Olá Pergaminhos e Seguidores da Justiça, aqui é o Mr. Bones trazendo o capítulo 3 da minha fanfic de Overlord.

Neste capítulo vamos descobrir mais sobre como o Viajante é suspeito, espero que gostem.

Então com vocês...

Aquele que voltou

Capítulo 03: Uma História Conhecida

— No dia seguinte, eu estava descendo cedo para comer, pois eu, Vulku e Fineas íamos sair assim que clareasse, então vi o senhor Telcontar sentado em um canto. – continuou Rumble sem perder mais tempo.

— "Bom dia senhor Telcontar, pelo jeito o senhor acorda como os anões, cedinho".

— "Bom dia senhor Rumble," – ele disse – "sim já sou acostumado, o senhor gostaria de sentar e comer algo? E por falar nisso, vi que os seus dois amigos acabarem de sair."

— "Claro, eles devem terminar de fazer os últimos ajustes antes de partirmos."

— "É assim mesmo. Então, para onde vocês estão indo?"

— "Vamos para o Reino Bruxo, o senhor conhece?"

— "Já ouvi falar algumas coisas ruins e algumas outras muito ruins".

— "Ah! Isso depende pra quem você perguntar, de nós anões você só vai ouvir coisas boas, principalmente por termos sido salvos pelo Rei Feiticeiro pessoalmente".

— "Quais boatos você escutou? O de que ele matou quase 200 mil soldados nas Planícies Katze, que subjugou os dragões de gelo, acabou com o exército Quagoa, que ele venceu um rei demônio, que arrasou Re-Estize ou o de que ele é um morto-vivo?!" – indaguei com animação.

— "Isso, todos eles."

— "Provavelmente você deve ter ouvido muita gente".

— "E são verdadeiros?" – ele perguntou.

— "Sim, provavelmente, pelo menos eu acredito que sim. Pelo que eu testemunhei na luta contra os Quagoa, tenho certeza que sim! Eu o vi uma vez de perto, realmente ele é um morto-vivo, mas não um comum, nada se compara com ele", eu disse.

— "Quer dizer então que ele não odeia os vivos, pelo menos não os anões. Já os Quagoas pode ser outra história".

— "Acho que o Rei bruxo é prático em suas ações, sei que ele teve seus motivos para nos salvar, acabar com os Quagoa provavelmente era necessário para o que ele queria. Os dragões nem foram massacrados pelo que ouvi, parece que vão trabalhar levando grandes coisas entra os reinos".

— "Sobre o que aconteceu em Katze, acho que foi uma maneira de encerrar aquela guerra de uma vez por todas, eles já estavam nessa há décadas".

— "Se o Rei Feiticeiro não estivesse lá senhor, provavelmente uns 40 mil soldados de cada lado teriam morrido, no ano seguinte de novo e de novo, o Rei só pôs fim a essa sandice, matando tudo de uma vez e só de um lado".

— "Só um louco continuaria em guerra depois disso." – afirmou o senhor Telcontar.

— "Sim, com certeza. Mas seja honesto comigo, o que traz o senhor a essas terras?" – eu perguntei.

— "Na verdade estou só de passagem." – ele falou, assim sem interesse, como se não tivesse um destino para ir.

— "É mesmo!? Qual é o seu negócio, se me permite perguntar".

— "Bem, eu sou um contador de histórias, colecionador de contos, então eu viajo muito e fico por pouco tempo em algum lugar, o bastante para aprender algo e compartilhar algo, assim eu vou vivendo um dia de cada vez."

— "Deve ser difícil estar sempre em movimento ou se sustentar, pelo que vimos ontem, a propósito, me desculpe pela atitude do meu colega, aquilo foi estúpido."

— "Sem problemas, 'aham', "geralmente quem gosta de tramar muito, desconfia de todos e acha que todo mundo é igual a ele."

— "É um bom conselho, se as pessoas prestassem mais atenção neles, menos confusão arrumariam.

— "Sem dúvida! Mas sobre as viagens, eu posso não ter muito comigo, mas o que tenho é o suficiente pra mim por enquanto, gosto da companhia dos outros viajantes e sempre faço alguma amizade por onde passo, como você Rumble."

— "Ora, fico feliz que tudo acabou dando certo então, senhor Telcontar".

— "Além do mais senhor Rumble, algum dia vou encontrar a minha casa e lá vou poder descansar de verdade."

— "Espero que a sorte lhe sorria então, você falou de histórias, que tipo de histórias, você é um bardo?".

— "Não, não sou um bardo, mas é quase isso. Às vezes conto histórias para entreter grupos viajantes ou em vilas e cidades por onde passo para ganhar algum dinheiro, mas nada de surpreendente."

— "Eu coleto e conto as histórias folclóricas de lugares que já não existem mais, algumas ouvi em reinos por onde passei, outras são mitos de suas próprias terras, histórias passadas de boca a boca, algumas conhecidas só pelos mais velhos e outras já esquecidas por todos, menos por mim, algumas são lendas".

— "Mas nem toda lenda é inventada, às vezes você encontra uma tão fantástica, com atos que superariam os mais esplendidos herois, que você acaba achando que aquilo nunca aconteceu, mas elas foram reais".

— "Por exemplo, vou lhe contar uma história, uma história sobre uma fortaleza e uma de suas conquistas, ela se chama…"

"A fortaleza"

Há muitas eras atrás, existia um reino cujo nome foi perdido no tempo, um reino de batalhas onde quem lá vivia só podia se dedicar a três coisas: amizade, aventuras e batalhas, não necessariamente nessa ordem.

Os habitantes do lugar se juntavam em buscas por glória, honra e diversão, mas às vezes a diversão de alguns batia de frente com a de outros e as disputas eram inevitáveis, pois nem todos eram tão bons, alguns tinham intenções mais sombrias, atacavam outras fortalezas apenas por serem diferentes, caçavam seus habitantes por esporte e se dedicavam ao extermínio de outras raças.

Uma das antigas fortalezas que fora atacada era também uma das mais fortes, não porque usava fortunas para comprar armas mais poderosas, como as outras faziam, mas porque seus ocupantes eram muito, mas muito preparados contras seus algozes, na verdade eram tão preparados que foi preciso um exército para confrontá-los.

Através de trama e conluio, um exército nunca antes formado surgiu, atacando quando parte dos senhores da antiga fortaleza estava fora.

Quem ficou lutou junto com os protetores com toda sua força, lançando feitiços lendários, golpeando com armas que poderiam abrir montanhas, mas os invasores eram tão fortes quanto eles, e estavam em maior número.

Nem mesmo a Cavaleira Rubra suportou o ataque. Ela encontrou seu fim nos portões da fortaleza, ainda segurando sua lança quebrada.

O Mestre estrategista, apesar de sua força, pereceu junto com seus servos.

O honrado Guerreiro Azul, que poderia rivalizar qualquer atacante em um duelo, não suportou a maré de inimigos.

Os irmãos que se apoiavam nas lutas cumpriram suas funções, reduzindo o número de invasores e os enfraquecendo.

Somente quando a última vítima caiu é que o destino dos invasores foi selado. Amaldiçoados, eles sofreram tanto que o Humano Imortal pôde defender a fortaleza ancestral até que seus senhores voltassem para acabar com o exército invasor.

Nenhuma moeda foi levada, nenhum prêmio reivindicado ou troféu ostentado, tudo que levaram foi morte e sofrimento.

A fortaleza sobreviveu, a um alto custo, mas nunca mais outro exército invasor tentou usurpá-los. Uma lição foi ensinada a todos que a invejavam: não mexa conosco.

— "Que história hein! Meio curta, mas muito boa, é real? Quem era a Cavaleira Rubra?" – eu perguntei, pois a história era realmente muito boa, contada numa forma que te fazia prestar atenção, quase como um encanto de um bardo, ela era… cativante, e o senhor sabe como os anões gostam de histórias.

— Sim, percebo isso bem – disse Ainz enquanto revirava seus olhos metaforicamente.

— "A história pelo que eu sei é real" – ele continuou – "contada de diversas maneiras por pessoas diferentes, mas essa é apenas uma de suas histórias, cada personagem tem suas próprias aventuras, é aí que você pega o público, você dá uma amostra e deixa com um gostinho de quero mais, assim eu ganho alguns cobres e consigo sobreviver".

— "Muito bem, entendi o ponto, mas se me permite perguntar, sem que isso me custe um cobre é claro, como se chama a fortaleza atacada, senhor Telcontar?" – eu quis saber.

— "Na verdade, dizem que a fortaleza ainda existe escondida em algum lugar secreto ou à vista de todos, mortalmente protegida, mas à espera de seus senhores, e eu algum dia vou encontrá-la. Essa fortaleza se chama Nazarick, já ouviu falar?"