Oi. Então, voltei.
A Princesa e o Plebeu
By Neko Aoi
Capítulo XIV: Ela
— Isso é tudo é usa culpa, Hyuga. - Brian esbravejou.
— Você não pode me afastar dela. Você sabe disso.
— Fica longe. Me entendeu? - Brian o ameaçou e foi atrás de Emma. Tinha medo do que ela podia fazer.
Kojiro ficou ali, sem saber o que fazer. Seu impulso era de ir também atrás de Emma e perguntar o porquê aquela mulher havia dito aquilo sobre ela. Não podia ser, pensou o japonês. Emma não teria coragem de fazer uma coisa daquelas.
(...)
Aquela noite havia sido uma catástrofe. Devia ter percebido que Jessica iria aprontar uma coisa daquelas. Mas o mal já estava feito. Se já era difícil encarar Kojiro antes, a partir daquela noite seria impossível.
Mas naquela hora, só queria um tempo longe de todo mundo. Um lugar onde ninguém a pudesse achar. Emma só conhecia um lugar assim e era jurou onde jurou nunca mais botar os pés.
O táxi parou em frente a uma boate - se a aquilo podia ser chamado assim. Emma pagou a corrida e o taxista a alertou preocupado ao deixá-la naquele bairro. Porém ela sabia que nada aconteceria a ela, pelo menos nada pior do que já aconteceu.
Havia uma fila de pessoas querendo entrar, mas Emma se dirigiu a porta.
— Avisa ao Luke que Emma está aqui e preciso falar com ele. - Aquelas palavras saíram sem um pingo de emoção.
O segurança passou o radio e logo permitiu a passagem da ruiva que a acompanhou até uma sala no terceiro andar. O homem que deveria ter quase dois metros de altura bateu na porta que logo foi aberta por uma mulher de cabelo platinado que usava um vestido curto, cor preta, de mangas compridas e com um decote em V tão profundo que mais dois centímetros chegaria ao umbigo. A loira deu passagem e Emma entrou.
— Eu juro que não estava acreditando que era você quando me informaram. - Um homem de 35 anos e cabelos negros virou em sua direção. - Pensei que nunca mais viria você, ainda mais aqui, depois que tudo aconteceu.
— E eu pensei que nunca mais fosse vê esse lugar aberto depois das acusações de abuso sexual e tráfico de drogas que aconteciam aqui dentro.
O homem sorriu e se levantou de sua cadeira.
— Você nunca perde esse humor irônico. - Caminhou até Emma e a segurou pelo cabelo, beijando-a. Ao vê que ela não reagia ao seu beijo Luke a soltou.
— Você ficou realmente chata.
— Eu não vim aqui para isso. - Emma disse limpando a sua boca com a mão, sem se importar que tirasse o seu batom.
Luke se jogou em sua cadeira como se fosse um rei.
— E o que você veio fazer aqui?
— Vim dá um tempo. - Emma bagunçou o seu cabelo se sentindo mais à vontade.
— Deve ser chato ficar bancando a boazinha 24 horas por dia. Você não aguentou quando era mais nova e por isso vinha aqui. E agora? Por que voltou?
Emma tentava responder aquela pergunta, mas não encontrava as palavras certas. Luke a encarava como se soubesse o que ela estava pensando. Ela havia sido fraca quando tinha 15 anos e naquele momento estava sendo de novo. Aquele local foi onde começou a ir para o fundo do poço.
— Não precisa falar. Eu sei o que você precisa. - Luke pegou o celular de cima da mesa e discou um numero. - Ângela, venha aqui na minha sala e traga um... "estimulante" para minha amiga. - e desligou.
— Nada disso. - Emma alegou brava.
— Calma. – Luke se defendeu. - Eu não vou te obrigar a tomar nada. Não sou o Jay.
Uma sensação de pânico a invadiu só de ouvir aquele nome.
— Não fala esse nome! Nunca mais, se não...
— "Se não", o que? Você vai me esfaquear, também? - a gargalhada dele era tão assustadora, que Emma sentiu um calafrio na espinha. - Ah, qual é? Não precisa ficar assim. Foi brincadeira.
— Vá para o inferno. - Emma cuspiu as palavras.
— Pode ser, mas eu garanto que assim como eu, você já tem seu lugarzinho garantido lá. - A voz de Luke tinha uma pitada de nostalgia. Era tudo tão doloroso ainda. - Não se esqueça que enquanto o Jay era vivo e trabalhava para mim vendendo as drogas na porta da minha boate, eu e a namoradinha ruiva dele, tranzavamos nesse mesmo escritório. Lembra dessa época Emma?
Sim. Ela lembrava e de novo se sentiu suja. Nem Luke, nem Jay prestavam, mas ela também não.
Jay era um menino comum de periferia, que Emma via jogando futebol com os amigos sempre que saia da escola. Uma criança como outra qualquer. Emma não dava atenção para isso. Depois de alguns anos ele reapareceu mudado. Havia virado um bad boy valentão que arrumava confusão com qualquer um. Foi então que Emma o olhou de forma diferente.
Com Jay, Emma viveu perigosamente. Experimentou coisas que jamais sonhara e deixava Elena de assustada. Nessa época sua mãe fazia questão de levá-la e buscá-la no colégio apenas para se certificar que Jay não chegaria perto dela. Mas não adiantava, ela fugia e só voltava quando queria.
Foi em uma noite que Jay a levou até o seu "trabalho", que conheceu Luke, o dono da boate. Os garotos do seu colégio, para se achar descolado, diziam frequentar aquele lugar, mas Emma sabia que era mentira. Eles não aguentariam o ambiente passado que era.
Luke aproveitou que Jay passava a noite inteira ocupado e uma vez, chamou Emma para o seu escritório. Quando chegou lá, Emma percebeu que ele a via dançar todas as noites e Luke a pediu para dançar só para ele. Emma fez com muito prazer e depois fizeram sexo. Não ligava se Jay iria descobrir. Não ligava se alguém descobrisse.
Era tudo tão perigosamente excitante. E não importava ser Jay, Luke, Mathew, Karl, Nate ou quem quer que fosse. Tinha todos, mas ninguém era dono dela. Pelo menos era isso que achava.
Não sabia que Jay discordava dessa atitude. Ele havia dado umas surras em uns caras com que Emma se relacionava, mas ela não ligava. Dos 14 até aos 17, Emma vivia essa vida e se sentia muito feliz.
Na noite em que sua vida foi destruída, Jay a chamou para ir a boate de Luke comemorar algo. Elena tentou a impedir de sair, mas Emma fugiu. Chegando lá, Jay a levou ao a uma suíte que só pessoas autorizadas podiam entrar. Emma já havia estado lá, não com Jay.
— Trouxe uma coisa para você. – Jay revirava a mochila e pegou um saco de papel.
Emma, deitada no sofá de pernas para cima, bebia a garrafa de vodka.
— Acho que você vai gostar.
Jay deixou o embrulho na mesa ao lado de Emma e a beijou. Uma dor, seguida por um liquido quente escorria da boca de Jay e ele se afastou. Emma gargalhou.
— Sua vadia, você me paga. – Jay urrou de dor.
— Eu posso ser uma vadia, mas não sou uma morta de fome igual você. – Emma o provocou. Notou seu vestido todo molhado de bebida que Jay a fez entornar. – Olha o que você fez com o meu vestido, imbecil.
— Para de drama, eu te dou outro vestido.
— Até parece. – Emma desdenhou. – Você precisaria trabalhar dois meses para comprar outro. Prefiro pedir outro ao meu pai. Ele me dá na hora.
— Vadia. – Jay estava ficando cada vez com mais ódio de Emma. A puxou pelo cabelo e falou ao pé do ouvido. – Eu devia te dá uma surra.
— E porque não dá?
— Porque seria uma pena marcar um rosto tão lindo. – e acariciou o rosto dele.
— Você é um perdedor. – Emma deu um tapa na mão de se sentou a mesa. – O que trouxe para mim
Jay sorriu.
Pegou um prato no armário e uma faca, rasgando o saco e despejando todo conteúdo branco do saco dentro dele.
— Você só pode está de brincadeira. – Emma ficou séria na mesma hora. – Eu não uso isso.
— Tudo tem a sua primeira vez.
— Foda-se, Jay. Eu não vou ficar chapada com isso.
— Ah, você vai. Gastei uma grana com isso e você vai fazer o que eu quiser.
— Nem fodendo. – Emma pegou a garrafa de vodka e jogou em cima do pó, fazendo virar uma meleca.
A gargalhada de Emma fez Jay ficar fora de si e deu um tapa no rosto dela, forte o suficiente para fazê-la cair no chão.
— Eu não acredito que você fez isso. – Emma pôs a mão no rosto. Sua bochecha ardia muito e estava furiosa pela audácia dele. – Eu vou ferrar sua vida a partir de agora, seu estúpido.
Emma se levantou, pegou sua bolsa no sofá, mas ao tentar abrir a porta não conseguiu.
— Você acha mesmo que eu não sabia que você fosse fazer algo do tipo. – Jay disse debochando do nervosismo que Emma havia ficado.
— Abram essa porta! Agora! Luke! Alguém! – Emma gritava desesperada pedindo a ajuda de alguém.
— Você devia saber que aqui tem isolamento acústico. Você não ouve ninguém e ninguém te ouve. Devia saber disso depois de já ter vindo aqui com o Luke. – Ele a puxou pelo cabelo, fazendo-a virar para si. O medo nos olhos de Emma fez Jay sorrir. – Você tinha que vê sua cara agora.
Ele a jogou na cama e tirou a blusa.
— Eu não quero que você toque em mim. – Emma estava se sentindo acuada. Sua arrogância foi embora, só queria sair dali e voltar para casa. Jay não poderia está pensando em fazer aquilo com ela.
Jay segurou o vestido que Emma estava usando e rasgou, deixando a mostra sua langerie.
— Agora quem está no comando sou eu, duquesa.
— Por favor, Jay. Não faz isso. Eu te imploro - Emma pediu, mas negou com um sorriso nos lábios.
— Você só vai sair quando eu terminar. – Ele jogou a sua roupa no canto do quarto e foi para cima de Emma.
Emma gritou o máximo que pode, mas seus gritou não era ouvidos. Os toques que Jay dava a fazia ficar com náuseas. Ela o unhava, dava socos, mas nada adiantava. Foi só quando inferno terminou que Jay a soltou.
Ela nunca pensou que aquilo fosse acontecer um dia com ela. Emma estava chorando e Jay parecia satisfeito. Ele levantou, pôs suas calças e pegou a chave do seu bolso, mostrando para ela.
— Eu tenho que trabalhar agora, mas você fica aí, me esperando até eu voltar. Vou adorar fazer isso de novo com você. E de novo, e de novo, e de novo...
Emma a beira da loucura, precisa fazer alguma coisa se não tinha medo do que Jay fosse fazer quando voltasse. Viu a faca que ele havia pego ainda em cima da mesa e não pensou duas vezes.
Ao vê a sombra de Emma atrás de si, Jay se virou e Emma acertou a faca em cheio no seu abdômen. Jay caiu no chão e soltou a chave. Ele gritava de dor e saia muito sangue sujando até mesmo Emma. Ela soltou a faca que ainda estava grudada em Jay e correu para pegar a chave. Em fim saiu do quarto deixando Jay para traz berrando e a xingando.
Em sua fulga esbarrou em Luke.
— O que foi, princesa, parece assustada? – Luke ria, mas ao notar a Emma amedrontada, chorando e o vestido dela todo rasgado, parou de ri. Olhou para a mão de Emma e estava toda suja de sangue. – O que aconteceu lá dentro, Emma? O que você fez?
— Eu precisei fazer isso. Ele abusou de mim. – Emma estava muito assustada.
Luke ficou horrorizado.
— Vai para casa, Emma. Eu vou dá um jeito nisso.
Elena, que ainda estava acordada esperando a filha, viu Emma chegar em casa toda ensanguentada, chorando abundantemente. Elena ficou horrorizada com o que Emma falava.
E como consequência daquele dia, um vídeo editado começou a circular pela internet. Dando a entendeu que Emma havia feito sexo consensual com Jay, usado a droga que ele a ofereceu e depois de ficar chapada, o esfaqueou. Para piorar a situação de Emma, Jay morreu no hospital horas depois por conta de uma hemorragia generalizada que foi agravada pelo alto consumo de entorpecentes.
A porta se abriu e Ângela entrou segurando uma bandeja com um frasco de comprimido.
— Caso queria esquecer as coisas por um tempo, aí está. - apontou para o frasco. - E é das melhores.
Do jeito que as coisas haviam acontecido naqueles últimos dias, Emma estava tentada a usá-las mais uma vez. Se lembrou da primeira vez que sentiu os efeitos daquelas coisas em si e em quão bem se sentiu. Só havia uma coisa que a impedia. Tinha medo de sua antiga Eu voltar. Aquela Emma não prestava.
— Eu só quero sumir por um tempo. Não preciso disso.
— Tudo bem. Eu te ofereceria a sala privada, mas eu não acho que você vai querer entrar lá de novo. - o homem debochou e viu a face de Emma ficar branca. Ele gargalhou alto mais uma vez. - Tudo bem, esquece o que eu falei. Mas porque você desce para a pista e se diverte um pouco. Assim eu mato a saudade de te vê dançar.
— Eu não vim aqui para fazer um showzinho para você.
— Ah, qual é Emma. Eu estou querendo ser legal e você fica fazendo desfeita. Se bem que... Como esse vestido...
— O que tem o meu vestido? - ela se analisou, mas não encontrou nada de errado.
— Vestida desse jeito todos vão perceber que não era para você está aqui. Já sei. Ângela, tira a roupa.
— O que? - a loira ficou assustada.
— Você está surda?
Não foi preciso nem mais uma palavra e a mulher tiro o vestido , deixando-o cair.
— Você não está esperando que eu ou ela vá pegar esse vestido? - Luke brigou e a loira pegou a roupa do chão. - Deixe no banheiro, quando a minha amiga se sentir à vontade ela troca de roupa. - e se voltou para Emma. - Eu sei que o seu vestido deve valer umas 20 x mais do que essa porcaria, uma pena que é a única coisa que eu tenho.
Luke abriu o fraco que a assistente havia trago e pegou um comprimido.
— Você pode deixar as coisas para trás só por essa noite. O que acha?
De jeito nenhum Emma queria voltar a ser a vadia que era. Mas ela era forte e inabalável. Precisava dela mais uma noite e depois juraria mataria ela de uma vez por todas.
Com a falta de resposta de Emma, Luke entendeu. Ele botou o comprimido na boca e a beijou.
Aos poucos, Emma foi ficando zonza e seu corpo foi se tornado cada vez mais leve. Nada mais doía
(...)
Quando Kojiro voltou para o salão, todos olhavam para ele, mas ele não se importava mais. Jessica vinha em sua direção com um sorriso vencedor nos lábios.
— Parece que você não conhecia a tão bem assim. - Jessica cuspiu as palavras. - Bem, - olhou para Maki e depois de volta à ele. - pelo menos a não oficial.
— Você é uma imunda. – Kojiro agarrou o pescoço dela.
— Não seja burro, eu posso te contar tudo o que você quiser saber sobre aquela putinha. Inclusive que ela esfaqueou o namoradinho drogado dela, depois de transarem. - suas palavras saíram cheias de veneno.
Kojiro a soltou.
— Isso é mentira. - Kojro falou. - Emma nunca seria capaz de fazer isso.
— Já que não acredita, pergunta as pessoas. - ela apontou para todos a sua volta. - Eles sabem, inclusive sobre as vezes que ela foi parar no hospital em coma alcoólico. Pergunte as amiginhas dela. Elas sabem muito mais absurdos sobre a duquesa de Bedford. - Jessica sussurrou em sua orelha. - Você tem sorte dela não ter acabado com a sua vida. - e foi embora em passos firmes.
O que Jessica havia dito estava sendo difícil de absorver. Todas as pessoas estavam cochichando, para eles não havia parecido surpresa. Pelo jeito que Emma ficou ao presenciar a mulher a difamando, não parecia ser mentira, também. Estava mais para um segredo escondido a sete chaves. O único que negava sua existência era o Cruyfford.
Emma não podia ser essa mulher que foi falado, pensava Kojiro. Emma era doce, angelical. Não uma mulher promiscua e assassina, como foi dito. Foi aí que se lembrou da carta anônima para ele. As fotos de Emma eram muito comprometedoras e vulgares.
Kojiro saiu o mais rápido que pode do salão e foi vê se encontrava Emma. Precisava ouvir da boca dela que aquilo era verdade. Mas do lado de fora a única pessoa que encontrou foi Maki que estava esperando um táxi. Kojiro não havia percebido que ela havia saído do salão também. Respirou fundo e foi até ela.
— Maki. - Kojiro a chamou e pegou em seu braço.
— Não encosta em mim! - Maki puxou o seu braço em repúdio e gritou, chamando atenção de todos em sua volta.
Os repórteres apontaram suas câmeras para o casal que estava discutindo. Por sorte, Kojiro e Maki estavam falando em japonês e logo os seguranças receberam a ordem de manter os repórteres afastados.
— Precisamos conversar. - disse Kojiro, baixo. Maki estava nervosa.
— Você acha?
Foi só aí que Kojiro notou que Maki estava chorando. Seu coração doeu. Gostava demais dela para vê-la daquele jeito.
— Eu percebi desde a primeira vez que ela apareceu na sua porta que havia alguma coisa de muito errada. Só não podia acreditar que era isso. - Maki estava com tanta raiva, que dava socos no peito de Kojiro, que permanecia imóvel. - Enquanto eu estava no Japão, você estava com ela. Você brincou comigo, Kojiro.
Kojiro não teve coragem de se defender, ele merecia.
— Você não é a mesma pessoa que eu conheci. Ela te enfeitiçou.
— A culpa não foi dela, Maki. Eu me apaixonei.
Maki ficou pálida. Por sorte o taxi chegou naquele momento.
— Para onde você vai? - perguntou Kojiro ao vê Maki entrar no automóvel.
— Eu não sei. Amanhã eu vou buscar minhas coisas. - e o taxi arrancou.
Então pode sentir o quanto machucava vê Maki daquele jeito.
(...)
A música era ensurdecedora, a sua mente estava tão embaçada que não conseguia mais controlar seus atos. Se sentia tão livre, tão bem, como se não houvesse mais nada. Não havia Kojiro, nem Maki, nem Jessica, nem cartas anônimas, nem nada. Era só ela ali.
A vida é fácil quando nos deixamos levar, pensou.
— Vamos para um lugar mais afastado. - Um homem sussurrava em seu ouvindo a puxando.
— Nada disso. - disse outro. - Ela vem comigo.
— Calma, meninos. - Emma sorria provocante. - Eu posso ser de todos. - Ela pôs cada uma de suas mãos no braço de casa um. - Eu posso ser dos dois, não seria ótimo. - gargalhou.
Emma puxou os dois, os levando a um lugar VIP.
— Agora é hora de brincar.
Pois é, Ela havia voltado.
(...)
Depois de quase uma hora tentando falar com Anne e de ter explicado a amiga de Emma o ocorrido, Brian foi a uma boate Emma ia com Jared. Anne achava que a amiga nunca voltaria lá, mas depois do que houve e de Brian ter ido a todos os lugares que Emma costumava ir, só faltava esse.
O rosto de Brian se contorceu que repulsa daquele lugar. Era um bairro com fama ruim, a boate era um balde sujo. Havia alguns homens fazendo negócios na porta do estabelecimento, mulheres com roupas baratas e minúsculas. Parte de si não queria encontrar Emma naquele lugar, mas outra parte queria encontrá-la de qualquer forma.
Chegou na entrada e foi falar com o segurança. Por sorte o cara o reconheceu, parecia ser um fã. Brian deu as características de Emma e como ela estava vestida. O segurança confirmou que uma mulher ruiva, com aquelas descrições, havia entrado. Brian entrou sem problemas já que era uma estrela
Havia muita gente bêbada lá dentro e o seu medo era que Emma fosse alguma delas.
Brian já havia olhado em tudo quando foi ao Barman e descreveu Emma a ele. O homem com aparecia de indiano apontou para a área VIP, acima da pista de dança. Ele disse que tinha uma mulher muita chapada havia ido com dois homens para lá.
Aquilo não podia ser verdade, pensou Brian. Andou até lá, com medo do que iria vê. Mas a visão foi muito mais perturbadora do que podia acreditar.
Não pensou duas vezes e a puxou de lá pela cintura e a arrastou de perto.
— Ei! - Emma gritou. - Quem você pensa que é?
— Eu estou te protegendo. - Brian não olhou para ela, só a arrastava para saírem de lá.
— Brian? - Emma então percebeu. - Sabia que você deveria estava louco atrás de mim. Desde quando você conhece esse isso daqui.
— Eu não conhecia. Anne que me falou.
— Ah... – Emma tina esquecido desse fato. - Mas já que você está aqui, vamos nos divertir um pouquinho. - Emma o parou. E ia beijar os lábios do loiro, mas ele desviou. - Não precisa ficar brabinho com o que viu, B.
— Você faz ideia do que estava acontecendo? - Brian estava irado com a aquela atitude displicente da ruiva.
— Estava me divertindo com os meus novos amigos. - Emma sorria maliciosamente. - Ah, qual é? A gente só estava brincando.
— Enquanto um estava com a língua enfiada até a sua garganta, o outro estava passando a mão de baixo do seu vestido. - Brian estava indignado e foi então que reparou na roupa dela. - O que aconteceu com o seu vestido?
— Gostou? - Emma deu uma volta se exibindo. Brian estava com cara de desprezo. - Não fica com ciúmes. - Emma reparou. - Eu também deixo você me tocar.
O jeito que Emma estava, fez Brian voltar a três anos atrás. O olhar malicioso, as palavras atrevidas, a essência era igual.
Até certo ponto, admirar Emma era maravilhosamente agradável. Ela fazia de tudo para mostrar que era inteligente e sensual ao mesmo tempo. Mas Brian sabia muito bem que naquele estado que se encontrava, só podia significar uma coisa: haviam a drogado.
— O que você tomou, garota? - o olhar de Brian era interrogativo.
— Não seja chato, Brian. - murmurou fazendo biquinho. Ela envolveu seus braços no pescoço dele e mordiscou sua orelha, suavemente. - Você não gostaria de ter a minha companhia, hoje.
O que era aquilo? Era claro que Emma estava fora de si. Ela simplesmente dava aqueles sorrisos e olhares, que deixava o mundo enlouquecido.
— O que está fazendo? - Brian a perguntou.
— Realizando o seu sonho.
Não. Não era ela que Brian queria de verdade. A mulher que estava a sua frente era uma farsa. Haviam dado alguma coisa a ela, isso era certeza.
— Não.
O sorriso de Emma desapareceu.
— Ora, Brian! – Emma exclamou irritada. - Você é um idiota. Eu estou te oferecendo tudo que você sempre desejou e não quer? Você quer aquela fraca que aprendeu a baixar a cabeça para todo mundo, mas agora eu estou de volta.
— Você vai sumir de novo quando a minha Emma ficar sóbria.
— Acontece que a Emma bobona só vai para cama o Hyuga, já eu aqui... - exibia seu sorriso provocativo novamente. - Eu vou com quem eu quiser. Inclusive se já que você me dispensou, vou voltar para meus amigos. Eles sim me querem.
— Nada disso. - Brian a puxou pelo braço e arrastando-a para fora da boate.
Por mais que aquela atitude pudesse parecer bruta e agressiva, Emma estava satisfeita, o conseguiu tirar do sério.
Brian pegou a chave do seu carro e o abriu.
— Vai me levar para sua casa? - Emma perguntou maliciosamente.
— De jeito nenhum. Vou te levar para a sua casa. – Brian respondeu, enfatizando o lugar.
Emma puxou seu braço e saiu andando. Como ela estava com a visão turva e tudo estava girando, andava cambaleando. Não foi nada difícil para Brian a pegá-la de volta.
— Onde você pensa que vai? - perguntou ao prendê-la de volta com suas mãos.
— Eu não volto para aquela casa. - Emma se debatia, mas as náuseas começavam a fazê-la se sentir mal. - Elena não acreditou que eu estava me comportando bem, então vai ficar sem a filhinha.
— Não pode fazer isso.
— Aprende uma coisa Brian, de uma vez por todas. - Emma deu um tapa nas mãos dele e apontou o dedo indicador para si. - Eu posso fazer o que eu quiser, ouviu bem.
Sua visão começou ficar ainda mais turva e começou a suar mesmo estando em dezembro no nordeste da Inglaterra. Emma pôs a mão na cabeça e se escorou no carro que estava ali parado.
— O que você tomou? - Brian perguntou, mas Emma não respondeu.
Emma apenas deu um olhar perdido e desmaiou. Brian, com agilidade, a segurou, a impedindo de cair no chão.
(...)
Emma não era pesada, mas carregá-la até a cobertura de seu prédio não era uma tarefa fácil. Brian tocou a campainha e a porta foi aberta.
— O que aconteceu com ela? - Elena se assustou. - Que roupas são essas? Vocês não foram para a festa do clube?
— Ela desmaiou. - Brian disse apenas. Entrou no apartamento e deitou Emma no sofá. - Aconteceram alguns inconvenientes.
— Pode começar a se explicar, Cruyfford. Minha filha não saiu daqui assim. - Elena estava começando a ficar sobra saltada.
Brian nem sabia por onde começar. Sabia que Elena estava pensando o pior, vendo que Emma estava cheirando a álcool e usava uma roupa que mais parecia com uma de prostituta.
— A filha do McBride estava lá e falou um monte de desaforos a Emma e depois pegou o microfone e falou sobre o que aconteceu com o Jared.
— Quem? A Jessica? – Brian afirmou. - Eu não posso acreditar que ela expôs Emma desse jeito. - Elena se segurava para não sair correndo e dá uma surra na futura enteada. – E o que mais? Tenho certeza que não foi só isso.
— Ela teve uma noite difícil. - declarou Brian.
— Ele estava lá, não estava? Kojiro Hyuga? - perguntou. Brian apenas assinalou. - De quem foi essa idea? Foi sua, Cruyfford?
Ele não disse nada, mas Elena sabia perfeitamente qual era a resposta.
— Eu pensei que você gostasse dela?
— Eu amo a sua filha.
— Não é o que parece. - Elena o fez calar. - Ela estava triste, Cruyfford. Ela surtou, não foi? E depois deve ter ido naquela pocilga e aquele Luke a drogou.
Brian ficou surpreso.
— Você deve está se perguntando como eu sei de tudo isso. - Elena se sentou no sofá ao lado da filha e afastou uma mexa de cabelo de seu rosto. - Eu conheço essa menina como a palma da minha mão. Sei até onde ela é capaz de chegar, sei também o que é capaz de fazer. - sua foz saia cheia de dor e começou a chorar. - Eu já a vi chegar em casa tantas vezes assim, até pior. Você sabe como eu me sentia vendo ela se acabar daquele jeito?
— Eu sei que agora pode ser difícil, mas ela mudou, senhora Larsonn. - afirmou Brian.
— Eu sei. - Emma parecia tão frágil que o seu coração de mãe doía. - Eu sei que ela não sabia sobre o Kojiro Hyuga.
— Então por quê? - Brian a questionou.
— Não sei. Acho que era raiva. - declarou. Sua garganta seu um nó e Elena começou a chorar. - Acho que é melhor você ir Cruyfford.
— Tem certeza? Acho que ela devia passar no hospital.
— Não precisa. Eu sei como cuidar dela. - Elena se levantou e foi até a porta.
— Se precisarem de mim, me chamem, não importa a hora que for.
Elena assentiu e o holandês foi embora. Depois olhou para Emma jogada no sofá, sabia que ela devia está dormindo. Pegou o telefone e discou.
— Bart? Queria te pedir um favor? - falou ao telefone. - Você conseguiria três passagens para a Escócia? - o homem afirmou. - Quero sair daqui ainda essa noite. - e desligou. Sabia que o ex-marido conseguiria.
Acariciou o rosto de Emma. Ela parecia tão inocente.
— A mamãe vai te proteger, meu bem. Eu juro.
Continua...
N.A./
Próximo capítulo sai amanhã (sábado).
Nunca desisti dessa fanfic, mas meu jeito de escrever mudou muito e vi isso refletido em outras histórias minhas.
Estarei atualizando esse história todos os dias até o capítulo que está no Nyah (lá está no cap 19). Depois desses, tenho outros capítulos já prontos que só faltam ajeitar. Minha ideia é que, quando chegar no capítulo 19 (todos os site que postos ficarem atualizados,)começarei a postar 1 vez na semana. Estou muito inspirada para continuar.
Espero que gostem desse capítulo e até.
