- É, to com certeza num Isekai.
Exclama um jovem em meio a floresta, sua voz se perde aos sons de insetos e plantas, a música mais natural do planeta. A um clima tropical e agradável, quente mas confortável, ele continua vagando, aparentemente sem destinação em vista.
" Mato, clima quente, sem sinal de civilização, normalmente isso é aquelas situações em que alguém se encontra quando se perde sem querer, mas eu me lembro claramente de estar no meu quarto e acordar no meio dessa joça'' Sem nenhuma explicação, a mente do jovem só chega na conclusão mais simples e talvez idiota " Eu me tornei um protagonista de Isekai''
Seu arredor não muda faz alguns minutos de caminhada, o único indicativo de que ele não está andando em círculos é por ele estar sempre seguindo o sol, talvez este mundo não tenha as mesmas direções que ele está acostumado, seria meio idiota ele descobrir tarde demais que o sol nasce no sul nesse mundo.
- Vamos ver, build inicial: Roupas normais, camisa mangá comprida debaixo de uma camisa regata com capuz de academia, calça jeans azul escuro, cinto desgastado, óculos, meu celular com tela rachada mas que ainda funciona, mochila com minha agenda, garrafa da água e guarda-chuva. Yeah, se eu tiver sorte eu devo ter agora uns 5 de dano com o guarda-chuva pelo menos-
O nome do jovem é Jonathan Cruz, 21 anos, altura de 1,80, pele moreno clara, olhos castanhos extremamente escuros quase negros, cabelo preto noite puxado para trás. Seu corpo não é magro, contêm um pouco de músculo, mas aparenta uma barriga, não o bastante para ser gordo, mas mostra pernas fortes e anda com a cabeça erguida e sorriso bobo no rosto.
Ele continua a contemplar a natureza ao redor, crescendo no sul do pais, ele se acostumou com matas mais frias, mas a temperatura do lugar não o incomoda tanto. Não sendo um especialista em plantas, ele não checa coisas como se são venenosas ou comestíveis, ele ainda tem um lanche em sua mochila e um pouco de água.
Jonathan " Cara, eu devo ter dado sorte, tipo não é o melhor estar numa floresta sem ninguém, mas ganha ser jogado direto na ação sem nada de explicação ou set de armadura. Olha! Uma clareira, deve dar para eu dar uma pequena pausa por enquanto"
Ao ver um a clareira e achar uma raiz grande de arvore com o formato perfeito para sentar, ele descansa seus pés e costas na sombra.
Jonathan " Então eu tô num Isekai, ok, minha primeira tarefa é achar pessoas ou o que tenha de não hóstil nesse mundo"
Todos os animes e mangás do genêro que ele leu começam dessa forma, protagonista sem nenhuma informação, ambiente desconhecido, troço verde e feio do tamanho de uma criança com uma cara enrugada que só uma mãe para amar vindo em sua direção…. Perai, que parada é essa aqui!.
Goblin (real): guarghjarififme. (grunhidos)
" Ok, não há forma ou tempo para diálogo, violência não é a resposta, mas sim a pergunta e eu respondo sim, justificativa = Confia no pai." Se deparando com a criatura mais básica e noob de qualquer RPG, Jonathan não perde o foco, das inúmeras sessões de RPG de mesa com seus amigos ele sabia que até mesmo esse bicho fraco poderia matá-lo, mesmo com o tamanho de uma criança de 12 anos, o goblin portava braços fortes e um tronco firme, juntamente com uma espada de ferro desgastada mas ainda utilizável.
" Merda, eu não tenho nenhuma arma, o guarda-chuva só seria uma distração, e quebraria no primeiro golpe, e eu não sei quantos dele podem estar ao redor, tenho que ser experto, tipo.." Enquanto analisava a situação, ele pega uma pedra do tamanho de uma bola de tênis " Dá pro gasto"
Goblin ( real ) - guarggghff - O monstro se aproxima, sua corrida é meio sem jeito mas ainda carregada de agressividade, ele levanta a peça de ferro sobre sua cabeça e rosna enquanto chega perto.
Jonathan, vendo a distância ideal, arremessa a pedra com toda a força em seu inimigo, como um jogador de beisebol ela acerta em cheio o rosto do goblin, um pouco acima do olho esquerdo.
Goblin – kkfffffaaaa – Ele grita e para seu avanço, uma de suas mãos enrugadas e com unhas mal cuidadas tenta tampar o ferimento em seu supercilho.
Jonathan – Haaa – Vendo sua oportunidade, Jonathan desfere um chute perfeito no lado contrário ao ferimento, o goblin dá alguns passos para trás. O que o acertou não foi um golpe sem prática e desesperado, Jonathan práticou Taekwondo por 4 anos, dos 12 aos 16, mesmo que enferrujado as inúmeras repetições desse chute estão marcadas em seus músculos.
Goblin – Haaaggagga.
Jonathan – O quê !?.
Tomando o golpe e o resistindo o goblin volta a atacar, dessa vez Jonathan está muito perto do inimigo, ele vê o goblin levantando a espada, ao mesmo tempo o jovem levanta seu braço esquerdo e se prepara para aguentar o golpe.
Mesmo que tal ato seja inútil, seus instintos demandam que ao menos tentasse se defender.
Jonathan " Droga, eu tenho que aguentar esse golpe, por favor, aguenta, aguenta,AGUENTA, EU NÃO VOU MORRER NO MEU PRIMEIRO DIA AQUI''
!Thunk!
Uma sensação estranha se torna aparente, Jonathan esperava sentir uma dor forte e aguda, esperava que seu braço fosse arrancado ou sofresse um corte profundo o suficiente para ver seus músculos e ossos, mas ao invés da visão grotesca que esperava, algo surpreende acontecia.
Jonathan – Mas o que?! -
Nesse momento até mesmo o goblin ficou sem entender o que acabava de acontecer, ele salta para trás espantado.
Goblin – Gufhhhhgaahhh – Seus rosnados continuam, como se demandasse uma explicação do ocorrido.
Jonathan " Como isso pode ser, mas o que… ah!" finalmente decidindo examinar seu braço, ao invés do liquido vermelho, ele vê um âmbar escarlate, a espada perfurou sua pele e chegou até seus vasos sanguineos, mas parou, ou melhor foi parada, como se pedras de rubi tivessem encorporado a área antes da espada fazer contato, Jonathan sente uma familiar pulsação do material. Mesmo que nunca tenha visto algo assim, ele sabia que aquilo era seu sangue que o endureceu pelo vontade de aguentar o corte e se proteger.
Mas ele ainda não está a salvo.
Goblin – Ghhhuuiii – Mesmo após o susto, os instintos simples da besta o levam a continuar a atacar, sem técnica ou precisão.
Jonathan " Lá vem ele de novo, eu posso tentar defletir a espada dele com as mãos nuas… Não, tive uma idéia melhor, o meu sangue se cristalizou para me proteger de acordo com minha vontade, então para derrotar esse cara " Ao chegar nessa realização, Jonathan levanta seu braço e o aponto para a direção do goblin.
Jonathan – Ahhhh – Ele avança, adrenalina e confiança tiram suas dúvidas.
Onomatopeia de liquido se formando*
Como uma gavinha de planta, parte de seu sangue surgindo do ferimento travessa pelo seu braço, logo em seu pulso se forma uma lamina curvada, afiada e sólida mesmo sendo formada por um liquido.
Jonathan – Hunf – Estando ao alcance ele brande sua lâmina diagonalmente, mais rápido que o goblin consegue se adaptar ao novo armamento, ela separa o monstro em duas partes irregulares, sem forma de defesa e sem entender, o goblin cai no chão, seus intestinos não mais sendo segurados pelo abdômen, caem ao chão.
Jonathan – Arf, arf, arf, hehe, heheehehee, EU VENCI, eu venci e consegui um poder foda já! - Sem ninguém ao seu redor para ouvir seus berros de vitória, ele deixa sair toda a excitação por vencer um inimigo.
Time Skip 5 horas
Após fazer o básico loot, ele voltou a clareira e escondeu-se, esperando os amigos desse goblin chegaram para tentar pega-lo, mas após vários minutos se passarem com nada aparecendo, ele decidiu simplesmente sentar e se acalmar, experimentando com seu novo poder, transformando seu sangue em várias armas, machado, lança, maça, espada longa e katana.
Jonathan " Certo, após alguns testes consegui deduzir algumas coisas. Primeiro meu sangue se solidifica e amolece quase que instantaneamente se eu me concentrar, segundo ele consegue controlar a forma a vontade desde que não seja algo complexo " Diversas falhas em criar uma carabina ou .38 deram em falha, ele não consegue replicar algo com tantos detalhes e tantas peças funcionando simultaneamente, sem lembrar da forma e design ou talvez por uma falta de precisão com seu poder tais coisas ficaram para outra oportunidade. " Terceiro, eu pareço ter dois a três litros a mais de sangue e não me sinto um quilo mais pesado enquanto uso esse poder, não houve sinais de falta de sangue como tontura ou pálidez, então eu devo ter mais sangue do que uma pessoa normal " O teste que revelou isso foi quando ele fez uma réplica em tamanho real da dragon slayer de Berserk, a quantidade de sangue que saiu de seu corpo era muito mais do que o limite que uma pessoa normal pode perder antes de morrer, infelizmente ele não conseguiu solidificar essa réplica, talvez muito sangue de uma vez seja mais complicado de controlar.
Após essas descobertas, ele se deixou pensar um pouco enquanto deitava na grama macia.
Jonathan " Parece que o nível desse mundo não é tão alto, eu já comecei com um poder bacana e os mobs são fracos " divaga enquanto olha para seu braço estendido para cima.
Voltando em pé ele decide continuar vagando, escolhendo agora ir para o leste, ou a direção que ele pensa ser leste. Sua caminhada segue, e por alguns minutos é sem nenhum evento interessante de reportar, a mata continua com o barulho normal de insetos, e a coisa mais alta que escuta são galhos se quebrando onde ele pisa.
A floresta não fica mais densa, a folhagem não o atrapalha, arvores de carvalho são tudo que o cerca no momento, a luz que banha o solo é coberta fracamente por elas.
? - Hic, Hic, Hic, por favor me ajudem – Uma voz feminina e tremula chama sua atenção, seus sentidos que deixou aguçados sem perder o foco desde que começou a caminhar o avisam de que direção veio o barulho.
Soldado 1 – Bom rapazes, olha o que achamos aqui, he – Um homem adulto de tamanho médio zomba, sua barba mal feita e olhos encolhidos olham condescendentemente para a pessoa que continua a chorar em seus pés, ele passa a mão em seu cabelo preto sujo. Seu superior coberto por um peitoral de couro batido vermelho, a aparência do material indica mal uso e descaso, o peitoral esquerdo parece ser remendado com um couro mais escuro, uma espalda seguimentada pelo ombro esquerdo somente e um cinturão, botões pintados de azul decoram as redor do equipamento, grevas e joelheiras de metal protegem seus pés, uma espada média em sua cintura, com suas mãos adornadas com manoplas de couro vermelho.
Soldado 2 – Hum, um mamono tão perto de nossa simples cidade chefe, que perigoso kukuku – Seu companheiro continua com a zombaria, seu corpo é um pouco mais robusto, com sinais de gordura e músculo chegando a um balanço que o torna mais intimidador do que sua altura já o faz, seus olhos arregalados e sobrancelhas grossas mostram desdem, sua careca brilha refletindo um pouco da luz natural. Vestindo a mesma armadura, ajustada para seu tamanho, mas com uma maça de espinhos ao invés de uma espada em sua cintura.
Ao todo são 5 homens armados e equipados, os 3 restantes não falam nada e simplesmente circulam a "garota?" , 1 está bem perto da formação enquanto 2 estão cobrindo as rotas de saída, que se mantém a chorar.
Jonathan procura uma posição melhor, ele não consiga ver a pessoa que está cercada, mas pelas aberturas entre a formação ele conclui que ela está presa numa rede e está ajoelhada, e enquanto isso sua voz continua irrigada de medo.
? - Por favor, hic, vocês tem que ir embora, eles vão – Slap! Sua cabeça se inclina rapidamente para esquerda, um tapa em sua cara a deixa sem palavras, foi um golpe não só para machucar mas também para humilha-la, ela perde a força nos braços e simplesmente deixa a cabeça cair no chão enquanto chora – Hic, hic, por favor, eles vão machucar vocês -.
Soldado 1 – Ah, me diga, quem vai nos machucar, mais dos seus amigos aberração? – Sem demonstrar qualquer remorso, o homem que parece ser o lider do bando coloca sua espada perto da garganta da vitima.
Soldado 2 – Vamos pega-las e dar um jeito nelas, logo após de você, né rapazes!… hã? - Sem receber resposta, o soldado bruto se vira e fica espantado.
? - Glurg, guuh,- Um de seus companheiros tem uma faca tribal enfiada em sua garganta, seus olhos ficam vidrados, tentando encontrar o ferimento, ele é empurrado para frente e cai como um saco, uma poça de sangue se formando embaixo de sua cabeça.
Uma figura pequena aparece logo atrás do homem esfaqueado, sorrindo com dentes podres e nariz alongado, um pequeno tufo de cabelo em sua cabeça quase careca, gordo com membros finos mas com um pouco de músculo, coberto por um simples trapo em suas partes intimas, um goblin fica os encarando com malícia.
Goblin – Gaaahhhhhuuuu – Exclama, e de forma abrupta mantém uma posição de combate, pronto para pular como um leopardo em suas vitimas.
Goblins – ahhjj - -gggaaahh- -guuuiljh – uhhhji – ooooggghh-.
Vários goblins pulam de seus esconderijos pelas plantas e arbustos, 6 no total, todos portando um tipo de ferramenta afiada, com coordenação primitiva eles começam seu ataque.
Jonathan " Esses devem ser os amigos daquele que eu matei. Esses caras já estão com um que foi de base, e foram pegos de surpresa" Mesmo após essa observação, ele não se move, por motivos que ele mesmo não entende, ele não sente a vontade de ajudar esses homens. Seja o repúdio que ele sentiu por atormentarem alguém caido ou simplesmente curiosidade de ver se esses homens são mesmo competentes, ele permanece agachado olhando para a cena.
É uma carnificina, enquanto o que estava do lado se virava, um goblin pula com um martelo rudimentar de pedra e o atinja em sua têmpora, o osso sede e forma uma cratera, seus olhos pulam de seus recintos no crânio, ele cai na hora. Vendo dois de seus companheiros caidos, o aparente chefe do bando e o brutamontes se armam, suas formas mostram experiência e eles não parecem estar em choque pelo assalto abrupto dos monstros.
Soldado 1 ( chefe ) - Reinlich, fique perto e cubra o Kind, deixa os outros comigo – O chefe do bando ruge ordens, sua postura séria e pronta, sua espada apontada para dois dos goblins que o cercam.
Reinloch – Haaaarrh – Ao ficar do lado do tal de Kind, Reinlich levanta sua maça e desaba ela sobre um dos goblins. Porém não foi rápido o bastante.
Goblin – Uhhhy – Ele pula, se afastando do buraco que a maça fez no chão, deixando com que outro de seus companheiros pulasse em suas costas e jogasse um vidro cheio de liquido na direção de Reinlich.
!Splasshh krink!
Reinlich – ahhhh, meus olhos, que merda é essa, argh! - mesmo somente acertando seu peito, algumas gotas do liquido verde caem em seus olhos, um som de queimação sai de onde o liquido se espalha.
Kind por sua vez, parece que entrou em choque, talvez o menos experiente dos três ele não estava preparado para um combate tão caótico, e por isso não notou um dos goblins se esgueirando atrás dele.
Goblin – Ughyyy! -
Chefe – Kind! - Grita o chefe do bando ao ver Kind com uma faca rudimentar perfurando seu crânio por cima. - Arrghh – Em fúria, ele balança sua espada no goblin que continua apoiado nos ombros de Kind. O golpe acerta, cortando a cabeça do goblin antes mesmo que ele percebe-se.
Reinlich – Uggghr, aarrgh – Mesmo sem ver, o mais robusto do bando gira sua maça, desenfreado e furioso, os goblins tem um tempo difícil para se esquivar.
- Som de fruta sendo esmagada-
Reinlich acerta um deles, um golpe certeiro vindo de cima, todo o peso de seu corpo esmigalha o corpo inteiro de um dos goblins, uma cratera com vísceras é deixada como rastro.
Chefe – Reinlich, cuidado – Avisa, mas sem tempo de ajudar, dois goblins pulam em Reinlich, antes que ele pudesse levantar sua maça do chão, os dois atacam como dois animais selvagens, cortes e facadas por onde eles conseguem acertar e por onde a armadura não cobre.
Reinlich – Urgh, chefe? - Ele desaba no chão, e estendendo uma mão para seu lider exclama por socorro.
Chefe – Arrrrgggh! – Com uma cara em fúria e sangue nos olhos, ele se joga em direção a eles.
Seus golpes são freneticos e sem padrão, um dos goblins tem seu braço amputado e cai no chão gritando, dois pulam em sua direção, mas o primeiro é pego por um soco em sua garganta, o segundo consegue brandir seu martelo na direção do humano mas é desviado, um deles que foi por trás pula em suas costas e se agarra com força.
Chefe – Aahhh! - ele joga suas costas com tudo numa árvore, dois sons de coisas quebrando são ouvidos, primeiro da casca de árvore, o segundo provavelmente das costas do goblin – Ugh! - Mas ele não morreu, e sem como retaliação envia uma faca em seu ombro.
Goblin – Ugghg – O goblin com o martelo aproveita sua chance e bate com tudo no tornozelo do humano, um som de quebra e ele desaba.
Chefe – Arrrfg! - Com uma dor agoniante em sua perna, ele não consegue se manter de pé e cai de joelhos, e é nessa hora que os monstros se aproveitam.
Os quatro restantes, até aquele que teve seu braço decepado se juntam e o espancam. Eles nem mesmo usam suas armas, somente com seus punhos eles matam o ultimo do grupo de soldados. Eles prolongam o sofrimento dele e tomam prazer em suas caras ao ver a cara do homem ficar desfigurada.
Finalmente eles se cansam, o humano já está morto faz alguns momentos, ofegantes e com alguns ferimentos eles param e começam a descansar.
Enquanto a batalha acontecia, a garota presa na armadilha continua a chorar, ao invés de serem de medo agora, parece que ela está completamente desolada, por mais cruel que eles tivessem sido parece que ela não desejava o fim que levaram.
Goblin – Giiih, Ghhhuui, guhihi – Com uma cara de quem não vai fazer algo bom, ele se vira para a garota, os outros do seu grupo se viram também, e começam a rir ao se aproximar dela.
Jonathan durante tudo isso estava petrificado, ao derrotar somente um goblin ele pensou que ele já estava num patamar onde esse tipo de inimigo seria fácil, mas ao ver mortes de soldados com experiência na sua frente, sua visão mudou completamente. O negócio é sério, não é mais uma brincadeira ou aventura divertida, se ele se descuidar até mesmo com bichos como goblins, ele vai morrer horrivelmente.
Garota – Não, não por favor hic, NÃO ME MACHUQUEM – Tentando seu máximo para se distanciar dos monstros verdes, a garota entra em pânico, e começa a suplicar, ela já sabe o que pretendem fazer com ela, é por isso que não consegue fazer mais nada a não ser chorar e pedir por ajuda para escapar de um destino pior do que a morte.
Jonathan " Ugh!" Ele não precisava de nem um segundo para saber o que aconteceria ali, tantas visual novels jogadas e tantos Bad Ends, se nada mudasse aquela garota seria destruida para sempre. E por mais que Jonathan tenha medo de morrer, ele sabe que no fundo se ele deixar essa garota sem ajuda-la, outra coisa muito mais preciosa que sua vida para si será perdida.
Jonathan " Ok, você sabe o que fazer, anda logo e se move corpo" Seu corpo petrificado começa a vibrar, medo e determinação entram em combate em seu psique, mas uma outra coisa entra na equação, RAIVA.
Jonathan " Anda logo imbecil, você vai deixar pessoas morrerem na sua frente enquanto você olha como um idiota, isso é tudo que você consegue fazer porra!" Ele morde seu lábio, conseguindo manter o controle, ele está decidido.
Jonathan – AAAAHHHHHH! - Sem discrição, suas pernas vão já na ultima marcha, explodindo de onde ele estava, uma lança de sangue é formada, com o cabo sendo segurado em seus punhos, ele desfere uma lançada nas costas de um dos goblins que se assustou com seu grito. Seu alvo é acertado na espinha e morre na hora, menos um.
Goblin – Ughhaa! - Os 3 restante se viram, mesmo cansados eles empunham suas armas.
Jonathan – Ahhhr – Jonathan joga o corpo do goblin pendurado em sua lança como uma distração, e a seguir com seu braço livre, uma nova lâmina é formada, sem espera, ele balança para o lado a espada e pega o goblin com o braço decepado no pescoço e uma jorrada de sangue escapa do ferimento.
Goblin – Ughuuu – Aquele com o martelo parte pra cima, sem escolha e com os dois braços momentaneamente ocupados, Jonathan levanta seu tornozelo e endurece o sangue por debaixo da pele.
Jonathan – Ugh! - A dor é intensa, mesmo protegendo com o sangue endurecido o golpe é forte o suficiente para ser sentido, como aquela vez que Jonathan levou uma canelada no futebol.
Retraindo sua lâmina e lança, Jonathan se afasta e do goblin com o martelo, e formando garras como o Wolverine, pega o goblin que está com o corpo de seu companheiro por cima dele de surpresa.
!Stab!
Seu ataque acerta, o corpo do goblin é perfurado pelas 3 garras, a mão de Jonathan estava virada lateralmente, 2 atravessam seu estômago e a ultima pega direto em seu peito.
Goblin – Uggghgh – Como um animal, sem nem mesmo se importar com a morte de seus companheiros, o último goblin vivo avança, seu martelo levantado acima de sua cabeça.
Jonathan – Haaaa! - Com força e rapidez, antes que o goblin termine seu movimento, Jonathan corta o martelo rudimentar que ele usava, utilizando essas mesmas garras, ele perfura a garganta do último inimigo, que segura pateticamente o braço do humano enquanto sua vida se esvai.
Jonathan – Arf, arf, arf – Uma calmaria toma conta do campo de batalha, todos os inimigos estão mortos ao seus pés, e com a respiração ofegante ele finalmente se dá conta que não está completamente sozinho.
Garota – Hic, hic – Ainda abaixado e agora em posição fetal, a garota começa a notar o silêncio, em vez de mais um homem morto e diversos goblins com suas caras horrendas na sua frente, ela vê somente um humano levantado em meio aos corpos – Ah – Mesmo assim ela levanta suas mãos para perto da cara, achando que ainda não está segura.
Jonathan – Ei, não se preocupa, ninguém vai te machucar – Tomando o tom de voz mais calmo e sereno possível, ele tenta aplacar a garota, que nem ele viu em alguns filmes com vitimas de algo traumatico. - Hã?- É ai que o garoto nota uma coisa, mesmo que com a rede por cima dela, ele consegue distinguir algumas caracteristicas novas da menina.
Pernas e antebraços cobertos de pelos, como um cachorro os fios parecem macios mas com um pouco de sujeira e dando uma aparência mais negra para a pelugem que deve ser castanho escuro, dois tufos de pelo mais claro circulam seus pulsos, e tanto seus pés quanto suas mãos se assemelham aos de um cachorro, com garras pequenas e almofadas para cada dedo e uma maior no centro de sua mão. Seu peito e barriga também estão cobertos pela pelugem, que toma um tom bem mais escuro do que o resto do corpo. Um tufo mais claro no centro do seu peito, seus seios são no máximo tamanho B ( e parecem adoráveis ). Em sua cabeça um rosto humano e jovem começa a secar suas lágrimas, seu cabelo desaba liso sobre seus ombros e membros parecendo orelhas ficam no topo de seu couro cabeludo, que também tem uma coloração marrom escuro que nem sua barriga. Você nota que o nariz dela é pequeno é fofo como uma japonesa e seus olhos inocentes são verde vibrante.
Jonathan sente que conhece esse tipo de ser, mas no momento pensa somente em ajudar a garota.
Jonathan – Ei deixa eu ajuda- Ele aproxima sua mão da rede para ajuda-la a sair, mas-
Garota – Ah!- Ela se assusta, por um momento ela parece com muito medo, mas se acalma um pouco antes de gritar. O que a assustou foi a mão do humano que estava manchada de sangue.
Jonathan – Oh! Desculpa, só me dá um segundo – Vendo o que a assustou, o jovem passa sua mão atrás de sua roupa para se desfazer do sangue de goblin em sua mão.
~~~~ 5 minutos ~~~~
Após livra-la de seus confins, e vendo que ela esta muito mais calma agora, Jonathan decide iniciar a conversa.
Jonathan – Então, eu te salvei e tudo mais, mas eu não sei o seu nome, hum? - Com menos delicadeza do que ele gostaria, ele questiona a garota.
Garota – Uhm, M-meu nome é Melanie, uhmm, MUITO OBRIGADA POR ME SALVAR – após se apresentar, Melanie abaixo sua cabeça com os dois punhos grudados e o agradece de todo o coração.
Jonathan fica sem jeito, ele esperava até que ela agradece-se mas não com tanto entusiasmo.
Jonathan -Bom, eu não diria que não foi nada, a propósito meu nome é Jonathan, mas foi somente algo que um héroi deveria fazer - Responde Jonathan, pois ele claramente é um heroi, por qual outro motivo ele teria sido levado para outro mundo, ele deve ter um destino importante ou um papel grande a cumprir, ele até mesmo tem um poder bem útil e versátil.
Melanie – U-u-um heroi, da ordem, c-como os que me acharam primeiro – Espantada, Melanie pergunta tremendo e se afastando alguns passos.
Jonathan – Hã? Não, eu não faço parte dessa tal de ordem – Mesmo dizendo isso, Jonathan tem certeza de que já ouviu algo assim antes.
Melanie relaxa totalmente, parece que o que quer que ela temia não aconteceu – Hm, que bom então, eu estava indo para Lescatie, onde eles permitem que nobres adotem ou comprem Kobolds, mas eu não fazia idéia de que soldados e heróis da ordem seriam tão cruéis quanto aqueles homens de agora – Ela começa entusiasmada, como se contando o inicio de uma aventura, mas suas orelhas e calda param de balançar perto do final.
has stopped
Jonathan – Nani – O jovem demora uns 15 segundos completamente parado, absorvendo a informação que acabou de obter.
Melanie – Hum, Mestre Jonathan, você está bem – Preocupada, ela pergunta ao jovem, que do nada parou e continua a olhar para frente sem reação.
Jonathan " Ela é um Kobold… Indo para Lescatie…. E ficou com medo dos heróis da ordem! Não, não é possível" Seus olhos se arregalam, todas as pistas apontam para somente uma conclusão, somente um resultado, somente uma dedução lógica para toda essa exist-
Jonathan – Eu to no mundo de Monster Girl Enciclopedia – Como o famoso protagonista de JOJO que compartilha o mesmo nome com o jovem ele exclama – OH MY GOD – Seu grito ecoa por toda a floresta.
