Cap. 33 A primeira vez
Com a chegada de novembro e o clima frio se instalando em Hogwarts, poucos alunos ousaram enfrentar o frio para aproveitar o dia de visita em Hogsmeade. A maioria preferiu ficar nas aconchegantes salas comuns das casas de Hogwarts, estudando, socializando ou simplesmente se aquecendo junto ao fogo. O vilarejo de Hogsmeade, que normalmente estava repleto de estudantes ansiosos para explorar suas lojas e bares, estava notavelmente mais vazio nesse dia. Aqueles que se aventuraram lá fora estavam bem agasalhados, com suas respirações visíveis no ar gélido. Era um sinal claro de que o inverno se aproximava rapidamente.
Morgana e seus companheiros sonserinos estavam reunidos no Cabeça de Javali, aproveitando o ambiente acolhedor do bar em contraste com o frio lá fora. Os alunos desfrutavam de suas bebidas quentes, com canecas de cerveja amanteigada que emanavam um aroma reconfortante. Morgana, por sua vez, apreciava o calor que se espalhava pelo seu corpo enquanto tomava um copo de uísque de fogo, uma bebida quente e forte para combater o inverno que se aproximava. O ambiente estava animado, com risadas e conversas entre os sonserinos, que pareciam estar se divertindo mesmo no clima frio de Hogsmeade.
Lucius percebeu que sua noiva narcisa estava demorando após sair para ir ao banheiro. Morgana e andrômeda se prontificaram em ir ao banheiro para ver se narcisa estava bem. No entanto encontraram o banheiro vazio. Perceberam uma porta que dava pra fora do bar ao lado do banheiro. Ouviram um barulho abafado e resolveram dar uma olhada.
Morgana e Andrômeda, preocupadas com o desaparecimento repentino de Narcisa, trocaram olhares apreensivos antes de seguir o som abafado que vinha da porta ao lado do banheiro. Com passos cautelosos, elas empurraram a porta entreaberta e se depararam com uma cena intrigante. Do outro lado da porta encontraram Narcisa caída no chão, sua expressão de pânico evidente.
Com o coração disparado, Morgana e Andrômeda rapidamente se aproximaram da cena angustiante. A visão de Narcisa amarrada e ferida, lutando contra o homem que tentava se forçar nela, enquanto tentava retirar as roupas de frio de Narcisa, aumentou ainda mais a urgência da situação. Sem hesitação, Morgana apontou sua varinha para o homem e lançou um feitiço desarmador no homem.
O homem, surpreendido pela chegada súbita das bruxas, foi atingido pelo feitiço e sua própria varinha foi arremessada para longe. Andrômeda, com um olhar de fúria, dirigiu sua varinha para o agressor e lançou um feitiço restritivo para imobilizá-lo, certificando-se de que ele não representasse mais uma ameaça.
Narcisa, agora livre e tremendo de medo, recuou para junto das outras duas bruxas, buscando conforto e segurança. Morgana e Andrômeda mantiveram suas varinhas direcionadas para o homem, garantindo que ele permanecesse sob controle.
Morgana, com sua expressão endurecida de raiva e preocupação, examinou os ferimentos de Narcisa, lembrando-se de um momento doloroso do passado quando sua irmã caçula enfrentou a violência dos trouxas. As marcas no rosto de Narcisa eram um lembrete vívido da crueldade que os homens podiam infligir.
Narcisa, ainda abalada, apoiou-se na irmã enquanto Morgana murmurou palavras de conforto e usou magia para aliviar a dor e curar alguns dos hematomas de Narcisa.
Enquanto cuidavam de Narcisa, Morgana e Andrômeda mantiveram um olhar atento no homem que haviam imobilizado. A raiva de Morgana cresceu ainda mais, sabendo que ele representava a mesma crueldade que havia afetado sua família no passado.
Com uma voz gélida e decidida, Morgana instruiu Andrômeda a ficar ao lado de Narcisa e cuidar dela enquanto ela mesma avançava em direção ao homem que havia causado tanto sofrimento. Andrômeda, relutante, mas confiando na determinação de Morgana, permaneceu ao lado de sua irmã mais nova, oferecendo-lhe conforto e apoio.
Morgana, com uma expressão de fúria contida e os olhos brilhando com uma intensidade assustadora, avançou em direção ao homem imobilizado. Cada passo que ela dava era carregado de uma energia inabalável, como uma tempestade prestes a desabar.
O agressor, apavorado com a abordagem de Morgana, tentou balbuciar explicações, mas suas palavras mal saíam. Ele estava agora completamente à mercê da bruxa enfurecida, incapaz de escapar da situação que criara.
Morgana ergueu sua varinha, e o brilho sinistro da magia dançou em seus olhos. Ela estava pronta para obter respostas, fazer justiça e assegurar que ninguém mais se atrevesse a prejudicar sua amiga. A tensão no beco sombrio era palpável, e o destino do agressor estava agora nas mãos ardentes de Morgana.
A medida que Morgana permitia que sua aura obscura se manifestasse, o ar ao seu redor se tornou pesado e opressivo. Uma sensação de inquietação e medo se espalhou pelo beco, envolvendo o homem em um pânico cada vez mais crescente. Seus olhos se arregalaram de terror ao testemunhar a força sobrenatural que emanava de Morgana.
O homem, agora completamente dominado pelo medo, tremia incontrolavelmente enquanto Morgana soltava uma risada sombria e ameaçadora. Era uma risada que ecoava pelo beco, carregada de promessas de retaliação e justiça.
A cena estava impregnada de tensão, e o destino do agressor pendia precariamente nas mãos de Morgana, que estava determinada a descobrir a verdade por trás do ataque a Narcisa e garantir que ele nunca mais prejudicasse ninguém.
A surpresa de Andrômeda era palpável à medida que ela testemunhava a intensidade da aura obscura que sua professora e amiga, Morgana, estava liberando. Embora Andrômeda soubesse que Morgana tinha conhecimento em magia negra e que a tinha ensinado secretamente, a magnitude desse poder obscuro era impactante.
A jovem bruxa se sentiu em conflito, com uma mistura de admiração e apreensão diante do poder de Morgana. Ela sabia que esse era um momento sério e que Morgana estava determinada a obter justiça para sua família, mas a intensidade da energia obscura a deixava um pouco insegura sobre o que poderia acontecer a seguir.
Andrômeda continuou a apoiar Narcisa, mantendo-se atenta à cena, consciente de que a situação estava prestes a se desenrolar de maneira imprevisível, com a aura obscura de Morgana criando um ambiente carregado de tensão e mistério.
Ao entrar na mente do homem por meio da legilimência, Morgana fez uma descoberta profundamente perturbadora. Ela viu vislumbres de sua mente atormentada e as intenções horrendas que ele tinha para Narcisa. As ideias perturbadas que preenchiam a mente do homem eram inquietantes e macabras, deixando Morgana ainda mais enojada.
A raiva de Morgana cresceu a cada visão chocante que ela testemunhava. Ela estava agora diante de alguém verdadeiramente perigoso, uma ameaça que estava disposta a infligir dor e sofrimento.
Com o conhecimento das intenções do homem, Morgana estava ainda mais determinada a lidar com a situação de forma implacável e a garantir que ele nunca mais pudesse causar mal a ninguém.
Com um gesto decidido de sua varinha, Morgana lançou um feitiço para abafar sons, criando uma barreira mágica que envolveu a área ao redor dela e do homem. O feitiço garantiria que ninguém pudesse ouvir o que estava prestes a acontecer e que sua conversa não fosse detectada por outros.
Agora, com a privacidade mágica estabelecida, Morgana estava pronta para confrontar o homem com as terríveis descobertas que fez em sua mente perturbada. A cena estava envolta em silêncio, exceto pelo som abafado da respiração acelerada deles, enquanto Morgana se preparava para tomar medidas decisivas em resposta às ameaças que ele representava.
Morgana, consumida pela fúria e pela necessidade de vingança diante das terríveis intenções que descobriu na mente do homem, lançou o terrível Feitiço Cruciatus. O feitiço de tortura era uma manifestação extrema de sua raiva e desejo de punição.
O homem, agora sujeito ao feitiço, contorceu-se de agonia, soltando gritos abafados pela barreira mágica que os isolava do mundo exterior. Morgana estava determinada a fazê-lo pagar pelas atrocidades que planejara.
A cena era aterrorizante, com a aura obscura de Morgana intensificando-se enquanto ela mantinha o controle sobre o feitiço. Ela não tinha a intenção de soltar a maldição, a vingança era a única coisa que importava naquele momento.
Cada segundo parecia uma eternidade de sofrimento, e Morgana não demonstrou piedade.
Narcisa e Andrômeda observavam a cena com olhares ansiosos, incapazes de ouvir os gritos do agressor devido ao feitiço de abafamento de som lançado por Morgana. As duas irmãs compartilhavam uma mistura de preocupação, curiosidade e satisfação enquanto viam Morgana lidar com a situação de forma intensa.
Narcisa estava se recuperando dos ferimentos que havia sofrido, enquanto Andrômeda a apoiava, mantendo-se atenta ao que estava acontecendo à sua volta.
Com uma expressão sombria e olhos que brilhavam com determinação, Morgana lançou uma maldição profundamente negra, conhecida por fazer o sangue do corpo da vítima ferver. A energia escura se espalhou rapidamente em direção ao homem, que já estava sofrendo com o Feitiço Cruciatus.
Sob o efeito da maldição, o homem gritou ainda mais alto, enquanto sua agonia se intensificava. Era uma magia cruel e impiedosa, representando a profundidade de raiva e desespero de Morgana diante da ameaça que ele representava.
A cena estava agora envolta em uma aura de horror, com as irmãs Black testemunhando a implacável determinação de Morgana em fazer justiça, não importando o quão sombrios fossem os meios que ela estava disposta a usar.
Morgana sabendo que quanto mais demorasse maior a chance de ser pega decidiu terminar de torturar o homem e acabar com aquilo logo. Usando pela primeira vez em sua vida, reunindo toda a raiva que estava sentindo e o desejo de colocar fim a vida dele, ela lançou um feitiço que jamais pensou que lançaria.
Com um gesto de varinha decidido e uma aura de determinação sombria, Morgana lançou a Maldição da Morte, o temido Avada Kedavra. A magia verde sinistra e letal disparou em direção ao homem, que já estava sofrendo intensamente das maldições anteriores. O feitiço atingiu-o com precisão mortal, e o homem caiu instantaneamente sem vida. A cena estava agora envolta em silêncio, exceto pela respiração pesada das irmãs Black, que testemunharam o fim brutal do agressor.
Morgana, com uma expressão séria e exausta, abaixou sua varinha. O destino do agressor estava selado, mas o preço dessa ação ficaria marcado para sempre nas mentes e nas almas das irmãs Black e de Morgana.
No exato momento em que Morgana lançou a maldição da morte, Lucius e Rodolfo abriram a porta, saindo do bar em busca delas. Seus olhos se arregalaram ao testemunhar a cena que se desdobrava diante de seus olhos.
Eles observaram a luz verde sinistra que irrompeu da varinha de Morgana no momento em que ela lançou a Maldição da Morte. Seus olhos se fixaram na cena com uma mistura de surpresa e horror, enquanto a gravidade do que tinha acabado de acontecer afundava.
O corpo do homem caído, sem vida, era uma visão chocante e inesperada. Atordoados e perplexos, olharam para Morgana, Andrômeda e Narcisa, tentando entender o que havia acontecido. O silêncio pesado que pairava sobre o beco era quebrado apenas pelo batimento acelerado de seus corações.
Morgana virou-se e encontrou o olhar de Lucius e Rodolfo fixo neles. Havia uma tensão palpável no ar, e as emoções estavam à flor da pele naquele momento. O silêncio predominava enquanto cada um deles tentava compreender a complexidade da situação e as implicações do que havia acontecido.
Morgana, determinada a eliminar qualquer evidência do terrível acontecimento, concentrou sua magia com precisão. Ela combinou a magia elemental do fogo com a magia negra, criando uma chama negra e ardente que envolveu o corpo do homem caído.
O fogo negro consumiu rapidamente o corpo, reduzindo-o a cinzas escuras que se espalharam no ar. Era um ato sombrio, uma tentativa de apagar todos os vestígios do que havia acontecido naquele dia fatídico.
Quando o processo terminou, o corpo do homem desapareceu completamente, deixando apenas cinzas como lembrança de sua existência. Morgana olhou para o resultado de seu feitiço, sabendo que era um passo necessário para se proteger.
À medida que não restavam mais provas do que havia ocorrido no beco, Morgana, Andrômeda, Narcisa, Lucius e Rodolfo voltaram em silêncio para o interior do bar. A atmosfera estava carregada de tensão e um silêncio pesado acompanhava seus passos enquanto atravessavam a entrada.
Morgana, claramente abalada pela série de eventos sombrios, dirigiu-se ao balcão e pediu um copo de whisky. O dono do bar, Aberforth Dumbledore, um homem de semblante endurecido, observou a cena com uma expressão inquieta e questionadora. Morgana, por sua vez, ignorou seu olhar curioso enquanto agarrava o copo e tomava um gole profundo da bebida forte.
O ambiente do bar estava impregnado com um senso de mistério e segredos não revelados. Os outros frequentadores do bar lançaram olhares de desconfiança e curiosidade em direção ao grupo, sentindo que algo estranho havia acontecido.
O grupo não demorou muito no bar, e em um silêncio que refletia a gravidade dos acontecimentos, eles pagaram a conta e partiram. Não era necessário nenhuma palavra para lembrar a importância de manter o que havia ocorrido estritamente em segredo.
O caminho de volta para a escola de magia era feito em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos e emoções complexas. Havia uma compreensão mútua de que os eventos daquela noite deveriam permanecer enterrados nas sombras, compartilhados apenas entre aqueles que estavam presentes.
O segredo que compartilhavam era uma carga pesada, uma testemunha silenciosa do que havia acontecido naquele dia sombrio. No entanto, era um segredo que os unia de uma maneira única e, ao mesmo tempo, os separava do mundo exterior. Era um compromisso de proteger uns aos outros, independentemente das circunstâncias, enquanto enfrentavam as consequências de suas ações.
