Eu estou TÃO feliz com os comentários de vocês no primeiro capítulo, juro que li todos com um sorrisão no rosto.
Eu amei tanto escrever essa fic e estou feliz que vocês estejam gostando.
Fiquem com mais um capítulo fresquinho, nesse iremos entender como Edward e Caius se conheceram...
EDWARD POV
Há quem diga que segunda-feira é o pior dia da semana, eu fazia parte desse grupo até pouco tempo, agora quarta-feira se tornou um dia terrível para mim, afinal, hoje era o dia da leitura do testamento do meu melhor amigo de infância.
Todos pareciam confortáveis em suas cadeiras, ninguém ali entendia o porquê de tanta pressa para uma leitura para divisão de bens, eu sabia e o motivo estava sentado em minha frente, com todo o olhar e postura de superioridade que um ser humano possa ter.
Heidi Volturi, a mulher mais cretina, manipuladora e repugnante que eu conhecia. Não me leve a mão, minha mãe com certeza estaria decepcionada comigo neste momento se me visse falando assim de uma mulher, mas Heidi simplesmente merecia.
Ela era tia de Caius, meu melhor amigo, mas ela simplesmente não merecia nem mesmo ser considerada parente. Quando Caius se tornou meu vizinho, nossa amizade não nasceu tão rapidamente, pelo contrário, nós dois éramos muito tímidos naquela época, então nenhum dos dois se arriscava a puxar assunto.
Tudo mudou quando num fim de semana ele bateu em nossa porta, lembro daquele dia como se fosse hoje...
FLASHBACK ON
Sábado a noite e eu estava assistindo ao novo episódio do seriado dos Simpsons na televisão nova da sala. Mamãe e papai haviam saído para comemorar algum aniversário, talvez de namoro ou de casamento, eu sinceramente não me importava.
Minha irmã Rose havia saído com suas amigas do colégio para ir ao cinema, dessa forma, só eu estava em casa, o que era maravilhoso para assistir o meu seriado favorito.
Enquanto eu comia minha pipoca, ouvi o barulho de alguém batendo na porta. Lembrei imediatamente da ordem da minha mãe Esme: "Só abra a porta após olhar as câmeras de casa, se for algum adulto conhecido, espere alguns minutos antes de atender, se for algo urgente, ligue para o seu pai."
Imediatamente fui até a cozinha, ligando o visor de câmeras da casa. Bom, não era um adulto, era o meu vizinho Caius, ele estava sentado na escada de nossa varanda. O dia estava frio lá fora, decidi que era seguro deixá-lo entrar afinal ainda tínhamos 14 anos, eu não estava quebrando nenhuma regra da minha mãe.
Voltei para a sala e fui em direção a porta, olhando pelo olho mágico antes de destrancá-la. Quando a porta se abriu, meu vizinho olhou surpreso para mim e sua expressão se tornou... aliviada? Havia algo estranho ali.
— Oi, meu nome é Caius, eu sou seu vizinho, estudamos na mesma classe e...
— Eu sei quem você é, sou o Edward. – Estendi minha mão para cumprimentá-lo.
— Simpsons? Legal, ainda não assisti esse episódio. – Ele comentou olhando para a direção da televisão, a sala visível pela porta da entrada principal.
— Desculpe por minha possível ignorância, mas por que você veio aqui? – Perguntei curioso, ao mesmo tempo confuso.
— Oh não, não precisa se desculpar cara. É a minha tia, ela chegou bêbada em casa, esse não é o problema, mas ela veio com um cara estranho e eles meio que me expulsaram da casa. Enfim, foi uma besteira vir até aqui te atrapalhar, desculpa por incomodar, eu vou apenas esperar ali na calçada. – Ele desculpou-se, se afastando.
De certa forma me senti culpado e senti pena dele também, não teria mal algum abriga-lo, certo? Ele não tinha para onde ir.
— Hey cara, espera aí. Minha mãe não ia me perdoar se eu deixasse você sozinho aqui fora, é perigoso. – Falei enquanto dava passagem para que ele passasse pela porta.
Caius me olhou receoso, mas por fim aceitou.
Naquela noite, enquanto assistíamos Simpsons e comíamos mini pizzas, nasceu nossa amizade.
Caius me contou sobre o acidente terrível que o tornou órfão, sendo assim sua tia Heidi era sua responsável, e consequentemente responsável pelos bens materiais que seus pais mantinham e reservaram para Caius.
Ao chegar em casa, mamãe ficou revoltada quando descobriu o motivo para que Caius viesse até nossa casa naquela noite e desde então ele tinha passe livre para nos visitar, e consequentemente nossa amizade foi se fortalecendo durante o passar dos anos.
FLASHBACK OFF
— Edward, Edward. Você está bem? – Desvencilhei de minhas lembranças quando senti alguém dando um empurrão em meu braço. Era Jasper, o advogado da empresa e também um dos meus melhores amigos.
— Sim, eu estou, estava apenas pensando... – Respondi enquanto ajeitava-me em minha cadeira.
Olhei em meu relógio, ela estava atrasada.
— Rapazes, vamos começar logo com isso, a secretáriazinha deve estar dormindo nesse momento, não vamos perder tempo esperando aquela lá. – Heidi desdenhou enquanto lixava suas unhas. Deus, como eu odiava aquela mulher.
— Veja bem, se você...
— A presença da Senhorita Swan na leitura do testamento é uma exigência de Caius, Sr.ª Volturi. Bella é a esposa dele, e é de extrema importância que ela esteja aqui. Se a Senhora não quiser esperar, pode se retirar e enviaremos uma cópia para o seu e-mail no final desta reunião, se preferir. –Jasper me interrompeu, sugerindo educadamente para Heidi.
— E perder a chance de exigir cada mísero centavo do suor do trabalho do sobrinho? Não seja ingênuo, Jasper. – Isabella respondeu por Heidi, entrando na sala de reuniões.
Ela estava diferente. Seu típico rabo de cavalo, saia lápis e camisa social, deram lugar à um vestido preto justo, porém longe de ser vulgar em seu corpo. Em seus pés, havia saltos altos, dando a ela alguns centímetros a mais.
Ela não se parecia com a Isabella, minha assistente, ela estava como Bella, a esposa do meu melhor amigo e a mulher que atormentava inconscientemente meus pensamentos desde a primeira vez que a vi.
— Você precisa de um babador? – Jazz zombou baixinho em meu lado e eu apenas bufei em resposta.
— Bom, senhores, peço desculpas pelo atraso, o trânsito de Seattle não é dos melhores nesse horário. – Ela explicou enquanto se sentava.
Todos assentiram após suas palavras, entendendo sua situação, exceto por Heidi, que revirava os olhos a cada palavra falada por Bella.
Jasper tomou a frente da reunião, dando início à leitura do testamento de Caius. Estavam presentes entre nós Tanya, prima de Caius e minha ex-noiva, a megera da Senhora Volturi, Bella, eu e por último, Laurent e meu cunhado Emmett, dois dos nossos diretores na empresa.
Eles já sabiam da nossa decisão, tomada há algumas semanas antes do falecimento de Caius.
Enquanto Jasper lia o testamento, notei Isabella quieta, era como se ela não estivesse ali conosco, seu corpo estava ali, mas sua mente estava distante. Como se sentisse que eu a estava olhando, Bella olhou em minha direção, sua expressão cansada suavizou um pouco, mas ainda era visível seu estado emocional abalado.
Desviei de seu olhar ao notar as recentes palavras ditas por Jasper.
— O primeiro item é uma carta, Bella, Caius pediu para que eu a entregasse em segurança em suas mãos. – Ela olhou confusa para Jasper, pegando a carta.
— Meu sobrinho não é burro, com certeza deve ter percebido que essa daí só queria dar o golpe nele. Se contente com essa cartinha, querida, com certeza são os papéis do divórcio. – Heidi debochou e Bella apenas assentiu quieta, ainda confusa com sua carta.
— Mãe, por favor... – Tanya interveio.
— Oras, Tany, não seja burra, minha filha. Ela é bem desse tipinho, cobra traiçoeira que só pensa no dinheiro de homens burros e...
— CALA A PORRA DA SUA BOCA OU IREI TIRÁ-LA DAQUI IMEDIATAMENTE, COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS. – Exclamei para aquela velha amargurada.
Ela bufou, mas felizmente permaneceu quieta, Tanya provavelmente rezava para que um buraco em seus pés abrisse para que ela pudesse se esconder de vergonha da mãe, já Bella, antes distante, agora olhava para mim, em um agradecimento silencioso.
Após o silêncio de todos, Jasper prosseguiu com a divisão de bens, dessa vez se dirigindo à Tanya.
— Srtª Denali, o Sr. Volturi deixou uma conta e alguns bens materiais em seu nome, como um carro, a casa de praia em Miami e o chalé de inverno no Alasca. – Jasper falou enquanto lia seu papel.
— Sr.ª Heidi – Ele se virou para Heidi, que olhava triunfante enquanto meu amigo continuava. — Para a Sr.ª ele deixou a casa em Hamptons e a fazenda em Wisconsin. Ah, quase ia me esquecendo, a Senhora também irá receber a quantia de sete mil dólares em sua conta pelos próximos dez anos. – Jasper finalizou.
Se alguém pudesse matar alguém com o olhar, Bella estaria morta neste momento após o olha mortal de Heidi.
— Você, você fez a cabeça do meu menino. Onde já se viu isso, eu fiz tanto por aquele moleque, para receber essa merreca como recompensa? – Ela exclamou indignada enquanto apontava o dedo para Bella.
— Não abra mais a sua boca para falar mal do meu marido, ele nunca foi criado por você, você nem mesmo era para estar aqui. Se contente com isso, ele te conhecia tão bem quanto qualquer um aqui presente, talvez até mais. Se ele deixou apenas isso para você, é porque mesmo em vida ele sabia o quanto urubu sua própria tia era. – Bella falou em um tom de voz baixo, mas extremamente agressivo.
— OLHA AQUI SUA INSOLENTE...
Antes que Heidi continuasse com seu show, sinalizei para os seguranças que já estavam de prontidão na porta da sala. Rapidamente tiraram ela de lá, que esperneava gritos e insultos para todos aqueles ali presentes.
— Edward, ela ainda é minha mãe, eu preciso ficar com ela. – Tanya se levantou.
— Tudo bem, não se preocupe. – Tentei tranquilizá-la.
— Por favor, peço desculpas pelo comportamento da minha mãe, me desculpe, Bella. – Ela se desculpou mais uma vez antes de sair da sala.
Novamente em silêncio, sinalizei para que Jasper continuasse. O mesmo suspirou antes de continuar.
— Bella, além da carta, Caius deixou alguns bens em seu nome. O apartamento de vocês, a casa de praia na Califórnia, algumas ações no banco também... – Jasper enumerava os itens.
— Eu não me importo com mais nada além do apartamento. – Bella o interrompeu.
— Bom, há também outros bens em seu nome que podemos abrir mão e discutirmos depois, porém, há exigências em seu último pedido. – Jasper explicou.
— O que, Jazz? Eu já falei que eu não quero mais nada além do apartamento. – Ela respondeu decidida.
— As ações dele na empresa, serão divididas entre você e Edward. E como já decidido algumas semanas antes do falecimento de Caius, houve uma votação entre os diretores e sócios para decidir o novo membro da equipe da diretoria executiva. É você, Bella, você é nossa nova diretora de vendas e marketing. – Jasper anunciou.
— Eu recuso o convite. Senhor Cullen, Edward, você tem algum problema em que eu continue sendo sua assistente pessoal? – Ela me perguntou.
— Bella...
— Sim ou não, Edward? – Ela me interrompeu.
— Não. – Respondi por fim.
— Então, Jasper, muito obrigada pelo convite, me sinto lisonjeada por vocês pensarem em mim nessa votação, mas não é justo que eu alcance um bom cargo apenas porque sou casada com um dos donos. – Bella negou.
— Bells, não tem nada a ver uma coisa com a outra. – Emmett interveio.
— Gente, por favor, eu apenas recuso, ok? Vamos esquecer isso? – Ela pediu.
— Bom, podemos esquecer sim, mas há consequências caso tenha recusa de sua parte. – Jasper falou receoso.
— E o que é? – Bella perguntou.
— Há uma multa aqui. – Jazz respondeu, talvez fosse a visão cansada, mas ele tremia levemente as mãos.
— Ok, eu pago essa multa. – Ela retrucou.
— Há uma multa de aproximadamente cinco milhões e alguns milhares por ação caso você recuse, Bella. – Jasper explicou e a sala ficou em silêncio.
Bella demorou um pouco para assimilar as informações, e quando o fez, seu rosto começou a ficar vermelho em decorrência da raiva.
— O que? Meu Deus, ele não pode me obrigar a aceitar um emprego. – Bella exclamou. — Filho da puta, cretino, primeiro me deixa sozinha e agora isso? Quem ele pensa que é? – Bella reclamava enfurecida pela sala.
— Você sabia disso? – Ela se dirigiu a Emmett, enfurecida. Meu cunhado apenas assentiu, abaixando a cabeça. — Você é meu irmão, Emmett! – Ela reclamou mais uma vez.
— Querida, se acalme. Deixe que Jasper termine a leitura, você volta para casa, pensa melhor no assunto e toma sua decisão, o que você acha? – Laurent, o mais velho de todos ali, sugeriu.
Bella o olhou frustrada e voltou a se sentar, ficando novamente quieta. Jasper prosseguiu a leitura e eu parei de prestar atenção.
Eu estava perdido em Isabella, como ela era absurda, era seu direito receber tudo de melhor que Caius tinha a oferecer. Mas eu a conhecia, ela nunca iria aceitar esse cargo se não tivesse a multa caso ela negasse.
Bella nunca permitiria algo assim, tanto dinheiro e poder em seu nome, ela simplesmente não estava com Caius por isso.
Ela estava com ele por amor, pensei.
Será que em algum dia eu conheceria esse sentimento? Eu julgava que já o conhecia, mas não passava de um amor platônico, afinal, onde eu estava com a cabeça quando me apaixonei pela esposa do meu melhor amigo?
Eu até tento entender o lado meio orgulhoso da Bella, mas vamos afirmar com sinceridade aqui, cinco milhões seria um mimo maravilhoso de receber, né?
Continuem comentando, ansiosa para saber as opiniões!
Vou deixar uma perguntinha aqui: O que você faria com cinco milhões?
