Cap. 9

11 de Abril de 2011

"Lisa Cuddy". Ela atendeu ao telefone como sempre fazia, pois geralmente era do hospital mesmo.

"Olá Lisa, eu sou Blythe, mãe de House".

"Oh...". Ela quase caiu da cama, pois ainda estava deitada.

"Como vai querida?".

"Eu estou bem. Muito bem! Obrigada! E a senhora?". Ela não sabia como lidar, pois até o momento House não havia feito as devidas apresentações.

"Soube que meu filho anda mais por sua casa atualmente do que pelo apartamento dele. Por acaso ele está por aí?".

"Oh sim... Ele não está, ele está em algum evento de motos. Acordou bem cedo pra ir, pra isso ele acorda cedo!". Ela tentou fazer uma piada.

"Tenho certeza de que ele também tem outras qualidades, senão você já o teria largado".

Cuddy sentiu-se corar, a piada havia sido de mal gosto? Ela começou a transpirar, mas não falaria absolutamente nada sobre o último mês. "Com certeza". Ela respondeu tímida. Na verdade Cuddy não sabia o quanto da vida deles House havia dito para a mãe. E se havia dito...

"Você deve se perguntar se House me fala sobre vocês?".

"Eu... sinceramente? Sim!". Cuddy confessou ainda transpirando.

"Ainda bem que tenho algumas outras fontes que me falam mais sobre a vida de meu filho do que ele mesmo".

"Oh...".

"Espero que ele esteja te tratando bem".

"Ele está sim! Estamos felizes". Ela corou como se fosse uma adolescente falando pela primeira vez com a mãe do namorado.

"Fico aliviada em saber. Greg sempre foi doce, mesmo a vida lhe dando tropeços eu sempre soube que essa doçura voltaria eventualmente".

"Ele é... especial". Cuddy limitou-se a dizer.

"E tenho certeza de que você também, querida. Mal posso esperar pra vê-los pessoalmente. No próximo mês devo estar por aí, eu ligo pra você, tudo bem? Pois meu filho sempre foge dessas ocasiões".

"Tenho certeza de que ele ficará feliz em vê-la!".

"Oh, você o conhece...". A mulher respondeu bem humorada. "É mais fácil ele ficar feliz por ver o diabo. Não que seja algo pessoal, mas Greg não lida bem com essas proximidades".

"Tenho certeza de que ele ficará feliz. Como eu também ficarei".

Cuddy desligou e respirou fundo. Então o telefone tocou novamente, dessa vez era House.

"Oi baby!".

"Você está voltando?".

"Sobre isso... Eu estou indo buscar Treze".

"O quê?". Cuddy perguntou confusa.

"Ela está deixando a penitenciaria, talvez tenhamos que dormir em algum hotel pelo caminho, mas eu não tocarei nela. Prometo! Também, ela deve estar feia e gorda depois desse tempo na penitenciária...".

"Penitenciaria?". Cuddy o interrompeu.

"Eu não te disse?".

"Não!".

"Minha falha!".

"Ela estava presa?".

"Ainda está. Vou recebê-la de volta a vida mundana".

"Por que ela está presa?".

"Descobriremos!".

"E como você vai? De moto?".

"Eu vim de carro".

"Você não foi a um evento de moto?".

"Sim, mas vim de carro pra ver as motos".

"Você já estava planejando buscá-la e não me disse...".

"Quem mais iria?".

"Não sei, alguém. Não você".

"Ela precisa de ajuda".

"E desde quando você é o misantropo?".

"Ela era minha funcionária".

"Não me convenceu".

"Você está com ciúme?".

"Deixe-me ver... Meu namorado viajando para resgatar outra mulher, mais jovem, bonita, passado uma noite na estrada pra dizer o mínimo...".

"Está com ciúmes!". Ele respondeu divertido.

"E com razão! Imagina se fosse eu?".

"Todos os seus amigos são chatos e entediantes e não seriam presos".

"Irrelevante!".

"Eu prometo que é puramente com intenções profissionais".

"Você a quer de volta no seu time?".

"Quem sabe?".

"House, eu não estou confortável".

Desde o retorno do relacionamento eles passaram a falar mais um com o outro. Nem sempre era fácil ou natural, mas estavam tentando.

"Nada vai acontecer. Nada!".

"Mesmo assim, eu não estou confortável em ter meu namorado indo buscar uma mulher e dormindo em um motel de beira de estrada com ela".

"Prometo que ficaremos em quartos separados".

"Se coloque no meu lugar... E se fosse eu indo buscar meu amigo Brian".

House riu. "Aquele ali não roubaria nem um clipes pra ser preso, ele é muito chato".

"Só visualize a situação". Cuddy pediu irritada.

"Ok. Eu não gostaria, mas porque Brian tem um crush enorme em você. Não é o caso de Treze".

"Ele não tem um crush em mim, e Treze é uma mulher bissexual... Há tempos na penitenciária...".

"Ok, eu amo que você pense em mim como um ser irresistível para outras mulheres, mas não será assim com Treze. Ela vai sair de lá uma merda completa e tem a doença dela... Eu queria estar lá".

Ela respirou fundo.

"Eu só vou resgatá-la. Ela precisa de alguém lá". Ele insistiu.

"Por que você não me disse isso antes? Preferia conversar pessoalmente".

"Porque eu sabia que você não gostaria, então achei mais prático falar à caminho".

"Isso foi... não legal!".

"Ok, se você quiser que eu não vá, eu não irei".

Cuddy sentiu-se péssima, era uma situação absurda para ser colocada. Estava claro que House tinha preocupações reais com Treze, e ela poderia reprimir esse desejo dele em ajudá-la? Quando tudo o que ela queria era que ele se importasse com as pessoas?

"Ok". Ela respondeu relutante. "Mas eu te mato se você fizer algo que não deve".

"Entendido, capitão!".

...

Rachel havia ficado extremamente feliz com o retorno de House à sua casa. A menina não queria largá-lo no primeiro dia, ela simplesmente não queria dormir.

"Rachel, amanhã House estará aqui ainda". Cuddy tentava convencê-la.

"Depois eu durmo, mamãe".

"Agora Rachel, já passou uma hora do seu horário de dormir e amanhã você terá que ir pra escola".

"Eu quero ficar com House!". A menina insistia.

"Rachel, vamos combinar o seguinte. Amanhã quando ficar escuro eu vou voltar e vamos jogar vídeo game. Eu vou acabar com você no Mario Kart".

"Não vai não, eu vou ganhar!".

"Quero ver!".

"Filha, se você não dormir bem não vai ter chances de ganhar de House no vídeo game". Cuddy pegou a brecha.

"Tudo bem, mas House pode ler pra mim?".

Ele concordou. Cuddy sentia-se feliz e preocupada com a proximidade dos dois. Ela resolveu dar um voto de confiança e ele parecia empenhado: estava fazendo terapia duas vezes na semana, consultou o médico da dor, fazia fisioterapia e academia. Ela nunca o tinha visto tão empenhado, mas... será que ele perseveraria? Era a dúvida. Ela, por sua vez, fazia terapia semanal e começou a acompanhar um grupo de parentes de dependentes químicos, ela precisava se informar melhor para lidar com as necessidades do namorado, não dava mais pra empurrar para debaixo do tapete. House não ficou tão satisfeito ao descobrir que ela frequentava esse grupo de apoio.

"Você não pertence a esse lugar!".

"Eu estou lá para poder nos ajudar".

"Você sendo obrigada a frequentar esse lugar porque eu tenho histórico com vicio é um pouco frustrante".

Pelo menos ele estava se abrindo, ela pensou. "Frustrante é quando você tem dor e desejo de usar drogas pra cessar a dor e eu não consigo te entender. Te julgo. Isso vai ajudar nós dois".

"Se eu não tivesse esse histórico...".

"É parte de quem você é e do que me faz te amar. Nós dois temos nossas bagagens. Você não é o único".

"A minha excedeu o limite de peso". Ele disse bem humorado.

"Eu quero ser capaz de te ajudar. É sobre isso que são os relacionamentos".

A questão é que àquela hora House estava indo buscar Treze e isso deixava Cuddy muito incomodada. A certa altura ela não resistiu e ligou pra ele.

"Oi baby!".

"Você está com a doutora Hadley?".

"Doutora Hadley? Onde foi parar a Treze?".

"Ela está com você?". Cuddy o ignorou completamente.

"Sim, ela está comigo. Já a salvei do inferno e estamos voltando".

"Como ela está?".

"Parece bem, apesar do trauma eterno. Tenho certeza de que não haviam muitas jovens sexy disponíveis na prisão".

Treze balançou a cabeça.

"Estou falando sério".

"Eu também".

Cuddy respirou fundo. "Vocês chegarão ainda hoje?".

"Vou acelerar aqui pra isso".

"Tenha cuidado!".

"Ok, então vamos dormir em algum motel para descansar e voltamos amanhã".

Cuddy notou a provocação e resolveu não ceder a ela, quer dizer, parcialmente.

"Deixe-me falar com ela?".

"Sério?".

"Sim".

"Ok, minha namorada ciumenta quer falar com você". Ele passou o telefone para Treze.

"Namorada?".

Ele nada respondeu, mas estendeu o celular.

"Remy...". Ela ouviu uma voz familiar chamar.

"Doutora Cuddy?".

"Sim. Como você está?".

"Desculpe por House ser o idiota de sempre. Eu estou bem...".

"House é um idiota mesmo, mas não estava mentindo. Estamos em um relacionamento".

Ela riu alto e Cuddy continuou em silêncio. Então Treze encarou House. "Não!".

"Sim!". Ele respondeu amando o rumo que aquilo estava tomando.

"Você e House? Sério?".

"Sim! Então eu não estou ligando apenas como reitora do hospital, mas também como namorada dele. Por favor, cuide para que ele tenha juízo".

"Ok, vou tentar...". Ela ainda estava chocada.

"E, por favor, cheguem os dois inteiros. Ele está em abstinência e quero contar com a sua ajuda...".

"Ok...".

"Obrigada. Qualquer coisa pode me ligar a qualquer momento, imagino que ainda tenha meu número de telefone".

"Sim". Era tudo o que Treze conseguia responder naquele momento.

"Ótimo! Bom retorno para vocês".

Quando desligou Treze ainda não estava totalmente convencida. "Você e Cuddy? Sério?".

"Seriíssimo!".

"Como isso aconteceu?".

"Quando você sumiu... Exatamente naquele momento".

"Quase um ano?".

"Você estava meio incomunicável".

"E Lucas?".

"Morreu!".

"Morreu?".

"Não literalmente...".

"Uau! Isso é... Grande!".

"É isso o que elas dizem!".

"Você é tão idiota... Como Cuddy pode estar com você?". Ela perguntou bem humorada.

"Talvez por conta de meus grandes dotes... Talvez porque eu não seja tão idiota como pareço ser...".

"Talvez... O que é isso?".

"O quê?".

"No seu braço. Essa pulseira rosa?".

"Rachel me deu".

"Rachel Cuddy?".

"Não, Rachel Green".

Treze riu alto. "Você é um pai agora! Como isso é... esquisito".

Ele nada respondeu, só dirigiu.

A viagem durou mais alguns minutos e a conversa se estendeu e tornou-se mais e mais pessoal. House prometeu que faria eutanásia nela quando chegasse o momento, era uma prova de amizade, não era?

Cuddy tentou se distrair, Rachel demandou muita atenção e conseguiu tirar o foco da preocupação com a viagem de House e Treze. As preocupações eram tantas... Não apenas porque seu namorado estava com outra mulher, Treze não era qualquer uma... Mas pelas possibilidades diversas. Ela também sabia que Treze era adepta a bebidas e drogas recreativas. Treze era bastante autodestrutiva, muito parecia com House. E essas semelhanças era o que mais lhe preocupava. House estava bem, em tratamento, terapia. No último mês juntos eles praticamente não brigaram e se comunicaram melhor, ele foi mais cooperativo e ela menos controladora. Mas agora, ele longe... A insegurança veio com toda a força.

Mas, quando a mente dela parecia explodir de tantos pensamentos, ela o ouviu chegar.

"House!".

"Ainda acordada?".

"Pensei que você só chegaria amanhã".

"Eu disse pra Treze que tinha uma gata quente me esperando na cama... nua... louca de tesão".

Cuddy balançou a cabeça fingindo contrariedade, mas estava aliviada e feliz.

"Ela está bem?".

"Na medida do possível".

"Ela vai voltar a trabalhar com você?".

"Não sei...".

"Você está com fome?".

"Comemos algo no caminho".

"Então o que você quer?".

"Você! É óbvio!".

Ela sorriu e se perdeu nos braços dele. Aliviada. Muito aliviada.

...

No sábado eles acordaram abraçados, juntos, de conchinha. House começou a beijá-la no pescoço, lenta e insistentemente.

"Rachel vai acordar logo, não temos tempo!". Cuddy o avisou curtindo aquele carinho.

"Quem falou em sexo? Eu só quero ficar aqui abraçando minha namorada".

"Você?". Ela riu alto.

"Eu não posso ficar junto com você sem pensar em sacanagem?".

"Não!".

"Você pensa tão mal de mim". E ele se aconchegou a abraçando apertado e massageando a lateral do corpo dela.

Ela estava começando a ficar excitada. Ele percebeu e fingiu não notar. Cuddy começou a esfregar-se mais e mais nele.

"House...".

"Uh...".

"Ok, temos pouco tempo! Acelere!".

"Do que você está falando?".

"Não seja ingênuo agora".

Ele riu. "Eu realmente não estou procurando sexo".

"Tire esse sorriso do rosto, sei que você usou uma estratégia".

"Não, eu realmente só quero ficar aqui...".

Ela se virou e o beijou ferozmente.

"Acho que não sou eu quem só penso em depravação". Ele disse vitorioso, mas Cuddy não respondeu. Ela começa a devorá-lo no pescoço e a despi-lo. Eles fizeram amor lento, House a virou de costas pra cama e mantinha um ritmo lento e constante.

"Por favor acelere!". Cuddy pediu.

"Tão ansiosa...".

"Rachel vai acordar!".

Ele acelerou, muito. Ela pediu para ele esperá-la para gozar e ele, que já estava perto, começou a manipular o clitóris dela e Cuddy chegou ao êxtase com um grito.

"Você me deixa louco!". Ela desabafou.

"Eu não fiz nada...".

"Não, você sempre é inocente".

"Nem sempre, mas hoje eu estava sendo um bom menino".

"Deve ter algo genético em você que não me permite me controlar".

"Sortudo eu!". Ele respondeu feliz com aquela declaração.

"Sortudos nós!". Ela respondeu rolando na cama para sair e se vestir, mas House a puxou para a cama novamente.

"Fique aqui!".

"Você está carente hoje?".

"Carente de você! Você trabalha demais, a semana toda correndo, não ficamos quase juntos".

"Ficamos a noite".

"Não é suficiente! Vamos passar um tempo só nós, merecemos isso. Rachel pode vir junto".

Ela sorri. "Vou me planejar!".

"De semana você vive para o hospital e muitas vezes no final de semana também. Nem sobra tempo pra você".

"Eu tenho muitas responsabilidades, eu vou à academia também".

"Na hora do seu almoço".

"Mas...".

"Você agora namora, não está mais sozinha e é uma mãe também. Precisa pensar em nós e em Rachel".

Cuddy não esperava por aquilo e ficou extremamente chocada e pensativa pelo resto do dia.

...

Naquela tarde Wilson bateu à porta.

"Entre, Wilson!". Cuddy foi recebê-lo.

"House?".

"Dormindo".

"Dormindo?".

"Ele dorme em qualquer horário e em qualquer lugar, desde que não esteja com dor na perna".

"Isso é bom?".

"Depende. Pode ser muito bom e as vezes muito irritante". Ela respondeu bem humorada.

"Imagino...".

"Rachel?".

"Dormindo também".

"Oh, as duas crianças da casa dormem".

"Você veio pegar os documentos, certo? Me desculpe Wilson, eu simplesmente coloquei na minha bolsa e trouxe pra casa sem me atentar. Eu ando bastante distraída".

"Você têm trabalhado demais". Outro a dizer a mesma coisa em pouco tempo, ela pensou. "Você precisa maneirar...".

"Eu sei". Ela tentou cortar o assunto indo buscar os documentos e os entregando.

"Desculpe por isso!".

"Imagina, acontece...".

De repente uma voz surgiu como um trovão. "Você está me traindo dentro de sua própria casa enquanto eu durmo?".

"Wilson está aqui". Ela anunciou.

"E com meu melhor amigo?".

"Oi House!".

"O que você faz aqui?".

"Obrigado pela recepção calorosa". Wilson comentou.

"Por incrível que pareça não é o que você pensa". Cuddy disse bem humorada.

"Você não sabe o que eu penso". House respondeu.

"Eu vim buscar alguns documentos". Wilson esclareceu.

"Você não tem vida? Documentos em pleno final de semana?".

"Já estou indo de qualquer maneira. Tchau Cuddy! Tchau House!".

"Vá fazer sexo e deixe minha namorada em paz!". Então ele a agarrou exageradamente possessivo.

Wilson balançou a cabeça e saiu.

"Muito másculo isso, me senti namorando um homem das cavernas".

"Você adora minha rudez".

"Nos seus sonhos!".

"Que papeis Wilson veio buscar?".

"Desconfiando de mim?", ela perguntou achando divertida a situação.

"Não... curiosidade".

"Sei... os papeis de aprovação para uma cirurgia oncológica".

"E você os trouxe com você porque...".

"Porque eu estava distraída. Cansada".

"Ah sim, porque você tem trabalhado demais".

"Sim, já entendi seus pensamentos hoje mais cedo".

"E gozou feito uma lhama louca!".

Ela balançou a cabeça, ele podia ser tão doce um minuto e um ogro no outro.

"Você é mesmo um homem das cavernas!".

"Se você gostasse de homem chato e politicamente correto estaria com Wilson, por exemplo".

"Uh... entendo, é o ciúme falando. Isso está te deixando rude para defender seu território e sua honra".

"Mamãe!". De repente Rachel acordou e veio até a sala. "Dói muito!".

Ela estranhou. "Onde dói?".

"Minha barriga. Dói!".

Cuddy foi até ela. "Me mostre onde dói, filha".

A menina apontava para a barriga toda.

"Tem algum lugar que dói mais?".

"A menina mostrou".

"Oh...". Cuddy fez uma cara de pânico.

"O que foi?". House estranhou.

"Apendicite?".

"Não Cuddy!".

"Sim, exatamente ali".

"Pode ser uma dor de barriga normal. Virose... Tantas possibilidades!".

A menina chorava de dor.

"Ela está com muita dor, não é normal! Vamos para o hospital!".

"Isso é exagero! Vamos dar um Buscopan".

"Dói! Dói muito!". A menina reclamava.

"Nós vamos ao hospital!". Cuddy decretou.

House bufou, qualquer assunto relacionado a Rachel deixava Cuddy exagerada e neurótica.

Minutos depois estavam no carro dela a caminho do hospital.

"Quando chegar eu vou ligar para a doutora Rita, ela precisa fazer o ultrassom é a melhor médica pediatra". Cuddy já estava fazendo os planos.

"Qualquer um pode fazer um ultrassom de apêndice. Eu posso fazer!".

"Eu sei que você pensa que eu estou exagerando, mas não estou. Eu conheço minha filha". Cuddy respondeu irritada.

"Não disse nada...".

"Você insinuou".

Ela estava no meio do caminho, já conectou seu celular ao carro para chamar a doutora Rita, de repente, um barulho alto e um cheiro ruim. De repente o rosto de Rachel mudou.

House riu alto.

"Filha, está muito pior?". Cuddy se preocupou.

"Não... passou".

House não parava de rir e Cuddy começou a ficar irritada.

"Eu te disse que podia ser qualquer coisa, nesse caso: gazes! Bom... você liga para doutora Rita? Ela já deve estar à caminho do hospital preocupada com a morte eminente de uma garotinha com gazes".

Cuddy estava aliviada, mas também envergonhada. Sem dizer nada ela fez o retorno e começou a pegar o caminho para casa.

Continua...


Como não tenho acesso aos números de visualizações, os comentários são bem-vindos! Deixem-me saber se devo continuar essa estória, por favor.