue o que precisa; isso pode te ajudar em sua jornada."
Kazuma se aproxima dos suportes e seleciona uma espada curta, semelhante a uma cimitarra, com uma lâmina de cerca de 50 cm de comprimento e uma guarda em forma de "S". Ele verifica o peso e o equilíbrio, encontrando-o adequado. Em seguida, pega um arco que parece moldado em marfim e avalia a tensão da corda, percebendo que é mais pesado do que seu antigo arco, mas sua força aprimorada compensa. Ele também pega uma aljava cheia de flechas.
"Vai pegar só isso?" Emilia pergunta, curiosa.
"Sim," responde Kazuma com confiança. "Não estou acostumado a usar espadas longas ou lanças, e um escudo me deixaria mais lento e barulhento. Prefiro me mover sorrateiramente."
Emilia concorda com um aceno de cabeça e sugere que eles retornem à cabana. Kazuma concorda, pensando nas tarefas de manutenção necessárias para suas novas armas. Juntos, eles voltam para a cabana enquanto a neve continua a cair silenciosamente ao seu redor.
…
Sob o brilhante sol do meio-dia, Kazuma e Emilia compartilharam mais um delicioso almoço preparado por Kazuma. A refeição havia sido um momento de descontração e prazer, com a conversa fluindo de forma leve enquanto saboreavam os pratos cuidadosamente elaborados. Sentados à mesa, eles trocavam risos e histórias, desfrutando da sensação de normalidade em um mundo estranho. O aroma das ervas frescas misturadas com os ingredientes da refeição flutuava no ar, enchendo o ambiente com uma sensação de conforto.
Após o almoço, Kazuma decidiu realizar a manutenção das armas que havia pego no depósito da antiga vila. Ele se sentou na varanda, concentrado em seu trabalho, enquanto Emilia o observava com interesse.
"Vai reparar as armas?" perguntou Emilia, curiosa sobre as habilidades de Kazuma.
Kazuma assentiu enquanto pegava a espada, verificando sua lâmina e o equilíbrio da arma. "Sim, elas ficaram muito tempo sem cuidado. Mas elas estranhamente estão bem conservadas, então não acho que vou demorar muito."
Emilia também examinou as armas, admirando a qualidade e o estado de preservação surpreendentemente bom. Puck, o espírito que as acompanhava, apareceu para sanar as dúvidas de ambos.
"Aquele galpão tem um feitiço protetor," explicou Puck, "então mantiveram aqueles equipamentos em bom estado."
Os olhos de Emilia e Kazuma se arregalaram de surpresa. Admirados, eles aplaudiram com entusiasmo, deixando Puck corado com a reação exagerada.
Após um tempo vendo Kazuma mexer nas armas, Emilia se levantou e dirigiu-se a Kazuma.
"Estou indo para a floresta colher mais ervas. Você vai continuar trabalhando aqui?"
Kazuma assentiu, retomando seu foco nas armas. "Sim, vou terminar isso aqui. Tenha cuidado lá. E Puck, cuide dela."
Puck respondeu com confiança, saltando para a cabeça de Emilia. "Eu sempre cuido."
As horas passaram rapidamente enquanto Kazuma realizava a manutenção nas armas. Ele já havia terminado o arco e estava agora conferindo a espada, após afiá-la com habilidade. Kazuma fez alguns movimentos de esgrima, demonstrando sua destreza com a lâmina antes de embainhá-la com precisão em seu quadril.
Quando ele olhou ao redor, percebeu que o sol estava começando a se pôr, pintando o céu de vermelho e roxo. Com um suspiro, Kazuma retornou à cabana e sentou-se na varanda, esperando ansiosamente o retorno de Emilia e Puck. No entanto, o tempo passou, e não havia sinal deles.
"Eles estão demorando muito," Kazuma murmurou para si mesmo, seu olhar inquieto fixado na linha de árvores que separava a clareira da floresta.
Foi então que um estrondo ensurdecedor reverberou pela floresta, quebrando o silêncio e fazendo o coração de Kazuma disparar de temor. Ele imediatamente se levantou, pegando seu arco e aljava que estavam ao lado, e partiu na direção do barulho, correndo o mais rápido que podia. Seu único pensamento era alcançar Emilia e descobrir o que estava acontecendo antes que fosse tarde demais.
…
Minutos antes...
Emilia e Puck caminhavam pela floresta, sua bolsa quase cheia de ervas recém-colhidas. Emilia estava descontraída, cantarolando uma melodia suave enquanto caminhava. Puck percebeu seu bom humor e decidiu lançar uma pergunta.
"Você gosta dele, não é?"
Emilia, sem pensar muito, respondeu: "Sim, eu gosto dele."
Puck notou que Emilia interpretou a pergunta de uma maneira mais simples do que ele pretendia, mas resolveu deixar por isso mesmo.
"Eu também gosto dele, embora ele sempre encontre uma maneira de me deixar sem graça," respondeu Puck, e Emilia riu calorosamente.
No entanto, a atmosfera logo ficou séria quando um bando de mabeasts, wolgarms, apareceu à frente deles na floresta. Essas criaturas nunca tinham entrado na floresta antes, deixando Emilia preocupada.
"Por que eles entraram na floresta? Eles nunca fizeram isso antes," disse Emilia, olhando para Puck com preocupação.
"Não sei. Mas vou descobrir," respondeu Puck.
Os wolgarms começaram a cercar Emilia e Puck, e o mais corajoso deles saltou em direção ao duo. Puck agiu rapidamente, criando um pingente de gelo que empalou o wolgarm. No entanto, isso só pareceu enfurecer ainda mais as outras criaturas, que avançaram sobre Emilia e Puck.
Emilia e Puck começaram a lutar contra os Wolgarms, mas parecia que seu número não diminuía. Pareceu que horas se passaram até que finalmente conseguiram derrotar todos os inimigos. Emilia estava ofegante, e Puck estava prestes a se dissipar, com o tempo de seu contrato acabando.
"Pode descansar agora, Puck. Derrotamos todos eles," disse Emilia, ofegante e preocupada com seu companheiro.
Antes que Puck pudesse responder, eles sentiram uma presença sinistra se aproximando rapidamente. Puck instintivamente tentou criar um escudo de gelo ao redor de Emilia, mas não foi rápido o suficiente. O escudo se desfez quando uma enorme pata atingiu Emilia com força, lançando-a contra uma árvore próxima.
Emilia bateu com violência na árvore e caiu no chão, emitindo um baque surdo. Puck tentou protegê-la, mas seu tempo havia chegado ao fim, e ele se desfez em partículas de luz, deixando Emilia à mercê da colossal criatura que se aproximava.
A criatura que agora se aproximava era um Guiltylowe, uma besta gigantesca com a cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. Babava profusamente pela boca, e seus olhos pareciam famintos por sangue. O Guiltylowe levantou a pata, pronto para esmagar Emilia, quando algo inesperado aconteceu.
"[Snipe]"
Uma flecha afiada atingiu o olho direito da criatura, fazendo-a rugir de dor e recuar, errando Emilia por pouco. A flecha permaneceu cravada em seu olho enquanto o Guiltylowe balançava a pata para tentar removê-la.
A criatura olha com seu olho restante para o local de onde veio a flecha, mas não vê nada.
"[Fireball]"
O Guiltylowe escuta o grito atrás de si e se vira, sendo recebido por uma grande bola de fogo o atingindo na face. O calor escaldante queima sua pele e derrete seu olho restante o deixando cego. A criatura, agora cega e com parte de seu rosto queimado, estava em agonia. Rolava na neve, tentando apagar as chamas em seu rosto com suas patas dianteiras.
Kazuma observava a situação da besta de uma distância segura, usando sua habilidade "[Lurk]". Sabendo que a criatura estava temporariamente cega e seu olfato prejudicado, Kazuma pegou um galho caído e o arremessou contra uma árvore próxima.
A criatura, ainda confusa, avançou furiosamente na direção do barulho, atingindo outra árvore e ficando momentaneamente atordoada. Kazuma viu sua chance e correu em direção à besta, empunhando sua espada. Com um movimento preciso, ele enfiou a espada entre as costelas da criatura usando [Deadly backstab], que rugiu de dor.
A criatura tentou atacar Kazuma, mas sua habilidade "[Auto-dodge]" entrou em ação, afastando-o do perigo. Kazuma então levantou a mão direita e lançou sua magia mais poderosa naquele momento.
"[Lightning]"
O raio atingiu a espada, que funcionou como um condutor elétrico, absorvendo a eletricidade e direcionando-a para o interior da besta. O Guiltylowe rugiu mais uma vez e caiu impotente no chão.
Kazuma se aproximou com cuidado e tocou a criatura com sua habilidade "[Drain touch]". No entanto, ele logo percebeu que não conseguia absorver mais energia dela. Retirou a espada do corpo da besta, sentindo-se aliviado após a difícil batalha.
"Emilia!"
Kazuma estava tomado pelo pânico quando se deparou com o estado crítico de Emilia. Com cuidado, ele a ergueu em seus braços, ouvindo seus gemidos de dor a cada movimento. Enquanto corria através da densa floresta, uma preocupação avassaladora inundava seus pensamentos. Ele não podia perder Emilia, não agora.
Finalmente, eles chegaram à modesta cabana que servia como lar temporário. Com pressa, Kazuma adentrou o local e depositou Emilia com suavidade sobre a cama. Ela estava semi-consciente, e um filete de sangue escorria de seus lábios, uma visão que apertava o coração de Kazuma.
"Emilia," sua voz trazia a ansiedade que sentia. "Parece que você tem ferimentos internos. Vou precisar verificar, e para isso, preciso tirar suas roupas."
Emilia fez um fraco aceno de cabeça, e Kazuma, com mãos trêmulas, desembainhou sua espada, utilizando-a com a precisão de um cirurgião para cortar as roupas da garota, evitando movimentos bruscos que pudessem piorar seu estado.
Enquanto Kazuma removia as vestimentas, sua mente permanecia focada na busca por ferimentos. Ele logo identificou uma grande mancha roxa na lateral esquerda do corpo de Emilia e tocou a área, ouvindo-a gemer de dor. Sua pele estava pálida e fria.
"Suas costelas estão quebradas, e acredito que seu pulmão esteja perfurado," Kazuma diagnosticou, com um tom de preocupação evidente em sua voz.
Ele começou a tratar os ferimentos utilizando sua magia [Heal]. A concentração era palpável no ar enquanto Kazuma se empenhava na tarefa. Primeiro, ele recolocou cuidadosamente as costelas no lugar, direcionando então sua magia para o pulmão perfurado. Embora [Heal] fosse uma magia de cura básica, sua eficácia dependia da quantidade de mana que ele conseguisse canalizar.
Determinado a curar Emilia, Kazuma utilizou toda a mana disponível. A luz pálida da magia brilhava intensamente, mas o excesso de esforço começou a enfraquecê-lo. Ele sentiu que o pulmão de Emilia estava se curando, mas ela ainda estava pálida e fria.
"Isso não é suficiente," ele sussurrou, um traço de desespero na voz.
Movido por um último ato de desespero, Kazuma posicionou sua mão esquerda sobre o coração de Emilia e ativou sua habilidade [Drain touch], mas desta vez inverteu o fluxo, direcionando mana e sua própria força vital para a garota. A dor o atingiu com violência, sua visão começou a escurecer, e a sonolência o envolveu, mas Kazuma manteve seu foco firme, uma determinação inabalável.
Usar duas habilidades simultaneamente consumiu suas reservas de mana e força vital, e ele estava exausto. No entanto, a cor retornou gradualmente ao rosto de Emilia, seu pulmão estava completamente curado, e seu coração batia forte e saudável. Kazuma, pálido e ofegante, aceitou o abraço reconfortante do sono, ciente de que havia feito tudo o que estava a seu alcance para salvar Emilia.
…
Kazuma, perdido em um emaranhado de memórias, flutua entre as lembranças de sua vida na Terra, as aventuras passadas com outras garotas e as experiências mais recentes ao lado de Emilia. Ele se deixa levar por essa viagem mental, enquanto um som distante parece ecoar em sua mente.
"...ma."
Ele foca sua atenção nesse som enigmático.
"...zuma... Kazuma."
Quando o som se torna mais claro, sua consciência retorna ao mundo real. Com um piscar de olhos, ele se encontra encarando um par de olhos ametista, que pertencem a Emilia. Ainda meio atordoado, Kazuma percebe que está sentado no chão, apoiado à beira da cama. A dor que sente por todo o corpo sugere que passou a noite nessa posição desconfortável.
Quando finalmente se recompõe, ele se vira rapidamente para Emilia, a expressão carregada de preocupação. "Como você está? Consegue respirar bem? Sente alguma dor?" Indaga com urgência, examinando de relance o local onde antes havia um ferimento grave, agora evidenciando apenas uma leve vermelhidão.
"Estou bem, sim. E tudo graças a você. Muito obrigada."
Emilia o tranquiliza com gratidão sincera, acompanhada por um sorriso caloroso que aquece o coração de Kazuma, deixando-o surpreso com a profundidade desse agradecimento. Enquanto admira o sorriso de Emilia, seu coração dá um salto, uma sensação que o deixa perplexo.
"O que estou pensando, afinal? Tenho Megumin me esperando em casa." reflete Kazuma, balançando a cabeça na tentativa de afastar esses pensamentos desconcertantes.
"N-não precisa agradecer. Considere isso como minha maneira de retribuir por você ter me salvado," responde gaguejando um pouco, ainda sob o impacto da situação.
Emilia coloca sua mão sobre a de Kazuma, que repousa na cama, e com firmeza diz: "Por favor, aceite. Puck sempre nos ensinou a agradecer aqueles que nos ajudam."
Os olhos de Emilia não permitem discussão, e Kazuma acaba aceitando. Contudo, ele demonstra um nervosismo incomum ao tentar se levantar, mas suas pernas dormentes não cooperam, fazendo-o perder o equilíbrio e quase cair sobre Emilia, mas com um movimento do corpo, ele se apoia antes de atingir ela.
"Emilia. Eu te machuquei quando caí?" Kazuma pergunta com preocupação. Mas isso se perde com o que ele vê.
A face de Emilia está em sua frente, seus olhares se encontram, e seus rostos ficam a centímetros de distância, olhando profundamente nos olhos um do outro. O tempo parece parar, e a tensão se instala.
Mas, subitamente, um chamado interrompe o momento...
"Lia!"
Puck se materializa, saltando em direção a Kazuma e o arremessando para longe. Kazuma cai no chão com um gemido de dor, batendo a nuca e rolando.
Puck voa até Emilia e pousa em seu peito, abraçando-a com alívio. "Lia! Como você está? Está ferida? Onde está aquele maldito Guiltylowe? Vou transformá-lo em picolé!"
Diante das perguntas incessantes e da ameaça aterradora de Puck, Emilia o acalma "Eu estou bem Puck. Kazuma chegou na hora certa e derrotou o Guiltylowe e me curou."
Puck então volta sua atenção para Kazuma, que ainda está no chão massageando a cabeça, e eles trocam olhares, uma comunicação silenciosa que transmite suas intenções.
Entretanto, Puck surpreende a todos ao perguntar: "Mas, Lia, por que você está nua?"
"Eh?" Ambos, Kazuma e Emilia, desviam os olhos para o peito dela, e Kazuma é agraciado com a visão dos belos seios de Emilia. Ele não apenas os vê, mas também admira sua beleza.
Depois de pensar um pouco, Kazuma repara na beleza da Emilia. Uma beleza que rivalizava com a dos deuses, e isso são palavras de alguém que conhece duas deusas de verdade, bem, com uma não tendo a dignidade de uma deusa, mas ainda tem a beleza de uma, então suas palavras tem mais peso que da maioria das pessoas.
"Linda." Kazuma fala com pura sinceridade.
Em contraste, um rubor rapidamente colore o rosto de Emilia, e ela tenta cobrir os seios com os braços, o que a faz gemer de dor devido aos ferimentos.
Kazuma, reagindo rapidamente, se levanta e a apoia. "Não se mova ainda. Curei seu pulmão e realinhei suas costelas, mas não consegui curá-las completamente por falta de mana. Deixe-me terminar de te curar."
Com cuidado, ele coloca a mão sobre as costelas quebradas de Emilia e usa [Heal] mais uma vez. Sua mana ainda não se recuperou completamente, mas é o suficiente para concluir o processo de cura de Emilia.
Enquanto observa o semblante sério de Kazuma, Emilia fica fascinada, e Puck, que observa os dois com um sorriso caloroso, completa o cenário.
Assim que Kazuma sente que a curou completamente, ele se levanta e vai até o armário de Emilia, pegando uma camisa para ela. "Obrigada," diz Emilia, ainda envergonhada.
Kazuma desvia o olhar e coça a bochecha, exibindo um leve desconforto enquanto murmura: "Estou indo preparar algo para você comer." Dizendo isso, ele deixa o quarto.
Kazuma deixa o quarto de Emilia, com as bochechas ainda levemente coradas e o coração batendo mais rápido do que o normal. Ele se pergunta por que sempre se envolve em situações tão estranhas. Balançando a cabeça para afastar esses pensamentos, ele entra na cozinha da cabana.
Enquanto prepara a comida, Kazuma reflete sobre todas as reviravoltas que ocorreram desde que chegou a esse mundo.
Após algum tempo, Kazuma volta ao quarto de Emilia com uma bandeja de comida. Ele a coloca ao lado da cama e diz: "Aqui está algo para você comer. Espero que goste."
Emilia olha para a comida e sorri agradecida. Ela pega um garfo e começa a comer com cuidado, ainda fraca devido aos ferimentos. Kazuma observa enquanto ela se alimenta e se senta ao seu lado.
"Ei, Emilia... Sobre o que aconteceu mais cedo, eu não queria que você se sentisse envergonhada. Foi um acidente."
Emilia olha para Kazuma e balança a cabeça suavemente.
"Eu sei, Kazuma. Não foi culpa sua. Além disso, você me salvou e cuidou de mim. Estou muito grata por isso."
Kazuma sorri aliviado ao ouvir a compreensão de Emilia. Os dois continuam a conversar enquanto ela se alimenta.
Pelo próximo mês, Kazuma acompanhou Emilia em suas idas para a floresta. Eles encontraram alguns grupos de mabeasts e lutaram contra eles. Kazuma não gosta de lutar, mas agora que ele tem que encontrar uma forma de voltar para casa, ele deve se acostumar. Kazuma e Emilia lutavam com uma sinergia natural que ele não tinha com seu grupo, como se tivessem lutado juntos antes várias vezes.
…
Kazuma estava do lado de fora, preparado para sua jornada. Vestia uma capa verde com capuz, com a aljava nas costas, o arco no ombro e a espada presa ao quadril. Sua bolsa continha mantimentos e algumas mudas de roupas que ele costurou cuidadosamente. Ele olhou uma última vez para a pequena cabana na floresta que havia sido seu lar temporário, e para os dois que se tornaram bons amigos dele.
"Estou partindo agora." Kazuma se despediu de Emilia e Puck. Ele sabia que precisava encontrar uma forma de retornar para casa, mas as despedidas eram sempre difíceis.
Puck olhou para Kazuma com preocupação. "Você tem tudo o que precisa?"
Kazuma assentiu e abriu a bolsa, mostrando o conteúdo. "Tudo aqui."
Puck assentiu satisfeito. "Ótimo. Siga na direção leste. Em cerca de uma hora de caminhada, você sairá da floresta. Depois, em mais uma hora, encontrará uma vila."
Kazuma agradeceu a Puck pelas instruções. Emilia, ao lado, estava visivelmente nervosa. Kazuma se aproximou dela.
"Obrigado por tudo, Emilia."
Emilia não conseguiu encontrar palavras para responder. Seus olhos se desviaram para vários lugares, incapazes de encontrar os de Kazuma. Então, de repente, ela o surpreendeu ao pular sobre ele, envolvendo-o em um abraço apertado. Kazuma ficou momentaneamente atônito, mas logo retribuiu o abraço.
"Boa sorte em sua jornada", disse Emilia quando se afastou um pouco. Ela então surpreendeu Kazuma mais uma vez, dando-lhe um beijo rápido na bochecha. Ela corou intensamente e rapidamente voltou para a cabana, parecendo envergonhada. Kazuma tocou a bochecha, sentindo-se aquecido por dentro com a inesperada demonstração de afeto.
Puck, ainda surpreso com a cena, finalmente se recuperou e também se despediu de Kazuma. "Boa sorte, Kazuma."
"Obrigado, Puck", Kazuma respondeu sinceramente.
Puck voltou para a cabana, e Kazuma começou sua jornada em direção ao leste, com sentimentos mistos, mas determinado a encontrar uma maneira de voltar para casa.
Arco um - Despertar
Fim
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Notas do autor: E aí está o capítulo três e o fim do arco um, agora vamos falar sobre o capítulo. Muitos de vocês devem esta se perguntando do por quê do Kazuma esta tão sério? Bem, isso é fácil de responder. Primeiro, é que sou péssimo para escrever personagens puramente cômicos. E segundo, se você se encontra em um lugar desconhecido sem nenhuma das pessoas em quem confia, como é que não vai ficar sério? É isso. E por que dele esta tão forte? Isso é explicado no capítulo anterior, mas vamos expandir aqui. Sendo sincero, duvido que Kazuma sobrevivesse por muito tempo no mundo de Re:Zero que é conhecido como o Dark Souls dos isekais do jeito que estava, então foi necessário dar uma nivelada nele. já que seu item de trapaça (vulga Deusa Inútiu) não esta com ele. E SIM! Eu dei indícios de romance entre Kazuma e Emilia! Por que fiz isso? Sei lá, o autor estava doido. Vai pra frente o romance? Vai depender do meu humor. Alguém vai querer me matar por fazer isso? Provavelmente, mas vai ter que entrar na fila. É isso o que eu tinha para falar. Fiquem ligados no próximo arco.
