TENSEI SHITARA LAMIA DATTA KEN

Autora: Pumpkitty

Sinopse: Após morrer, salvando um kohai, Satoru reencarna em outro mundo como um monstro. Um sedutor, poderoso e subestimado lâmia.

Notas: Tensei Shitara Slime Datta Ken não me pertence. Essa fanfic contém yaoi, linguagem explícita, nudez, sexo explícito, bestialidade, violência e mpreg.


Capítulo II

Dragão da Tempestade


Satoru engoliu em seco, olhando para o imenso dragão diante dele. Era assustador. Intimidante. E... sexy? Satoru piscou quando aquele pensamento cruzou sua cabeça. Como um dragão poderia ser considerado sexy? Mas... Era isso que ele estava sentindo.

{{Kekka: Para um lâmia, dragões são considerados parceiros sexuais poderosos e atraentes.}}

"Oh... Sou ka..." Satoru corou com a ideia. Ele não era mais humano, isso significava que, como um monstro, seu conceito de beleza tinha mudado sem que ele percebesse.

– Matte! Não precisa ficar com medo! Eu não vou machucá-lo, pequenino!

Satoru corou e desviou o olhar, coçando a bochecha. Medo não era exatamente o que ele estava começando a sentir. Além do mais, levando em consideração que ele próprio era um monstro, ficar com medo seria ofensivo... Certo? Satoru tinha certeza se que se ofenderia.

– Iie... Kowakunai yo... Fiquei um pouco surpreso, porque nunca encontrei um dragão de verdade, mas não estou com medo.

O dragão pareceu um pouco surpreso.

– Nunca encontrou um dragão? Dragões verdadeiros como eu são raros, mas alguns devem ter passado pela Vila das Lâmias. – Comentou o dragão, um pouco surpreso.

– Vila das Lâmias? – Agora Satoru estava curioso. Então havia uma vila de monstros da mesma espécie dele?

{{Hai. Monstros com inteligência racional costumam se reunir em pequenas vilas, com o objetivo de aumentar as chances de sobrevivência.}}

– Aa, você não é de lá pequenino?

– Hn... Iie... Na verdade, pode ser difícil de acreditar, mas eu era humano, e vivia em outro mundo, então morri e, de alguma forma, acordei nessa caverna como um lâmia.

Os olhos do dragão se arregalaram, antes de olhar para Satoru com mais atenção.

– Naruhodo, você é uma reencarnação de outro mundo. Isso é um pouco raro.

Satoru piscou ao escutar aquilo.

– Matte! Isso quer dizer que existem outros como eu? Que morreram e reencarnaram? – Agora ele estava curioso. Será que era algo normal? Quando uma pessoa morria, ela naturalmente reencarnava em outro mundo?

– Aa, isso acontece as vezes. Apesar de que essa é a primeira vez que escuto, que um humano de outro mundo, reencarnou em um monstro. Normalmente, eles reencarnam em humanos, nascendo com habilidades fortes. – Explicou o dragão, cruzando os braços e parecendo bastante pensativo. – Em um caso mais comum, existe os viajantes de outro mundo, que apenas surgem nesse mundo por meios que não se pode explicar. E, é claro, existem os invocados de outro mundo, humanos que foram trazidos para esse mundo, por meio de um difícil ritual de magia.

– Ohh! Então se pode até mesmo invocar alguém! Isso é incrível!

– Maa, talvez, mas invocados são principalmente usados como armas por nações maiores. O ritual que os trás até esse mundo precisa ser executado por pelo menos 30 feiticeiros de alto nível, e assim que são invocados, eles são aprisionados por um feitiço de maldição, que os obriga a servir seus invocadores.

Isso fez Satoru recuar.

Talvez, ser verdadeiramente e invocado para aquele mundo não fosse algo tão bom assim. Ele tinha sorte. Ele reencarnou.

– Isso parece ser bastante cruel, Ryuu-san. – Comentou, estremecendo internamente.

– Não me chame de ryuu. Não me compare com os dragões de segunda classe que existem por aí. Eu sou um dos Quatro Dragões Verdadeiros desse mundo! Eu tenho um nome!

Satoru inclinou a cabeça ao escutar aquilo.

– Hn... Gomen... É que você não disse seu nome.

O dragão piscou ao escutar sua resposta, antes de coçar a cabeça.

– Aa... eu me esqueci... Carum! – O dragão fingiu uma tosse desajeitado. – Eu sou um dos Quatro Dragões Verdadeiros, o Dragão do Vendaval, Veldora.

Satoru sorriu, um pouco divertido ao ver o dragão parecer incrivelmente presunçoso e vaidoso, ao dizer seu nome.

– Prazer em conhecê-lo, Veldora! – Cumprimentou feliz e, por um momento, Satoru teve quase certeza de que o dragão estava corando, mesmo que fosse impossível de ver isso, através das escadas escuras. – Tokorode, Veldora, porque você estava tão orgulhoso de ter um nome? Isso não é algo normal?

Nomes eram coisas normais, ao menos, do ponto de vista de Satoru. Todos recebiam um ao nascer, a final.

– Iie. Monstros não costumam ter nomes. Quando um monstro é nomeado, ele recebe um grande aumento de poder, podendo até mesmo evoluir e despertar habilidades únicas. Quanto mais forte for o nomeador, mais o nomeado irá evoluir e se fortalecer. – Explicou Veldora, parecendo quase ter entrado em um modo 'professor'. – Você é um exemplo, pequenino. Você não tem um nome, não é mesmo?

Satoru franziu a testa, inclinando a cabeça enquanto pensava.

– Maa... Eu tenho o nome que usava quando era humano...

– Esse nome não significa nada, pois foi lhe dado em sua outra vida. Agora você reencarnou, então esse nome não vale mais.

– Hn... Se você colocar as coisas assim... Então eu realmente não tenho um nome. Eu reencarnei nessa caverna... E não tenho pai ou mãe... Ninguém que pudesse me dar um nome... – Concordou um pouco frustrado, enquanto fazia biquinho.

– Wahahaha... Não faça essa cara. É mais comum um monstro não ter um nome, do que o contrário. Mesmo se você tivesse nascido na Vila das Lâmias, você não receberia um nome.

– Ainda assim... Parece injusto. – Reclamou, estufando as bochechas.

Veldora sorriu, seus olhos observando cada pequeno detalhe do lâmia diante dele.

"Kawaii... Lâmias são realmente as criaturas mais bonitas!" Veldora tinha um grande interesse em lâmias. Ele costumava visitar a Vila das Lâmias, apesar de nunca ter realmente estabelecido um relacionamento com uma. Sim, ele tinha feito sexo com algumas lâmias, mas era sem qualquer compromisso real.

Seus irmãos nunca entenderam sua atração por aquela raça. Velzard preferia nagas, Velgrynd preferia yuan-tis, e Velaria sempre gostou mais de sereias. Idiotas, todos eles. Sereias eram bonitas, mas não tinham nem força e nem cérebro! Nagas? Sim, eram mais fortes, mas muito menos atraentes e não tão inteligentes. Yuan-tis? Fortes, sem dúvida, guerreiros bastante decentes e tinham uma inteligência adequada, mas... Eram feios demais! Seres completamente bestiais! Lâmias... Ah, as lâmias. Lindas, tanto as fêmeas quanto os machos, uma beleza deslumbrante. Mentes sagazes e travessas, adoravam joguinhos e podiam destruir alguém sem mover um único dedo, se elas realmente colocassem suas mentes nisso. E força... todos viam seus corpos delgados e desprovidos de músculos, e pensavam que eram fracas. Lâmias eram seres fortes e com grande habilidade em batalha.

Perfeição.

E, depois de 300 anos de selamento, Veldora estava podendo conversar com outro lâmia! Ah, se apenas aquela barreira não estivesse ali, talvez eles pudessem fazer muito mais do que conversar.

– Se você quiser, eu posso lhe dar um nome. – Ofereceu. Ele gostaria de nomear a linda criatura diante dele. Quão lindo e poderoso aquele lâmia se tornaria, ao ser nomeado por ele? Veldora realmente queria fazer isso!

Satoru olhou para Veldora, antes de sorrir amplamente.

– Mesmo? Eu adoraria, Veldora!

Veldora sorriu.

– Eu tenho uma ideia, porque você não me dá um nome também?

Satoru franziu a testa em confusão clara.

– Mas... Você já tem um...

– Seria um segundo nome, um que nós dois podemos usar.

– Oh, como um nome de família... – Murmurou Satoru, antes de corar.

A ideia de um nome de família, ao invés de atrair a imagem de dois irmãos, fez com que Satoru pensasse em casamento. Sua mente realmente montou uma estranha imagem de Veldora, grande e imponente, usando um terno de casamento, enquanto Satoru estaria sentado em sua mão, usando um vestido de noiva.

"Baka! Baka! Baka! Pare de pensar bobagens!" Pensou com firmeza, sacudindo a cabeça com força, antes de bater em suas bochechas.

– C-certo! Um nome para nós dois! – Concordou, tentando colocar sua cabeça no lugar, enquanto afastava aquela imagem estranha e, ainda assim, muito sedutora.

"Pare de pensar em besteira, e comece a pensar em um nome! Veldora é um dragão, então tem que ser algo legal... Hn... Dragão do Vendaval... Vendaval... Vento... Tempestade... Strom? Não, muito estranho... Hn... Qual era mesmo o outro nome para tempestade...? Ah!"

– Tempest! – Exclamou Satoru sorrindo amplamente. – Veldora Tempest! Que tal?

– Tempest? Eu adorei! – Falou Veldora bastante surpreso e feliz com o nome. Tinha um som muito bom e parecia combinar com seu próprio nome. – Você é bom nisso. Pensou em um ótimo nome bem rápido.

– Isso não é normal?

– Na verdade não. A maioria demora muito para pensar em bons nomes. Você deve ter um talento para isso.

Satoru corou, coçando a bochecha com o elogio.

Não era grande coisa. Ao menos, não do ponto de vista de Satoru. Ele só pensou em diferentes palavras para 'tempestade' em inglês.

– Agora é a minha vez. Vejamos... – Falou Veldora, cruzando os braços e pensando. Ele tinha recebido um bom nome, então queria dar um nome igualmente bom para a beleza diante dele.

Beleza? Ele deveria usar algo assim? Não, não parecia bom. Lâmias eram lindos, mas usar isso como base para nomear um, seria como limitá-los apenas a sua aparência. Veldora conhecia os lâmias melhor do que a maioria dos monstros, então ele sabia que eles eram mais do que rostinhos bonitos. Eles eram fortes... Hábeis... Monstros que deveriam ser temidos e respeitados, apesar do que todos pensavam... Oh, sim! Isso seria bom!

– Rimuru. Seu nome é Rimuru Tempest!

Satoru piscou.

– Rimuru... Tempest... – Repetiu devagar, antes de sorrir. – Eu adorei! Obrigada, Veldora!

Antes que mais alguma coisa pudesse ser dita, Satoru sentiu seu corpo ser envolto por uma luz dourada quente, e um formigamento percorrer todo seu corpo.

– Nan... Nande dayo?! Meu corpo...

– Daijoubu. Você está evoluindo. – Tranquilizou Veldora, sorrindo ao ver a evolução do pequeno lâmia diante de seus olhos. A evolução aconteceu mais rápido do que ele pensava, o que falava muito sobre o potencial do lâmia.

A luz se dissipou e o formigamento parou. Tinha terminado? Curioso, ele deslizou até o lago mais próximo, conseguindo ver seu reflexo. Assim que o fez, um suspiro deixou seus lábios.

Ele parecia um pouco mais velho... Uns dois ou três anos. Seu corpo ainda era magro e andrógeno, seu rosto parecia ainda mais bonito e delicado do que antes, e agora ele possuía três listras vermelhas em cada bochecha, e uma marca de lua crescente roxa no centro de sua testa. Suas orelhas estavam mais pontudas, suas unhas estavam mais longas e afiadas, mais parecidas com garras. As escamas de sua cauda tinham mudado, recebendo um padrão de diamante, e ganhando um dégradé de um azul cobalto para roxo e então preto na ponto. A ponta de sua cauda também havia mudado, tornando-se mais pontiaguda, quase como a ponta de uma flecha.

– Sugoi...

{{Koku. A evolução de Rimuru Tempest de Lâmia para Queen Lâmia foi concluída com sucesso. Novas habilidades foram desbloqueadas: Resistência a Venenos, Miasma e Olhos de Górgona. Continuando. A Habilidade Única Predador evoluiu para Habilidade Única Devorador.}}

– Ahn? Novas habilidades? Evolução de habilidade? Chotto matte! Queen Lâmia? Não deveria ser King? – Perguntou para Daikenja, ainda sentindo-se bastante surpreso com a evolução. Tudo isso por causa de um nome? Incrível!

{{Negativo. King Lâmia é uma forma inferior a alcançada pelo mestre.}}

– Rimuru? Você está se sentindo bem?

Ele se virou ao escutar a voz de Veldora.

Rimuru... Esse era seu nome agora.

Seus lábios se curvaram em um sorriso.

– Aa, daijoubu Veldora. Eu só estou um pouco surpreso. Não esperava mudar tanto. – Comentou, voltando para perto do dragão, antes de se sentar no chão, sua cauda se enrolando a sua volta.

– Wahahaha! Verdade, eu sabia que você evoluiria depois que o nomeasse, mas estava esperando um Great Lâmia, ou um King. Não esperava por uma Queen. – Concordou Veldora. Ele estava bastante impressionado com aquela evolução, mas não podia reclamar. Rimuru estava ainda mais lindo! Maldita barreira, que o estava deixando longe daquela beleza.

– Nee Veldora, agora que parei para pensar, o que você está fazendo nessa caverna? – Perguntou, olhando para o grande dragão.

Veldora piscou com a pergunta antes de suspirar.

– Eu fui selado nessa caverna. Isso faz uns 300 anos.

– Ahn? Selado? Mas não estou vendo nenhum selo!

– Você precisa usar Sentido Mágico para ver. Vou explicar como.

Curioso e confuso, Rimuru seguiu as instruções de Veldora, conseguindo ativar a Habilidade Extra Sentido Mágico. No segundo que o fez, sua visão se iluminou, e tudo ao seu redor ficou muito mais nítido e brilhante. Foi assim que ele foi capaz de ver Veldora sentado atrás de uma grande barreira multicolorida.

– Realmente... Está aí...

– Aa, é uma coisa bastante irritante. Principalmente hoje...

– Como isso aconteceu?

Veldora pareceu envergonhado por um momento, enquanto coçava a bochecha.

– Maa... Isso foi há 300 anos... Eu posso ter feito um pouco de barulho, e destruído um reino, então essa heroína apareceu. Ela era uma viajante de outro mundo, e tinha essa habilidade irritante... E eu posso ter sido muito confiante e subestimado ela demais... Então acabei aqui...

Rimuru piscou com a história, antes de bufar e rir.

– Então Veldora é um menino travesso. – Brincou, não podendo deixar de pensar que era algo engraçado. – Eu me pergunto se há uma forma de desfazer esse selo...

– Dificilmente. Essa é a Prisão Infinita, dizem ser o feitiço de aprisionamento mais forte que existe. – Explicou Veldora, soltando um suspiro frustrado. – Maa, mas eu devo desaparecer em mais uns cem ou duzentos anos, então não deve importar muito.

Rimuru congelou ao escutar aquilo.

– Desaparecer? Como assim?

– O selo tem sugado minha força vital lentamente nos últimos 300 anos, nesse ritmo, tenho pouco mais de 200 anos, antes de desaparecer.

Rimuru franziu a testa, apertando os lábios em uma linha fina. Ele não gostou daquilo. Veldora era seu primeiro amigo naquele mundo e... Bem... Sua primeira queda...

"Daikenja, não há nada que eu possa fazer?"

{{Kekka...}}

Rimuru piscou, antes de sorrir amplamente.

– Veldora, minha habilidade única Daikenja, tem uma ideia! – Falou animado, atraindo o olhar do dragão. – Se der certo, talvez possamos desfazer a Prisão Infinita em 50 anos!

– Mesmo? Isso seria ótimo, mas... 50 anos é bastante tempo, você vai ficar aqui todo esse tempo?

Rimuru sorriu maliciosamente.

– Não. Eu quero explorar o mundo, e não vou precisar ficar de qualquer jeito. O plano é usar a minha outra habilidade única, Devorador, e colocar você, junto com a Prisão Infinita, dentro do meu estômago dimensional, e usar a minha habilidade única Daikenja, para analisar a Prisão Infinita de todos os ângulos possíveis, e conseguir desfazê-la!

Veldora piscou com a ideia, antes de sorrir. Se desse certo, ele estaria livre em 50 anos!

– Eu gostei da ideia, Rimuru! Vamos fazer isso.

Rimuru acenou, erguendo as mãos para ativar sua habilidade, antes de parar e corar um pouco. Ele desviou o olhar, mexendo os dedos ansioso.

– E... Bem... Depois que você estiver livre... Hn... Talvez você queira... Fazer parte do meu harém?

Rimuru corou ainda mais quando as palavras deslizaram por sua boca. Não era isso que ele queria perguntar. Ele queria convidar Veldora para um encontro! Convidá-lo para um harém, que ainda nem mesmo existia, era ir muito mais longe, muito rápido! Ele certamente seria rejeitado. Bem... Não era como se ele não estivesse acostumado com rejeições. Uma mais, uma menos...

– Eu adoraria. – Respondeu Veldora, muito mais sério e calmo do que tinha estado durante toda a conversa.

Rimuru olhou para o dragão, sentindo suas bochechas queimarem, vendo a forma intensa com que o dragão o encarava.

– Então... É uma promessa... – Murmurou, erguendo as mãos em direção a Veldora outra vez.

– Aa, uma promessa.

Rimuru sorriu.

Ele estava ansioso.

{{Ativar a Habilidade Única Devorador? Sim? Não?}}

"Sim."

Um vórtice de fumaça negra disparou de suas mãos, engolindo Veldora junto com a Prisão Infinita, antes de sugá-la para dento de Rimuru.

Rimuru olhou para o lugar vazio, onde Veldora esteve todo aquele tempo, antes de olhar para suas mãos.

Tinha dado certo?

{{Hai. Iniciando análise da Prisão Infinita.}}

Rimuru sorriu.

– Estou ansioso para nós vermos outra vez, Veldora. – Sussurrou, seus olhos se voltando para sua barriga, mesmo sabendo que, teoricamente, não era ali que Veldora estava. – Sateto... é melhor eu encontrar a saída dessa caverna.


{{Continua...}}

{{Próximo Capítulo... Buffet de Monstros}}