Olá Pergaminhos e Nazarins, trago outro capítulo de minha fanfic Aquele com Voltou, mais uma vez com Vulpesregina.
Algumas aventuras leves, a bonança antes da tempestade.
Com vocês
Aquele que Voltou
Capítulo 45: As peripécias de Vulpesregina
Nos dias seguintes, Vulpes foi apresentada à sua nova casa e seus moradores, as Plêiades sempre ajudavam nos cuidados quando não estavam ocupadas.
Quando Entoma a levou até Arwintar, a raposa imediatamente se tornou amiga das gêmeas aos cuidados de Inta, brincaram tanto que quase não foi possível separá-las na hora de ir embora.
Dentro da Tumba, nunca faltou alguém para dar atenção, as empregadas homúnculos ficaram encantadas ao saber que alguém de Nazarick agora tinha uma filha.
Os Guardiões de andares discutiam e fizeram várias reuniões para descobrir qual era a intenção de seu mestre ao permitir tal coisa.
Demiurge imaginava que tudo não passava de um plano para reunir seres com talentos para servir à Tumba, já que Vulpes podia ver o invisível e tinha uma grande habilidade em não ser notada.
Aura se imaginava algum dia adestrando uma grande raposa.
Mare só via um bebê bonitinho.
Cocytus estava em êxtase desde que, em uma oportunidade, a criança se lançou sobre seus ombros e começou a rir enquanto ele corria, ele mal podia esperar para ser chamado de tio.
Shalltear e Albedo estavam em seus delírios sobre seu mestre querer filhos.
Já Ainz estava contente ao ver como a criança havia realizado uma mudança na atitude de Lupus, uma esperança para o desenvolvimento pessoal dos integrantes da Tumba.
Um certo dia ele estava sozinho na sala do trono, Albedo estava fora junto com Renner, sua nova secretária, assim ele se sentiu à vontade para folhear alguns documentos fora do seu escritório, então ouviu uma voz sussurrando.
— Vulpes, cadê você menina? Vulpesregina Beta, apareça agora mesmo.
— Olá! É você Lupusregina?
— Ainz-Sama! Me desculpe, não sabia que o senhor estava aqui, vou me retirar imediatamente.
— Não precisa se retirar Lupus, estou apenas revendo alguns documentos, como você tem passado?
— Bem, meu senhor, Vulpes tem tomado bastante tempo, NADA QUE ME AFASTE DE MEUS DEVERES.
— Não se preocupe, sei de que você tem tido bastante ajuda para entretê-la, logo ela deve começar a ter aulas então quem ficará ocupada é ela fu! fu! fu!
— Se eu conseguir achar ela nesse meio tempo...
— Ah! Eu sei onde ela está.
— É mesmo!? Onde, meu senhor?
— Aqui, pegue – disse ele esticando uma perna e expondo a menina raposa que estava pendurada roendo o Tornozelo Supremo.
— VULPESREGINA!!!
...
Os dias seguiram sem grandes acontecimentos. Albedo iria entregar um de seus relatórios no escritório de Ainz e, se possível, ter uma oportunidade com seu mestre. Ela bateu na porta, que se abriu.
— Lady Albedo está aqui para vê-lo, Lord Ainz. - anunciou a empregada encarregada do dia.
— Por favor, deixe-a entrar, Cixous.
— Bom dia, Lord Ainz. Trago alguns poucos relatórios para esta manhã.
— Sim, aparentemente não temos muita coisa para hoje, não é mesmo?
— Não, meu senhor - disse Albedo.
Ela então aproveitou o momento e se inclinou sobre a mesa para exibir o grande decote enquanto entregava os papéis, mas o que ela acabou vendo foi algo notável: seu mestre estava com uma das mãos no colo acariciando...
— Vulpesregina?
A menina raposa estava enrolada em sua cauda como um bichinho, deitada sobre o colo enquanto o senhor da tumba acariciava sua cabeça com um de seus dedos esqueléticos.
— Meu senhor, é muita ousadia dessa...
— Criança, dessa criança Albedo, ela é apenas um bebê para os nossos padrões.
— Sim, meu senhor, me desculpe pela minha explosão - Albedo falou, levando a mão para passar sobre a cabeça da menina quando.
*NHACK*
— FILHADUMAP...
— ALBEDO!
— Me desculpe Ainz-Sama, mas ela quase mordeu o meu dedo! - Albedo disse, segurando a mão contra o peito, enquanto a menina raposa rosnava.
— Você nem sentiria tal coisa, mas você tem razão, Vulpesregina, isso não foi bonito, nem educado. Só porque deixei você deitar um pouco no meu colo não quer dizer que você é dona dele. Não posso privilegiar alguém em minha casa.
— Pivilegiá? - a raposinha tentou falar.
— Privilegiar, dar um presente para apenas uma pessoa, ou algo assim. Agora, peça desculpas à Albedo.
— Pesente? - disse ela pensando em algo, ela desceu até o chão, andou até Albedo e ficou de pé, com as mãos nas costas e cabeça baixa - dicupa, Bedo.
— Está desculpada, Vulpesreginaaaah… - Albedo não terminou a palavra e estava sendo puxada pelo dedo até ao lado de seu mestre.
— Aqui, pesente, senta.
— O quê, Vulpes? Não entendo, sentar onde?
— Senta, senta, colinho Vovô Osso, pesente.
— Mas eu não poderia - disse a succubus, mesmo já estando sentada no colo de Ainz.
— Vulpesregina! Não pode fazer isso.
— Sem piviléjo, pesente - ela falou para Ainz e saiu correndo em quatro patas até a porta, parou e olhou para a empregada, que não sabia o que fazer.
A menina então arranhou a porta.
Cixous olhou para seu senhor, como se pedisse alguma instrução, e Ainz apenas gesticulou para que ela abrisse a porta de uma vez. A menina correu assim que uma fresta surgiu.
— Me desculpe, Lord Ainz, por essa situação. Sei que isso é inapropriado, mas...
— Não se preocupe, Albedo. Acho que Vulpes está aprendendo muito rápido. Me surpreende ela ter entendido "privilégio" assim.
— Pelo que eu saiba, ela está tendo aulas com Yuri Alpha e aprende surpreendentemente rápido.
Neste momento, um novo arranhar foi ouvido na porta. Cixous a abriu e por ela entrou Vulpes, puxando alguém pelo vestido.
— Me desculpe, Lord Ainz, mas a filha de Lupusregina me trouxe até aqui eee... ALBEDO! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO SENTADA AÍ?
Assim que a succubus viu Shalltear entrar, lançou os braços ao redor do pescoço de seu senhor, fez a pose mais sugestiva e lançou seu melhor olhar de luxúria, apenas para provocar sua rival.
Vulpesregina puxou a vampira até ao lado da mesa.
— Aqui, sai Bedo, vez de Shatee, senta vai, colinho Vovô Osso.
Albedo olhou para Ainz, que apenas deu de ombros.
— Me desculpe, Albedo, o que vale para uma, vale para a outra. - disse o senhor da Tumba.
Sem muita empolgação, Albedo saiu, e assim que o colo ficou vazio, a vampira apareceu nele. Em um momento não havia nada e no outro, lá estava Shalltear babando. Ela nem fez perguntas.
Vulpesregina saiu correndo novamente, e desta vez a porta já estava entreaberta. Após alguns minutos, Ainz recebeu uma mensagem.
— 'Mensagem para Lord Ainz, Auréole Omega reportando.'
— 'Prossiga, Auréole.'
— 'Vulpesregina Beta solicitou há poucos momentos um teleporte até o sexto andar. Em poucas palavras, ela pediu para ir ver os gêmeos, ou seja, os Guardiões de lá. Eu a mandei diretamente para a frente da Casa da Árvore, mas agora ela pede retorno para seu escritório meu senhor, e está levando os Guardiões. Ela disse algo sobre um presente, Lord Ainz, como devo proceder?'
— 'Ah, sim! Parece que Vulpesregina quer dar um presente para alguns moradores da Tumba. Auxilie-a com isso Auréole, mande mensagens privadas a quem ela quiser para adiantar a situação.'
— 'Como o senhor ordena, avisarei a todos.'
Assim que a mensagem terminou, o conhecido arranhar foi ouvido, e logo entrou a menina com os dois gêmeos elfos de arrasto.
— Sai, Shatee, troca, troca, aqui senta dois, pesente - ela falou aos irmãos, que entenderam que estavam ganhando um presente de seu senhor, e logo se sentaram felizes.
Mais uma vez, Vulpes disparou; nem mesmo esperou a troca, mas logo voltou, pois foi possível ouvir alguém falando com ela.
— Não arranhe a porta, bata com a mão assim.
*TOC TOC*
— Pode entrar - disse Ainz, antecipando-se ao anúncio de Cixous.
— Lamento incomodá-lo, Lord Ainz, mas Vulpes insistiu tanto e com a mensagem de Auréole eu...
— Não se preocupe, Lupusregina. Vulpes está dando um presente a algumas pessoas.
Nisso, a menina olhou para Cixous, que estava em pé junto à porta, correu até ela e começou a puxá-la.
— E-e-eu? Eu não posso, não tenho esse direito, Vulpesregina.
— Aqui, espera sua vez, sem pivilégio.
Os gêmeos, que estavam sentados um em cada perna, já tinham se levantado, e Lupus já estava sentando sem muita cerimônia, para a surpresa de Ainz. Mesmo assim Lupusregina estava muito vermelha e envergonhada com a situação.
— Me desculpe pelos problemas que minha filha esteja causando Lord Ainz.
— Tudo bem, Lupusregina. Acho que estamos aprendendo algo hoje, algo sobre privilégios. - 'Não sei exatamente que tipo de lição possa ser, mas acho que vou me arrepender' - pronto, Lupusregina, acho que já pode trocar.
Logo em seguida, houve um novo bater na porta.
*TOC TOC*
— Entre… quem quer que seja. - disse Ainz, imaginando que nada mais o surpreenderia hoje.
Demiurge surgiu em passos firmes.
— Estamos aqui como ordenado, meu senhor. Aaah! Então este é o presente, como todos da Grande Tumba de Nazarick são abençoados. - ele disse ao ver Cixous vermelha como um tomate, sentada no colo de seu senhor.
— Pois é, parece que alguns receberão um presente graças a Vulpesregina... espere, você disse TODOS?!
— Sim, meu senhor - disse o arquidemônio com um sorriso genuíno, então fez um gesto para a porta.
Ainz se levantou e foi ver do que ele estava falando, e assim saíram do escritório.
Ao lado da porta, viram a enorme fila que se formava. Havia três noivas vampiras, duas empregadas homúnculas, mordomos de Eclair, o próprio Eclair, Ira, Inveja e Luxúria, uma noiva de gelo, Hansuke e o Senhor Cavaleiro da Morte, Neuronist borrifando algo em sua boca, Cocytus... a fila parecia não ter fim.
Albedo e Shalltear sinalizaram uma para a outra com a cabeça, entrando em um acordo silencioso.
— CERTO, ESCUTEM TODOS - anunciava Shalltear - NOSSO SENHOR HOJE ESTÁ DANDO UM PRESENTE A TODOS DA GRANDE TUMBA DE NAZARICK, MANTENHAM A FILA, SEJAM EDUCADOS, RESPEITEM O TEMPO DETERMINADO...
— 'Auréole Ômega, aqui é Albedo. Pelo que vejo, todos da Tumba foram contatados. Vamos precisar de um sistema de rodízio temporário; não podemos deixar setores vazios.'
— 'Sim, senhora Supervisora. Como ordenado pelo nosso senhor, entrei em contato com todos os moradores a pedido de Vulpesregina. Já me adiantei e estabeleci uma rotina para os setores.'
— 'Muito bem, Auréole. Assim que estiver livre, peça para Shalltear abrir um portal para você direto ao escritório de Lord Ainz.'
— 'Obrigada, Lady Albedo. Irei em seguida.'
Ainz apenas entrou novamente no escritório e se sentou, então reparou em um Demiurge muito sorridente ao lado da mesa.
— Ahan! Me desculpe, meu senhor - disse ele - mas acredito que seja a minha vez.
— 'Ai ai! Acho que vou precisar de férias' - suspirou Ainz internamente - 'Talvez eu leve os gêmeos para acampar.' - pensou enquanto olhava a raposinha alegre correndo de um lado para o outro pela sala.
...
Nota do Autor
Olá pessoal, com esse final eu meio que alcancei cronologicamente o começo do volume 15, quando Ainz vai para o Reino Elfico, então logo haverá um dos encontros mais esperados no fandom, adivinhem
